Bem Vindo ao Blog do Pêga!

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O propósito do Blog do Pêga é desenvolver e promover a raça, encorajando a sociedade entre os criadores e admiradores por meio de circulação de informações úteis.

Existe muita literatura sobre cavalos, mas poucos escrevem sobre jumentos e muares. Este é um espaço para postar artigos, informações e fotos sobre esses fantásticos animais. Estamos sempre a procura de novo material, ajude a transformar este blog na maior enciclopédia de jumentos e muares da história! Caso alguém queira colaborar com histórias, artigos, fotos, informações, etc ... entre em contato conosco: fazendasnoca@uol.com.br

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Treinando Jumentos – Parte III (a)

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Cada sessão de treinamento com o jumento, deve rever tudo o que ele já havia aprendido: sempre conduzi-lo de e para a estação de trabalho de uma forma carismatica, mantendo a guia na sua mão esquerda com o braço direito estendido para a frente; prepare ele e limpe os cascos. Com essas revisões você vai descobrir que precisa para segui-lo mais perto do que você faria com um cavalo ou mula. Ficar no meio do curral
enquanto você tenta fazer ele andar em circulo pode não ser prático para mantê-lo em movimento. Basta ficar atrás dele e ao lado enquanto direciona ele para a frente com seu chicote, tocando-o apenas quando absolutamente necessário. Acompanhe os passos dele com os seus, ande tão rápido quanto ele quiser. Se você se apressar, ele vai parar. Certifique-se de dar o comando para parar cada vez que você quer que ele pare e recompense-o.

 

Agora que ele está se saindo bem na caminhada, podemos ensinar-lhe a inverter o sentido. Como ele está andando para frente facilmente ao redor do curral, se vire até que esteja na frente dele. Dê  um passo na direção dele, coloque o chicote na frente dele e dê o comando para inverter. Esteja ciente do espaço dele. Não tenha pressa, ou ele pode virar indevidamente. Queremos que ele se vire para a cerca e fique na direção oposta a que estava. Dê tempo de sobra para ele fazer a volta e peça para ele caminhar. Se ele tiver dificuldade, dê alguns passos em frente e com o chicote, toque gentilmente no ombro para encorajá-lo a girar. A maioria dos jumento aprende isso muito rapidamente.

 

Até agora, seu jumento tem trabalhado apenas no cabresto. Esse é o ponto que difere as mulas dos jumentos. Ele aprendeu a andar e vice-versa. Agora, ele precisa aprender o comando de "marcha". Alguns jumentos podem não querer obedecer a este comando se não verem um propósito. É neste ponto que eu apresento a sela, e / ou guia de condução (se ele é pequeno demais para cavalgar). Além disso, vou apresentá-lo à bride ao mesmo tempo. Deixe que ele veja o cinto, ou sela, então pode colocá-lo lentamente. A maioria dos jumentos vai deixar você fazer isso com bastante facilidade.

 

Uma vez que ele estiver preparado, mande ele para a cerca do curral (lembrando sempre que o ideal é usar um curral redondo) para um passeio. Em seguida, dê o comando de "marcha" e avançe por trás com o chicote, arrastando os pés no chão para fazer barulho. Se ele marchar neste momento, não agrida ele com o chicote ou ele vai parar. Se ele não marchar, você pode golpear com o chicote uma vez na coxa, acima do jarrete. Então, continue arrastando seus pés e siga para frente comforme ele for se movendo, mantendo sempre a mesma distância entre você e o animal. Mova os braços para cima e para baixo em movimentos grandes para incentivá-lo para a frente. Você pode mater na cerca atrás dele, se necessário. Se você invadir o seu espaço, ele irá parar. Se ele marchar, mesmo que poucos passos, mande ele parar com o comando e recompense ele por cumprir o que foi pedido. Faça isso mais uma vez esclarecer que você quer que ele a marche. Então, termine a aula aqui. A próxima sessão vai ser melhor. Cada sessão vai oferecer mais passos da marcha. Cada vez peça apenas para ele ir até onde ele se sinta confortável, contanto que seja um pouco mais do que na seção anterior. Cada vez, só peça a ele que marche duas vezes em cada direção. Jumentos não apreciam a repetição em demasia.

 

Depois de sua primeira lição do marcha, você pode começar a introduzir a rédea. Na segunda lição de marcha, você irá rever tudo o que ele tem aprendido até a marcha. Antes de começar a aula de marcha, você pode colocar a redea levá-lo através do percurso  (e em reverso), enquanto guia ele usando a rédea. Ele não deve ter problemas com você andando logo atrás dele já que você já estava acompanhando ele bem de perto desde o início. Use seu chicote no ombro para as viradas dele e na traseira para encorajá-lo para a frente, mas apenas toque nele com o chicote para lembrá-lo, não agredi-lo. Queremos que seus movimentos suaves e correto, não abruptos. Puxe suavemente, apertando e soltando com a corda para incentivar as viradas; faça com que ele se mova, usando mais sua linguagem corporal do que o cabresto. Se ele agir bem, pare, retire as cordas e mande ele de volta para a marcha, duas em cada sentido. Isso significa duas vezes com passos marchados, não duas vezes ao redor do curral! Então pare. Deve recompensá-lo e dizer que a aula acabou, até a próxima vez! Se você voltar amanhã, ou uma semana depois, tenha a certeza de que seu jumento lembrar onde parou em seu treinamento. Eles têm uma memória incrível!

 

(Texto Original:  Training Donkeys por Meredith Hodges)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

I PROVA DE MARCHA DE MUARES E EQUINOS DE SERRA NEGRA-SP

Raças de Jumentos – Parte 23

 

  • Comum da Albania / Gomari

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Existem cerca de 67.600 jumentos no país. Mas apenas o jumento comum da Albânia é mencionado. A existência de outras raças não está registrada. Na Albânia o número de jumentos está aumentando devido a fatores econômicos, as pessoas precisam usar o jumento ao invés de veículos. tratores e máquinas.

 

Descrição: É uma raça comum originária da Núbia. Os jumentos são pequenos, de pelagem acinzentada, preta, avermelhada ou roxeada.   A altura da garupa é em média105 cm (100 - 114); Cernelha 107 cm (102 - 120); Comprimento do corpo 108 cm (102 - 117). Em 2002 havia um total de 67.600 animais; reprodutores: 25.200 ; fêmeas: 42.400  

 

  • Primorsko Dinarski Magarac (Jumento  Litoral Dinarico )

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O Centro de Criação em Zagreb está conduzindo investigações intensivas. Em 2002 a diversidade genética das três raças de jumento da costa litoral da Croácia foi identificada.  As características do fenótipo dos jumentos também foram definidas. Essa investigação levou ao resultado de que há três tipos de jumentos na Croácia hoje.

 
Por seu tamanho, pela demanda e pela resistência, caracteristicas adaptadas às condições da costa croata carste. As patas pequenas são adaptados para circulação em terrenos rochosos. Peso: 90 kg; altura na cernelha: 96,3 cm, cor: cinza e cinza escuro com uma  barriga de clara a branca, cruz expressiva e claramente discernível e listras. Animal pequeno e compacto, uma cabeça retilinea perfilada, crina eriçada curta. Utilização: poder de tração, equitação, condução e atração turística.

 

Em 2005 haviam 3,500 animais; cerca de 20 reprodutores; 1020 matrizes. Possui livro de registro.  Área de reprodução: A parte sul e central da costa da Croácia, Dubrovnik-Neretva, Sibenik-Knin, Split-Dalmácia e Zadar.

domingo, 28 de novembro de 2010

Livros sobre Jumentos e Muares 4

  • Origem Histórica do Jumento Doméstico – Suas Raças
por Nelmar Alves de Araujo
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É a mais completa obra sobre jumentos e muares já publicada na literatura brasileira. Contém 320 páginas em duas colunas, com 470 fotos (incluindo mapas), fundamentado em farta documentação e comprovação histórica. Retrata os asininos e muares, desde a pré-história, arqueologia, subespécies selvagens, domesticação e raças, desembocando em uma explanação abrangente e profunda sobre a raça Pêga, procurando explicar e responder perguntas e dúvidas sobre a sua formação, evolução, miscigenação, características atuais e perspectivas.

Para adquirir o livro, entre em contato com a ABCJPêga.

 

  • An Extravagance of Donkeys

    por Janet Baker-Carr

 

An Extravagance of DonkeysHistórias reais, contadas com discernimento e conhecimento da vida em uma fazenda em New Hampshire, que se tornou um santuário para qualquer jumento que precisasse de uma casa. Jumentos são considerados humildes e teimosos, mas eles são muito mais do que isso: como a Jenny, que subiu uma escada em espiral elisabetana e não quiz descer, como  a preocupação que os membros do rebanho demonstram quando um deles está doente. Eles celebram a chegada de um potro e respeitam a autoridade de uma mula que se une a eles. Quando ela morreu, eles ficaram em seu túmulo e cantaram um réquiem triste por toda a noite. Por milhares de anos os jumentos foram bestas de carga dos pobres e ficaram com um estigma de inferioridade, mas têm humor, força de vontade e uma grande dose de carinho para dar. Eles são curiosos e fiéis.

 

  • Down Among the Donkeys

por Elisabeth D. Svendsen Down Among the Donkeys

 

  • For the Love of Donkeys

    por Elisabeth D. Svendsen

For the Love of Donkeys

sábado, 27 de novembro de 2010

Raças de Jumentos – Parte 22

 

Mais algumas raças para vocês conhecerem…

 

  • Waalse / Wallon

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Como em quase todos os países da Europa Central, na Belgica jumentos são mantidos como animais de estimação. Por iniciativa de alguns criadores foi criada a Associação Adodane em 1991. Desde então existe uma programação anual de atividades como exposições, encontros, etc. Desde de 2004 Adodane tem sido responsável por manter o livro de registro do Waalse Ezel.

 
Caracteristicas: Quieto, de carater amigável, ótimo animal de estimação, bom para carga ou carroça. A altura da cernelha aos quatro anos é de 1.05-1.20m (jumentos) e 1.0-1.15m (jumentas); Pelagem: baia, preta ou cinza, com ou sem listra de burro ; Cabeça retilínea

 

  • Herzegovinian

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    É um jumento pequeno, a pelagem varia do marrom ao acinzentado. Possui, em sua maior parte, a cruz nos ompros e a listra de burro. É estimado que existam cerca de 100 animais dessa espécie hoje. Em Buhovo perto de  Mostar (Bósnia e Herzegovina), está sendo construido uma reserva para animais em perigo de extinção. Lá são mantidos cerca de 24 jumentos Herzegovinian.

     

  • Búlgaro / Gigante Búlgaro image_thumb1211

    Os jumentos são usados na Bulgária especialmente nos vinhedos. Não há conhecimento sobre as raças autóctones. Não há livro genealógico de jumentos. Na literatura e também em outros países europeus, um "jumento búlgaro" é mencionado algumas vezes, que é um jumento originário da Bulgária e que é de grande porte. Mas dentro do país ninguém conhece o "Jumento búlgaro" ou o "Jumento Gigante Búlgaro".

