Bem Vindo ao Blog do Pêga!

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O propósito do Blog do Pêga é desenvolver e promover a raça, encorajando a sociedade entre os criadores e admiradores por meio de circulação de informações úteis.

Existe muita literatura sobre cavalos, mas poucos escrevem sobre jumentos e muares. Este é um espaço para postar artigos, informações e fotos sobre esses fantásticos animais. Estamos sempre a procura de novo material, ajude a transformar este blog na maior enciclopédia de jumentos e muares da história! Caso alguém queira colaborar com histórias, artigos, fotos, informações, etc ... entre em contato conosco: fazendasnoca@uol.com.br

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Raças de Jumentos – Parte 16

Mais algumas raças para vocês conhecerem…
  • Chipre / Cypriot /Gaidouri /Mercedes

Também conhecido como jumento Mercedes tem uma personalidade muito amigável. Devido à sua grande capacidade de trabalho e por ter uma saúde energética este jumento cipriota é altamente considerado e valorizado em diferentes lugares, como na Síria e na Palestina otomana. Eles são capazes de levar o dobro de carga que o jumento da Anatolia. Não está claro quando o jumento cipriota  surgiu como uma raça diferente e separada. É, porém, evidentemente diferente do comum e mais vulgar jumento do Levante.

 

Não existe uma raça indigena em Cyprus, mas existem duas vertentes de jumentos lá. A primeira é de pelagem amarronzada com nariz e barriga beje, e varia muito de tamanho, alguns são bem grandes. Esses devem ter suas origens nos jumentos do oeste ou sudoeste da França, provavelmente chegaram na época das cruzadas.

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A segunda, é um jumento pequeno e acinzentado, quase que certamente de origem africana, mas que já estão em Cyprus a alguns milênios. Essas duas vertentes foram cruzadas e o census de 2002 mostrou que haviam  2175 jumentos na área grega de Cyprus. Não há diferenciamento de raças, mas existe evidências que sugerem que por volta de 80% são do tipo amarronzado e apenas 20% do tipo cinza pequeno. Na parte turca de Cyprus existem cerca de 200 a 500 jumentos selvagens na peninsula  Karpas.


A vertente amarronzada é conciderada a melhor raça de jumentos do oriente médio e está bem difundida por toda a Grécia.  Os machos medem entre 125-132cm, pesando cerca de 300kg e as fêmeas 120-125 pesando cerca de 250kg. Esse jumento é caracterizado por patas fortes e é recomendado para fazer mulas .

 

  • Jumento Mediterrâneo Miniatura

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    O Jumento Siciliano/Sardenha em miniatura é oriundo da Sicília e da Sardenha. Eles medem no máximo 0,91 cm, e parecem jumentos padrão. Estes pequenos animais são afetuosos e bastante fácil de cuidar. Com cuidados de saúde adequados e  manutenção, podem viver por 25 à 30 anos. O jumento siciliano é a mais rara raça de jumento. Eles tiveram origem na Arábia e na África. Sua inteligência e atitude carinhosa permite uma variedade de usos, incluindo carga, cuidar de ovelhas e animais de estimação.

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    Jumentos miniatura são originários da região mediterrânea do norte da áfrica, existem desde os tempos antigos e mais recentemente são encontrados nas ilhas da Sicília e Sardenha. Eles são chamados simplesmente de jumentos mediterrâneos miniatura (na America do Norte são chamados apenas de jumentos miniatura).

    Jumentos de raça pura estão rapidamente desaparecendo, pois os jumentos miniatura estão sendo cruzados com raças maiores.  Por esta razão, os jumentos na América do Norte têm valor genético global. Felizmente, os números nos E.U.A. e Canadá são fortes e estão aumentando desde que os jumentos chegaram pela primeira vez no início de 1900. Aproximadamente 2.179 animais foram registrados em 1995 e a população atual é estimada entre 17.000 e 20.000 nos os E.U.A.


    Miniature Mediterranean Donkey

    Segundo informações esses jumentos estão quase extintos na sua terra da sua origem e sua exportação está proibida. Em geral, quanto menor o jumento maior o seu valor.

    Sicilian Donkey

     

    Os primeiros exemplares a serem importados para os EUA em 1929, vinheram da Sardenha. Foram feitas por Robert Green, que dizia que "Jumentos Miniatura, possuem a natureza afetiva de um cachorro, a submissão de uma vaca, a durabilidade de uma mula, a coragem de um tigre, e uma capacidade mental apenas um pouco menor que a do homem."
    Mini Mediterranean Donkey Association

    Ao contrário de outras raças em miniatura essa é uma raça a parte, não foi selecionado para ser miniatura.

