Bem Vindo ao Blog do Pêga!

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O propósito do Blog do Pêga é desenvolver e promover a raça, encorajando a sociedade entre os criadores e admiradores por meio de circulação de informações úteis.

Existe muita literatura sobre cavalos, mas poucos escrevem sobre jumentos e muares. Este é um espaço para postar artigos, informações e fotos sobre esses fantásticos animais. Estamos sempre a procura de novo material, ajude a transformar este blog na maior enciclopédia de jumentos e muares da história! Caso alguém queira colaborar com histórias, artigos, fotos, informações, etc ... entre em contato conosco: fazendasnoca@uol.com.br

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Transportando seu Animal

 

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Se você nunca passou pelo teste de paciência que é tentar embarcar um cavalo, jumento ou muar nem um pouco cooperativo em um caminhão ou trailer, você tem muita sorte.


A maioria dos proprietários conhece bem esse cenário por experiência pessoal e lembra bem dos sentimentos de frustração e de raiva normalmente envolvidos. É uma receita para problemas e traumas. De fato, muitos estudiosos acreditam que a maioria dos ferimentos nos animais ocorrem na hora do carregamento e descarregamento dos animais e quase nunca durante a viagem propriamente dita. Entretanto, embarcar e desembarcar seu animal de um caminhão ou trailer não tem de ser obrigatoriamente um evento de risco. Com cabeça no lugar e bom-senso, podemos manter todos os envolvidos no processo calmos e a salvo.

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O FATOR MEDO: As pessoas tendem a esquecer a razão principal pela qual um animal não entra em um veículo. Eles têm medo do caminhão ou trailer. E quando tem medo, ele faz qualquer coisa para sair da situação. Isso inclui empacar, escoicear, empinar, se atirar para trás, passar por cima da pessoa que o está guiando, tentar passar por espaços onde ele não cabe etc. Essa situação piora quando acidentalmente ele escorrega e cai no caminhão, ficando preso entre as separações. A pessoa que está puxando é a que fica mais vulnerável ao seu desespero, podendo se machucar seriamente. A situação normalmente é exacerbada quando as pessoas não se programam para a possibilidade do animal dar problema para embarcar e organizam fretes em cima da hora dos eventos. Quando as pessoas estão atrasadas, normalmente perdem a paciência mais rápido. Essas pessoas são as que provavelmente tentarão agredir o animal para que ele embarque logo e isso só reforçará o medo e a relutância do animal em embarcar. Na maioria das vezes, quando consegue colocar o animal temeroso dentro do caminhão, a pessoa o tranca lá dentro e segue viagem o mais rápido possível. Novamente, estamos reforçando o terror que o animalsentia do caminhão. Ele tinha medo de entrar naquele buraco escuro porque ele não sabia se poderia sair dali. O fato de ser trancado lá dentro e sair chacoalhando por aí sem poder sair confirma seu temor inicial. Fica cada vez mais difícil colocá-lo de novo em um caminhão...


A única maneira de ajudar o animal a perder o medo é mostrar-lhe que ele pode sair dali. Isso significa embarcar e desembarcar várias vezes. O ideal é que se comece quando ele é bem jovem e mais fácil de dominar. Muitas pessoas costumam carregar e descarregar potros bem jovens junto com suas mães dentro dos caminhões para que eles as sigam e percam o medo do "buraco escuro". Mas se seu animal já é mais velho, tire uma tarde ou um dia sem pressa nenhuma simplesmente para embarcá-lo e desembarcá-lo. A primeira vez vai levar algum tempo. Assim que você conseguir embarcá-lo sem agressão, agrade-o, dê-lhe uma guloseima e tire-o do caminhão. Repita. Repita. Repita. Você vai perceber que cada vez vai levar menos tempo para embarcar seu animal. Depois desta fase, você pode experimentar pará-lo sobre a rampa, agradá-lo e sair sem entrar totalmente e depois entrar e deixá-lo alguns minutos amarrado lá dentro, ficando ao lado dele para acalmá-lo.

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A meta de todo esse processo é conseguir com que o animal se sinta confortável com o processo e assegurar-lhe de que ele vai SAIR do caminhão. Essa é a técnica que melhor funciona com animais que se atiram para trás ao entrar nos caminhões e com aqueles que quando a porta se abre enlouquecem para sair e ao serem desamarrados saem atropelando quem está segurando o cabo.


Passear os animais puxados no cabo ou mesmo montados pelo embarcador sem o caminhão também é uma boa idéia, para que ele se acostume com a pequena rampa e com o local de embarque sem a presença do caminhão.
Utilize-se também do "sentido de manada" que é muito forte, especialmente em animais jovens. Eles temem ficar sozinhos "sem a turma" em uma situação perigosa. Assim, sempre embarque o animal mais experiente na frente do jovem ou do temeroso. Muitas vezes, o medo de ficar só é maior do que o medo do "buraco escuro" onde seu companheiro desapareceu. No desembarque SEMPRE retire do caminhão o animal inexperiente antes. Se ele ficar sozinho lá dentro sem seus companheiros ele provavelmente ficará muito nervoso ou mesmo entrará em pânico.


DILEMAS DE TREINAMENTO
Treinamento é a regra da segurança. Quanto melhor treinado o animal, menor a probabilidade dele se machucar ou machucar alguém.


Antes de apresentar um caminhão ou trailer para seu animal, deve-se prestar atenção em como seu ele se comporta conduzido pelo cabo ou guia. Se você não tem um bom controle de seu animal em situações corriqueiras, seguramente você terá problemas quando quiser colocá-lo no caminhão. Seu animal deve ser capaz de seguir ao seu lado tranqüilamente, parar e esperar, virar para os dois lados e recuar quando você pedir sem qualquer reação. Essas manobras devem ser repetidas em vários tipos de terreno. Também é importante que ele esteja acostumado a cruzar calmamente ao seu lado por portas, passagens, portões, poças de água e obstáculos. Esse treinamento é importante para reforçar a confiança do animal nele mesmo e em você como líder.


Ao tentar embarcar o animal relutante, jamais fique próximo demais de sua garupa e NUNCA tente fazer com que ele se mova para frente com um tapa na garupa. Parece ridículo dizer uma coisa dessas, mas todos os dias pessoas experientes fazem isso.


Outra técnica perigosíssima é a "corda humana" onde duas pessoas cruzam os braços por trás do cavalo e o empurram para dentro do caminhão. Se o animal se jogar para trás ou der um coice é o fim da brincadeira.


Menos perigoso para os ajudantes é passar uma corda por trás dos quartos do animal e ficar com uma ponta de cada lado da entrada não permitindo que o animal venha para trás. Claro que se ele realmente quiser vir para trás não serão duas pessoas que terão força para segurá-lo e normalmente as cordas queimam as mãos dos assistentes e o animal se enrosca nas cordas.


Preferentemente não sede animais para viajar. Sedados eles não são senhores de seus movimentos e tem muito maior probabilidade de se machucarem e machucarem quem está em volta. Podem ainda perder o equilíbrio durante a viagem e cair no caminhão.


VEÍCULOS-ARMADILHAS

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Literalmente, os animais vêem os caminhões e trailers como armadilhas. Percepção que é muito aumentada quando o teto é muito baixo, a entrada é muito estreita ou o interior do veículo está totalmente escuro. Mesmo um animal acostumado a embarcar pode se recusar a entrar em um local muito apertado ou muito escuro.


Um caminhão proporcional, um embarcador bem iluminado e luz dentro do caminhão podem resolver uma grande parte dos problemas de embarque.


A melhor maneira de embarcar um animal é que o ambiente esteja calmo, com no máximo dois ajudantes, que ele seja guiado por alguém que ele conheça, com alguma coisa de que ele goste nas mãos (açúcar, cenoura). A cada passo que ele der em direção do caminhão, deve ser encorajado com voz calma, agrados e uma recompensa para que relaxe e se distraia. Leve o tempo que levar. A paciência é muito importante.


Só force o movimento para frente quando sentir que o animal abaixou a cabeça e relaxou a musculatura. Passo a passo. Os ajudantes devem ficar em ambos os lados quietos, sem agredi-lo, a uma distância segura, pressionando apenas com a sua presença o animal para frente.

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DICAS PARA UM EMBARQUE SEGURO:
Sem quinas ou pontas - dê a volta em todo o veículo e embarcador e passe a mão nas portas, janelas, divisórias, argolas de amarrar, correntes e cabos para encontrar locais potencialmente perigosos e conserte ou cubra.


Portas internas - o caminhão deve possuir portas de divisória bem encaixadas e com fácil sistema de liberação em caso de emergência. Cabos com mosquetão de segurança - importantíssimo evitar amarrar o animal diretamente nas correntes comumente encontradas no caminhão. É quase impossível soltar esse tipo de mosquetão em caso de emergência.