     

    Descrição: Os animais geralmente são misturados e do tipo pequeno como os jumentos na África. A pelagem é acinzentada com listra de burro. Também existe um tipo grande de jumento como a raça Martina Franca e o jumento de Chipre. Em 2000 haviam cerca de  185744 (estimativa) jumentos na Bulgária. Desde 1985 (348769) o número dos animais tem diminuindo continuamente.

  • sexta-feira, 26 de novembro de 2010

    Treinando Jumentos – Parte II(b)

     

    Quando ele estiver fazendo a curva nos pés da frente facilmente (não precisa ser perfeito), você pode começar a ensiná-lo a mover os ombros para longe de você com uma volta sobre as ancas.


    Isto é muito mais difícil, pois os jumentos gostam de "colar" os pés da frente no chão! Pegue a latetal do cabresto em sua mão esquerda e lhe peça um passo a frente, empurre o rosto para longe de você até onde o seu braço alcançar; depois, com a mão direita, com a ponta da corda guia, toque em firmeza no ombro e dê o comando. Se os quartos traseiros se moverem, deixe sua mão esquerda sobre o cabresto, e com a sua mão direita  use seu peso corporal para empurrá-lo mais um passo, então pare, elogie e recompense-o por mover os ombros (mesmo se você tiver feito todo o trabalho !!!). Tente novamente, batendo-lhe com a ponta da guia. Se ele continuar sem mover os ombros, repeta como antes. Se ele não tentar mover os ombros depois de três tentativas, use um chicote na mão direita e toque os ombros agudamente com isso .... Apenas uma vez! Ele provavelmente ficará tão surpreso que ele vai dar um passo rapidamente rapidamente. Esteja pronto para recompensá-lo quando ele fizer. Em seguida, pare a lição. Você pode pedir dois passos em cada direção na próxima sessão. Se você tentar fazer mais, você vai encontrar resistência, e ele não estará disposto a realizar a tarefa,  precisa ser paciente e estar pronto para dar todo o tempo que ele precisa.

     

    Em seguida, vamos ensiná-lo a andar em marcha ré. Segure a guia na  mão esquerda, puxe para baixo e para trás, e libere enquanto para dá o comando. Se ele não der um passo para trás, use a mão direita para empurrar ele no meio do peito, soltando em seguida. É mais eficaz se você usar apenas um dedo e você pode ter que empurrar com força antes de liberar para obter a resposta desejada. Quando ele der um passo para trás, não importa quão pequeno seja o passo, deve recompensá-lo,  dar os parabéns, arranhar seu peito, o que mais agrada a ele. Faça isso no máximo três vezes, em seguida termine a lição.Você pode pedir uma resposta melhor na próxima vez.  Faça esses três exercícios até que ele comece a se mover facilmente afastado quando você pedir. Pode levar três ou quatro sessões. Quando ele passar a obedecer com facilidade, você pode começar a ensinar-lhe a caminhar em circulo.

     

    Reveja esses exercícios a cada vez que você começar a sua sessão de treinamento. O ideal para o próximo exercício é que tenha disponível um chicote longo e uma guia longa. Segure o chicote (comprido) em sua mão esquerda e use a sua direita para apontar para a direita (o sentido que você deseja que ele vá), levante ambos os braços em uníssono e diga-lhe para caminhar. Se ele não se afastar, abaixe os braços e suspenda novamente, repetindo o comando. Se ele ainda não sair do lugar, dê o comando verbal de novo e dê um toque firme na coxa, logo abaixo da cauda e acima do jarrete, em seguida, dê um passo para trás e espere para ele cumprir (os jumentos precisam de tempo para pensar). Se ele ainda não se mover, repita até que ele faça. Quando ele começar a se afastar, siga atrás e pela lateral a uma distância que ele vá tolerar. Esta distância varia com o indivíduo. Você pode determinar a distância que você precisa que ele mantenha para obter a resposta desejada, observando a reação dele com você. Quando você estiver perto demais, ele vai parar e mexer a cauda. Se você estiver muito longe, ele vai diminuir o passo e começar a divagar. Quando você estiver na distância correta, ele vai andar para a frente, apesar de no começo ele hesitar depois de cada passo ou dois. Pratique  se deslocar para longe e para perto dele para levá-lo a se mover. Tente se manter fora de seu espaço e fazer com que ele continue a avançar após o toque inicial do chicote. Se ele parar, e não quiser continuar, estrale o chicote na cerca atrás dele quando ele estiver perto....


    Tente não bater nele se possível! Lembre-se, jumentos congelam quando estão confusos ou com medo e você não vai conseguir nada com ele assim. Ele precisa aprender, mas ele também precisa gostar do que ele está fazendo! Não se esqueça de recompensá-lo com freqüência, mas tenha o cuidado de pedir para ele ir mais longe a cada vez, ou você pode acabar treinando-o para apenas andar poucos passos de cada vez! No início, só peça para ele ir em uma direcção e mude a direção à cada sessão. Nós vamos ensiná-lo a reverter e depois ir para a frente, uma vez que ele tenha aprendido o que estamos pedindo.

     
    Ao treinar seu jumento, verifique se você tem tempo de sobra. Você nunca deve ter pressa. Você quer que seu tempo juntos seja uma experiência divertida e agradável, cada um de vocês a aprendendo sobre o outro. A maioria de nós hoje está em fast-forward .... Lembre-se, seu jumento é em câmera lenta!

     

    (Texto Original:  Training Donkeys por Meredith Hodges)

    quinta-feira, 25 de novembro de 2010

    Treinando Jumentos – Parte II(a)

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    Se você seguiu os passos descritos na Parte I, seu jumento agora deve ser fácil de apanhar e de colocar no cabresto e na guia, fica em silêncio ao ser preparado, permite que você pegue e limpe seus pés, vai segui-lo passando por obstáculos,  aceita ser colocado em um trailer e deve já segui-lo de perto e também obedece seus comandos verbais. Ele deve se sentir feliz e ter vontade de ficar com você. Também é uma boa idéia deixá-lo assistir a outros animais sendo trabalhados, se possível. Jumentos e muares podem perceber a finalidade do seu treinamento quando vêem outros equídeos sendo trabalhados. Quando eles estão assistindo, você quase pode vê-los, dizer: "Quando é que vai ser a minha vez?" Eles podem realmente ter ciúmes do tempo gasto com alguém além deles mesmos. Eles vêem os outros  lidando bem com rédeas, brides e selas. Quando é a vez dele de ser selado, ou freado, eles não têm tanto medo como eles poderiam ter se nunca tivessem visto.

     

    Outra boa idéia é levá-los ao redor da área em que vão ser treinados para que "inspecionem" ela. Isto permite com que tenha tempo para ver se há alguma coisa a que possam ter alguma resistência antes de começar o treinamento. Eles vão apreciar a sua consideração e estarão mais dispostos a trabalhar para você. Não pense que só porque eles estiveram lá no dia anterior que eles vão lembrar que ocorreu tudo bem. Inicie cada novo dia com uma breve caminhada ao redor da área de treinamento. Afinal, as coisas têm uma maneira de mudar de forma a cada dia, mesmo que seja algo como uma nova planta, ou um pedaço de pau, ou qualquer coisa que não existia antes. Você pode não lembrar das coisas nos mínimos detalhes mas eles definitivamente lembram! Essa é uma das maneiras de diminuir distrações e resistência durante o treinamento.

     

    Agora vamos começar seu treinamento em um curral redondo, ou um curral pequeno que tenha sido modificado de tal forma que os cantos são arredondados. Leve-o para o redondel apenas com o seu cabresto e guia.

     

    A primeira coisa que ele precisa aprender é a se afastar de pressão. Jumentos, naturalmente, movem-se para a pressão e são ótimos para formar agrupamentos! Eles sempre parecem querer estar o mais próximo possível de você. Eu suspeito que isso seja uma tática de defesa. Os cavalos e as mulas têm o instinto natural de fugir, quando eles pensam que estão em perigo. Os jumentos são exatamente o oposto e congelam quando pensam que estão em perigo. Se o jumento é atacado, ele irá mover seu corpo para o predador, na esperança de ficar em posição de usar as patas e dentes como defesa. É importante que você o ensine desde o início que você não é um predador e que ele não deve se mover para cima de você. Se ele te derrubar, você está em perigoso, especialmente se ele é um reprodutor!

     

    Leve o seu jumento para o meio do curral e peça a ele para parar. Recompense-o por parar, e dê um passo em direção ao seu ombro, puxando a cabeça dele para você e toque no flanco e joelhos, e peça ele para se mover. Não mova seu corpo, a menos que seja absolutamente necessário.

     

    Queremos que ele mantenha a parte da frente virada para você e dê um passo com a perna traseira e começe a executar um giro. Isto significa que as pernas da frente vão ficar paradas enquanto as patas traseiras se movem ao redor delas para longe de você. Queremos que ele dê apenas um passo cada vez que você tocar nele, por isso não se empolgue tocando bruscamente e com força. Estamos ensinando as bases para o controle traseiro e é mais fácil deixá-lo mover-se lentamente, um passo de cada vez, no início, do que pedir-lhe para abrandar os passos mais tarde! Observe as patas traseiras para se certificar de que ele está passando as pernas direito e parando, você deve recompensá-lo após cada toque e passo. Ele provavelmente irá mover as pernas da frente também, no começo, mas desde que ele mova o quarto traseiro para longe de você, deve recompensá-lo e repetir. Podemos aperfeiçoar o seu estilo enquanto ele aprende o que é esperado. Nas primeiras vezes, peça apenas um ou dois passos. Quando ele já tiver feito isso de um lado, repita pelo outro. A cada sessão você pode pedir mais alguns passos em cada direção.

     

    (Texto Original:  Training Donkeys por Meredith Hodges)

    quarta-feira, 24 de novembro de 2010

    Curiosidade

     

    A palavra Mula vem do Latim mulus. Este animal combina a força do cavalo e a segurança e tenacidade do jumento, e para certos usos é melhor do que qualquer um dos dois.

    terça-feira, 23 de novembro de 2010

    Treinando Jumentos - Parte I

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    Treinar seu jumento não é muito diferente de treinar um cavalo ou uma mulas, embora existam diferenças no instinto e atitude que irão determinar a sua abordagem em determinadas situações. A mecânica e as técnicas, no entanto, permanecem os mesmos.