    Mini Mediterranean Donkey Association

  • terça-feira, 20 de julho de 2010

    Raças de Jumentos – Parte 15

    Mais algumas raças para vocês conhecerem…

    • Andaluza / Cordobesa / Lucena

      Andaluz Donkey - Cordovan

    La Gran Raza Asnal Andaluza, Cordobesa,  de Lucena, Andalucia,  Andaluz, Cordobés, Córdoba, Campiziesa, Campinesa, Anda-luza-Córdoba, Andalucian, é como é conhecido esse belo  animal, representante  do antigo jumento egipcio.

    O jumento Andaluz tem sido um amigo inseparável do homem durante séculos. Animal sensível, inteligente, cheio de ternura e carisma. É um animal que às vezes se revela teimoso. Sobre o seu caráter e comportamento se pode dizer que o jumento lê os sentimentos das pessoas e sabe o humor deles. É um animal equilibrado, pacífico, mas determinado.

    Foi Aparicio Sánchez, que deu o nome de La Gran Raza Asnal Andaluza para diferenciá-lo de outros  jumentos inferiores provenientes do Norte de África. Os poucos exemplares existentes estão localizados nas regiões de Andaluzia e Extremadura.


    aniversaria BURRA ANDALUZA

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Habita o sul e o Levante, é originário do Equus asinus Solamensis, foi introduzido na Península Ibérica pelo Norte de África mais de 3000 anos atrás pelos Ibéros e Camitas. No entanto alguns acham  que a sua introdução foi mais tarde, coincidindo com a invasão muçulmana. Nesta època, Rof Codina, citando os motivos de Ruiz Martinez (1918) observa que "os jumentos de Cordoba, por seu tamanho e excepcionais habilidades, gozava de grande reputação como animais de sela no momento do Califado muçulmano ". Facilmente se adaptou ao clima quente da Andaluzia e cresceu principalmente em duas áreas: Córdoba e na região delimitada pelo Guadalquivir e Guajaroz, e nas localidades de Genil, Cordoba, Jaen e Baena. Foi um animal importante para o crescimento rural (especialmente nas culturas de cereais e olivas).

     

    De conformação harmoniosa e robusta, tem um perfil convexo, pescoço musculoso, cernelha alta e magra, o tronco é cilíndrico e a garupa arredondado. Seu temperamento é calmo e tem muita energia e força. El color de su capa es tordo rodado (rucio) , con el pelo A cor de sua pelagem é tordilha cinza com pêlo
    curto e fino.  A cabeça tem uma testa larga e orelhas salientes. Eles são resistentes e altos, tanto os machos como as fêmeas, atingindo até 1,60 cm na cernelha para os machos e 1,50 as fêmeas. Muito aclimatados ao calor e à escassez de água.

    No Livro Genealógico da Raça  pode-se registrar as jumentas com um padrão mínimo de qualidade e com o mínimo possível de cruzamento rastreável com outras raças. No entanto os jumentos passam por um exame duro e só são aceitos aqueles com um elevado grau de pureza. O Livro Genealógico está aberto atualmente.

    Hoy en día se estan llevando a cabo actuaciones para la recuperación de la Gran Raza Asnal Andaluza, en las que colaboran principalmente la Yequada Militar de ÉCIJA , la Universidad de Córdoba , La Asociación para la Defensa del Borrico ( ADEBO ), Jefatura de Cría Caballar  y el Grupo de Investigación CORA de la Junta de Andalucía. Hoje estão se realizando ações para a recuperação da raça Andaluza organizadas pela Yequada Militar de ÉCIJA , pela Universidad de Córdoba , pela Asociación para la Defensa del Borrico ( ADEBO ), pela Jefatura de Cría Caballar  e pelo Grupo de Investigación CORA de la Junta de Andalucía. Poucas fazendas na Andaluzia tem um número significativo de animais. Para citar alguns dos mais importantes:
    La Condesa de Aguilar, Don Lorenzo Silva (Sevilla); Fundación Adebo de Pascual Rovira, en Rute (Córdoba); Ganadería las bellotas de Don  Rafael Fuentes en Monachil( Granada)


    Fora da Andaluzia é importante destacar o trabalho que está sendo feito pela Junta de Extremadura. O CENSYRA, "Centro de Seleção e Reprodução Animal" , ajuda na recuperação de animais ameaçados de extinção, incluindo o jumento Andaluz. Eles têm um grande número de jumentos e jumentas da raça andaluza nos quais aplicam seus programas de recuperação e melhoria do material genético.