Caminhões inteiramente fechados, apesar do calor, são muito mais seguros que caminhões abertos, onde um animal desesperado pode "ver" uma saída que não existe e tentar se atirar por um vão ou por cima. Portas tipo "boiadeiro", onde o animal tem de se abaixar para entrar são um convite ao perigo e esses caminhões não devem ser utilizados para transporte de eqüinos.


Ambiente não claustrofóbico - o caminhão e o box interno devem servir ao tamanho do animal. Tenha isso em mente quando contratar um caminhão preparado para outra raça para transportar seu animal.


Uma boa rampa - muito importante para dar firmeza e confiança para o animal que embarca. Não deve ser muito curta para que a inclinação não seja muito forte e também deve ter piso antiderrapante para evitar escorregões. Ainda não pode ser empenada, onde uma ponta fica no solo e outra ponta fica no ar, e quando o animal pisa ela se move e faz barulho assustando o animal e ainda levantando uma ponta de ferro onde o animal pode se ferir. A rampa deve ser preferentemente protegida com guarnições laterais para evitar que ele possa cair para os lados. Na dobradiça da tampa deve ser colocada uma proteção de madeira para evitar que o animal coloque uma pata no buraco.


Um bom embarcador - iluminado, com bom piso, largo com laterais protegidas e altura compatível com a rampa do caminhão sempre serão um convite para o animal embarcar e uma segurança para as pessoas e animais.

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Proteções - para levar um animal em um caminhão para qualquer lugar, sempre proteja suas patas. Lembre-se de que os acidentes acontecem no embarque ou desembarque, não interessa o tempo de viagem. O preço de um bom jogo de protetores de viagem é bem menor do que o da visita do veterinário e dos remédios... O tipo de protetor ideal é o que cobre até o casco, cobrindo os talões e sobe até o alto das canelas. Leve também em conta que protetores muito grossos podem esquentar demais em temperaturas altas e deixar o animal nervoso. Se o protetor não cobrir o casco, devem ser colocados cloches para protegê-los e evitar pisaduras. Sempre retire os rampões das ferraduras antes de embarcar.

Caminhão tipo boiadeiro não é para ser usado no transporte de eqüinos

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Texto Adaptado. Fonte: Blog Muares e Marchadores

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Doenças do aparelho respiratório

 

Pulmoeira
Doença comum provocada por alergia ao pó ou esporos de fungos. O cavalo pode tossir, tanto no estábulo, como a trabalhar. Poderá haver algum corrimento nasal, em especial depois do trabalho. O ritmo respiratório poderá aumentar e a respiração passa a ser mais precipitada. A temperatura corporal mantém-se normal.

Apesar da pulmoeira ser permanente, pode ser controlada de acordo com procedimentos correctos e mais adequados (como molhar o feno, dar erva semi-seca e embalada em vácuo, mudar a camapara aparas de madeiraou papele manter o cavalo ao ar livre o máximo tempo possível).

Para diferenciar esta doença de outras, cujos sintomas sejam tosse e corrimento nasal, como a infecção bacteriana crónica, um veterinário deverá ser chamado.

Dictiocaulose
Provoca uma tosse crónica com ou sem corrimento nasal e pouca resistência ao exercício. É visível, em cavalos que pastaram com burros. Esta doenaça é transmitida entre burros e de burros para cavalos, mas não entre cavalos. Os cavalos que pastam com burros devem ser desparasitados contra esta doença, com regularidade.

Resfriados das vias nasais
É similar à do tipo humano. O cavalo pode não ter febre, não ter vontade de comer e desenvolver um corrimento nasal ou tosse. Caso os sintomas se verifiquem, há que isolar o cavalo, mantê-lo quente, não o fazer trabalhar e chamar o veterinário.

A vacinação protege contra vírus específicos e reduz os sintomas. Só se volta a pôr o cavalo a trabalhar depois de completamente recuperado, dada a fragilidade em que as vias respiratírias ficam.

Dado o alto índice de contagio das doenças virais, há que verificar outros animais.A verificação da tremperatura deve ser feita duas vezes por dia (caso esta suba, deve parar-se o trabalho imediatamente).

Há bactérias que provocam os mesmos sintomas.


Gurma
É uma infecção bacteriana altamentecontagiosa, provocada pela Streptococcus cusequi. Os principais sintomas são as temperaturas altas e pus nas narinas. O cavalo terá um ar descorado e sem apetite. Desenvolve abcessos na região da mandíbula e do pescoço. Há que isolar o animal dos outros e chamar, imediatamente, o veterinário.


Enjoo de movimento
É provocado pelas viagens longas e os sintomas são semelhantes aos da gripe: febre alta, palidez, pouco apetite e aumento do ritmo respiratório.
Poderá ser agravado por pneumonia ou pleurisia. Se o cavalo ficar descolorado após uma viagem longa e tiver febre, há que chamar o veterinário sem mais demoras. O cavalo deve manter-se quente e em repouso total.

Cornage
O facto de um cavalo fazer barulho ao inspirar pode reflectiruma obstrução parcial da laringe, comprometer a performance e provocar cansaço e falta de ar prematuros ao cavalo.  O assobio é um som agudo, o roncomais grave e grave.Ambos podem ser provocados pel,a paralisia de uma corda vocal.Alguns cavalos fora de forma fazem este som, que desaparece conforme vão ficando mais em forma.

Epistaxe
É uma perda de sangue  palo nariz. A hemorregia, associada ao exercício, não e comum, podendo ser resultado de um problema grave nas vias respiratórias aéreas superiores da cabeça, em especial, ou de um crescimento anormal (hematoma etmóide) ou, ainda, uma infecção fungicida(micose da bolsa gutural).

Uma hemorregia nasal após o exercício é comum e pode ter origem nos pulmões, após o galope. O sangue costuma ser engolido, e não aparece nas narinas.Este tipo de hemorregias não é um problema, mo entanto, uma hemorregia dos pulmões que seja forte pode comprometer a performance e poderá reflectir outras doenças pulmonares.

Se depois do exercício aparecer sangue nas narinas do cavalo, por mais de uma vez, é muito importante chamaro veterinário.

Diarreia
Causas:
-Alteração súbita da alimentação;
-Ansiedade;
-Parasitas ou uma infecção bacteriana (salmonelose)

Esta infecção é transmissível a outros animais e pessoas, pelo que o animal infectado devepermanecer isolado e quem tratar deste deve lavar as mãos no fim.

Sintomas:
-fezes moles ou diarreia.

Tratamento:
O tratamento deve ser administrado somente pelo veterinário, no entanto, enquanto espera que este chegue, pode ir pondo uma ligadura na cauda, para evitar que esta se suje. Pode também esfregar vaselina nas nádegas do animal, para evitar que a pele inflame por estar sempre húmida.

Deve ser dada muita água fresca ao cavalo. Para evitar estes problemas, há que desparasitar o animal regularmente.


Perda de Peso
Causas:
-Alimentação inadequada;
-Dificuldade em comer devido a problemas dentários;
-Parasitas;
-Vertigem do pasto;
-Dano na parede do intestino;
-Não conseguir absorver bem os nutrientes;
-Doença no fígado(envenenamento por tasna);
-Doença no rim.

Sintoma:
-perda de peso inesplicável, mesmo que o cavalo coma naturalmente.

Tratamento:
O vaterinário deve ser chamado quando o sintoma se faz sentir, num intervalo de tempo fora do normal e o animal não consegue engordar.

Parasitas
Os parasitas são ingeridos no prado. As larvas maturam na parede do intestino e as adultas poem ovos que passam para as fezes. Um grau alto de infecção pode matar o animal.

Causas:
-Ingestão de larvas de parasitas no prado;
Sintomas:
-Perda de peso;
-Diarreia;
-cólicas;
-má condição física.

Tratamento:
-Fazer a gestão do prado, que consiste em apanhar os cagados pelo menos duas vezes por dia, do prado, de forma a evitar a contaminação e quebrar o crescimento larvar;
-Desparasitar o animal. Na desparasitação, é importante mudar o desparasitante todos os anos, para evitar que os parasitas se tornem imunes ao mesmo;
-Combinar estas duas técnicas é bastante frutífero.

O veterinário deve ser chamado caso os sintomas não melhorem.

Fonte: Filipa Fernandes para o Mundo dos Animais, 2008

domingo, 20 de novembro de 2011

Sarcóide – Guia para proprietários

 

Introdução
A sarcoidose é um tipo de tumor de pele. É o tipo mais comum de tumor encontrado na prática eqüina. Os crescimentos muitas vezes aparecem de repente e, dependendo do tipo, pode crescer rapidamente. Em alguns casos eles podem afetar a capacidade de um jumento a usar o cabresto ou arreios, afetando sua capacidade de trabalho. O tratamento pode ser caro e demorado e uma cura completa nem sempre é alcançada.

