Bem Vindo ao Blog do Pêga!

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terça-feira, 15 de março de 2011

ASPECTOS SOBRE EXCESSO DE PÓ OU FARELOS EM RAÇÕES PARA EQUIDEOS

 

O objetivo desta matéria é trazer considerações básicas e informações quanto ao excesso de pó e/ou farelos, em rações para equinos. Os equinos são herbívoros adaptados ao aproveitamento de fibra alimentar devido o ceco cólon funcional que funciona como compartimentos fermentativos; e devido ao estomago relativamente pequeno, desenvolveram hábito de pastejo continuo. Assim, pastagens de boa qualidade fornecem energia e nutrientes suficientes para atender as exigências nutricionais de animais em manutenção, porém devido às necessidades energéticas serem mais altas dependendo da atividade física desempenhada, se faz necessária a suplementação diária com fontes de alimentos concentrados, para suprir o déficit nutricional.

Segundo Lewis (2000) relata que a alimentação de cavalos, principalmente estabulados representa, cerca de 70% dos custos de criação de equinos, caracterizando um dos principais fatores para o sucesso da atividade. Dentro deste contexto, as dietas para equinos devem ser elaboradas respeitando-se a fisiologia digestiva para se obter uma melhor eficiência alimentar e, deste modo, evitar desde transtornos gastrintestinais agudos a distúrbios digestivos crônicos; mas não somente a fisiologia digestiva deve ser respeitada assim como particularidades dos próprios equideos.

Para a fabricação de rações para equideos, existe ainda um problema básico e importante na confecção das mesmas, no qual se relaciona com a quantidade de farelos (pó) presente numa ração, consequentemente no produto acabado. Portanto, é importante o estudo de digestibilidades e avaliação de novos alimentos em alternativas aos convencionais, juntamente com métodos de processamento que possam melhorar o valor nutritivo dos alimentos fornecidos aos animais, desta maneira reduzir os custos da alimentação garantindo perfeita nutrição e diminuição de riscos a saúde do trato gastrintestinal dos animais.

Quanto se formula uma dieta, espera-se que a cada porção de arraçoamento fornecida de uma determinada batida (mistura), estejamos dando aos animais ingredientes e quantidades de nutrientes uniformemente distribuídos, de forma a atender as exigências necessárias a cada dieta dos animais. Assim, o excesso de farelo nas rações, principalmente peletizadas é uma situação indesejável, pois pode promover uma desagregação de ingredientes, problemas respiratórios e/ou alérgicos e aspecto visual desagradável.

Para as empresas de nutrição animal que fabricam rações para equinos, espera-se que os peletes de ração sejam formados de tal forma a permitir que sejam fornecidos aos animais da mesma forma quanto fabricados, ou seja, passem pelo processo de ensaque, armazenamento, transporte e fornecimento, com o mínimo de quebra possível evitando o surgimento de farelo, assegurando qualidade de produto.

Dentre os principais problemas do fornecimento de uma ração farelada ou com excesso de pó, é a possibilidade de levar o animal a irritabilidade das vias aéreas, promovendo reações alérgicas ou inflamações crônicas, podendo comprometer de forma considerável o rendimento em treinamentos e o desempenho dos mesmos em competições. A citar afecções do órgão respiratório como a inflamação do complexo traqueobrônquico acompanhada de obstrução é uma ocorrência comum nos equinos, especialmente submetido a dietas com altas incidências de pó como rações fareladas, cocheiras com camas inapropriadas, dietas à base de feno e vapor de amônia. Esta enfermidade também é conhecida como bronquite crônica, doença das pequenas vias áreas, obstrução recorrente das vias áreas (RAO), porém é conhecida mundialmente como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a qual a mesma enfermidade, pode levar o animal a não tolerância de atividade física. Correlacionado a esse tipo de inflamação às vias áreas, que se recomenda não alimentar animais após treinamento ou quando estiverem com alta taxa respiratória, pois estaria possibilitando que o animal inalasse uma quantidade maior de pó, assim deve-se respeitar um tempo mínimo para que a frequência respiratória normalize.

Conforme comentado durante esta matéria, e como consideração final, verifica-se e assim recomenda-se a não fabricação de rações fareladas nas propriedades equestres, ou confecção de rações sem um mínimo de técnica ou infra estrutura, principalmente para cavalos que se destinam às competições esportivas de alto rendimento, pois poderíamos estar ocorrendo em riscos para a saúde e desempenho dos mesmos.

Autoras: Leonir Bueno Ribeiro e Paula Konieczniak

Fonte: http://www.cavaloscrioulos.com.br/

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