A braquiária é apenas uma das inúmeras pragas que atacam o pasto nos haras. Considerando a facilidade desta planta de vegetar razoavelmente bem em solos pouco férteis e ao mesmo tempo causar grandes danos aos solos propícios para pastagem, é necessária a utilização de métodos para controlar a sua propagação.
A presença da braquiária nas pastagens para eqüinos se dá, principalmente, pelo fato de que a maioria destas não se adapta a solos muito férteis, isto é, solos que apresentam fertilidade baixa, como os que proporcionam uma boa plantação de pasto para cavalos.
O criador, atentando para o correto grau de fertilidade do solo para plantação de pastagens (os solos para eqüinos necessitam de média a alta fertilidade para produzir), deve sempre procurar elevar a capacidade produtiva do solo através da adubação, e com isso estabelecer uma competição entre a pastagem a ser implantada e a praga.
Por outro lado, a braquiária é uma planta bastante resistente à erradicação, basicamente em razão da sua forma de propagação vegetativa, a dormência característica, já que não se mostra eficaz a simples destruição da planta da braquiária para erradicar a praga, e a sementeira, que garante a propagação da planta nas condições mais diferenciadas possíveis e durante longo período de tempo.
Diante desses fatores, conclui-se que a destruição da planta só é possível através de dois métodos específicos: o método chinês e o de sombreamento. O primeiro método tem como elemento fundamental a vigília do criador e deve ser aplicado em pequenas áreas ou em locais cuja infestação da braquiária ainda estiver no início. Aconselha-se sempre ao uso da enxada para retirar constantemente as plantas do pasto e à remoção do material retirado para locais distantes do solo para posterior destruição. Mas, existem ainda outras recomendações, como, nunca sementear a braquiária que ainda não foi erradicada, nunca deixar que os animais comam as sementes, manter sempre elevada a fertilidade do solo, entre outras.
Já o método de sombreamento, este é aplicado em áreas maiores ou mais infestadas com a praga. Através dele escolhe-se uma espécie de forrageira de crescimento mais rápido e vigoroso, deforma a investir no cultivo para que esta planta se transforme em um verdadeiro e constante sombreamento da praga. As duas únicas espécies que apresentam as características exigidas por este método são o capim-conilão e o capim-elefante (napier, camerum e mineiro).
Quando nos referimos às vantagens e desvantagens apresentadas por esses dois métodos, é de se destacar que o segundo é o mais vantajoso para o criador. Além de ser sensivelmente mais barato, esse método proporciona o enriquecimento do haras em termos de pastagens, rendo em vista que uma outra forrageira surge como alternativa para a alimentação dos animais.
Fonte: “A criação e a nutrição de cavalos”, de Roberto T. Losito de Carvalho e Cláudio M. Haddad.
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