    O jumento novo deve começar seu treinamento com o “imprinting”. Imprinting é simplesmente fazer com que o jumento se acostume com seu toque, sua voz, seu cheiro, a maneira como você olha, e o modo como você interage com ele. Estas são todas as coisas que ele aprende com a mãe, e que vão determinar o seu caracter enquanto ele cresce. Se você quer que ele seja  um animal fácil de ser treinado e dócil, você e a mãe dele devem ensiná-lo a aceitar e a estar disposto no dia em que nasce. Isso também implica que você e a mãe não podem estar em desacordo. Ela deve possuir as características que você deseja incutir no filhote. Uma mãe bem treinada ajudará a produzir um filhote bem treinado. Se a mãe não é fácil de lidar, então ela precisa desse treinamento também, que deve ser iniciado com imprinting, e daí progredir através das etapas de treinamento, antes do filhote nascer.

     

    Ao começar o treinamento do filhote, deve-se pensar no tipo de atitude que você quer cultivar nele. Não vá com a idéia de que ele deve aceitá-lo. Esta é uma atitude forte e intrusiva e pode promover a resistência. Vá até ele com amor, paciência, bondade e estas serão as coisas que ele irá aprender. Respeite ele e peça que ele te respeite, assim ele vai começar a aprender sobre as limitações comportamentais. Se ele estivesse em um rebanho, os adultos exigiriam que ele respeitasse o espaço deles, imporiam disciplina. Você deve aprender a fazer o mesmo sem exageros. Se ele morder, ou chutar, um tapa bem colocado do lado da boca ou na coxa, será o suficiente. Premiar o bom comportamento consistentemente irá reforçar a repetição daquilo que você deseja dele e vai promover o entendimento entre você e ele. Este é o começo de uma ligação duradoura de amizade.

     

    Amizades não estariam completas sem um bom equilíbrio entre trabalho e lazer. Os professores que tornam a aprendizagem divertida para as crianças fazem com que a criança aprenda o que precisa mais facilmente e incentiva uma boa atitude perante a vida em geral, que pode levá-los através das mais difíceis situações. O jumento não é diferente. Se aprender é divertido e não ameaçador, ele vai desfrutar do tempo que tem com você e você vai descobrir que ele tem o desejo de agradar e servir. Os melhores professores são aqueles que percebem que eles também podem aprender com a criança nesse processo. Cada indivíduo é diferente em seu próprio caminho e é importante reconhecer a diferença, a fim de promover a confiança e auto-confiança. O jumento vai perceber que você não apenas gostaria de lhe ensinar, mas aprender com ele também. Isso irá incentivar o seu entusiasmo para aprender e vai garantir que ele aprenda bem e de forma confiante. Ele vai aprender, desde o início, a querer segui-lo em qualquer lugar ... porque é o melhor lugar para se estar!...

     

    Não se apresse com o seu jumento! Os cavalos têm um tempo de resposta muito rápido, em regra, com um mínimo de compreensão e retenção de memória; o tempo de resposta dos muares é um pouco mais lento do que o cavalo, mas a sua compreensão e retenção da memória é muito forte. O tempo de resposta do jumento é mensuravelmente mais lento (que parecem estar em uma profunda reflexão para o que parece ser uma eternidade para nós), mas a sua compreensão e retenção da memória é o mais agudo. Quando treinar um desses animais tão diferentes, você precisa aprender a avaliar a sua linguagem corporal e as expectativas.

     

    Não importa se o seu jumento é um animal novo ou um animal mais velho, comece sempre com “imprinting” e siga as etapas em seqüência. Aprenda como colocar o cabresto corretamente, e deixe ele usar por algum tempo, depois tire pois ele pode se prender em algo e se machucar. Quando ele não não se importar por você
    colocar e tirar o cabresto, você pode ensiná-lo ficar amarrado. Coloque o cabresto e o amarre em um lugar seguro. Vá vê-lo a cada dez ou quinze minutos, lhe desamarre e pergunte: "Vem". Se ele não der um passo em sua direção, apenas amarre novamente e saia. Volte daqui a dez minutos e tente novamente. Quando ele der um passo em sua direção, recompense-o com e dê muitos elogios. Acaricie-o no pescoço e no ombro, entre as orelhas ou arranhe seu peito ou coxa ... o que ele achar mais agradável. Em seguida, tente mais alguns passos. Não peça para ele dar mais passos a cada dia do que ele esteja disposto a dar. Espere a próxima vez, e logo ele vai segui-lo facilmente....

     

    Quando ele se deixar guiar com facilidade, você pode começar a fazer caminhadas ao redor da fazenda e começar a apresentá-lo a coisas que ele pode achar assustadoras. Leve ele o mais perto que ele for mantendo ele perto de você e depois vá o mais perto do objeto que o cabreto lhe permita e puxe pelo cabresto para persuadi-lo a ir até você. Ofereça uma recompensa, se necessário, para seduzir ele e não se esqueça de recompensá-lo quando ele for para a frente. Quando ele estiver confiante o suficiente para investigar as "coisas" com você, você pode evoluir para uma pista de obstáculos....

     

    Nas primeiras tentativas com obstáculos tente usar troncos, pontes, pneus, ou outros desses obstáculos. O seu jumento pode ficar relutante em passar por um obstáculo. Ele provavelmente vai tentar contorná-lo de qualquer maneira! Fique perto de sua cabeça e tente segurá-lo em uma corda curta e fale "Vem". Se ele se mover apenas um pé sobre o tronco, pneus, ou sobre a ponte, pare, segure-o
    lá e lhe dê uma recompensa por seu esforço. Depois peça pelo outro pé se ele estiver pronto, deixe-o passar pelo obstáculo, então recompense ele novamente. Se ele só mover um pé ... o recompense por isso e prossiga ... devagar! Nós não queremos que ele passe correndo por cima do obstáculo. Queremos que ele venha, quando dizemos "Venha" e pare, quando dizemos "Whoa". Você está começando a estabelecer uma comunicação verbal com se jumento, deve mantê-la simples e consistente. Aja com todos os obstáculos da mesma maneira. Jumentos gostam passar tortuosamente por cima de obstáculos. Quando ele aprender a percorrer, ou passar por um obstáculo, mas não esteja indo reto, você pode entrar diretamente na frente dele, segurando o cabresto de ambos os lados e pedir que siga reto.

    Depois que ele aprender a te seguir pelos obstáculos ele estará pronto para aprender o básico do showmanship (aprender a se apresentar). Mantenha a guia na sua mão Esquerda, mantendo a sua direita livre a sua frente. Ele deve aprender a seguir ao seu lado com a guia folgada. Se ele chegar perto demais de você, pode usar a mão direita para empurrá-lo de volta para a posição. Quando começar o treinamento para apresentação, passe sempre a guia-lo dessa maneira.

     

    Ensine-o a ficar de frente com todas as quatro padas fixas no chão toda vez que ele parar. Não estamos apenas ensinando a configuração, mas também a manter seu corpo de forma equilibrada, o que fará ele desenvolver uma boa postura e equilíbrio. Quando você quer ensiná-lo a marchar na guia, dê um comando verbal e lentamente mova suas próprias pernas em uma marcha muito lento. Se ele se fizer de difícil, não use o chicote. Tente encontrar algo para o qual ele queira ir. Acima de tudo, não desanime se ele não for nas primeiras vezes, apenas desacelere e faça algo que ele já sabe, desista naquele dia e tente novamente no dia seguinte. Eventualmente, ele vai entender!


    Soon he will be wearing his halter and lead, standing tied quietly while you brush him and clean  his feet, following you around and over obstacles, loading into a trailer and learning the  beginning stages of showmanship. You will have a good, solid foundation on which to  begin his formal training.

    Faça os mesmos exercícios descritos acima com seu jumento da mesma forma como você faria com o seu cavalo ou mula, apenas esteja preparado para ser muito mais lento, mais calmo e solidário quando ele cumpre. Aprenda a recompensar o menor movimento no sentido do cumprimento e permita que ele progrida em seu próprio ritmo, não o seu. Logo ele estará usando o cabresto e guia, ficando preso em silêncio enquanto você o escova e limpa os cascos, lhe seguindo, passando por  obstáculos, entrando em um reboque e aprendendo os estágios iniciais do exibicionismo. Você terá uma base boa e sólida para começar seu treinamento formal.


    (Texto Original:  Training Donkeys por Meredith Hodges)

    Leilão HELINHO LELIS

    Leilao Helinho Lelis

    HELINHO LELIS LEILÕES APRESENTA LEILÃO VIRTUAL
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    segunda-feira, 22 de novembro de 2010

    Tunel do Tempo - Planteis que Marcaram a Raça e Desapareceram

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    Quais eram os criatórios que se destacavam já naquela época?  O que se falava do Jumento Pêga há 30, 40 anos atrás? Resolvi pesquisar um pouco sobre planteis que contribuiram para a raça chegar ao que ela é hoje, mas que infelizmente não existem mais. Tenho que dizer que não encontrei muita coisa. Caso alguém tenha mais informações, manda para gente, é importante fazer com que o passado seja conhecido e lembrado.

     

    • Aliança

    No início da década de 30 já não se admitia na região do Nordeste mineiro, entre Joaíma e Pedra Azul, o cavalo trotador. Dentre os criadores de Mangalarga, um deles decidiu-se a criar com total dedicação o verdadeiro Marchador mineiro. Passando por Curvelo, Cerro de Minas, Belo Horizonte, Caxambu e Cruzília, o Cel. Lídio Araújo tratou de adquirir as melhores éguas que encontrava por seus caminhos. Comprava uma, duas, ou até mesmo a tropa inteira, caso a qualidade estivesse à altura do que desejava. Dezenas de eguadas dirigiram-se então para Joaíma, marchando por várias semanas até alcançarem a Fazenda Aliança (Joaíma, MG).

     

    Iniciou-se a seleção de éguas na cabeceira de um plantel que já somava 1.200 matrizes. Deste total, algo como 1.100 fêmeas se dirigiram à formação de tropas de muares, ficando sob responsabilidade de cada capataz de retiro um lote de 50 éguas e um jumento Pêga. O intenso comércio de burros e mulas já alcançava o Pará, São Paulo, Goiás, Mato Grosso e, principalmente, a Bahia.

     

    Porém, em 1953, veio a falecer o Cel. Lídio Araújo. Sucedeu-lhe sua viúva, Da Maria Oliveira Araújo que, com fibra e determinação, que com o auxilio de seu filho Eduardo Oliveira Araújo, não esmoreceu.  Dona Maria Araújo destacou-se na direção da Associação Brasileira de Criadores de Jumentos da Raça Pêga, que já mantinha núcleos importantes de preservação e criação do jumento nacional e marchador.

     

    Bonitão da Aliança, jumento de Dona Maria Araújo, foi um dos mais famosos jumentos da época.

     

    Um reporter escreveu: “(...) As Fazendas Aliança e Duas Pedras, da viúva Lídio de Araújo e filhos, reúnem um dos maiores centros de criação do Brasil.  Dedicando-se às raças eqüinas Mangalarga Mineiro, Árabe, Campolina e à asinina Pêga, a sua produção anual de burros sobe à média de 500, sendo, como se vê, talvez a mais volumosa do País.  O seu rebanho de éguas se eleva à alta cifra de mil e trezentas cabeças (...)”

