Bem Vindo ao Blog do Pêga!

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Existe muita literatura sobre cavalos, mas poucos escrevem sobre jumentos e muares. Este é um espaço para postar artigos, informações e fotos sobre esses fantásticos animais. Estamos sempre a procura de novo material, ajude a transformar este blog na maior enciclopédia de jumentos e muares da história! Caso alguém queira colaborar com histórias, artigos, fotos, informações, etc ... entre em contato conosco: fazendasnoca@uol.com.br

domingo, 20 de maio de 2012

Equinos – Utilização do Plasma Hiperimune

 

O potro nasce com seu organismo completamente indefeso, seus anticorpos são adquiridos na primeira mamada, ou seja, os anticorpos da mãe são passados para o potro através do colostro, diferente do que acontece em outras espécies onde eles são transmitidos através da placenta. Para que o potro aproveite esses anticorpos ele deve ingeri-los nas primeiras horas de vida, pois conforme o tempo passa, a absorção intestinal diminui.

Portanto, uma falha no recebimento desses anticorpos, que pode ocorrer por vários motivos, desde uma demora do potro para levantar até a morte da mãe ou ausência de leite em éguas mais novas, levará o potro a ficar indefeso contra diversas infecções. No ambiente existem diferentes tipos de bactérias que promovem todos os tipos de doenças e, em alguns haras, observamos que algumas ocorrem mais que outras.


Como principais doenças que acometem os potros temos as diarreias e as pneumonias, que além de serem muito severas, diminuindo a taxa de crescimento e colocando em risco a vida do potro, geram um gasto adicional com o tratamento.


Desse modo, quando pretendemos ou precisamos aumentar a resistência dos potros, podemos utilizar o plasma hiperimune. Ele é um concentrado de anticorpos prontos produzidos em animais (doadores de plasma) estimulados a uma superprodução de anticorpos contra as principais doenças que encontramos no Brasil.


O Plasma hiperimune é feito através da retirada de sangue do cavalo doador. Deste sangue retiramos as hemácias (parte vermelha) e ficamos com o plasma (parte líquida) e células de defesa (anticorpos). Esse plasma produzido pode então ser armazenado congelado em bolsas de 900 ml e descongelado no momento de administração.


O melhor momento de administração é nos primeiros dias de vida, quando o potro poderá se beneficiar mais. Porém, poderá ser aplicado em qualquer momento como um adjuvante no tratamento de moléstias infecciosas.Apesar de sua aplicação ser muito simples e segura, não é isenta de riscos, pois como estamos dando anticorpos produzidos em outros animais, podemos causar uma reação alérgica, como um choque anafilático.

Existem alguns testes que podemos realizar antes da administração com a intenção de prever a possibilidade de ocorrência de reação anafilática. Devemos estar sempre monitorando o potro durante a aplicação para agir de imediato caso alguma reação aconteça, além de fazer sua administração de forma adequada através de infusão lenta, utilizando equipos com filtro e plasma na temperatura corporal (após ser descongelado lentamente).


Podemos considerar a utilização do plasma dispendiosa no início, mas sua relação custo – benefício acaba compensando o uso, pois diminuiremos as taxas de pneumonias e diarreias, economizando em seus tratamentos, além de produzirmos potros mais saudáveis.


Fonte: Ourofino  Autores: M.V Rodrigo Cruz é professor da Universidade Santo Amaro e Médico Veterinário autônomo.

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