Sarcoides variam na aparência. Às vezes sarcoide pode ser confundido com outros tipos de tumores de pele como verrugas.


Elas podem parecer secas e escamosa e podem facilmente sangrar ou ulcerar. Alguns tipos de sarcóide são muito agressivos localmente, o que significa que eles tendem a invadir e se espalhar no tecido em torno deles. No entanto, eles são estritamente limitados à pele e do tecido diretamente sob ele, pois eles não se espalham da pele para órgãos internos.


Todas as protuberâncias suspeitas devem ser verificados pelo seu veterinário sem demora.


Causas de sarcoides
A causa da sarcoides não é totalmente conhecida, embora haja um número de teorias. Uma teoria é que eles são causados ​​por um vírus. Embora nenhuma partícula de vírus ainda tenha sido encontrada, o material genético parecido com virus tem sido encontrado em uma grande proporção de sarcoides. Uma característica genética específica foi identificada na maioria dos cavalos com sarcoides, sugerindo que uma alta proporção da população eqüina pode ser geneticamente suscetíveis.


Algumas pessoas pensam que insetos, como moscas, têm um papel no desenvolvimento da doença. Certamente, sarcoides parecem ocorrer em locais do corpo onde normalmente moscas se alimentam, como ao redor dos olhos. As moscas estão implicada na disseminação da sarcoids sobre um animal específico, mas se sarcoides são transmissíveis entre os jumentos é muito incerto. É sensato tomar medidas para o controle de moscas em um jumento com sarcoides durante os meses de verão.

Partes do corpo onde são encontrados sarcoides
Sarcoides ocorrem mais freqüentemente nas pernas, tronco e cabeça, seja como crescimentos simples ou múltiplos. Tem-se observado que sarcoids podem desenvolver nos locais de feridas e áreas onde a trauma ou lesão ocorreu.

(Frequencia de distribuição das lesões no corpo: Cabeça e orelha 51%, pescoço, corpo e genitais 24%, ombros e membros 25%)

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Tipos de sarcoides
Sarcoides foram classificadas em seis tipos principais, cada um com um nome científico descritivo (nodular, fibroblástico, verrucoso, oculto, mista e maligno). Os nomes não são importantes para o proprietário, é apenas útil
sabemos que a aparência de sarcoides pode ser muito variável. Aqui estão alguns exemplos.

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Alguns sarcoides aparecem como discretos pedaços sólidos de tamanho variável. Os nódulos, por vezes, ulceram e sangram na superfície ou soltam líquido.


Sarcoids também podem ser massas carnudas, às vezes com uma haste fina ou uma base larga e plana. Este tipo freqüentemente se desenvolve rapidamente de uma forma mais branda seguindo danos e pode se desenvolver no local das lesões de pele nos membros. Outro tipo de sarcoidose ("verrucoso") é cinza, sarnento ou com aparência de verruga, às vezes com pequenos nódulos sólidos dentro deles. Sarcoides
também pode aparecer como cinza sem pêlos, áreas geralmente circular. Sarcoides "Malignos"  são o tipo mais agressivo: os tumores se espalham intensivamente através da pele. É uma forma rara que normalmente é encontrado no cotovelo e áreas de face.

Tratamento

Se você suspeita que seu jumento tem uma sarcoide, não espere que a condição melhore: ela provavelmente só vai piorar! Consulte o seu veterinário quando o primeiro sinal de uma sarcoide aparece. Não tente tratar da sarcoidose você mesmo, o tratamento mais adequado dependerá do tipo de sarcoide e esta decisão deve ser tomada por um veterinário.


Sarcoides são muito difíceis de tratar com eficácia. Vários tratamentos são comumente usados​​: isto sugere que nenhum método é universalmente eficaz. Determinados tipos de tratamento têm efeitos variáveis​​. Alguns podem ser muito bem sucedido em algumas ocasiões e ineficaz em outros. Falha de qualquer método de tratamento é geralmente acompanhado pelo reaparecimento de um tumor mais agressivo, muitas vezes em números crescentes. Portanto, é importante selecionar a melhor alternativa possível como o primeiro método de tratamento.


Antes do tratamento

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Depois do tratamento

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No The Donkey Sanctuary, terapias "alternativas" não são utilizados para sarcoides. Apesar de relatos anedóticos, não há clara evidência de seu benefício. Avaliação de um tratamento incomum pode ser complicado porque em raras ocasiões sarcoides parecemmelhorar sem tratamento. Demora em começar com um tratamento sob a supervisão de seu veterinário pode significar que a sarcoidose aumente e, portanto, fique mais difícil de resolver.


Os seguintes métodos de tratamento são usados ​​por veterinários:

A remoção cirúrgica. Isto pode ser eficaz para sarcoides muito pequenas em áreas seguras. No entanto, há uma taxa relativamente elevada de falha, com recorrência em torno de 50%.


Um método relacionado (ligadura) é amarrar uma faixa apertada (ou usando uma tira elástica) em torno da base sarcoids com uma haste.
Isso pode cortar o fornecimento de sangue, causando a lesão a secar e, eventualmente, cair.

Antes da cirurgia

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Depois da cirurgia

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Criocirurgia (congelamento). Gás nitrogênio líquido é usado neste tipo de cirurgia para alcançar o ultra-congelamento do tecido doente. Isso só é eficaz para sarcoides com tamanho e profundidade limitados. É muito demorado e tedioso se existem vários sarcoides a ser tratados. Também pode haver uma alta taxa de recorrência.


Injeção de BCG. Este método funciona razoavelmente bem para sarcoide nodular efibroblástica ao redor dos olhos, mas é muito menos eficaz em outros lugares. O método tem riscos significativos e é necessário um cuidado e apoio extremo na medicação.

 

Quimioterapia. Uma injeção de determinadas drogas no centro de uma sarcoidose é um método útil de tratamento em alguns casos. Estas drogas matam as células com as quais entram em contato. O material também é muito perigoso para o cirurgião e por isso precauções especiais devem ser tomados e é difícil de obterno na maioria dos países.

Terapia citotóxica tópica (usando um creme). Este tratamento, provavelmente, produz os melhores resultados dos métodos disponíveis. Estas substâncias são muito fortes em seus efeitos e pode danificar a pele normal, bem como o tumor. O método é limitado a áreas que toleram cicatrizes na pele.


Radioterapia. Apesar de altamente eficaz, este é muito caro e limitado na sua disponibilidade. É utilizado principalmente para sarcoides ao redor do olho.


Lembre-se que a detecção precoce é importante e pode influenciar o sucesso do tratamento. Verifique a pelagem e a pele do seu jumento todos os dias, especialmente em torno das áreas que podem ser afetadas por sarcoides.

Fonte: The Donkey Sanctuary

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Pastagem para Equinos

 

As pastagens por constituírem há milhares de anos o alimento natural dos eqüinos, seu complexo sistema digestivo adaptou-se anatômica e fisiologicamente para sua transformação em fonte de energia, proteína e para suprir suas necessidades de todos os nutrientes.

Com o incremento da estabulação e dos esportes eqüestres, os cavalos começaram a receber uma alimentação muitas vezes incompatível com sua capacidade de digestão e conversão, resultando como conseqüência mais grave a síndrome cólica, além das diarréias, aguamento, anemia etc.

A respeito da fisiologia digestiva, enquanto nos bovinos (ruminantes) a assimilação de toda a energia dos carboidratos fibrosos dos vegetais ocorre no complexo “rúmen”; enquanto a dos eqüinos (não ruminantes) é no intestino grosso (ceco funcional), local de abrigo dos microorganismos, destinados a realizar a digestão desses alimentos volumosos.

Por este motivo, toma-se importante a ingestão da fração fibra, responsável pelo equilíbrio e bom funcionamento do sistema digestivo. Como a forragem é a principal fonte de fibra da alimentação eqüina, associada ao bom valor nutritivo e ao custo mais baixo, não se deve desprezá-la nos mais diversos programas alimentares

A oferta de alimentos de alta qualidade, tanto de forragens quanto de suplementação concentrada, possui seus benefícios comprovados, pois garante crescimento saudável e excelente condição física dos animais. Na avaliação das espécies forrageiras para formação das pastagens para os eqüinos, devemos considerar seu hábito de pastoreio e fisiologia digestiva, que são diferentes dos outros animais herbívoros. O pastoreio dos eqüinos consiste na apreensão dos alimentos pelo lábio superior, usando os dentes para o corte da forragem, auxiliado pelos movimentos da cabeça. Nos bovinos esta apreensão é realizada pela língua que enrola a vegetação prensando-a no palato superior (céu da boca) arrancando-a com um pequeno movimento da cabeça.

