A Mieloencefalite Protozoária Equina (MPE), mais conhecida como bambeira, é uma doença neurológica que afeta equinos em diversas partes do continente americano, sendo considerada uma das mais importantes patologias neurológicas em equinos.
O agente etiológico responsável pela MPE é o protozoário da espécieSarcocystis neurona, que promove uma infecção no sistema nervoso central (SNC), resultando em sinais clínicos progressivos de disfunção neurológica.
Os gambás (Didelphis virginiana; Didelphis albiventris) são os hospedeiros definitivos do S. neurona, sendo os equinos considerados hospedeiros erráticos por não serem capazes de transmitir a doença. Diversos pequenos mamíferos podem atuar como hospedeiros intermediários para completar o ciclo de vida do parasita. A transmissão do protozoário dos hospedeiros intermediários para o hospedeiro definitivo é provavelmente devida à ingestão pelo gambá de hospedeiros intermediários mortos.
A contaminação acidental dos cavalos ocorre através da ingestão de água ou alimentos contendo esporocistos infectantes do S. neurona que o gambá infectado elimina em suas fezes.
Existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento da MPE como, por exemplo, um risco aumentado se houver presença de gambás na fazenda e se bosques estão presentes na propriedade. Comparado com o inverno, o efeito sazonal aumenta o risco da MPE com o aumento da temperatura, com maior risco no outono. O risco diminui se o alimento for mantido protegido do acesso de animais.
A exposição do cavalo ao parasita não garante que este desenvolverá a doença. Quando a enfermidade ocorre, os sinais clínicos são variáveis, pois dependem da região e da extensão do SNC que foi afetada pelo protozoário.
No início os sinais clínicos podem ser graduais, porém mais tipicamente sinais leves desenvolvem-se agudamente e progridem rapidamente.
O exame neurológico frequentemente revela ataxia e incoordenação em todos os membros e outros sinais podem ser, atrofia muscular mais comum nas regiões do quadríceps e glúteo nos membros posteriores, dificuldade de deglutição, perda da sensação na córnea e interior das narinas, andar em círculos e tendência a permanecer deitado, nistagmo, postura de base aberta, paralisia facial, disfagia, hemiplegia laringiana, paralisia da língua, estrabismo, andar arrastado, espasticidade e fixação patelar superior, dores nas costas causadas pela fraqueza ou uso assimétrico dos grupos musculares
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Vários protocolos são descritos para o tratamento da MPE, tais como associação de sulfonamidas (trimetoprim e sulfas – 20mg/Kg via oral S.I.D. durante todo período de tratamento) e pirimetamina (1 a 2 mg/Kg S.I.D. de 90 a 120 dias), administrada por pelo menos cinco meses, podendo ser estendido em algumas situações; Drogas derivadas da triazina (diclazuril – 5 mg/Kg e toltrazuril – 5 a 10 mg/Kg) com duração de aproximadamente 30 dias; Nitazoxanida na dose de 25 mg/Kg uma vez ao dia durante a primeira semana e 50 mg/Kg diariamente pelos próximos 23 dias.
Vários protocolos são descritos para o tratamento da MPE, tais como associação de sulfonamidas (trimetoprim e sulfas – 20mg/Kg via oral S.I.D. durante todo período de tratamento) e pirimetamina (1 a 2 mg/Kg S.I.D. de 90 a 120 dias), administrada por pelo menos cinco meses, podendo ser estendido em algumas situações; Drogas derivadas da triazina (diclazuril – 5 mg/Kg e toltrazuril – 5 a 10 mg/Kg) com duração de aproximadamente 30 dias; Nitazoxanida na dose de 25 mg/Kg uma vez ao dia durante a primeira semana e 50 mg/Kg diariamente pelos próximos 23 dias.
Medicamentos antiinflamatórios são recomendados quando o início agudo, o uso de flunixin meglumine ou fenilbutazona podem ajudar. Alguns clínicos recomendam o uso de tratamentos adicionais tais como vitamina E e tiamina que podem facilitar a recuperação do tecido nervoso quando tratando de cavalos com MPE.
O prognóstico para cavalos diagnosticados com MPE é aproximadamente de 70%, vai depender da severidade das lesões e do tempo para diagnóstico e início do tratamento.
Fonte: OUROFINO Autora: Juliana Oliveira, Médica Veterinária
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