Bem Vindo ao Blog do Pêga!

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O propósito do Blog do Pêga é desenvolver e promover a raça, encorajando a sociedade entre os criadores e admiradores por meio de circulação de informações úteis.

Existe muita literatura sobre cavalos, mas poucos escrevem sobre jumentos e muares. Este é um espaço para postar artigos, informações e fotos sobre esses fantásticos animais. Estamos sempre a procura de novo material, ajude a transformar este blog na maior enciclopédia de jumentos e muares da história! Caso alguém queira colaborar com histórias, artigos, fotos, informações, etc ... entre em contato conosco: fazendasnoca@uol.com.br

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Raças de Jumentos – Parte 19

Mais algumas raças para vocês conhecerem…

  • Selvajem Sirio  / Hemippe

    imagen de Asno salvaje sirio (Equus hemionus hemippus) Animales Extintos

(Jumento no Zoo de Londres - 1872)

O Equus hemionus hemippus é mais uma sub-raça do jumento selvagem asiático. O jumento selvagem asiático também chamados de Hemión ou Onagro (palavras procedentes do grego que significam respectivamente asno médio e asno selvagem), são parecidos com os jumentos domésticos mas são mais robustos, de tamanho maior e possuem cabeças maiores que estes. Os Equus hemionus se diferenciam dos jumentos africanos por possuirem orelhas menores, e por não possuirem listras negras nos membros (caracteristica perdida também na maioria dos jumentos domesticos). A pelagem varia segundo a sub-espécie, oscilando entre o amarelado e o negro, sendo que o leonino é o mais frequente. Sua altura na cernelha é de cerca de 1,30m. São animais velozes, chegando a até 70 km/h em trajetos curtos, e também são bem resistentes, capazes de se mover pelo deserto a velocidades acima de 20km/h durante 120 minutos enquanto procuram por poças dágua novas para beber e se alimentar dos arbustos. Podem passar bastante tempo sem beber água, mas sua resistência é menor que a dos camelos, por essa razão esses jumentos só se encontram perto das fontes de água que utilizam e não as abandonam a menos que seja estritamente necessário.

 

Nos Séculos XV e XVI viajantes europeus fizeram referência a grandes rebanhos  do Equus hemionus hemippus (Selvagem Sírio). Até o século XVII era possivel encontra-lo em várias zonas do Oriente Próximo e Arábia, mas seus números declinaram rapidamente  no século seguinte, quando já estavam desaparecendo do deserto da Siria e já havia desaparecido do norte da Arábia. Em 1850 eram escassos nos desertos da Síria e Palestina, mas segundo o Inglês Canon Tristram eram comuns na Mesopotâmia, onde ainda se podia ve-los viajando em grande manadas brancas (a pelagem desses animais é clara) até as montanhas da Armênia. Seu último refúgio foi o sudeste de uma zona elevada da região vulcânica do Sul da Siria chamada Jabal ad Duruz. O último exemplar selvagem que se tem notícias foi caçado em 1927, quando procurava por água no oasia Al Ghams, perto do lago Azrak no norte da Arabia. No mesmo ano também morreu o último exemplar em cativeiro, que se encontrava no Zoo Schönbrunn, Viena, Austria. Mas segundo uma fonte um macho dessa raça chegou ao mesmo zoológico em 1911, vindo do deserto de Aleppo, Siria, e viveu até 1928.  Essa sub-raça foi domesticada (algo único nos jumentos Hemiones) durante um breve periodo na Sumeria  por volta de 2600 a. C., onde eram usados para puxar carros.


Media cerca de um metro na cernelha, e suas narinas eram grandes. Os machos possuiem uma pelagem avelã ou cinza claro rosado, com o passar do tempo sua pelagem ficava mais acinzentada, com um tom mais claro na cabeça, mais escuro nas coxas trazeiras e uma parte mais brilhante nos quadris. As nádegas, abdômen e parte interna das pernas eram esbranquiçadas. A ponta das orelhas era marrom, mas ao longo do tempo se tornavam também esbranquiçadas. Sua crina era castanha, e tinha uma franja da mesma cor que se estendia desde a juba até pluma da cauda. A área em volta das narinas era de um branco acinzentado.

 

A fêmea tinha a pelagem mais bege e avelã, com as nádegas e parte inferior de um branco purao A parte externa das pernas e a área das orelhas eram bege roseado. A altura era semelhante a dos machos.

Pouquíssimas fotos chegaram a atualidade. A foto acima é de um jumento sirio do Zoo de Londres, fotografado por Frederick York em 1872 . Existem exemplares disecados em alguns museus. No museu Britânico tem um exemplar da Mesopotâmia de 1852, e um exemplar recebido da Sociedade Zoológica de Londres em 1867.

 

  • Kulan

    image551_thumb

    O Equus hemionus kulan é mais uma sub-raça do jumento selvagem asiático. Sobrevive hoje em dia em alguns zoológicos e reservas protegidas do Turcomenistão. É provavelmente o Hemionus mais ameaçado de todos. Mede cerca de 127cm, tem pelagem escura, a  listra das costas é bem marcada e ampla, e a pelagem no inverno é bem grossa. Está sendo reintroduzido no Kasaquistão, Uzbekistão e Ucrania.

     

    • Kulan de Gobi / Chigetai

      Wild Ass

    O Equus hemionus luteus (Kulan de Gobi) e o Equus hemionus hemionus (Chigetai) são mais duas sub-raça do jumento selvagem asiático. São muitas vezes confundidos um com o outro, e alguns consideram que são a mesma sub-espécie. As duas estão presentes na Mongólia e são as que estão em melhor situação em números além do Kiang. Também estão presentes no norte da China e já existiram no Cazaquistão, antes de se tornarem extintos devido à caça. Sua população foi drasticamente reduzida durante os anos 90. Uma pesquisa de 1994-1997 estimava uma população de jumentos (Chigetai e Kulan de Gobi) entre 33 mil a 63 mil indivíduos em uma faixa contínua que abrangia todo o sul da Mongólia. Em 2003, um novo estudo encontrou apenas 20 mil exemplares distribuídos por uma área de 177.563 km ² no sul da Mongólia. Estimativas da população devem ser tomadas com cautela por causa da falta de protocolos de pesquisa. Apesar disso, na Mongólia, estas subespécies perderam cerca de 50% de sua escala anterior, nos últimos 70 anos.

     

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