Bem Vindo ao Blog do Pêga!

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Existe muita literatura sobre cavalos, mas poucos escrevem sobre jumentos e muares. Este é um espaço para postar artigos, informações e fotos sobre esses fantásticos animais. Estamos sempre a procura de novo material, ajude a transformar este blog na maior enciclopédia de jumentos e muares da história! Caso alguém queira colaborar com histórias, artigos, fotos, informações, etc ... entre em contato conosco: fazendasnoca@uol.com.br

sexta-feira, 2 de março de 2012

A mula na ciência.

 

A mais antiga experiência de Biotecnologia feita pelo homem foi o cruzamento entre duas espécies domesticadas: O Eqüino (Equus caballus) com Asinino ( E. asinus). :Associava a rapidez e agilidade do cavalo, animal que inicialmente vivia em grandes manadas nas pradarias Norte Americanas e que posteriormente migrou para a Ásia Central e desenvolveu esta característica para fugir dos predadores; com a inteligência do jumento, que por ser originário de regiões mais desérticas, montanhosas e rochosas do norte da África e Oriente Médio sofreu menor pressão de seleção natural para a fuga, desenvolvendo maior capacidade de analisar e responder adequadamente a cada situação individual. Deste cruzamento surgiu o Muar, que reúne as caracteríscas dos dois.


Na segunda metade do século XVII , baseando na observação do fenótipo intermediário das mulas, dois precursores da genética moderna Spencer e De Graaf desenvolveram independentemente a teoria das contribuições de 50% paternas e 50% maternas nos descendentes, mudando o conceito Aristotélico de que a fêmea seria apenas o “solo” e que a “semente” viria do macho.


Em sua revisão “Interspecific and Extraspecific Pregnancies in Equids: Anything Goes” 1995, W.R. Allen mostrou a importância do estudo da mula no conhecimento da genética e da reprodução do início do séc. XX aos dias de hoje.


Em 1916 Wodsedalek, em seu artigo “Causes of sterility in the mule” (Causas da esterilidade dos muares) foi o primeiro a propor que em Burros, a incompatibilidade entre os cromossomos paternos e maternos levava a um bloqueio da meiose, inviabilizando os espermatozóides Taylor and Short, em 1973 demonstrou este mesmo fenômeno em fêmeas. Falha parcial na meiose seria responsável nas mulas pelo baixo estoque de ovócitos ao nascimento.


Em 1922, Haldane observou que em caso de híbridos interespécies, o sexo heterogamético é mais comum de ser ausente, raro ou estéril.

Craft em 1938, demonstrou que ao se analisar grande quantidade de nascimentos de muares, haveria uma desproporção entre o nascimento de Fêmeas e Machos, ocorrendo 56 fêmeas para 44 machos, fato que não ocorre em cruzamentos dentro de uma mesma espécie. Este fenômeno confirma a lei de Haldane.


Tucker e Lundrigan em 1993 estudando o fenômeno, propuseram que por haver maior taxa de mutação no cromossomo Y, esta ocorrência no gene testículo-determinante(SRY), impediria a formação do testículo a partir do corpúsculo genital(?). Provavelmente esta deficiência de burros (♂) poderia ser explicada pela presença correspondente de Fêmeas XY.

Fonte: Mula Parida

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