Características desejáveis

Com este tipo de pastejo rente ao solo, é importante a escolha adequada de uma espécie forrageira que tenha hábito de crescimento rasteiro. Como por exemplo, as espécies de estoloníferas ou semidecumbentes, no qual o tipo de pastejo causa menor dano ao meristema apical da planta proporcionando um melhor rebrote e persistência das pastagens, uma vez que estão menos expostos, dificultando seu corte.

Forragens com crescimento cespitoso e com o meristema apical mais alto devem receber mais atenção no manejo. Neste caso, não permitir que os animais cortem muito baixo as pastagens, pois com uma desfolhação muito intensa acarretará a remoção do meristema apical, resultando na paralisação de seu crescimento. A rebrota será muito mais lenta, pois ocorrerá a partir de gemas basais ou axilares, prejudicando assim o rendimento e a duração da pastagem.

Outras características desejadas nas forragens são:
1 - Crescimento agressivo (capacidade de crescer e fechar a área rapidamente);
2 - Resistência ao pisoteio;
3 - Alto valor nutritivo;
4 - Baixa exigência em fertilidade do solo;
5 - Boa palatabilidade;
6 - Adaptável às condições climáticas da região.

Escolha da forragem

Por ser um país de proporções continentais, o Brasil possui uma diversidade de clima e fertilidade do solo, responsáveis pelas diferenças na adaptabilidade de uma mesma espécie em diferentes regiões do país.

A composição das forragens varia muito com o estádio vegetativo da planta, com a fertilidade e tipo do solo, regime de chuvas, temperatura, umidade do ar, latitude, altitude, sistema de pastoreio, praguejamento, espécie forrageira, etc.

Com essa ampla variedade de fatores influenciando a composição nutritiva e produção das forragens, pode-se afirmar que não há uma espécie forrageira ideal, e sim dentro das características desejáveis já citadas, ocorra à escolha da espécie mais adaptada a região e ao manejo adotado (adubação, rotação de pastagens, irrigação, taxa de lotação, etc.).

Preparo do solo

Antes do plantio, deve-se tomar providencias para uma melhor germinação tanto das sementes ou das mudas plantadas. A coleta de amostra do solo para análise em laboratório, tem grande importância para a determinação das suas condições de fertilidade e pH. De acordo com os resultados, recomenda-se a correção do pH do solo, de preferência 60 dias antes do plantio, e a adubação adequada para que o solo esteja apto para proporcionar o rápido crescimento e persistência da forrageira cultivada.

É também importante para o sucesso na implantação de uma pastagem fazer a retirada das plantas daninhas perenes antes da floração, para que não reproduzindo, impeça a reinfestação, possibilitando maior controle da qualidade das pastagens.

Forrageiras

Informações sobre as espécies de gramíneas para a formação de pastagens é de grande importância na alimentação eqüina.

Estrela Africana (Cynodon Plectostachyus)

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Espécie de crescimento prostrado prefere solos de textura argilo-arenosa. Extremamente resistente ao pisoteio, apresenta valor nutritivo bom e notável capacidade de cobrir terreno. Regra geral não recomendada para fenação, devido ao seu “talo” ser grosso dificultando a perda de água.

Coast – Cross (Cynodon Dactylon)

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O coast-cross é uma forrageira perene, subtropical, híbrida, desenvolvida na Geórgia, EUA, pelo cruzamento entre espécies de Cynodon (grama-bermuda). É resistente ao frio, tolerando bem geadas. Apresenta bom valor nutritivo (teor protéico: 12 a 13%), alta produção (20 a 30 t/ha/ano de matéria-seca) e alto nível de digestibilidade (60 a 70%). Por apresentar alta relação folha/haste e responder vigorosamente à adubação, constitui-se em excelente opção para fenação. Seu hábito prostrado e estolonífero lhe assegura maior persistência.

Tifton 85 (Cynodon SP)

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Gramínea do gênero Cynodon sp, híbrido estéril resultante do cruzamento da TIFTON - 68 com a espécie Bermuda Grass da África do Sul Gramínea perene estolonífera com grande massa folhear, rizomas grossos, que são os caules subterrâneos que mantêm as reservas de carboidratos e nutrientes que proporcionam a sua incrível resistência a secas, geadas, fogos e pastejos baixos. Pode ser plantada tanto em regiões frias, quanto em regiões quentes de clima subtropical e tropical, ou seja, em todo território nacional, em solos arenosos, mistos e argilosos (não alagados), devidamente corrigidos e adubados.

Tifton 68 (Cynodon sp)

O tifton 68 é uma gramínea forrageira tropical obtida a partir de melhoramentos genéticos realizados com o gêneroCynodon nas universidades da Geórgia e da Flórida, nos Estados Unidos. Apresenta as mesmas características o tifton 85 apresentado acima.

Braquiárias

Capins do gênero brachiaria devem ser evitados na formação de pastagens para eqüinos, pois algumas espécies (brachiaria decumbens) são rejeitas pelos animais. Algumas causam fotossenbilização hepatógena principalmente nas partes despigmentadas dos animais (brachiaria humidicola), além de apresentarem alto teor de oxalato, que seqüestra o cálcio tornanndo-o indisponível para o animal.

A doença conhecida como “cara inchada” (hiperparatireoidismo nutricional secundário), é caracterizada por um inchaço bilateral dos ossos da face, e é causada pelo alteração da relação Ca:P. Para tentar restabelecer a quantidade de cálcio no sangue o organismo libera o PTH (hormônio da paratireóide), que mobiliza o cálcio dos ossos para a corrente sanguínea.

O cálcio retirado dos ossos é substituído por um tecido cicatricial fibroso, que provoca aumento de volume dos ossos da face. Embora irreversíveis, essas lesões podem ser controladas quando detectadas.

Outras espécies como o capim kycuiu (pennisetum clandestinum), Setaria anceps cv. Kazungula, Panicum maximum cv. Colonião, Digitaria decumbens cv. Transvala também devem ser evitadas pelo seu alto teor de oxalato.

Fonte: ABQM

Autores: Felipe Pereira dos Santos e Humberto Pena Couto

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A verdade sobre jumentos, cavalos e verminose pulmonar

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Jumentos e cavalos podem viver juntos com sucesso desde um programa de desparasitação regular seja seguido.

Um grupo de bem-estar animal proeminente está fazendo campanha para dissipar o mito de que jumentos e cavalos não podem viver juntos por causa do parasita Dictyocaulus arnfieldi.


The Donkey Sanctuary, com sede perto de Sidmouth, em Devon, Inglaterra, diz que apesar do risco de vermes pulmonares, jumentos, cavalos e pôneis podem viver juntos e com segurança, desde um programa de desparasitação regular, com o aconselhado por um veterinário, seja seguido.

Ben Hart, o gerente de treinamento diz: "Quando temos nossos dias de treinamento, é comum ouvir pessoas afirmarem que jumentos e cavalos não podem viver juntos por causa dos riscos de lungworm (verme pulmonar). Mas o fato é que eles podem."


A instituição também está interessada em esclarecer equívocos sobre os níveis de infecção parasitária em jumentos na Grã-Bretanha. Ela apresentou recentemente os resultados de um estudo que avaliou os níveis de infecção parasitária em jumentos para veterinários e parasitologistas.

Dra. Faith Burden, gerente de projetos veterinários da instituição, diz que é freqüentemente citado que uma grande porcentagem - até 70 por cento - de jumentos da Grã-Bretanha estão infectadas com vermes pulmonares.

"Nosso estudo para determinar os níveis de infecção parasitária em jumentos, ao longo de um período de quatro anos, mostrou que apenas 4 por cento foram infectados com vermes pulmonares".


The Donkey Sanctuary visa proteger jumentos e muares e promover seu bem-estar em todo o mundo. Foi fundada pela Dra. Elisabeth Svendsen em 1969 e já cuidou de mais de 13,600 jumentos no Reino Unido, Irlanda e outras partes da Europa. Ele também funciona no Egito, Etiópia, Índia, Quênia e México para melhorar o bem estar do jumento.

Fatos sobre lungworm

1. Jumentos são considerados o hospedeiro natural do parasita.
2. Jumentos toleram uma grande infestação de lungworms sem sinais aparentes, ao passo que ele pode causar tosse severa em cavalos e pôneis que contraiam o parasita.
3. Larvas de vermes pulmonares podem viver no pasto por um período considerável de tempo, de modo que um bom manejo de pastagens pode ajudar a reduzir a infestação.
4. Amostragem fecal é a melhor maneira de diagnosticar vermes pulmonares em jumentos.
5. Jumentos, cavalos e pôneis podem viver juntos com bastante segurança, desde um programa de desparasitação seja seguido, como aconselhado por um veterinário.

Autor: Dawn Vincent

Fonte: Horse Talk, NZ

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O que você sabe sobre hiperlipidemia?

