A criação de filhotes órfãos é um grande mito na criação de equinos e asininos porque ainda se tem a idéia de que o potro que fica órfão não sobrevive.
Esse mito ainda existe pela falta de conhecimento em relação à boa alimentação e manejo dos potros. Se ele é manejado de forma corretadesde o final da gestação, poderá viver normalmente.
O nascimento e a saúde do potro dependerá na maioria das vezes da saúde da mãe. Se a matriz está muito magra, provavelmente produzirá um potro frágil. Já as que estão acima de seu peso, terão dificuldades no parto devido a um estreitamento do canal pélvico pela gordura, provocando anóxia no recém nascido.
Outro fato que depende da saúde da mãe é a produção de leite, que pode ser prejudicada dependendo do peso do animal. Uma égua/jumenta magra poderá produzir leite com deficiência nutricional, assim como aquela com excesso pode produzir o leite pelo fato ter acúmulo de gordura em sua glândula mamária.
Até as 18 horas após o nascimento do potro, alguns cuidados iniciais são fundamentais para sua sobrevivência.
É importante que a mãe limpe seu filhote e que o este levante sozinho.
Na maioria das vezes o parto acontece a noite então, isso significa que pela manhã o potro já deve estar de pé e mamando o primeiro leite, chamado colostro que é de fundamental importância para sua sobrevivência.
O colostro é um leite riquíssimo em anticorpos e o aparelho digestivo do potro, até 18 horas após o nascimento, é permeável à absorção destes anticorpos.
Para as crias que perdem as mães ainda na fase de amamentação, devem-se tomar alguns cuidados especiais:
O potro órfão deve receber de imediato um colostro de outra égua/jumenta, que pode ser congelado e reaquecido no momento do fornecimento.
Após o desmame deste potro, deve-se se atentar para que ele tenha uma alimentação adequada e diferenciada. No inicio de vida, a velocidade de crescimento do potro é muito alta.
A não alimentação adequada ao potro órfão em qualquer momento nos seus primeiros 12 meses de vida compromete, em geral em definitivo, seu crescimento e desenvolvimento.
Texto Adaptado. Fonte: equinocultura.com, por: André Galvão Cintra
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