     

    • Campo Novo 

    Criatório de Jequitinhonha, Minas Gerais, pertencia ao Coronel Epaminondas Cunha Melo. Encantou o Brasil, pela criação do Jumento Pega e do Cavalo da raça Campolina, sendo medalhado campeão nacional com o jumento Comando do Campo Novo (foto).

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    • Gas

    Fazenda Palestina, Entre Rios de Minas (MG), de propriedade do Sr. Gastão Resende. Gastão Ribeiro de Oliveira Rezende, titular da linhagem Gas faleceu em 1974.

     

    Um reporter escreveu: “(...) O Sr. Gastão Resende é presentemente o criador que dispõe da mais variada criação eqüina e asinina em Minas.  Grande criador de Mangalarga Mineiro, de Campolina, e de jumentos da raça Pêga, apresenta, nos três setores, uma base genética de alto padrão, o que lhe garante uma posição vantajosa no conjunto pastoril de Minas.  Participando da IIa Exposição Estadual de Belo Horizonte, em Julho último, conquistou preciosos troféus com a sua representação (...)”.

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    Foto: Gas Diadema

     

    • Fazenda Criação Cruzeiro de Mocó 

    Pertence ao Governo do Estado da Bahia, onde são feitas pesquisas sobre melhoramentos genéticos, entre outros. A Fazenda Mocó ainda existe e atualmente possui uma criação de jumentos pêga, ela entrou nessa lista de planteis que desapareceram pois algum tempo atrás, a Fazenda Mocó teve todo o seu antigo e famoso plantel vendido pelo governo do Estado da Bahia, e de acordo com o que as informações que temos, não sobrou nada. Hoje, a fazenda Mocó está reiniciando sua criação. Os animais descendentes da antiga seleção da fazenda mocó ainda são encontrados em alguns criatórios, principalmente na Bahia e São Paulo.

     

    • Passa Tempo

    Em 1949 faleceu o Cel. Gabriel Augusto de Andrade. Bolívar de Andrade herdou a Fazenda Campo Grande, em Passa Tempo-MG, e todas as criações de equideos – Mangalarga Marchador, Campolina, Piquira e jumentos Pêga.

     

    Um reporter escreveu: “(...) A Fazenda Campo Grande, dos Srs. Bolivar de Andrade e filhos, em Passa Tempo, é uma das organizações mais antigas do Estado, contando já com quatro gerações.  É uma propriedade rural de múltiplas atividades, destacando-se, porém, a sua vida pastoril.  São tradicionais os seus rebanhos eqüinos das raças Mangalarga Mineiro, Campolina, asininos da raça Pêga, búfalos da raça Jafarabadi e suínos da raça Piau.  Na última Exposição Estadual de Belo Horizonte, em Julho p.p, com 21 eqüinos de sua representação, a Fazenda Campo Grande conquistou 3 campeonatos, 1 reservado campeão, 7 primeiros lugares, 4 segundos lugares, 1 terceiro lugar e 6 menções honrosas (...)”.

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    Foto: Nesso de Passa Tempo

    domingo, 21 de novembro de 2010

    Quando começar os cruzamentos?

     

    Qual a melhor idade para iniciar o jumento e a jumenta na reprodução?

     

    Antes mesmo de se falar em idade e condições adequadas, a pergunta leva à constatação, por parte de veterinários, de que, no manejo reprodutivo, já não mais podemos reprisar o comportamento sexual natural dos animais, devido principalmente às necessidades comerciais, que impõem maior agilidade e eficiência.

     

    Desta forma, os cuidados devem ser redobrados, já que, com suas ações dominadas pelo homem, os animais estão sujeitos a neuroses, várias delas adquiridas com o manejo inadequado da reprodução. Estas neuroses, como no homem, são fatores estressantes e, segundo o médico-veterinário Eros Biondini, interferem na fisiologia geral e da reprodução e, como agravante, podem interferir na longevidade do animal.


    É sempre bom frisar que manejo inadequado durante a reprodução gera neuroses nos equinos, interferindo na fisiologia geral do animal

    Machos

    A idade ideal para um jumento começar sua vida reprodutiva é a partir dos três anos. Mas com o exame andrológico para verificação de sêmen, comportamento sexual e capacidade de monta, pode-se experimentar o animal com idade de 2 a 2,5 anos. No entanto, esses animais devem ser usados com um número limitado de fêmeas. O reprodutor precisa primeiro passar por uma fase de aprendizado e avaliação. Se cobriu bem e emprenhou, pode-se colocar mais fêmeas para a monta.

     

    Mesmo que o jumento, após passar pelo período crítico de aprendizado, esteja apto para a reprodução aos três anos de idade, o cruzamento deve ser iniciado gradativamente. Deve-se apresentar a fêmea ao reprodutor a cada 48 horas até que ela saia do cio.


    O jumento com fertilidade boa pode cobrir pelo menos uma vez por dia. Animais com boa libido cobrem duas a três vezes ao dia (mas não é recomendado). É preciso observar, se o animal está mantendo a disposição e o peso. Sob monta controlada, cobrindo uma ou duas vezes ao dia, o jumento pode servir a mais de 180 fêmeas numa estação de monta.

     

    Fêmeas

    Quanto às fêmeas, a idade ideal para a reprodução é entre 30 e 36 meses. Não se deve querer ganhar tempo cruzando jumentas muito novas, com 24 meses ou menos, simplesmente porque estão bem desenvolvidas. Ganhar um ano na reprodução pode significar uma perda maior depois do parto, no desgaste com o aleitamento da cria e com eventuais reflexos na qualidade física e na fertilidade.

     

    As jumentas que já pariram deverão ser cobertas no cio do filhote, ou seja cerca de sete dias após o parto, desde que se apresentem bem fisicamente e sem qualquer conseqüência do parto.

    sábado, 20 de novembro de 2010

    Dengue, perigo também entre os jumentos e muares

     

    Mesmo não fazendo parte do grupo predisposto à infecção, os jumentos e muares correm o risco de colaborar involuntariamente para a proliferação da doença.

     

    Se a dengue não ameaça meu plantel, então por quê devo me preocupar? Como qualquer órgão oficial de controle sanitário, é importante que todos estejam envolvidos na tentativa de erradicação desta doença. Por isso, devemos incluir neste grupo também os apaixonados por jumentos e muares. Como se não bastasse o bom senso de auxílio social que devemos prestar, lembremo-nos que em qualquer propriedade, quer seja um grande haras, hípica, jóquei clube e até uma simples chácara com um único animal é necessário que sempre tenha água limpa disponível para os animais.

     

    Atenção! Água limpa e parada em cochos, piquete ou baia são um ótimo local para proliferação dos mosquitos transmissores da dengue. É bom lembrar que não existe apenas um transmissor, o Aedes aegypti (responsável pela disseminação no Brasil); existe ainda um outro agente, o Aedes albopictus. As várias maneiras de controle do mosquito transmissor são freqüentemente lembradas nos meios de comunicação – evitar deixar água parada ou colocar cloro em piscinas. Mas as medidas efetivas são de difícil realização onde mantemos os animais, pois nenhum produto pode nem deve ser colocado na água, sob o risco de modificar o sabor e comprometer sua ingestão pelos animais. Então, o que fazer?

     

    Talvez a única maneira de colaborarmos com a não proliferação do mosquito da dengue seja manejar corretamente recipientes como baldes, ou mesmo os cochos onde se coloca a água para os animais – além, é claro, de realizar uma limpeza freqüente. Assim, a retirada de toda a água desses cochos, o ato de esfregar com uma escova dura para então encher novamente de água limpa ao menos duas vezes por semana, é fundamental. Lembre-se que os ovos destes insetos podem permanecer cerca de seis meses em local seco sem eclodir. Mas ao primeiro contato com água surgem novos insetos.

     

    Muita gente não entende como os mosquitos podem “nascer” da água, mas o que é preciso entender é que os insetos passam por um ciclo reprodutivo, em que as fêmeas depositam seus ovos na água limpa e parada. Após um certo período ocorre a eclosão das chamadas larvas, estas sim residentes da água. Por fim, transformam-se em insetos adultos. No caso do Aedes aegypti apenas as fêmeas adultas sugam o sangue, ou seja, quando picam um ser humano podem inocular este vírus e fazer com que a vítima desenvolva a doença. Talvez o maior problema no controle ou mesmo no desenvolvimento de uma vacina eficaz seja a existência de mais de um subtipo de vírus causador da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4).

     

    Pode parecer que este manejo de limpeza freqüente seja uma prática penosa e às vezes cara, principalmente em grandes haras, locais em que seria necessário manter um funcionário para lavar todos os cochos de água (inclusive os locados em pastos). Mas lembre-se que este custo inicial é inferior à possibilidade de ter uma ou mais pessoas internadas e infectadas pela dengue.

     

    Fique atento aos sintomas da dengue

    A dengue clássica é usualmente benigna. Inicia-se com febre alta, podendo apresentar cefaléia (dor de cabeça), prostação, mialgia (dor muscular), dor retro-orbitária (ao redor dos olhos), náusea, vômito, dor abdominal e exantema máculo-papular (manchas na pele). Em alguns casos, no final do período febril, ocorrem sangramentos – mas eles são raros na dengue clássica.

    (Texto adaptado. Autor: Abel Vargas)

    sexta-feira, 19 de novembro de 2010

    DVDs sobre Doma

    Para quem está procurando videos sobre doma, aqui vão algumas sugestões…

     

    1. Doma Racional de Cavalos

    Este vídeo, mostra todas as etapas desenvolvidas durante o processo da doma, desde os primeiros contatos com o cavalo até a montaria, o que acontece na fase final de treinamento.

     

    2. Doma Racional do Cavalo

    A doma inicial de cabresto, o método do charreteamento e a doma correta de sela.

     

    3. Passo-a-Passo da Doma Natural (CURSOS CPT)

    A doma natural também é conhecida como Doma Racional. A doma natural caracteriza-se por respeitar os limites do animal. Neste curso constituído de filmes, em DVD, e manuais interativos, é apresentado um treinamento passo a passo que pode ser usado tanto para cavalos quanto para muares, diferenciando o tempo de trabalho com cada animal e suas características. São abordados os seguintes assuntos: instalação e instrumentos; doma de baixo; como se aproximar do animal chucro; como proceder ao charreteamento, como rodar o animal na guia, encilhar e charretear o cavalo; doma de cima; como montar o animal no picadeiro, como exercitar o cavalo no treinamento: mudança de direção; paradas; círculo à direita e à esquerda, oito e espádua a dentro, entre outros.