 

Todos os proprietários jumento deve estar ciente da condição que é conhecida como Hiperlipidemia pois possui um alto risco de mortalidade, mesmo quando reconhecida e tratada rapidamente.


Jumentos, incluindo jumentos miniatura e pequenas raças de pônei são especialmente suscetíveis a esta condição devastadora, que é reconhecida desde o final da década de 1960. Estes tipos de eqüinos são projetados para viver em ambientes hostis - desertos, pântanos, etc com pastagens pobres e pouco alimento disponível. Como resultado, eles tendem a engordar e ganhar excesso de reservas de gordura quando pastam e recebem alimentação suplementar. Infelizmente, quando esses animais param de comer por qualquer motivo, isto leva a condição conhecida como hiperlipidemia.


Então, o que está acontecendo no corpo quando esta condição ocorre?
Quando o jumento parar de comer o suficiente, os órgãos essenciais ainda necessitam de um suprimento de alimentos, de modo que o corpo tenta usar a energia que é armazenada, como depósitos de gordura. O resultado é que os ácidos graxos livres são distribuídos para o fígado para serem convertidos em glucose para uso pelo corpo. Este sistema é controlado por eventos hormonais complexos, que devem desligar a quantidade de gordura liberado de depósitos de gordura quando o fígado produz a glicose para o corpo.


Infelizmente jumentos e pôneis pequenos não são capazes de eficientemente desligar a liberação de gordura e o sangue logo se enche de excesso de gordura na circulação. Esta gordura circulante pode ser medido no sangue como triglicérides pelo seu médico veterinário.

Grandes quantidades de gordura causa o fígado e os rins a degenerar e falhar, e, eventualmente, todos os órgãos do corpo falham, isso resulta em danos irreversíveis e a morte segue logo depois.


Quais são as causas de hiperlipidemia?
Um número de fatores de risco têm sido identificados como contribuindo para esta condição. Sabe-se que um jumento do sexo feminino é de maior risco do que um macho, principalmente se está grávida ou amamentando, quando há alta demanda de energia. Animais com excesso de peso e animais obesos têm um risco muito maior do que aqueles em condições médias."Stress" pode fazer com que um animal reduza o seu consumo de ração e estresse pode ser muito variável: transportes, social, o mau tempo, a perda de um companheiro, muitas coisas podem atingir um jumento!

Qualquer doença subjacente pode desencadear o processo de carga de verminose, problemas dentários, cólicas, etc


Como posso saber se meu jumento tem hiperlipidemia?
Você precisa conhecer o seu jumento bem e reagir a qualquer mudanças sutil de comportamento e redução do apetite. Os sinais apresentados pelos animais com hiperlipidemia não são específicos e incluem apatia, letargia, falta de apetite, aumento da temperatura, e fraqueza. Mais tarde pode haver edema ventral, e sinais de insuficiência hepática e renal, tais como pressão da cabeça, circulando e ataxia. Por último o animal tem um colapso e  convulsões antes da morte. Pelos sinais serem vagos inicialmente, os proprietários tem que agir ao menor dos sinais.


O que eu e meu veterinário podemos fazer para ajudar?
Você pode ajudar a prevenir a doença, se você estiver ciente de sua importância. Não deixe seu jumento obter grande teor de gordura, monitore o consumo de ração com cuidado, especialmente com jumentas grávidas e lactantes. Sempre que possível evite ou minimize eventos estressantes -forneça abrigo do mau tempo, coloque cobertores nos animais mais velhos e mais magros, assista quando novos membros são introduzidos ao grupo. A morte de um companheiro é muito estressante, recomendamos que o companheiro/companheiros vivos sejam deixados com o corpo até que eles não mostrem mais interesse.

 

If your donkey is diagnosed with the  condition it pays to nurse them well, try a variety of delicious feedstuffs and if necessary syringe orally with glucose or even “Ready Brek” under veterinary supervision. If your donkey is very sick your vet may need to provide energy to the donkey via a stomach tube or intravenous therapy. This will be combined with anti-inflammatories and antibiotics and other medications, your donkey may require hospital treatment.

Se você está preocupado chame seu veterinário e peça para que o seu jumento seja examinado e tire uma amostra de sangue. Se o seu jumento for diagnosticado com a doença você deve cuidar para que ele seja bem alimentado, experimente uma variedade de alimentos deliciosos e se necessário por via oral seringa com glicose sob supervisão veterinária. Se o seu jumento está muito doente seu veterinário pode precisar fornecer energia para ele através de um tubo estomacal ou terapia intravenosa. Isto será combinado com anti-inflamatórios e antibióticos e outros medicamentos, salvar seu jumento pode exigir tratamento hospitalar.

Fonte: The Donkey Sanctuary

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

EMBOCADURAS


Quando um animal está se movimentando na direção certa, com a velocidade pretendida, não há porque interferirmos nesse processo.

Se quisermos produzir uma mudança de direção e/ou de velocidade, devemos acionar a embocadura, cessando a pressão assim que obtivermos o resultado esperado, ou seja, devolveremos ao animal sua condição anterior de conforto, quando estiver na velocidade e rumo desejados.

O animal não deve ser controlado através da alavancagem bruta da embocadura, porque além de desnecessária, destrói a sensibilidade dos terminais nervosos ali existentes, reduzindo assim a qualidade e a velocidade das respostas do animal.

A embocadura deve ser utilizada com mãos hábeis, leves e sensíveis, trabalhando os movimentos finos na equitação, enquanto as pernas humanas trabalharão os movimentos mais amplos do animal (Bjarke Rink). 
A ação na embocadura transmite a competência e a habilidade (ou não) de um cavaleiro, podendo causar danos irreversíveis, se usada de maneira equivocada.

Naquelas culturas eqüestres “mais atrasadas”, pretensos cavaleiros utilizam ações que beiram a crueldade. Para compensar a falta de conhecimento e habilidade, inicia-se uma busca por embocaduras mais “pesadas”.

“A embocadura não deve incomodar mais a um animal em treinamento do que uma gravata a um homem no escritório” (Gabby Hayes).

Com o uso da embocadura, é possível induzir a flexão do pescoço e fazê-lo colocar as pernas em posição correta para iniciar uma série de respostas automatizadas.

O Bridão é a embocadura mais indicada para iniciar a maioria dos animais.

Tipos

Temos vários tipos de embocaduras, falarei sobre as mais comuns, que vou classificar da seguinte forma:

  • Bridões
  • Intermediárias
  • Freios

Bridões – Principais características:

  1. Bocado (bocal) com articulação central. Possibilita a independência de movimentos.
  2. Normalmente se utilizam as duas mãos para equitar.
  3. Não pressiona a barra do maxilar do animal, pois age nas comissuras labiais, em sentido longitudinal (paralelo à barra).
  4. Exerce menor pressão (incomoda menos) o animal.
  5. A rédea e a cabeçada são colocadas na mesma argola.
  6. Para um bom cavaleiro, não há necessidade de freqüente troca por outras embocaduras.

Quanto à espessura do bocado:

Bocado Grosso – Leve pressão na boca do animal.

Bocado Médio – Média pressão na boca do animal.

Bocado Fino – Chamado de pesado, pois exerce uma pressão maior na boca do animal.

Materiais mais comuns

Aço Inox

  • Boa durabilidade
  • Não agarra na boca do animal
  • É considerado “frio”. Inerte na boca.
  • Estimula a salivação. Médio

Ferro

  • Durabilidade menor que o de Inox.
  • Necessita de limpeza periódica para não “agarrar” na boca do eqüino.
  • Animais gostam. Estimula a salivação, relaxando a boca.

Borracha

  • Dizem que “esquenta” na boca do animal. 
  • Bocais de silicone são melhores que os de borracha.

Embocaduras intermediárias

  • Exercem maior pressão na boca dos eqüinos se comparadas aos Bridões.
    A pressão é menor do que aquela exercida pelo Freio.
  • Se utilizadas com Francalete, diminuem a pressão exercida pela perna (modo freio).
  • Podem ser utilizadas 4 rédeas (duas na posição Bridão e duas na posição do Freio). Este tipo é chamado de Pelham.
  • Existe Pelham articulado e de bocal fixo.
  • As embocaduras mais conhecidas são o Freio-Bridão.
  • Há também o Freio Bridão Espanhol.
  • Exerce pressão nas comissuras labiais (efeito bridão)
  • Exerce pressão na barra (usado com barbela. Efeito freio)

Freios

  • Exercem forte pressão na barra da boca do animal.
    Pode ter bocal reto ou com passagem de língua.
    Possuem Câimbra inferior (perna) e câimbra superior (canhoto).
    Barbelas devem ser obrigatoriamente utilizadas, caso contrário, perde-se o efeito da alavanca (pressão na barra). 
    Necessitam de cavaleiro experiente e de mão muito leve.
    Não utilizar barbelas tipo corrente. Utilizar as chamadas barbelas chatas ou de material mais macio, que não machuquem o animal.
    Não há independência de movimentos e deve ser usado com as rédeas em apenas uma das mãos.
    Quanto mais for encurvada a sua perna, melhor para o animal.
    Quanto maior for a sua perna, maior pressão e maior efeito de alavanca, exceto quando o tamanho do canhoto for equivalente ao da perna (neste caso as forças se anulam).

