Inicialmente salientamos a necessidade da importância do conhecimento dos cinco sentidos neurológicos que são: audição, visão, olfato, paladar e tato.
Audição: É um sentido extremamente sensível e desenvolvimento nos muares. Prova disto é a facilidade e rapidez com que estes animais assimilam comandos vocais no processo da doma de sela e no desempenho dos serviços de tração. São condicionados com rapidez: a virar, parar, recuar, e caminhar com breves comandos de voz.
Visão: Poderá ser binocular frontal, monocular lateral ou parcialmente para trás. No caso dos Muares de sela, é necessária a utilização combinada da visão binocular frontal e monocular lateral, devido ás condições variadas e acidentadas de terreno e topográficas. Geralmente, os Muares são mais atentos e perceptíveis em relação aos Jumentos. Se o Muar tem visão monocular lateral muito ativa, pode ser um indicativo de animal "passarinheiro" que se assusta e refuga com facilidade. Nesse caso, as orelhas têm grande mobilidade, podendo ainda ser um indicativo de animal de temperamento inquieto.
Olfato: Esse não é um dos sentidos mais aguçados, tanto que, ambos, Asininos e Muares, ingerem a campo alimentos mais grosseiros em relação aqueles selecionados pelos Eqüinos no pastejo. Outros exemplos: entre os Eqüinos e Asininos podem ser citados: a égua é mais protetora em relação á sua cria do que a Jumenta, e utiliza mais intensamente seu olfato. E o garanhão tem o olfato mais aguçado na identificação do cio, inclusive com uma rufiaçao mais ativa.
Paladar: Os Asininos e Muares são poucos seletivos na aceitação de alimentos, ingerindo alimentos com sabor doce, azedo, salgado. Tais como melaço, cenoura, mandioca, maniva (parte aérea da mandioca), capim picado em estado de fermentação, silagem, cevada, sal mineral dentre outros.
Tato: Neste aspecto, também destacamos a extrema sensibilidade dos Muares, através dos seus cascos. Esse apurado sentido é aliado importante do cavaleiro diante de situações de perigo: atoleiros, rios, de correnteza, terreno escorregadio e etc. Nas quais a percepção do Muar reduz os riscos de acidentes. Ele sempre evita pisar em terrenos desconhecidos. De fato, quem cavalga á noite sente maior segurança no Muar. Já a sensibilidade do tato dos Jumentos é mais reduzida, particularmente na pele.
Autor: André Luiz Ferreira Silva, árbitro
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