     

    4. Kit 3 em 1 - Doma Racional de Cavalos

     

     

    5. Kit 4 em 1 - Treinamento de Rédeas

    quinta-feira, 18 de novembro de 2010

    A Genética da Marcha

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    De acordo com um interessante estudo publicado por Eldon Eady no livro Heavenly Gaits, somente dois pares de genes produzem os diferentes tipos de andamentos. Um par determina o trote e a andadura e outro par pode atuar como o gene principal ou como gene modificador. Este gene principal altera o mecanismo do trote, ou da andadura, interferindo no mecanismo de dominancia e alterando o modo pelo qual o par de genes do trote e da andadura interagem. O potro (a) recebe cada par de genes do trote e da andadura de cada genitor. Tambem recebe um gene modificador – ou gene do passo, em varios graus de intensidade.

     

    Os pares de genes do trote e da andadura pertencem a uma classe de genes qualitativos, pois regulam a qualidade ou tipo de caracteristicas na prole. O melhor exemplo de um par de genes qualitiativos no equino é o que determina as pelagens preta e alazã. Estes genes apresentam uma relação de dominancia e recessividade, sendo que o par de genes da pelagem preta é dominante sobre o par de genes da pelagem alazã. Somente três possibilidades de combinação: preta/preta, preta/alazã, ou alazã/alazã. Como o gene da pelagem alazã é recessivo, somente  quando emparelhar com outro gene da pelagem  alazã – estado de homozigose, os mesmos genes – esta pelagem se manifestará. A combinação preta/alazã tende a produzir a pelagem preta. Não se sabe se o cavalo carrega gene da pelagem alazã, exceto se produzir filho (a)  de pelagem alazã quando acasalado com égua também alazã. Estes genes recessivos podem permanecer encobertos durante varias gerações, antes de reaparecerem em algum potro (a).

     

    O par de genes trote/andadura atua em um mecanismo similar, mas não idêntico em cavalos não marchadores. O trote é dominante sobre a andadura. Portanto, um cavalo carregando o par de genes do trote não apresenta andadura. Mas um cavalo que carrega genes do trote e da andadura tem uma predisposição forte para o trote, mas poderá apresentar andadura em algumas situações eventuais, geralmente somente na idade de potro em amamentação. Um cavalo puro de andadura, carregando genes emparelhados, em estado de homozigose, terá uma forte predisposição para apresentar andadura, mas poderá trotar em liberdade, especialmente em idades jovens.

     

    Todavia, quando o cavalo carrega um ou dois genes modificadores, denominados de genes principais, o resultado é complexo. Estes genes são classificados como quantitativos, pois regulam as variáveis inseridas nos caracteres, tais como altura, comprimento, tamanho, velocidade, taxa do crescimento dos cascos, etc. Não há um mecanismo claro de dominancia ou de recessividade nos genes quantitativos. Somente atuam produzindo as diferentes variações em um mesmo caractere. As caracteristicas produzidas por genes quantitativos são evidentes em cada individuo, de todas as especies (exceto quando atuam genes ligados ao sexo), mas em diferentes graus. Genes quantitativos sao altamente influenciados pelo meio.

     

    Os genes dos andamentos marchados são tipos complexos de genes quantitativos. A função principal no equino é produzir o passo. Assim, todos os cavalos carregam estes genes, em diferentes graus. Nos cavalos não marchadores, eles são tão fracos que não conseguem interferir nos mecanismos dos pares de genes trote/trote, trote/andadura e andadura/andadura. Em cavalos marchadores, estes genes são fortes o suficiente para interferirem, ou modificarem, os pares de genes trote/andadura. O resultado é espetacular e produz grande variedade de andamentos marchados.

     

    Há somente um tipo de gene da marcha, mas existem mais de cem diferentes meios de atuação. Cada um destes meios de atuação, combinado com as diferentes possibilidades dos genes determinantes do trote e da andadura, produzem as diferentes modalidades de andamentos marchados, que se inserem entre os extremos limitrofes do trote e da andadura.

     

    Como o meio de atuação dos dois genes da marcha (herdados um do pai e outro da mãe) é agtravés do emparelhamento, para determinar o grau da modificação no andamento da prole, será necessário que sejam fortes em cada um dos genitores, para produzir um bom cavalo marchador. O gene mais forte de apenas um dos pais determina  somente a metade do caminho.

     

    O gene do passo é o mesmo gene determinante da marcha. Pode parecer confuso, pois cavalos trotadores também desenvolvem o passo, semelhante ao passo dos cavalos marchadores. Alguns cavalos trotadores desenvolvem um passo curto, desequilibrado, antes da transição para o trote. Outros conseguem desenvolver um passo pais amplo, mais veloz, antes da transição para o trote. Outros possuem habilidade de desenvolver o passo de forma cadenciada, nos quatro tempos, empurrando melhor com os posteriores, avançando com mais amplitude os anteriores,  com mais soltura de espaduas, usando melhor o pescoço e a cabeça para manter o equilibrio. Assim, o passo, que é uma marcha em baixa velocidade, é claramente uma caracteristica genética de ação quantitativa, de variação continua, de um extremo a outro, a exemplo da própria marcha de média velocidade.

     

    Analogamente, nos cavalos marchadores, são encontrados os exemplares de qualidade superior e os de qualidade inferior na marcha. Alguns conseguem manter uma velocidade inferior, algo em torno de 8 a 10 km/h, mantendo a marcha cadenciada de 4 tempos, até o momento da transição para o galope. Outros alcançam velocidades bem superiores, sendo a média de 12km/h, antes da transição para o galope.  Isto acontece porque os gens da marcha são os genes do passo. O passo convencional é a “expressão” mais pura destes genes. Se os genes do passo são fortes, eles passam a atuar como modificadores, interferindo sobre os genes do trote e da andadura, para produzir a marcha – eles fazem com que o cavalo tente se manter no andamento de 4 tempos, ao invés de entrar em um andamento a dois tempos, como no trote ou na andadura. Se os genes do passo são muito fracos para atuarem como modificadores, o cavalo não será marchador, mas encartará o trote ou a andadura a partir do passo.

     

    Aspectos psicológicos ou de treinamento podem gerar o trote em animais marchadores, mas este será tema de outras matérias inerentes a genetica da marcha.

     

    Autor: Lúcio Sérgio de Andrade

    quarta-feira, 17 de novembro de 2010

    Porque a mula é melhor que o cavalo? – Parte 3

     

    8. Despesas veterinárias são menores: Parece estranho e improvável, mas um proprietário de mulas confirmou, cavalos parecem ser uma conta de veterinário esperando para acontecer. O vigor híbrido é responsável por uma boa parte da saúde robusta da mula. Os jumentos contam para outros aspectos. E talvez o instinto de autopreservação, que aparece em diversas formas, tais como não beber ou comer em excesso quando está quente ou não entrar em pânico quando se enrrosca em arame farpado conte para o resto. Isto não quer dizer que as mulas nunca ficam doentes, nunca se ferem ou que nunca tenham outro dano qualquer, apenas que elas parecem ser mais resistentes do que os cavalos e também que se cuidam melhor.

     

    9. Mulas aparentam ser diferentes: esta é a coisa mais evidente para qualquer observador - é claro que elas parecem diferentes. Bem, veja você, os amantes das mulas gostam de olhar para as mulas. Nós amamos as maravilhosas (magníficas mesmo) orelhas grandes. Gostamos de ver as orelhas mexendo em um ritmo relaxante num passeio, ou se voltar rigidamente para frente quando vê algo interessante. Começamos a pensar que há algo errado com os cavalos -parecem deformados -  aquelas minúsculas orelhas que parecem inúteis! Ah, bem, cada um com seu próprio gosto. Nós gostamos de notar a força sem aquela grande massa corporal, o aspecto racional das nossas mulas com suas crinas arqueada e caudas raspada. Nós realmente gostamos de ser diferente! Sabemos que uma mula vai chamar a atenção, onde apenas os mais notáveis e caros cavalos se destacam. Todo mundo olha para um cavalo appaloosa colorido, mas todos os  suspiros vão para a mula appaloosa colorida. Pessoas que andam em mulas de sela, muitas vezes gostam de ter uma montaria que se destaca dos demais tanto na aparência quanto na resistência e, assim, montam uma mula. (Nós gostamos do jeito que soam também! - Meio bobo, mas divertido)

     

    10. E, finalmente, a personalidade: esta é a coisa mais difícil de definir, e eu vou fazer um trabalho muito incompleto ao tentar - como qualquer pessoa que se volta as palavras. Sim, eles são inteligentes, eles podem ser muito decididos sobre como eles querem fazer as coisas, eles são magníficos em executar blefes! Herdaram isso do jumento, eu suponho. Todos os nossos jumentos se destacam por suas manias, que muitas vezes fazem com que se recusem a fazer algo até que estejam absolutamente certos que você os forçará a fazê-lo. Então eles se dobram e agem como anjos. Quem vai treinar ou usar mulas deve estar cientes desta qualidade. Ao invés de colocar a sua força contra a da mula (que é enorme) sempre tente ser mais esperto que ela ou usar de meios físicos com muito calma (essa palavra deve ser enfatizada), com calma, para passar a perna nele. Por meios físicos quero dizer apetrechos - sim, essa palavra horrível. Coisas que vêm imediatamente à mente são: amarrar o pé da frente ou de trás, rédeas, etc.  Todos estes usados cuidadosamente para atingir uma meta específica permitem que você seja mais esperto que a sua mula e uma vez que você faz isso você ganhou. A chave para lidar com mulas é fazer coisas simples, com calma e firmeza. Não perca a paciência e não force muito até que esteja pronto e com certeza de que você pode fazê-lo. Não pense que ele é humano, mas não pense que ele é estúpido ou você estará em apuros! Mulas jovens parecem ter mais medo dos humanos e muito mais medo de situações estranhas que cavalos jovens ou jumentos. Mulas jovem sem experiência prosperam quando tem uma rotina de cuidados e um manuseamento frequente, calmo e tranquilo. O grande segredo para acalmar mulas que nunca dão coices e que não tem maus hábitos é tratá-los com firmeza, mas suavemente do momento em que nascem ou do tempo que você adquiri-los. O trabalho inicial feito em uma mula paga-se ao longo do tempo, portanto não tenha pressa em montar,  gaste tempo com disciplina e treinamentos básicos. Don Merrit, um treinador experiente de mulas diz: "Quando uma mula se ressente com algo, e resiste a partir de então, você pode esperar uma luta. Você não podecometer muitos erros com uma mula como você pode no treinamento de um cavalo. Você deve ser especialmente persistentes. Você tem que levar uma mula através de todas as etapas iniciais de treinamento de maneira calma até que ela passe a aceitar. Então você não terá nenhum problema. "

     

