RESUMO
O sarcóide é uma neoplasia cutânea, fibroblástica, não metastática e localmente invasiva dos equídeos. As lesões neoplásicas podem ocorrer isoladas ou em grupos, sendo a região cervical, cabeça (periocular, pinas e comissura labial) e membros os locais de maior incidência. Os sarcóides eqüino podem se apresentar de diferentes formas macroscópicas e suas lesões tem sido classificadas em três tipos principais: verrucosa, fibroblástica e mista. Na forma verrucosa as lesões apresentam superfície seca, plana e córnea, podendo ser sésseis ou pedunculadas. O tipo fibroblástico apresenta lesões com aspectos variados, algumas como nódulos fibrosos bem circunscritos e recobertos com epiderme intacta e outras se apresentam em grandes massas ulceradas, muitas vezes recobertas por tecido necrótico. O tipo misto é menos freqüente e é classificado como uma forma tumoral de transição. Um sarcóide verrucoso pode se transformar em fibroblástico em resposta a traumatismos ou a uma biópsia cirúrgica. O sarcóide eqüino é uma lesão que não tem predileção por idade, raça, sexo ou coloração da pelagem, ou seja, podendo afetar todos os eqüinos, de distribuição mundial, sendo relatado em vários países.
1- INTRODUÇÃO
Sarcóides eqüino são tumores localmente agressivos, sendo este o tumor de pele mais comum dos eqüinos, podendo ocorrer em todos os eqüídeos, mulas e jumentos ( BRADFORD, 1994).
O sarcóide eqüino é uma lesão que não tem predileção por idade, raça, sexo ou coloração da pelagem, ou seja, podendo afetar todos os eqüinos, além disso sua distribuição é mundial, sendo relatado em vários países (AMORIN, 2007).
Comumente estes tumores acometem principalmente região de cabeça,
membros e abdômen ventral, sendo relatado que estes tumores ocorrem geralmente em locais onde ocorreram traumas previamente (BRADFORD, 1994).
Evidências apóiam a idéia que o sarcóide é causado por vírus, possivelmente um retrovírus ou um vírus aparentado, ou idêntico ao papovavírus (papiloma bovino) (KNOTTENBELT e PASCOE, 1998).
Alguns sugerem sobre a possível herdabilidade genética para o sarcóide eqüino, sendo assim é possível que uma combinação de fatores como, exposição ao agente viral, traumatismo cutâneo e predisposição genética possam levar ao desenvolvimento do mesmo (AMORIN, 2007).
Os sarcóides eqüino podem se apresentar de diferentes formas macroscópicas e suas lesões tem sido classificadas em três tipos principais: verrucosa, fibroblástica e mista. Na forma verrucosa as lesões apresentam superfície seca, plana e córnea, podendo ser sésseis ou pedunculadas. O tipo fibroblástico apresenta lesões com aspectos variados, algumas como nódulos fibrosos bem circunscritos e recobertos com epiderme intacta e outras se apresentam em grandes massas ulceradas, muitas vezes recobertas por tecido necrótico. O tipo misto é menos freqüente e é classificado como uma forma tumoral de transição. Um sarcóide verrucoso pode se transformar em fibroblástico em resposta a traumatismos ou a uma biópsia cirúrgica (NICHELE, 2007).
Os cortes histológicos apresentam áreas densamente celularizadas compostas por células fusiformes, irregularmente dispostas e áreas menos densas onde predominam células neoplásicas com aspecto estrelado, característico de sarcóide (NICHELE, 2007).
2-CONTEÚDO
A causa do surgimento do sarcóide eqüino ainda não é bem definida, sendo que alguns autores sugerem que pode ser devido uma causa viral, outros relatam sobre a possível relação com a papilomatose bovina e por fim alguns sugerem sobre a possível herdabilidade genética para o sarcóide eqüino, sendo assim é possível que uma combinação de fatores como, exposição ao agente viral, traumatismo cutâneo e predisposição genética possam levar ao desenvolvimento do mesmo (THOMASSIAN, 2005).
Podem ocorrer em qualquer lugar do corpo, mas como já foi citado anteriormente têm predileção pela cabeça, membros e parte ventral do abdômen. São classificados como lesões verrucosas, esponjosas ( fibroblásticas ), ou combinações mistas. A lesão esponjosa se apresenta de forma nodular até grandes tumores com superfície alterada. Já o tipo verrucoso tem menos de 6 cm de diâmetro, podendo ser séssil, placóide ou pedunculado, podendo os sarcóides verrucosos se transformarem em esponjosos ( fibroblásticos) (KNOTTENBELT; PASCOE, 1998).
Os sarcóides eqüino podem ser confundidos com algumas outras lesões, dentre elas a botriomicose, infecções fúngicas subcutâneas ou profundas, habronemose cutânea, tecido de granulação exuberante e neoplasias como carcinomas epidermóides, papilomas, fibromas e neurofibromas. Isto tudo nos mostra a grande necessidade de um diagnóstico preciso e correto, sendo este realizado pelo Médico Veterinário. Além disso, muitas das vezes os sarcóides podem ser acometidos por infecções secundárias, complicando ainda mais o caso (AMORIN, 2007).
Foram descritas várias formas de terapia, sendo que nenhuma delas se mostrou rotineiramente bem sucedida. Dentre as terapias podemos citar a Excisão cirúrgica, a Crioterapia que seria a destruição do tumor pela aplicação de frio extremo, a Radioterapia, e além de outras técnicas ainda sendo desenvolvidas em pesquisas (NICHELLE, 2007).
3-CONCLUSÃO
Sarcóides em equino é proliferado por células neoplásicas com grande expansão formando um tecido de granulação exuberante, dependendo da microscopia esta patologia pode ser ocasionada em exposição ao agente viral, traumatismo cutâneo e predisposição genética.
Podendo apresentar varias foras macroscópicas: verrucosa, fibroblástica e mista, estas formas também podem ser confundidas com outros tipos de tumores.
O local de maior ocorrência é na cabeça, membros e parte ventral do abdômem, podendo também ocorrer no corpo todo.
A cura do Sarcóide pode ser através de cirúrgias, radioterapia, crioterapia e outras técnicas ainda estão sendo desenvolvidas.
Fonte: Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, Ano VI – Número 10 – Janeiro de 2008 – Periódicos Semestral
Autores: CARNEIRO, Luiz Felipe; SCARMELOTO, Ricardo Luís; ALHER Jr, Carlos Alberto.