Amigos, esta pequena contribuição está embasada em cursos que efetuei, literatura diversa, destacando “desvendando o Enigma do Centauro” de Bjarke Rink, sites na Web e pela vivência com meus animais, no Haras Solar do Japí.

Sendo estes os principais tópicos que entendo que todo cavaleiro deve saber, chamo a atenção para o fato de que assunto não se encerra aqui.

Texto Adaptado. Autor: José Walter Taborda

Fonte: Casa do Criador

domingo, 13 de novembro de 2011

Problemas Respiratórios em Jumentos

 

Jumentos podem sofrer a mesma gama de doenças respiratórias que afetam cavalos e pôneis, no entanto a frequência e os sintomas podem variar. Um jumento que está doente por qualquer motivo, pode parar de comer e desenvolver hiperlipidemia como uma complicação secundária. Algumas doenças respiratórias são infecciosas e vão se espalhar para outros equídeos. Ligue para seu veterinário se houver qualquer mudança na respiração do seu jumento.

Principais sinais de doença respiratória no jumento;
· Tosse em repouso ou exercício. O jumento parece ter um reflexo de tosse relativamente insensível e como jumentos raramente mostram doenças respiratórias pode ser que já esteja bastante avançada quando for detectada.
· Aumento da freqüência respiratória. É importante estar familiarizado com a taxa respiratória normal do seu jumento. Medida como respirações por minuto, deve ser em torno de 12-16.
· Ruídos respiratórios anormais, que podem incluir buzinando, chiado, ronco, etc
· Aumento do esforço em respirar; visto como narinas e abdome arfando.
· Secreção nasal, que pode variar de finas e claras, a grosso e amarelo e/ou mau cheiro.
· Inchaços das glândulas na região da garganta e sob a mandíbula.
· "Mal-estar" General, alta temperatura e perda de apetite.

Seu jumento pode não ter todos esses sintomas ao mesmo tempo, mas se ele/ela está mostrando qualquer um deles a seguinte ação é recomendada;
· Tome a temperatura, pulso e taxa respiratória de seu jumento.
· Telefone para seu veterinário e dê uma história detalhada e informações sobre o problema.
· Verifique se o ambiente é livre de poeira. Use feno molhado, mude para cama livre de poeira; mude para grama, se possível.
· Ofereça alimentos frescos e água.
· Considere isolar o seu jumento de outros equídeos até saber se ele tem uma doença infecciosa.


Seu veterinário poderá solicitar as seguintes informações para ajudar com o diagnóstico;
· Detalhes de programa de vacinação existentes, incluindo as datas de vacinação passada.
· Detalhes do programa de desparasitação existentes, incluindo as datas de vermifugação e o produto utilizado.
· Qualquer estresse recente, incluindo o transporte ou mistura com outros equídeos.
· Qualquer alteração na condição com diferentes épocas ou situações.
· Alimentação atual e sistemas de habitação.

 

Seu veterinário pode se referir ao trato respiratório. Este termo inclui todas as estruturas envolvidas na respiração e inclui o nariz, faringe (garganta), laringe (cordas vocais) traquéia (tubo de vento) e os pulmões. Se chamado, o veterinário irá realizar um exame clínico do seu jumento, isso pode incluir;
· Verificação da temperatura e do pulso e respiração.
· Exame de secreção nasal e, possivelmente, a recolher amostras de dentro do nariz.
· Ouvir a traquéia e os pulmões com um estetoscópio, um saco plástico de respiração pode ser colocado sobre as narinas para aumentar a profundidade da respiração.
· Amostras de sangue e fezes.
· Um endoscópio de fibra óptica pode ser inserido até uma narina e para baixo na traquéia para examinar visualmente as vias aéreas e recolher amostras.
· Em potros uma radiografia de tórax pode ser útil, mas em asininos isso é pouco prático.

O seu veterinário irá prescrever o tratamento ou recomendar novas investigações, conforme apropriado, tenha a certeza de que você entendeu completamente todas as instruções e tenha o cuidado de seguir todas as diretrizes de tratamento com precisão.


Principais causas de doença respiratória no jumento

Infecções virais e bacterianas
A doença mais grave viral inclui gripe equina e infecções equinas pelo virus  herpes. A doença bacteriana mais grave é a causada por bactérias Streptococcus. Além disso infecções bacterianas muitas vezes seguem as infecções virais e complicam o curso da doença. Virus e infecções bacterianas tendem afazer com que o jumento pareça doente, bem como que tenha sinais respiratórios.

Eles podem estar sem fome, ter uma temperatura alta, coriza e tosse forte. Além disso jumentos podem desenvolver hiperlipidemia quando afectados por estas doenças e, muitas vezes necessitam de tratamento intensivo e
de enfermagem. Como podem ser altamente contagiosas, uma boa higiene deve ser praticada por todos os envolvidos nos cuidados do jumento e ele deve ser isolado de outros equídeos, se possível. Isolamento pode ser difícil se o jumento tem um companheiro ao qual é muito ligado e você vai precisar de aconselhamento veterinário específico, dependendo da sua situação.


Infecções parasitárias
Jumentos são afetados pelo verme pulmonar parasita Dictyocaulus arnfieldii. Enquanto isso raramente causa um problema em um jumento, vai causar tosse severa em cavalos e pôneis que peguem o parasita. Fortes infecções parasitárias ​​no jumento podem fazer com que outras doenças respiratórias se tornem piores. Em jumentos jovens infecção com o verme Parascaris migrando através dos pulmões também causa irritação e tosse.


Alergias
Alergia a poeira/pólen/esporos de fungos encontrados em feno e/ou pastagens causa um estreitamento das pequenas vias aéreas fazendo o jumento chiar com esforço respiratório aumentado. A condição é chamada de Obstrução das Vias Respiratórias Recorrentes, anteriormente conhecida como doença pulmonar obstrutiva crônica ou doença pulmonar obstrutiva associado a pasto de verão. Geralmente se apresenta como um chiado com esforço respiratório aumentado. Os jumentos não são muito exercitados a condição pode muitas vezes ser muito grave antes de ser diagnosticado.

Anatômico
Jumentos podem sofrer de estreitamento da traquéia levando a dificuldade em respirar, muitas vezes acompanhada por um som peculiar buzinando. Isto é mais comum em animais mais velhos que sofrem de doença pulmonar crônica. Problemas com a estrutura e função da laringe, faringe ou palato também podem levar a sons respiratórios anormais.

Prevenindo doenças respiratórias em jumentos.

· Mantenha o programa contra doenças infecciosas em dia.

· Dê vermifogo ao seu jumento regurlamente.

· Mantenha o estabulo livre de poiras o tanto quanto for possível, use feno de boa qualidade, molhado se necessário. Use uma cama livre de poeira e não limpe com o jumento dentro. 

· Verifique se a ventilação no estábulo é boa, não feche as portas superiores ou janelas.

· Saiba quando chamar o veterinário e fique atento aos sinais de doença.

Fonte: The Donkey Sanctuary

OBS: Molhando o feno: Menos de 20 minutos, apenas para diminuir o feno, mais do que isso haverá perda de proteinas. Fazendo isso os esporos de poeira ficam com o feno para que sejam ingeridos, em vez de inalados. Deve ser imergido totalmente em agua limpa. Não reutilise a água.

sábado, 12 de novembro de 2011

Marcha Antiga

 

Mais uma vez estamos às voltas com um velho assunto: A MARCHA! De tanto ser discutido, o assunto fica mesmo repassado, surrado, VELHO. Mas a marcha, aquela boa , continua como sempre, com suas características inconfundíveis, que a tornam até motivo de... “preservação permanente” ( e viva a ecologia! ).

Trocando idéias com criadores, novos e antigos na arte de criar cavalos, percebo às vezes que existe uma referência variável entre alguns aficionados ( mais comum aos mais novos ), que se reporta ao tempo em que iniciaram seus criatórios. Desta forma encontramos pessoas que se referem à marcha como “aquela, antiga, verdadeira”, ou “a marcha antiga, macia”, ou ainda “aquela marcha antiga, equilibrada, prá frente”. Cada uma destas pessoas, na verdade, defende seu conceito de “boa marcha” com argumentos que confirmam não só uma divergência de opiniões, mas também uma idéia de que a marcha tem a idade de seu próprio criatório. Sem a pretensão de definir a “boa marcha”, vejo sim a necessidade de dar a estes criadores alguns parâmetros que os auxiliem na tradução de seus conceitos, às vezes confusos pela falta de informações.