    11. Muares não são teimosos: Na verdade nem os jumentos são.  Mulas, burros e jumentos tem sido tratados de maneira descuidada sendo quebrados ou não treinados (de forma nenhuma) e ainda assima se espera que saibam o que fazer e obedeçam imediatamente. Muitos muares foram tratadas rudemente e assustados quando jovens, em vez de fazer com que confiassem em seus treinadores. Muitos treinadores também não tem levado em conta o forte senso de autopreservação que o muar tem. Sim, se você quer que ele trabalhe demais para o seu bem-estar, especialmente em tempo quente, ele vai ser "teimoso". Sim, se você quer que ele cruze a frágil ponte de madeira sem comprovação de sua mente que ele estará seguro, ele vai ser "teimoso", e sim, se você tentar assustar ou feri-lo ou fazê-lo atravessar ele será definitivamente "teimoso" e pode até lutar, e uma muar pode mirar um pontapé para obter melhores resultados - acredite em mim. 
    Jumentos e muares geralmente não gostam de cães, por isso tome cuidado. Depois que uma mula/burro começar a se acostumar com cães, normalmente vai ignorá-los, e pode até passar a brincar com o cão da família, mas os cães estranhos podem ser perseguido e receber patadas. Alguns muares, (geralmente castrados) e algum cavalo castrado que eu já conheci, vão brincar mais ou menos de maneira pesada, chegando até mesmo a matar potros, caprinos, ovinos e animais pequenos. Esta parece ser uma extensão do seu problema com os cães, por isso não coloque um muar com animais pequenos até ter certeza que ele não é esse tipo de animal. Muares gostam de ter um amigo. Sim, eu sei, assim como cavalos. Mas, jumentos, burros e mulas são os originais Damon e Pítias. Não compre um muar e espere que faça um bom trabalho sem que ele tenha um companheiro. Exceto com animais muito independentes e individuais, todos precisam de um companheiro, se não tiverem um, não podem se concentrar e acabam sendo totalmente inúteis. Eles também terão amigos inseparáveis nas pastagens. Isso é algo que tem que ser levado em conta. Temos um burro bom que tem que ser amarrado a uma árvore sempre que saimos com seu amigo cavalo ou ele tenta pular a cerca e siguir. Devem ser treinados cedo para deixar os seus amigos, não importa quão duro seja. Muares mais velhos aceitam a separação mais facilmente se forem treinados adequadamente, muares jovens são bastante inseguros e o instinto natural é excepcionalmente forte neles por causa disso. O amigo favoritos de qualquer muar é um equino, provavelmente porque sua mãe era uma égua, mas se não houver cavalo, eles se tornam amigos rapidamente com jumentos ou outros muares.

     

    (texto Original: Why a Mule? por Betsy Hutchins)

    terça-feira, 16 de novembro de 2010

    Como amarrar os animais

     

    Um video explicando passo-a-passo como amarrar os animais. Não traduzi o video pois é fácil de entender a demonstração.

     

    segunda-feira, 15 de novembro de 2010

    Porque a mula é melhor que o cavalo? - Parte 2



    O vigor dos híbrido, explica varias dessas coisas, as resistentes qualidades físicas e mentais do jumento explicam o resto. Muares duram mais, são mais "livres de manutenção", e menos dispendioso no consultório veterinário do que os cavalos em média. O fato de que eles não são inclinados a entrar em pânico, a pensar sobre o que está acontecendo com eles, e cuidar de si fisicamente, evita muitos acidentes que podem acontecer se fossem cavalos.
     
    4. Auto Preservação: Isso pode pertencer à personalidade - mas é uma boa razão para que as mulas durem mais fisicamente. Se eles estão superaquecidos, excesso de trabalho, ou usados em demasia, por qualquer razão, as mulas vão desacelerar o ritmo ou simplesmente parar completamente. Até agora, nunca ouvi falar de um mensageiro levar uma mula para a morte por correr demais como as lendas dizem que faziam com os seus cavalos!
     
    5. Longevidade: mulas normalmente vivem vidas produtivas mais longas do que os cavalos. No passado, quando o valor de um animal dependia de quanto tempo ele poderia trabalhar num dia, foi estimado por especialistas que a média da mula era de 18 anos, comparado aos 15 anos dos cavalos. Uma citação do folheto de "Jack, ginetes e mulas" pode ajudar a ilustrar: "Um dos nossos membros emprega 160 mulas nos arreios. Ele compra a mulas de 3 anos apenas, e nunca vende uma. Quando elas se tornam incapacitadas para o trabalho são humanamente destruídas. Seus registros são exatos. De 89 mulas que comprou em 1921, vinte e oito ainda estavam no trabalho na idade de 24 anos em 1942. A média de idade das morte das 61 que faleceram era 20 anos". Nos dias de hoje em que uma mula é quase sempre uma companheira e até mesmo um animal de estimação, com os trabalhos mais leves, melhor assistência médica, melhor conversão alimentar e boa administração, que a mula moderna recebe, muitas delas ainda estão servindo bem seus proprietários  até os 30 anos, e aposentados de 40 anos não são de todo incomum.


    6. Pode-se lidar com mulas em grandes grupos.  Pode-se colocar 30-40 mulas em um curral ou até 500 em cercados de alimentação, sem problemas e sem se machucarem.

    7. As mulas tem uma pisada firme e cuidadosa: Na trilha, nas montanhas e entre as plantações estreitas de tabaco e de algodão, as mulas provaram vezes e vezes sem conta o seu valor. A causa do passo firme da mula é em parte pelo físico e em parte pelo psicológico. A mula tem um corpo mais estreito do que um cavalo da mesma altura e peso. Ela puxou isso ao jumento. Suas pernas são fortes e os pés são pequenos e aprumados. Esta estrutura estreita e a configuração pequena do casco lhe permite pisar com cuidado e ordenadamente. Sua outra vantagem é psicológica. As mulas têm uma tendência a avaliar as situações e agir de acordo com as suas opiniões (a maioria dos quais tem a ver com auto-preservação). Muitos cavaleiros não gostam disso. Smoke Elser e Bill Brown dizem em seus livros “packin’ in on Mules and Horses”, que "a disposição plácida de uma mula, muitas vezes mascara o fato de que ela ser extremamente alerta e ter um forte desejo de auto-preservação”. Mesmo uma mula dócil raramente coloca o mesmo grau de confiança no seu cavaleiro como um bom cavalo colocaria. Quando as coisas começam a correr mal (nas montanhas), uma mula, muitas vezes, reage de forma inesperada e pode demorar para responder a seu cavaleiro. Quando temos de agir rapidamente para  desembaraçar uma tropa de animais de carga, pegar uma mula solta ou endireitar um pacote que caiu, nós preferimos usar um animal que nos permita tomar as decisões. Bill e  Smoke dizem o seguinte sobre sua tropa de mulas."Mulas viajam mais facilmente que os cavalos nas montanhas, uma diferença que aparece claramente quando se tem que carregar algo pesado. Isso porque os cavalos e as mulas são fisicamente diferentes e, conseqüentemente, têm maneiras diferentes de se movimentar. Um cavalo é construído como um sapo, com longas pernas traseiras para força e pernas mais curtas na frente para equilíbrio ... mais ou menos cerca de 60% do peso de um cavalo ou mula fica sobre as pernas da frente. Na decida a percentagem sobe e para poupar os joelhos um cavalo tem deixar suas pernas trazeiras bem suspensa e dar os maiores passos que ele pode, sem interferir com as patas da frente. O resultado é uma passada lateral bamboleante. A carga balançando torna o trabalho mais difícil para o cavalo e torna mais difícil manter a sela e de carga no meio do dorso do cavalo. As mulas também são como um  sapo, mas elas são mais noveladas, com pernas da frente mais longas. Isto lhes dá uma passada mais suave, especialmente em declive, onde eles dão passos mais curtos e com menos oscilação. As mulas também parecem ter maior equilíbrio. Pés mais estreitos e um corpo mais estreito, os ajuda a atravessar terrenos íngremes, onde os pés mais largos e ovais dos cavalos são um obstáculo. Mas o motivo maior das vantagens das mulas como alpinista, pode ser mental. Em declives íngremes ou em penhascos e ribanceiras, onde os cavalos tendem a ficar em pânico, uma mula apenas se torna mais intensa. Suas orelhas grandes sempre atentas, seus olhos sempre sobre o que ela está fazendo. Mulas podem andar em segurança para territórios ingremes demais para a maioria dos cavalos ... mulas têm, costas retas e fortes que não são susceptíveis a quebrar sob cargas pesadas. Tratadas adequadamente, elas aprendem a gostar das pessoas e são fáceis de apanhar. Isso é importante nas montanhas, como também em sua tendência de rapidamente se ligar aos animais com quem andam. Você pode prender seu cavalo de sela, deixar as mulas soltas, e dormir tranquilamente sabendo que as mulas vai estar lá pela manhã. Os jumentos também lançam alguma luz sobre por que uma mula pode equilibrar uma carga pesada. Isso por conta de um motivo físico, que não é imediatamente óbvio: o balanço da caminhada, quando diferente do do cavalo. As pessoas que estão acostumadas a montar em jumentos e que mudam para um cavalo observam que o cavalo tem um balanço no andar, de um lado para o outro. Muitas mulas herdar esse tipo de passo nivelado, que lhes permite ter um melhor equilíbrio de cargas pesadas em suas costas.


    (Texto Original: Why a Mule? por Betsy Hutchins)

    domingo, 14 de novembro de 2010

    Livros sobre Jumentos e Muares 3

    Aqui vão mais algumas sugestões de livros:

     

    1. Donkeys: Miniature, Standard, and Mammoth: A Veterinary Guide for Owners and Breeders

    por Stephen Purdy

    Product Details

    O livro fala sobre as diferenças entre os jumentos e os cavalos, destacando que, ao contrário do que muitos pensam, esses animais são muito diferentes um do outro, seja anatomicamente ou geneticamente. O livro serve para educar criadores em como melhor cuidar de seus animais. 

       

    2. An Extravagance of Donkeys

    por Janet Baker-Carr

     

    An Extravagance of Donkeys

    Histórias verdadeiras sobre a vida em uma fazenda de New Hampshire que se tornou um santuário para qualquer jumento que precise de uma casa.

     

    3.Donkeys (Hobby Farm)

    por Anita Gallion

     

    Donkeys (Hobby Farm)

    Um guia para pequenos criadores. O livro fala sobre compra de animais, cuidados e outros assuntos.

     

    4. The Complete Book of the Donkey

    por Elisabeth Svendsen

    The Complete Book of the Donkey

    O livro essencial para criadores de jumento. Contém informações importantes sobre todos os aspectos da criação. Também tem seções sobre o trabalho de santuários de jumentos, a história desses animais, um resumo sobre as diferentes raças européias, e muito mais.

     

    5.Training Mules and Donkeys : A Logical Approach to Longears

    por Meredith Hodges

    Training Mules and Donkeys : A Logical Approach to Longears

    Considerado o primeiro livro completo sobre treinamento de mulas.

    sexta-feira, 12 de novembro de 2010

    Porque a mula é melhor que o cavalo? – Parte 1

    Mais e mais ouvimos a pergunta: "Por que você prefere uma mula à um cavalo?"