     

    Existem atualmente 410 indivíduos inscritos no Livro Genealógico, estando a raça seriamente ameaçada de extinção.

     

    Por um longo período, o jumento, por causa de seu possível uso como um garanhão para obter mulas era considerado quase um inimigo do cavalo, talvez mais evidentemente na Andaluzia, terra adequada para a criação deste último e, portanto local de maior produção de cavalos para o exército. Entre 1462 y 1834, casi cuatro siglos, se mantuvieron leyes y normativas que prohibían la utilización del asno para la obtención de mulas, y casi todas incidían en el área de expansión de nuestra raza, Andalucía. Entre 1462 e 1834, quase quatro séculos, foram mantidas leis e regulamentos que proíbiam o uso do jumento para obter mulas, e  quase todas as leis eram nas regiões de maior expansão da raça Andaluza. Una larga sucesión de disposiciones, providencias y Reales órdenes que persiguen la cría mular y por lo tanto el uso del garañón, pero especialmente desde el Tajo hasta Andalucía. Uma longa sucessão de regras, ordens e decretos perseguiam a criação de muares e, portanto, a utilização do garanhão, especialmente entre o Tejo e a Andaluzia. As Cortes de Cádiz pelo decreto de 18 de marco de 1812 revogaram todas as leis e decretos relativos à produção de cavalos e muares, mas ao mesmo tempo  proibiram o uso do jumento como reprodutor, na Andaluzia, Extremadura e do reino de Múrcia.

     

    Em17 de fevereiro de 1834 foi declarado livre o cruzamente entre éguas e jumentos, terminando mais de três séculos e meio de perseguição à produção de mulas e por ação indireta a do jumento também. Portanto, a história deste burro tem que ser condensadas em dois períodos: o primeiro desde a sua introdução na península até o século XVIII e a segunda a partir dessa data até hoje.

     

    Descobrir dados sobre o primeiro período representa um grande desafio, não se chega a nenhuma conclusão clara por causa da escassez de fontes documentadas. Do século XVIII até aos nossos dias é o período mais importante da história da raça, esse foi o periodo de consolidação da raça de jumentos Andaluz/Córdoba.

     

    O período em que houve maior risco de desaparecer foi entre 1970 e 1995. A manutenção de animais na Coudelaria Militar de Ecija para a obtenção de reprodutores  para a produção de muares permitiu um núcleo de conservação, mesmo que fossem destinados principalmente para a cobertura de éguas, pelo menos serviu também para manter o núcleo criação de jumentos. No entanto, a demanda por mulas também entrou em declínio no final dos anos 80, o que contribuiu para a redução do número de animais, o que fez com que a raça Andaluzfosse designado como ameaçada de extinção.


    • American Spotted Donkey / Pampa Americano

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    Jumentos de todos os tamanhos podem ter pintas ou manchas coloridas. O  American Spotted Ass  não chega a ser exatamente uma raça ainda. São jumentos de outras raças americanas nascidos com pelagem pampa que estão sendo selecionados para criar uma raça pampa. A ACOSA - American Council of Spotted Asses é uma organização sem fins lucrativos criada para promover e preservar esses animais. O termo American Spotted Ass é uma marca registrada que só pode ser utilizada por jumentos registrados nessa associação, que está tentando criar uma base para a raça.  Para aqueles interessados em genética, no momento, não se sabe se o gene pampa pode ser homozigoto como no cavalo tobiano, pois jumentos e jumentas pampa continuam a produzir filhotes de pelagens comuns de cor única, o que significa que ainda são heterozigotos para pampa.

    sexta-feira, 16 de julho de 2010

    Assinatura Revista Horse

    Neste mês a Horse é especial sobre Jumentos e Mulas.