Se estudarmos a história da Raça Mangalarga Marchador, poderemos perceber nítidas influências que nortearam temporariamente sua evolução. Basicamente três fases se passaram até que se voltasse às origens, com evidências de um ganho zootécnico considerável, apesar dos erros de percurso cometidos. Entenda-se por volta às origens a valorização de um cavalo cuja marcha retrata a época em que se usava o cavalo, o tempo em que os parâmetros de seleção visavam a comodidade, o equilíbrio, a resistência, na busca de um animal capaz de percorrer longas distâncias, quer nas viagens, nas caçadas ao veado campeiro, na lida diária com o gado, sem perder a elegância, o garbo.

Nas origens da Raça a marcha característica dos indivíduos da época despertava a atenção de todos que usavam o cavalo ( e não eram poucos). Sabe-se que não existiam animais de grande beleza estética. Eram comuns os cavalos de cabeça grosseira, frente pesada, sem refinamento. Primavam, no entanto, pelo andamento cômodo, equilibrado e avante, pela energia de movimentos e por sua resistência. Estas características marcaram os Marchadores na fase primeira de formação da Raça.

Com a necessidade de refrescar o sangue de sua tropa e mesmo comercializar seus produtos, os criadores da época passaram a freqüentar as exposições, que além de permitir uma troca de material genético, contribuíam na identificação dos indivíduos superiores, que deveriam ser usados na reprodução. Como reconhecimento pelo trabalho de seleção bem conduzido, os proprietários de tais indivíduos tinham seus animais premiados. Foi o início de uma nova era, em que outros interesses passaram a atrair criadores novos, voltados para um cavalo mais bonito, comercial. A substituição do cavalo por veículos motorizados de certo contribuiu para que fosse deturpada a visão do que seria um bom cavalo de sela. Foi então que se difundiu a idéia de “qualidade” com base na beleza estética, valorizando-se cavalos de cabeça leve, de orelhas com pontas convergentes. Teria sido uma fase muito positiva, se outros valores não fossem ignorados. A verdade é que a beleza estética não foi apenas somada à outras características, mas sim confundida com “parâmetro zootécnico” em substituição a tantos outros valores certamente mais importantes. Deixou-se de lado a busca de animais com boa estrutura corpórea, tanto óssea quanto muscular, a valorização de bons aprumos, e sobretudo foram esquecidas as virtudes funcionais do Marchador. A falta de uma conformação ideal, de membros posteriores fortes, capazes de propelir os animais com equilíbrio, energia e regularidade, permitiu o aparecimento de cavalos de marcha curta e desequilibrada, sem impulsão, animais cujos posteriores se arrastavam, e cuja vida útil se reduziu visivelmente. Constatava-se o fato pelo uso de animais (ainda que poucos ) em competições hípicas, que ao contrário de premiações, o que obtinham eram lesões em seus membros, sinais de fragilidade estrutural. Este período contribuiu de forma decisiva para a desvalorização e o preconceito contra o Marchador como cavalo de esporte.

Preocupados com a situação que se mostrava real quanto aos rumos tomados pela Raça, alguns criadores trataram de rever seus programas de cruzamentos, priorizando a estrutura como meta. Sem sombra de dúvidas algumas características zootécnicas importantes foram acrescidas ao Mangalarga Marchador, permitindo assim que fossem produzidos cavalos mais enquadrados no padrão de cavalos de sela. Faltava no entanto uma melhor definição dos conceitos zootécnicos, na época mal compreendidos por alguns criadores. A estrutura corpórea, óssea, tendínea e muscular, a qualidade de membros e aprumos foram então confundidos por “volume” corpóreo. Não se pode negar que esta nova fase contribuiu em muito para que se melhorasse o tronco dos animais da época, que passaram a se apresentar muito mais profundos e arqueados, melhor cobertos de musculatura, muito diferentes portanto dos animais criados na fase anterior, débeis em seu tronco e membros. A confusão que se formou permitiu, no entanto, a multiplicação de animais cuja estrutura de membros não condizia com o peso e o volume corpóreos dos indivíduos. A situação se complicou quando, acreditando que seria este volume o parâmetro de qualidade estrutural, alguns criadores trataram de superalimentar seus produtos, apresentados em pistas como verdadeiros “suínos tipo banha”. Como se não bastasse, veio a descoberta maligna dos anabolizantes, e seu uso indiscriminado produziu animais totalmente ilusórios, bolos de carne sobre membros incapazes sequer de sustentá-los em pé. Mas o pior estava por vir: caindo em desuso, os cavalos eram criados muito mais por sua conformação que para qualquer função como animal de sela. Os criadores não montavam, os animais não eram testados em sua aptidão maior. O outro lado da marcha se fez presente. Cavalos absolutamente diagonais, alguns mesmo quase ao trote, premiados em grandes exposições por sua condição “atlética”, se é que assim poderíamos defini-los. Atletas da obesidade, confinados em baias, sem nem poderem ser montados. Nos grandes haras era comum se reunir ao redor de um garanhão, apresentado imóvel ao cabresto, e tecer-se inúmeros elogios à sua conformação, sua estrutura. Suas aptidões como cavalo de sela, como marchador de fato, eram meros detalhes. Há de se comentar o temperamento linfático, por muitos apresentado, e para o qual não se dava também importância.

Alguns criadores tiveram suas origens nas raízes da raça, e seus ancestrais lhes passaram a sensibilidade e o gosto por bons marchadores de sela. Estes, quando falam de marcha, se referem à marcha pura, original, verdadeira. Outros se iniciaram na criação à época dos animais comerciais, bonitinhos, cuja marcha, no entanto, não correspondia nem mesmo à sua beleza estética. E muitos se prenderam àquela marcha, sem saber do passado. Outro grupo, ainda mais jovem no que diz respeito à criação, “nasceu” na geração “rocambole”, e aprendeu a valorizar um animal volumoso, grande e gordo, sem sustentação, e o que é pior, sem andamento. E alguns também se agarraram a este cavalo, como sendo o de boa marcha. Mas ter as origens do criatório nestas diferentes fases não é o problema. Complicado é não se ter referências do que de fato é bom, original, verdadeiro, e se prender ao que era tido como bom, sem que se abra os horizontes do conhecimento. O problema está no fato de não se conhecer aquilo que realmente foi preconizado por criadores que, nas origens da Raça, sabiam as reais virtudes de um cavalo, pela própria necessidade do seu uso.

O momento que hoje vivemos nos permite experimentar realidades que remontam ao passado inicial da Raça. O cavalo voltou a ser usado, a ser montado. Hoje os criadores buscam um cavalo marchador de fato, como era na sua origem. O ganho acrescido à raça nos oferece animais de um belo zootécnico superior, aliado à uma beleza estética que a todos agrada. E pode-se ver tudo isso nos verdadeiros marchadores, cômodos, equilibrados, enérgicos, ágeis, resistentes. Provas e mais provas são hoje disputadas com o Marchador, e os resultados são os melhores. Ganhando enduros em disputas acirradas com outras raças, provas de hipismo rural e mesmo o clássico, lá está o Marchador se fazendo vitorioso. A valorização dos técnicos em suas funções próprias e específicas, quer no serviço de registro ou nas pistas de julgamento, permitiu uma redução drástica na margem de erro dos cruzamentos, através de uma orientação pautada em conceitos realmente técnicos. Reduziu também o tempo gasto pelos criadores para atingir metas, ainda que intermediárias, no árduo ofício a que se propõem.

Quanto à marcha, aquela antiga, verdadeira, original, deve-se sua preservação a alguns poucos criadores, que não sucumbindo a modismos, souberam priorizá-la, perpetuando-a em seus criatórios pela seleção funcional. E para aqueles que se limitaram a ter como referência apenas o que era erroneamente valorizado, quando do início de seu envolvimento com a Raça, o que se vê hoje é a réplica melhorada daqueles animais da origem, que marchavam verdadeiramente, cômodos, equilibrados, enérgicos, ágeis, belos. . .

