Bem Vindo ao Blog do Pêga!

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Existe muita literatura sobre cavalos, mas poucos escrevem sobre jumentos e muares. Este é um espaço para postar artigos, informações e fotos sobre esses fantásticos animais. Estamos sempre a procura de novo material, ajude a transformar este blog na maior enciclopédia de jumentos e muares da história! Caso alguém queira colaborar com histórias, artigos, fotos, informações, etc ... entre em contato conosco: fazendasnoca@uol.com.br

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

TRATAMENTO DE FERIMENTOS

 

Às vezes, nossos animais parecem ter um dom especial para se meterem em encrencas, o que pode resultar em ferimentos de todo tipo. Contribuem para isso a curiosidade inerente aos equinos e asininos aliado ao fato de que as extremidades do corpo deles, tanto cabeça quanto membros, são “pele e ossos” com pouca ou nenhuma cobertura muscular, deixa pronta a receita para cortes, esfoladuras, ferimentos perfurantes e outros machucados com “solução de continuidade”, que é o nome técnico dado à perda de integridade da pele.

Veterinários e proprietários experientes sabem que algumas localizações são típicas para ferimentos – os cortes nas canelas, na frente da cabeça ou na ponta da anca; os arrancamentos de pele nos talões das quartelas anteriores; as lesões na tábua do pescoço ou na ponta do peito são alguns exemplos comuns.

Pode acontecer que os ferimentos pequenos resultem em mais complicações e demorem mais para cicatrizar do que os maiores. Isto se dá porque lesões maiores impressionam e inspiram cuidados intensivos, tais como desinfecção, sutura e curativos diários. Já os pequenos arranhões, quando notados, tendem a ser desprezados com a classificação de que “isso não é nada”. Esta atitude pode ser perigosa, pois lesões pequenas podem apresentar grande contaminação interna, como acontece no ferimento por prego, arame ou outros objetos pontudos. Quanto menos um ferimento tiver sangrado, mais cuidado ele precisará inspirar em termos de desinfecção e também de prevenção do tétano. Os equinos e asininos são as espécies mais suscetível ao bacilo do tétano, e este tem preferência por ambiente anaeróbico – ou seja, é nos ferimentos pequenos e fechados que ele tem maior chance de se multiplicar, o que pode causar a morte do animal afetado.

Verifique na nossa “ficha dos fatos” algumas medidas simples para reduzir o risco que os ferimentos representam, e também para promover uma cicatrização rápida, que não deixe seqüelas estéticas nem funcionais.

Uma bela pelagem é reflexo do conjunto de cuidados que o bom proprietário tem com o seu animal.

FICHA DOS FATOS – Cuidados com ferimentos.

  1. Higiene diária e cuidadosa é o fator isolado mais importante para promover uma boa cicatrização de todos os ferimentos. Isto inclui a limpeza com água e sabão suave e a desinfecção com água oxigenada e iodopovidona, ou outros produtos aconselhados pelo médico veterinário. A tricotomia – corte dos pêlos na região do ferimento – é importante tanto para permitir a completa visualização da lesão quanto para minimizar contaminação e facilitar a cicatrização.
  1. Seis horas após o acidente ou trauma é o prazo máximo para se fazer uma sutura de pele, para que a mesma tenha boa probabilidade de cicatrização. Depois deste prazo, o veterinário poderá optar pela resolução por segunda intenção, ou ainda por procedimento cirúrgico para reavivar os bordos da ferida, dependendo do caso.
  1. As “crostas” não ajudam a cicatrização, porém aumentam as condições de anaerobiose e contaminação bacteriana. Nunca devemos fazer curativos, especialmente com pomadas e outros produtos, “por cima” das crostas existentes, porém remover as mesmas, na medida do possível, a cada novo curativo.
  1. Manter os ferimentos enfaixados ou cobertos estimula a cicatrização saudável, sem presença de carne esponjosa e habronemose, às quais os animais são muito suscetíveis. Quando a localização ou a natureza do ferimento impede o uso contínuo de ataduras, ele precisa ser limpo com frequência, aplicando-se também um produto repelente para evitar a míiase (bicheira).
  1. Mesmo em animais imunizados contra o tétano, aconselha-se o reforço da proteção vacinal através da aplicação de soro anti-tetânico, especialmente na ocorrência de ferimentos pequenos e profundos, que se localizam nos cascos e na parte baixa dos membros, que tenham sangrado pouco, e/ou que demoraram a ser percebidos.
  1. A necessidade da revisão diária de todo o corpo, também em áreas ocultas ou de acesso mais difícil (embaixo da crineira, sola dos cascos, face interna dos membros, prepúcio, etc.), verificando a possível existência de ferimentos, é uma das razões para a recomendação da escovação diária de cada animal.
  1. A melhor maneira de minimizar a ocorrência de acidentes, e a gravidade destes acidentes, é fazer a manutenção rotineira de cercas de madeira e de arame, porteiras, quinas da cocheira, etc., e manejando os animais de modo a evitar brigas entre eles. Alguns ferimentos graves, por coice e mordidas, ou ainda com alguns animais encurralando outro num canto do piquete, são causados por desatenção dos encarregados ao formar os grupos de animais!

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Ferimento no talão

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Mesmo ferimento onze dias após a foto original, sendo enfaixado diariamente após aplicação de ALANTOL VETNIL.

Texto Adaptado. Fonte: VETNIL

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