    Interessados em assinar, podem escrever para a revista que eles estão com uma promoção especial:

    apenas R$ 100,00 por 01 ano de Horse no conforto de sua casa: daniel@revistahorse.com.br

    terça-feira, 13 de julho de 2010

    Já nas Bancas - Revista Horse 3a Ed. Especial sobre Jumentos e Muares

     

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    Raças de Jumentos – Parte 14

    Mais algumas raças para vocês conhecerem…
    • Grand Noir Du Berry /Berry Black /Ane du Berry

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      Jumento Francês. Suas origens são misteriosas, dizem que o Berry foi moldado pelo solo onde vivem, pela vegetação local, pelo clima, e pelos interesses dos homens. O Berry se encontra em uma área que abrange 14.000 km ² e inclui as regiões de Indre e Cher. Originalmente, as suas fronteiras naturais eram do rio Loire, Allier, Cher e Creuse Sauldre, as montanhas de Sancerre, os pântanos do Sologne e Brenne e as florestas do leste.  No vale do Germigny, nas montanhas Charolês e no oeste Brenne estão suas zonas húmidas florestadas.  Ao norte, as colinas de Sancerre são cobertos de vinhas, enquanto o sul estão espalhados os pomares de Boischaut.

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      Os Berrichons do século XX são os camponeses, que viviam da terra: vinhas, batatas, mas também de minerais e argila. Eles desenvolveram o “cavalo do pobre": o jumento. O Grand Noir du Berry é mais barato para comprar e manter do que um cavalo.  Ele é robusto, paciente e calmo. Ele carrega frutas e legumes, trabalha no campo, arrasta o barco ao longo do Canal du Berry e mais afrente na direçao de Paris pelo canal Briare, é atrelado ao lado dos cavalos e bois, e puxa o arado para arar nos locais mais difíceis. Hoje também é usado no turismo carregando bagagem de hikers.

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      Em 1892, 400 mil jumentos viviam nas regiões de Cher, Indre, Allier e Nièvre, o que representava 40% do total da população de jumentos! Em 1986, a associação "Thiaulins de Lignières" constatou a escassez do Grand Noir.  Eles organizam um festival anual com os criadores e comerciantes de cavalos na região. Este evento deu origem ao festival anual de jumentos e muares de Lignières. Programado para toda segunda-feira de Pentecostes, reuniu 100 jumentos em 1990, 220 em 1993 e 350 em 1997. Todos os amantes do jumento você encontra lá. A raça Grand Noir du Berry foi oficialmente reconhecida em 1994.

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      L'association Française de l'Ane Grand Noir du Berry (AFAGNB), fundada em 1986, tem 368 membros (dados de 1999). Ela gerencia o livro genealógico junto com a Coudelaria Nacional. A corrida oficial realizada anualmente em Lignières acontece em setembro. No senso de 1993 haviam apenas 80 jumentos (machos e fêmeas) em conformidade com o standard. Em 2000 o número cresceu para quase 600 animais.

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      Caracteristicas do Grand Noir du Berry:
      * O macho mede entre 1,35 m e 1,45 m na cernelha aos 4 anos e as fêmeas com a mesma idade entre 1, 30m e 1,40 m. 
      * Pelagem: A pelagem é lisa, castanho para marrom escuro (preto Pangare), não possui faixa crucial ou listra de burro, também não possui listras nos membros. A cauda é idêntica a pelagem do corpo. O ventre é branco prateado, incluindo a axila, virilha e a parte interna das coxas. O pêlo no verão é curto. 
      * Cabeça: A cabeça é em linha reta, nariz cinza-branco rodeado por vermelho, que pode ir até o focinho. 
      * Orelhas: as orelhas de um tamanho bom (metade do comprimento da face), aberta e sem entalhe, o nariz-cinzento que pode se estender até o focinho, às vezes cercado por vermelho.

      * Corpo: O pescoço é forte, o peito aberto, costas retas, em volta do traseiras. Os membros têm aprumos fortes afirmou. A figura constitui um limite.

        

    • Normando /Ane Normand

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    O Jumento Normando tem sua origem no oeste da França: Normandia, Mayenne e Sarthe. É um jumento de médio porte (1,10-1,25 m na cernelha para os machos e para fêmeas). A pelagem e a cauda é de um marrom baía, com a cruz de Santo André, o ventre é branco acinzentado, o nariz é preto ou cinza escuro sombra. O pescoço é forte e grosso. A juba é vertical ou inclinada.

    Esta raça foi utilizada principalmente para o trabalho. O jumento Normando foi usado para o transporte de latas de leite na Normandia, no trabalho de jardinagem e nas festas da aldeia. Hoje ele é usado para lazer e turismo. A raça foi reconhecida pelo Ministério da Agricultura, 20 agosto de 1997.

    No senso de 2004 haviam 192 animais; 40 reprodutores e 152 matrizes; registrados haviam apenas 81 animais, e 61 criadores.