     

    Muitos amantes da mula não conseguem responder essa pergunta de maneira plena e completa. É uma pergunta difícil de responder. É como tentar descrever o seu namorado ou namorada para alguém e esperar que eles entendem por que você ama essa pessoa. Alguma vez você já tentou colocar em palavras coerentes a personalidade e padrões de comportamento de alguém para uma terceira pessoa? É muito difícil!


    Claro que você pode começar com as superioridades físicas da mula. Isso é mais fácil para as pessoas verem. Você pode até mesmo enúmerar algumas delas, como:


    1. A mula suporta o calor muito melhor do que o cavalo. Eu nunca vou esquecer o show duplo que assistimos aqui no Texas em um dia quente. Haviam palominos lindos em uma arena e ótimas mulas na outra. Eles estavam todos atuando em uma mesma categoria, exceto que cada mula participava de várias categorias, enquanto os cavalos eram mais especializados e só participavam em uma ou duas categorias na maioria dos casos. A coisa que mais impressionou a todos que notaram, foi que os palominos estavam absolutamente cobertos com suor. Eles estavam  encharcados, pingando de suor. Eu, propositalmente, examinei a maioria das mulas. Elas estavam suando por baixo da sela! Os animais que eu levei para o show bebiam um balde de água por dia e cada um participou de 7 categorias! Se você olhasse ao seu redor não se veria nenhum proprietário de mula  passeando com seu animal para esfria-lo, apenas em casos realmente excepcionais, tais como provas de resistência ou atividade excepcional quando o tempo estava muito quente, só assim você veria uma mula andar até esfriar. A maioria era solta para rolar na areia e se refrescar sozinha. Cavaleiros cauteloso retem a água, mas alguns nunca o fazem. Isso porque o jumento tem um mecanismo interno semelhante a um camelo (isto foi provado por investigação científica),  o que faz com que um jumento sedento só beba água o suficiente para substituir os fluidos corporais que perdeu. Os muares herdam isso em quase todos os casos. Laminite em uma mula é tão rara que é algo a ser estudado quando se vê, os pequenos, no entanto, filhos de éguas pônei, podem ter algumas vezes, o que faz com que a idéia de que as mulas nunca tem Laminite não seja verdade.

     

    2. Alimentação. Acontecem menos problemas de alimentação com as mulas do que com os cavalos. É costume em muitas áreas agrícolas para manter grãos na frente das mulas de carga e trabalho em todos os momentos quando não estão trabalhando. Mulas que muitas vezes são mantidas em baias com a alimentação na frente delas em todos os momentos, não tem laminite ou comem em excesso. Muitas pessoas já xingaram as mulas por enfrentárem obstáculos quando queriam engordar uma mula para vender no mercado, isso porque eles não comem o suficiente e essas pessoas normalmente tem que gastar mais dinheiro comprando alimentos mais ricos para colocar a gordura no animal. Os muares são mais felizes com feno puro. Nenhum feno especial é necessário para eles (embora muitos usem), apenas feno, limpo e fresco, e que seja apropriado para eqüinos. Muitas pessoas têm comprado fenos mais baratos com ervas daninhas e outras coisas nele apenas para descobrir que suas mulas comem as ervas daninhas primeiro! Algumas mulas realmente podem comer demais, a ponto de terem cólicas e laminite, mas a maioria faz isso. Algumas pessoas são mais vorazes do que as outros também. Muares comem menos. Se eles não estão trabalhando, normalmente, não precisam de ração, uma boa pastagem ou um feno limpo é tudo que precisam para se manter, a menos que gordura extra seja necessário para fins de exposição. Quando trabalhando, a sua ração é geralmente cerca de 1/3 menor que a de um cavalo de seu tamanho, embora, naturalmente a quantidade dependa do tamanho, do metabolismo e do trabalho que estejam fazendo.

     

    3. Solidez Física. Muares se superam aqui. Eles têm cascos fortes, resistentes e flexíveis, e muitos nunca recebem ferraduras. Mulas que trabalham no pavimento, solo pedregoso  etc recebem ferraduras. Mas os animais de passeio ou que trabalham num terreno mais macio não precisam usar ferradura, aparar os cascos é tudo que precisam. Seus cascos geralmente não são tão frágeis como os de um cavalo e há menos problemas com rachaduras, lascamento e outros. As mulas têm pés naturalmente suaves e verticais, que são alguns dos motivos dos seus passos firmes e confiantes. As mulas também são extremamente fortes nas pernas, problemas nas pernas são muito menos prováveis e quando eles ocorrem, muito menos grave. Não só as pernas, mas também todas as outras partes da mula, incluindo o couro, são mais duros, mais duradouros e mais duráveis do que os dos cavalos.

     

    (texto Original: Why a Mule? por Betsy Hutchins)

    Mulas - Motivação e Aprendizado

    A motivação e o aprendizagem das mula é bastante interessante. Um bom treinador sabe como motivar seu aluno. Motivação: significa o desejo de aprender ou melhorar.

     

    Há quatro fatores de motivação na mula. São eles:
    1. Para agradar
    2. Alimentos
    3. Medo
    4. Curiosidade


    MOTIVAÇÃO PARA AGRADAR, é muito mais comum em mulas do que em cavalos. O desejo e a capacidade da mula de se relacionar com uma pessoa é uma prova disso. Tem de haver uma forte ligação entre o cavaleiro e mula a fim de motivar a mula a querer agradar. Uma amizade como essa, se destaca na competição. Sinto que a mula pode aprender em um ritmo mais rápido quando um relacionamento positivo foi desenvolvido com o seu treinador. De alguma forma, isso é importante para a mula. Sua atitude positiva, sem a apreensão, é o mais benéfico ao treinamento da sua mula.


    MOTIVAÇÃO POR ALIMENTOS é onde a mula e o cavalo diferem novamente. Os cavalos podem quase sempre ser "enganados" ou motivados por alimentos, em qualquer ponto da sua formação. O aliciamento de um cavalo com grãos para carregar em um trailer é um exemplo. A mula no entanto, pode ser atraída ou
    motivada pela comida, mas nem sempre. As condições têm de ser "certas". A mula não pode ter medo, ansiedade ou suspeita ou mesmo raiva. Por experiência própria, sei que esses animais podem recusar comida se eles estavam com medo, ansiosos, apreensivos ou com raiva. Um cavalo é mais apto a comer em condições estressantes, a mula não. Mulas de inteligência superior e/ou com temperamentos mais curtos são menos propensos a ser atraídos com comida. E, realmente, as mulas deste calibre trabalham muito melhor sem o uso de alimentos como uma recompensa em seu programa de treinamento. Mules com menor capacidade de aprendizagem e com atitudes descontraído são mais facilmente treinados com os alimentos utilizados como recompensa.

     

    No entanto, existe um lado negativo ao uso de alimentos enquanto treina sua mula. Pode produzir um comportamento de ansiedade, simplesmente porque a mula antecipa o que vem a seguir. Por exemplo, uma mula pode apressar uma tarefa simplesmente porque ela está esperando a sua recompensa.

    Eu decidi manter uma mula de celeiro de temperamento ruim utilizando os alimentos como uma recompensa. Nos primeiros dias depois de dar uma volta dava vários punho de grãos longe do celeiro. Claro que ela ansiosamente voltava para o celeiro, até que ela aprendeu. Ao voltar para o celeiro, não houvia recompensa ou conforto. Eu fiz com que a vida dela fosse miseráveis por muitas horas após o retorno ao celeiro, e em pouco tempo tudo o que ela mais queria era deixar o celeiro. Eu continuei a recompensá-la com grão, mesmo depois de andar vários quilômetros para fora. Ela tornou-se muito confiante e passou a andar sozinha sem nenhum problema. Ela saía e até mesmo trotava para chegarmos ao nosso destino, sabendo que seria recompensada. Eu sabia que se mantivesse meu programa de recompensa "saboroso", o meu problema logo seria revertido. Mulas jovens agem bem com alimentos como recompensa e eu uso muitas vezes ao pedir uma resposta correta para uma tarefa difícil.

     

    MOTIVAÇÃO POR MEDO pode ser benéfico para a formação de uma mula, se NÃO for excessiva. Os cavalos, por outro lado, perdoam e podem tolerar técnicas de treinamento mais excessivas ou mais abruptas quando motivados pelo medo. Treinando  sua mula usando motivação pelo medo significa que se uma resposta correta não é dada, então a dor ou uma outra conseqüência será imediatamente aplicada. Por exemplo, uma mula que escolhe suspender a cabeça ou tentar tirar a embocadura, logo sentirá dor ou pressão da embocadura, quando se usa rédeas como um auxílio treinamento. A mula, então, imediatamente optará por parar o que estava fazendo de errado, simplesmente porque será a escolha mais confortável para ela. Usando a técnica de reforçar a sua perna quando a mula não responde ou cede ao comando da sua perna, é outro exemplo. Técnicas de treinamento mais severas para motivar muares pelo medo não são recomendadas. A única exceção a esta regra é para reciclagem do treinamento de animais mais velhos, e mal acostumados -“estragados”. Tenha em mente que a técnica usada aqui é apenas benéfica quando a mula "fere" a si mesma.

     

    MOTIVAÇÃO POR CURIOSIDADE é o "treinamento" natural para a mula. A mula vai optar por investigar novas coisas em seu habitat ou arredores. Um portão novo ou máquinas agrícolas que tenha sido movidas ou estacionadas é um exemplo. As mulas são curiosas por natureza. Uma boa mula para trilha "investiga" um obstáculo e determina se ele é prejudicial a ela antes de passar. Basta introduzir algo de novo para o seu amigo híbrido, isso é tudo o que é necessário, a mula vai investigá-lo por conta própria. Manter os seus programas de treinamento inovadores e criativos que irá melhorar a capacidade de aprendizagem da mula, simplesmente porque ela é naturalmente curiosa.


    As  habilidades de aprendizagem dos muares são maiores do que nós normalmente percebemos. Eles aprendem a um ritmo mais rápido em comparação com o cavalo, desde que tenham maturidade e as qualidades desejáveis. Você pode pegar uma boa mula, melhorar o seu treinamento e, certamente, fazer dela uma mula melhor. Mas lembre-se que você tem que começar com um animal que tenha potencial. Quanto mais potencial,  maior vai ser a qualidade do seu produto final. Sempre dê crédito a mula de acordo com o seu potencial. É aí que a psicologia entra em qualquer tipo de programa de treinamento. Mantenha a mente aberta,um estado de espírito híbrido, onde ambos mula e cavaleiro ganhem.

     

    (Texto Original: Mules Motivation & Learning, por Cindy K, McKinnon)

    quinta-feira, 11 de novembro de 2010

    Livros sobre Mulas e Jumentos 2

    Aqui vão mais algumas sugestões de livros:

     


    1. Mule Poems

    mule poems cover
    Uma coletânia de poemas sobre mulas!

