Bem Vindo ao Blog do Pêga!

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Existe muita literatura sobre cavalos, mas poucos escrevem sobre jumentos e muares. Este é um espaço para postar artigos, informações e fotos sobre esses fantásticos animais. Estamos sempre a procura de novo material, ajude a transformar este blog na maior enciclopédia de jumentos e muares da história! Caso alguém queira colaborar com histórias, artigos, fotos, informações, etc ... entre em contato conosco: fazendasnoca@uol.com.br

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Parasitismo

 

Tendo em vista seus hábitos alimentares, os cavalos, jumentos e muares, herbívoros por natureza, são muito susceptíveis ao parasitismo interno. Tais parasitas constituem em sérios fatores de risco à boa saúde dos animais, afetando diretamente a performance de animais atletas, além de causar diversas doenças e até mesmo a morte.

Conseqüências da presença de parasitismo:

  • Cólicas;
  • Diminuição do apetite;
  • Pobre estado geral;
  • Anemia;
  • Diarréias ou constipações;
  • Retardo de crescimento.

Doenças e lesões associadas ao parasitismo:
  • Aneurisma verminótico;
  • Gastroenterite;
  • Dermatites e outras alterações cutâneas;
  • Pneumonias.

Como ocorre o parasitismo

Os animais se contaminam através do próprio ambiente em que vivem. Neste ambiente, sejam as pastagens (piquetes) ou mesmo as baias de cocheiras, podem estar presentes formas microscópicas de parasitas resistentes ao meio ambiente vivendo no capim, feno ou mesmo cama. Os ovos ou larvas ingeridas pelos cavalos evoluem em adultos no intestino dos animais e lá se reproduzem, originando milhares de ovos expelidos com as fezes, que por sua vez recontaminarão as pastagens e o ambiente

Quais são os principais parasitas?

Diversas espécies de parasitas podem acometer seus animais.

Os principais parasitas:
Potros:

  • Áscaris;
  • Estrongilóides

Animais em regime de pasto:
  • Pequenos estrôngilos;
  • Grandes estrôngilos;
  • Gasterófilos;
  • Habronemas;
  • Tênias;
  • Oxiúros;
  • Oncocerca;
  • Ascaris (potros).

Animais estabulados:
  • Oxiúros;
  • Ascaris;
  • Estrongilóides;
  • Habronema;
  • Pequenos estrôngilos.

Em situações especiais, alguns desses parasitas podem ser observados nas fezes a olho nú, como larvas de gasterófilos, pequenos e grandes estrôngilos, ascaris e tênias. Por outro lado, através de um microscópio, é possível observar as diferentes formas assumidas pelos ovos das diversas espécies de parasitas; além do mais, através deste método denominado coproscopia, é possível determinar precisamente o grau de infecção de um animal e determinar o melhor programa de vermifugação adaptado à sua condição.

A localização dos parasitas no organismo animal

Localização de diferentes parasitas nos órgãos:

  • Pulmões:
    Parascaris equorum (larvas), Strongyloides westeri (larvas), Dictyocaulus arnfield;
  • Estômago:
    Gastrophilus spp., Habronema spp., Trichostrongylus axei;
  • Fígado:
    larvas de Parascaris equorum e Strongylus edentatus;
  • Pâncreas:
    Strongylus equinus (larvas);
  • Peritôneo:
    Strongylus edentatus;
  • Intestino Delgado:
    Trichostrongylus axei, Strongyloides westeri, Parascaris equorum, Anoplocephala spp. (tênias), Strongylus spp.;
  • Ceco, Intestino Grosso:
    Oxyuris equi, Anoplocephala spp., Strongylus spp., e pequenos estrôngilos, podendo chegar a mais de 40 espécies;
  • Sistema Arterial:
    Strongylus vulgaris.

Em quais estações os parasitas se fazem presentes?

De acordo com a estação do ano e condição climática, há enorme variação no nível de infestação do ambiente e infecção dos animais. Globalmente, os cavalos se contaminam ao longo de todo o ano, havendo, porém, 2 períodos críticos extremamente importantes no controle parasitário estratégico: a primavera e o outono.

Qual vermigugo escolher?

A escolha do melhor vermífugo se dá em função da idade do animal, seu estado fisiológico, grau de exposição ao parasitismo, parasitas presentes, eficácia e segurança do produto. Deve-se lembrar, porém, que diversos parasitas apresentam resistência aos compostos benzimidazólicos.

Como vermifugar?

  1. Avaliar precisamente o peso do animal (através de balança ou fita de pesagem);
  2. Adaptar a dose do vermífugo ao peso do animal: muito importante para evitar problemas com subdosagem ou desperdícios com sobredosagem;
  3. Verificar se a boca do animal encontra-se livre de alimentos ou água;
  4. Posicionar calmamente a seringa dosadora no canto da boca entre as comissuras labiais e as barras, apertar o êmbolo e depositar a pasta na base da língua para deglutição.

Com qual frequência vermifugar?

A escolha do melhor vermífugo se dá em função da idade do animal, seu estado fisiológico, grau de exposição ao parasitismo, parasitas presentes, eficácia e segurança do produto. Deve-se lembrar, porém, que diversos parasitas apresentam resistência aos compostos benzimidazólicos.

Quais são as Medidas de higiene associadas?

  • A vermifugação dos animais é apenas um dos elementos de um programa estratégico. Não se deve considerar o animal como um ente isolado, mas também o ambiente em que vive e as interrelações animal/habitat. Os objetivos da vermifugação são reduzir ou eliminar a carga parasitária e evitar as doenças e conseqüências graves e irreversíveis da passagem dos parasitas pelo organismo animal;
  • Trate todos os animais de uma mesma propriedade de uma só vez: animais de pasto, animais estabulados e animais de todas as categorias (potros, sobreanos, adultos etc.);
  • Pratique a rotação de pastagens: tal procedimento promove uma descontaminação natural da pastagem;
  • Mantenha as pastagens drenadas;
  • Desinfeste as baias e instalações com bomba a jato sob pressão a altas temperaturas para destruir os ovos de Parascaris;
  • Estabeleça quarentena a todos os animais recém-chegados à propriedade e forneça vermífugo imediatamente à chegada dos mesmos;
  • Mantenha limpo e regularmente desinfestado os materiais dos animais;
  • Construa esterqueiras fechadas para deposição do material recolhido das baias;
  • Recolha regularmente os bolos fecais dos piquetes;
  • Se possível, faça rotação dos piquetes com animais de espécies diferentes (bovinos e ovinos) para auxílio na destruição de larvas infectantes.

Mitos e fatos na vermifugação

Há uma série de mitos sobre vermifugação, passados de geração em geração, que nem sempre correspondem à realidade dos fatos. A seguir, você encontrará listados alguns desses surpreendentes mitos e as verdades sobre eles, baseadas em pesquisas científicas, para que você tenha informações suficientes para optar sempre pelo que há de melhor para seu companheiro.

Mitos e Fatos:

  • Mito: Trocas freqüentes de vermífugos promovem o melhor controle de parasitas e previnem resistências.
  • Fato: Os vermes podem desenvolver resistência múltipla a produtos específicos apesar da rotação de princípios ativos. Para melhores resultados, utilize produtos de eficácia comprovada.
  • Mito: É necessário aguardar a idade de 3 meses para realizar a primeira vermifugação dos potros.
  • Fato: Recomenda-se a vermifugação freqüente e precoce dos potros, pois esta categoria de animais é particularmente susceptível a intenso endoparasitismo. As conseqüências deste parasitismo em animais muito jovens podem ser extremamente sérias, levando não raras vezes ao óbito. Nem todos os produtos disponíveis no mercado são recomendados ou efetivos a potros muito jovens. 
  • Mito: Recomenda-se tratamento contra gasterófilos apenas no outono.
  • Fato: Os gasterófilos são ameaças constantes durante todo o ano, principalmente em climas tropicais. 
  • Mito: O coçar da cauda é normal.
  • Fato: Coçar de cauda é um sinal típico de vermes redondos, particularmente do oxiúros. A freqüência de tal ato leva à perda de pêlos da cauda (cauda de rato) e favorece o risco de infecções secundárias.
  • Mito: É suficiente tratar os animais duas ou quatro vezes ao ano.
  • Fato: Esquemas de tratamento anual em freqüências abaixo do necessário, ou com produtos de eficácia duvidosa, podem levar a desafios parasitários indesejáveis. Tratamentos a intervalos corretos com seguramente protegem seu animal contra parasitas internos sem efeitos colaterais.
  • Mito: Não se recomenda vermifugar éguas gestantes, pois pode causar abortos.
  • Fato: Deve-se atentar ao fato de que há uma série de produtos disponíveis no mercado cujos princípios ativos podem ser responsáveis por episódios abortivos. Mas alguns produtos oferecem segurança total em qualquer fase da gestação, sendo estrategicamente fundamental vermifugar periodicamente esta categoria de animais dentro da propriedade.

texto Adaptado. Fonte: Merial

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