     

    2. Jackstock and Mules in Missouri

    jackstock and mules in mo 
    Originalmente publicado com o título History of Jack Stock and Mules in Missouri pelo Missouri State Board of Agriculture em 1924. A introdução foi escrita por Melvin Bradley, autor do, The Missouri Mule: His Origin and Times. É um livro fácil de ler, contendo informações sobre os jumentos e muares. 


    3. Shavetails & Bell Sharps: the History of the U.S. Army Mule

    por Emmett M. Essin

    Shavetails and Bell Sharps
    O herói desconhecido do exército americano do século 19, os humildes muares do exército, finalmente recebem a atenção que merecem.

     

    4. The Mule Alternative, The Saddle Mule in the American West 
    por Mike Stamm

    Mule Alternative
    Histórias contadas por desbravadores, homens que viviam nas montanhas, caixeiros viajantes, soldados e outras pessoas do século 19.

     

    5.The Donkey Companion: Selecting, Training, Breeding, Enjoying & Caring for Donkeys 

    por Sue Weaver

    The Donkey Companion: Selecting, Training, Breeding, Enjoying & Caring for Donkeys

    Oferece informações detalhadas sobre as diferentes raças de jumentos, oferecendo dicas para encontrar e selecionar os animais certos. Explica sobre os cuidados diários e sobre a saúde desses animais. Guia os leitores por detalhes do treinamento, montaria e criação. 

    terça-feira, 9 de novembro de 2010

    O que fazer com um animal que ainda não completou dois anos!

     

    Todos os jovens eqüinos devem aprender várias lições antes de completar dois anos. Uma das visões mais lamentáveis que já vi foi ver um grupo de mulas de dois anos, que nunca foram domesticadas, irem para o abatedouro porque as pessoas têm medo de tentar lidar com eles e treiná-los. Uma mula ou cavalo sem treinamento aos dois anos de idade é um dos animais mais difíceis de serem vendidos conhecidos pelo homem e podem ser extremamente perigosos. Os jumentos não são tão ruins, mesmo um adulto é facilmente treinado, mas as pessoas têm medo de experimentar!


    Quem assume a responsabilidade de criar animais jovens também assume a responsabilidade de fazer com que esses animais jovens sejam dóceis e treinados o suficiente. Quem compra um recém-desmamado ou sobreano deve trabalhar com ele para treiná-lo tanto
    quanto possível antes da idade de introduzir a sela, de modo que ninguém se machuque ou se assuste ou fique decepcionado quando chegar o momento de montar.

     

    Aqui está uma lista de coisas que você deve fazer (e algumas que você pode fazer se quiser!). Para animais de um a dois anos. Quando o animal estiver na idade "adolescente" terá a um pouco mais de atenção e pode se concentrar um pouco mais do que quando tinha um ano de idade. Mantenha as aulas CURTAS e FELIZES!

     

    1. Ao completar um ano a sua mula já deve estar aceitando o cabresto, obedecendo a guia dos dois lados, aceitando ser manejado da cabeça à cauda e você deve ser capaz de pegar em todas as quatro patas. Caso esse não seja o caso você deve ter certeza que ela aprenda bem tudo isso antes de seguir adiante.


    2. Ensine seu animal a ficar amarrado. Isso é fundamental e vai levar tempo e tato com alguns os animais.


    3. Acostume seu animal a passar por portões, em lugares estranhos, em lugares com o tráfego e essas coisas.


    4. Para prepara-lo para o que foi mencionado acima, habitue-se a passar um saco pelo animal. Esfregue-o com um pano por todo o corpo (use um pano na ponta de uma vara de pesca ou de bambu ou de outra vara, se ele é agitado e perigoso para você). Então, quando ele estiver calmo depois de ser esfregado, bata o pano de leve sobre ele até que ele praticamente adormeça. Tenha paciência, não assuste o animal, a idéia é ensinar-lhe que isso não irá machucá-lo, e não fazer com que ele tenha medo!!!!! Depois que ele se acostumar com o pano você pode tentar outros objetos (mas vá devagar). Um bom exemplo é um saco de lixo plástico com algumas latas de refrigerante vazias dentro! - Mas tenha cuidado!

     

    5. Ensine-lhe a girar em eixo e, ao mesmo tempo responder à pressões nas laterais. Eu uso a ponta do meu chicote para fornecer a pressão para ele se afastar. Isto acaba sendo muito útil quando você finalmente chegar a usar a pressão das pernas.


    6. Ensine-lhe a aceitar a sensação da sela e da cilha. Pode usar uma sobrecilha de treinamento ou até mesmo uma sela infantil com estribos e cilha para isso. Mais uma vez, agir lentamente, e não assustá-lo.


    7. Ensinar ele a aceitar a embocadura. Use um bridão de borracha, e não de metal, e deixe-o com ele por um tempo, bebendo e comendo um pouco de feno para se acostumar. Certifique-se que seja ajustada com cuidado, uma única ruga na parte lateral da boca é o correta. Não deixe-o usar por muito tempo pois pode deixá-lo aborrecido com a embocadura.

     

    8. Ensinar o animal a aceitar as rédeas longas. Use o cabresto para o controle (fazer isso em um área cercada). Mais tarde, pouco antes de ele estar pronto para montar você pode começar controlando
    com a embocadura, mas por agora deve deixá-lo usando o bridão, mas deve usar o cabresto para controla-lo apenas.

     

    9.Se você pretende apresentar seu animal, prátique alguns minutos por dia, a pose que você deseja que seu animal assuma no palco. Na maior parte do país essa é a posição em rêtangulo utilizados por
    todas raças de cavalo ocidentais. Não desanime - um dia ele vai pegar,
    mas pode demorar um pouco!


    10. Uma vez que seu animal esteja se conduzindo bem deve ensiná-lo a trotar ao seu lado na corda. Isso é sempre importante. Um bom método é ficar perto do seu ombro, segurando a corda em sua mão direita e um longo chicote na esquerda. Pelas costas (olhando
    inocentemente para a frente) incentive-o para a frente com o chicote. Pode precisar de um ajudante nas primeiras vezes.

     

    11. Comece a ensinar-lhe a andar para trás agora. A maioria dos burros e mulas têm uma marcha ré muito enferrujada, para ensinar-lhe deve usar primeiramente o cabresto e mais tarde a rédea longa, é muito importante para a formação futura (e seu temperamento futuro!)


    12. Ensine seu animal a entrar e sair do trailer/reboque agora, enquanto a pressão ainda não existe, você verá como é bom fazer isso mais cedo do que você pensa!


    Há muito mais coisas, limitadas apenas pela imaginação, mas como você só tenho dois anos aqui, isso pode ser tudo o que você vai conseguir fazer. Imagine a diferença entre o seu animal após o período de dois anos desde o seu nascimento, e o do seu vizinho irresponsável que deixou o animal com a mãe por dois anos, ou pior, em uma baia ou num pequeno cercado, sem nenhum treinamento, qual dos dois você acha que vai ser vendido melhor, ser um animal feliz, e ser um crédito à sua raça!

     

    (Texto original: What You Can Do Before He’s Two! por Betsy Hutchins)

    segunda-feira, 8 de novembro de 2010

    DVDs Sobre o Jumento Pêga

    1. Origens e Métodos de Criação do Jumento Pêga

    A verdadeira origem da raça Pêga, com imagens de tradicionais criatórios do município de Lagoa Dourada, Entre Rios de Minas e Passa Tempo-MG; a seleção de acordo com o Padrão Racial; manejo reprodutivo; manejo de animais jovens e as utilidades do jumento Pêga.

     

    2.Padrão Racial Comentado do Jumento Pêga

     

    3. Doma e Treinamento de Muares para Concursos de Marcha

    4. Julgamento de Morfologia e Andamento do Jumento Pêga

     

    5. Julgamento de Muares Pêga em Concursos de Marcha

     

    Onde comprar os DVDs:

    http://www.equicenterpublicacoes.com.br/loja/listDVDs.php

    Banho

     

    A água serve para que o animal perca as cócegas. Deve-se fazer isso após o esfriamento muscular a cada três dias. Usando uma mangueira com uma pressão inicialmente normal de torneira, após o reconhecimento do animal pela água aumentar a pressão e passar nos membros e virilhas principalmente, sempre passando a mão pelo o animal juntamente com a água. O resultado faz com que o animal aceite qualquer tipo de toque sem se assustar.

    domingo, 7 de novembro de 2010

    Livros sobre Mulas e Jumentos 1

    As vezes recebo e-mails pedindo informações sobre material literário referentes a muares e jumentos. Devo adiantar que em português existe muito pouca coisa, mas se você fala inglês ou outra lingua as chances de encontrar algo é bem maior. Aqui vão algumas sugestões de livros (livros especificos sobre a raça pêga não conheço nenhum):

     

    1. O Jumento Nosso Irmão

    por Padre Vieira Lima

    Praticamente impossível de ser encontrado. Quem quiser uma cópia vai ter que procurar em cebos.

     

    2. The Natural Superiority of Mules 
    por John Hauer
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    Um livro com dezenas de fotos coloridas e também fotos históricas. Existem alguns capitulos de material novo, escrito especialmente para esse livro por Dr. Robert Miller; Meredith Hodges (Rancho Lucky Three); Betty Robinson (Livro Mules and More Tales On Trails); Loyd Hawley (Hawleywood Mules); Loren Basham  (Pair-A-Dice Mules); e outras pessoas proeminentes no mercado. O livro também contem uma seção com informação sobre como contactar clubes, associações e organizações relacionadas com jumentos e muares. Possue também um calendário de eventos; história da mula no Grand Canyon, e muito mais.

     

    3. The Mule Companion: A Guide to Understanding the Mule 
    por Cynthia Attar

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    Considerado um guia de primeira para quem está começando a criar mulas. O livro também possui um estudo em porque as mulas fazem o que fazem, suas manias, treinamento, e solução de problemas. O livro é bem rico em explicações sobre como devem ser feito o trabalho com esses animais (cuidados, compras, reprodução, atividaes, etc).

     

    4. The Book of Mules 
    por Donna Campbell Smith

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    Um livro que qualquer pessoa que crie ou que monte muares deve ter. O livro fala da história, criação e passa informações importantes sobre criação, montaria e apresentação de mulas. Possui uma lista de eventos, discute saúde, e possui um bom glosário e bibliografia. 

     

    5. Donkey, the Mystique of Equus Asinus 
    por Michael Tobias e Jane Morrison

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    Das ilustrações e fotos, 40 são cópias de peças de museus como o J Paul Getty Museum em Los Angles, e o Lovre em Paris. Possui uma grande coletânia de fotos. Uma das favoritas foi desenhada por Mark Twain em 1906 com o nome ‘A Tramp Abroad’. O livro está cheio de citações e passagens sobre jumentos.