Fonte: Blog Muares e Marchadores

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A importância do sal para os equinos

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Uma alimentação adequada para os eqüinos é fator vital para o bom desenvolvimento da criação. Sem uma dieta correta, estes animais podem apresentar os mais diversos problemas. Nesse contexto, os minerais têm importante participação na formação do esqueleto e nos processos fisiológicos que acontecem durante toda a vida de um eqüino.A ração de cavalo típica, composta de forragens e grãos, não provê de uma quantidade razoável de sais para o seu animal. Esta necessidade torna-se mais crítica em tempos quentes e úmidos, principalmente em cavalos de esportes, mas serve como alerta até mesmo para cavalos a pasto. Assim, não deixe de dar sal para seu cavalo. Geralmente, observamos cristais salgados secos, em cima da garupa dos cavalos inativos ou em pasto. Esta perda de sal deve ser reposta. A insuficiência de sal também pode levar o cavalo a adquirir hábitos indesejáveis, como por exemplo o de comer as fezes, numa tentativa de repor o nível de cloreto de sódio e ainda perda de apetite e pêlos, cabelos ásperos e opacos, crescimento reduzido e baixa produção. Em dias quentes e úmidos os cavalos também podem parecer facilmente cansados e não executar funções que normalmente desempenhariam, ocasionados pela deficiência salina. Com temperaturas elevadas, umidade e intensidade de exercícios, os cavalos suam mais portanto, perdem mais sais minerais. O sal também é eliminado na urina e pelas fezes . Um cavalo com cerca de 460kg de peso, em descanso ou trabalho ligeiro pode comer 4 colheres de sopa de sal grosso por dia, distribuídos na ração. Esta afirmação serve para cavalos que comem cereais (aveia, cevada). Se comer ração concentrada convém diminuir a quantidade de sal, subtraindo a quantidade já presente na dita ração. Os cavalos que comem cereais têm mais carência de sal.Mesmo administrando sal na ração é aconselhável providenciar uma pedra de sal na boxe a não ser que o seu cavalo tenha o vício de comer o bloco de sal à dentada, ingerindo sal em excesso o que provocará problemas. Também, use sal mineral junto com o sal branco. Minerais em pequenas quantidades são essenciais. Coloque a mistura de sal mineral e sal comum em um lugar seco fora da chuva. Faça os cavalos terem uma provisão de água limpa e fresca. O consumo de sal aumenta o de água. Não dê sal em excesso. Não há nenhuma necessidade de acrescentar mais do que 1% de sal do total da ração de grão. Sal “ad-libitun” (para consumo voluntário) também é recomendado. cavalo que transpira abundantemente perde grandes quantidades de cloreto de sódio e ainda de cálcio, magnésio e potássio. Nesse caso não aumente a dose de sal que lhe dá diariamente. Em vez disso, dê-lhe uma mistura de electrólitos bem equilibrada meia hora antes do esforço e de novo após o trabalho. No entanto deve dar-se atenção aos regulamentos das provas desportivas pois algumas delas não permitem a sua utilização. Os electrólitos só devem ser administrados nas doses adequadas e só quando o cavalo efetua trabalho intenso.

Fonte: Equitação Especial

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Cuidados com Filhotes Orfãos e Rejeitados

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Um filhote pode ficar orfão por causa da morte da sua mãe, rejeitado devido ao comportamento antagônico ou por estarem subnutridos por causa de uma oferta de leite inadequada. Meios alternativos de manutenção devem ser encontrados até que o filhote tenha pelo menos cinco meses de idade. Seja sempre guiado por seu veterinário ou por uma pessoa devidamente habilitada.

Adoção

Encontrar uma égua/jumenta ama de leite tem muitas vantagens, mas elas raramente estão disponíveis. Uma mãe que acaba de perder seu potro é o ideal. O sucesso depende de uma série de variáveis ​​que afetam o relacionamento entre os dois, incluindo:
• Fêmeas que tiveram um potro natimorto ou que não foram amamentados são menos propensas a aceitar.
• Quanto maior o período entre a morte de filhote e da introdução do órfão, menor a chance de sucesso. Depois de dois a três dias de não amamentar o leite da mãe pode secar.
• Se a discrepância de tamanho entre mãe e potro for grande, a chance de aceitação é menor.
• Se o filhote nunca amamentou, ele gradualmente perde o instinto.
• O instinto materno varia entre os indivíduos. Algumas matrizes mostram hostilidade extrema no começo, mas, depois de terem aceite um filhote, elas podem se tornar as melhores mães.

 

Superar  a rejeição
Há uma série de maneiras para ajudar a evitar ou superar a rejeição de um filhote adotivo:
• Mova a matriz para um estábulo alternativo para que ela não possa associa-lo com seu potro morto.
• A placenta e as fezes do potro morto deve ser espalhado sobre o potro órfão antes de apresentá-lo para a matriz.
• Coloque um cheiro forte sobre as narinas da égua, por exemplo, ‘Vick’ vapour rub. Também, colocar isso no potro, especialmente sobre os posteriores, cabeça e pescoço. Renovar a intervalos freqüentes.
• Coloque o potro junto da matriz quando ele estiver com fome, ou seja, a cada 3 horas. Introduzir a matriz para o potro quando ela tever um úbere cheio.
• Tranquilizantes químicos podem ser usados. A necessidade de usar deve diminuir em cada reunião subseqüente.

Observe a matriz e do potro na primeira vez que estiverem juntos, algumas matrizes e potros são melhores mantidos separados por uma divisória, isso permitirá a visão e o cheiro do outro, mas irá proteger o potro. Se não tiver êxito no primeiro encontro re-introduzir após um curto período de tempo, pois o sucesso pode ser alcançado depois de novas tentativas.

Se a matriz ainda está mostrando uma resposta antagônica ao fim de dez a doze horas, então as chances de sucesso são poucas.


Colostro
O colostro deve ser administrado dentro das primeiras 12 horas de vida, a primeira mamada deve estar dentro de 2-4 horas após o nascimento. A quantidade recomendada é de 250ml a cada hora nas primeiras seis horas, perfazendo um total de 1,5 litros. Em caso de rejeição do potro, obtendo o colostro da mãe seria preferível, ou poderia ser tirado de outra matriz que tenha dado à luz à menos de dois dias. Uma égua saudável deve ter o suficiente para retirar 250ml após seu proprio potro ter sido amamentado. Limpe as mãos e o úbere da matriz antes da ordenha e esterilize todos os utensílios. O colostro de uma vaca não é o ideal, embora se alimentado em grande quantidade é melhor do que nenhum. Coletar colostro e congelar a -15 a -20 ° C. Aloje em lotes de 250ml. Quando necessário descongelar lentamente na água quente até atingir 38 ° C.


Se o potro não recebeu colostro, o plasma deve ser administrado por via intravenosa ou por sonda gástrica durante as primeiros doze horas de vida. OBS: Só deve ser administrado por um veterinário ou pessoa devidamente habilitado.


Alimentação Suplementar
Se uma matriz não está produzindo leite suficiente para seu potro, sua dieta pode ser complementada enquanto ela está em lactação. Para tentar aumentar a produção de leite, os seguintes métodos podem ser bem sucedido:

• Uma injeção de oxitocina, 0,5 ml a 1,0 ml para estimular o fluxo de leite. Só deve ser administrado por um veterinário ou pessoa devidamente habilitado.

• Alimentação de luzerna (alfafa), ou permitir a que paste em um pasto de um verde luxuriante.


Criação à mão
Pode não haver outra alternativa senão a ajuda manual. Os seguintes pontos devem ser considerados:
• Pessoal. Criação um potro assim não é fácil nem barato, e os envolvidos devem estar preparados para comprometer o seu tempo e recursos. Pessoal experiente, e consciente é essenciais.
• Companheiros. Um potro pode desenvolver características comportamentais ruins se criado à mão sem contato com outro animal. Ovinos e caprinos fazem bons companheiros, mas o potro deve também ser autorizados a ver outros equídeos. Pode ser acompanhado por um pônei quieto ou muar. Este companheiro irá atuar como um modelo.


• Exercício. Certifique-se que o potro faça exercício regularmente, especialmente quando ficar mais velho e mais forte. Como o leite contém muito pouca vitamina D, o potro deve ser permitido sair regularmente para receber à luz do sol. Jumentos exposto à luz solar por pelo menos três horas por dia pode produzir sua própria vitamina D, que éessencial para o desenvolvimento ósseo adequado.


• Ambiente. O potro deve ser mantido em um lugar quente e seco, e protegido do vento. Uma baia limpa com cama limpa é ideal. A baia deve ter ficar vazia por duas ou três semanas antes de habitação do potro e não deve haver incidência de doenças entéricas associadas com a área.


• Higiene. A baia e todos os equipamentos utilizados devem ser limpos, desinfetados e/ou esterilizados. Todo o pessoal que entrar na baia deve tomar as precauções de higiene necessárias, especialmente nas primeiras 72 horas.


O potro pode receber antibióticos nos primeiros dias, se desejar, embora esta é uma questão de preferência e geralmente não é defendido na medicina veterinária.


Mamadeira
Isso é demorado, mas é preferível à alimentação com balde ou intubação. Pode ser usada no período de transição antes de um potro ser treinado para beber de um balde. Tetas cordeiros "são os mais próximos em forma e maleabilidade aos de uma égua ou jumenta. Se o potro rejeita o teto, coloque o dedo indicador na boca e, se ele não chupar, mova o dedo contra o céu da boca. Lentamente substitua o dedo indicador com o bico uma vez que ele comece a chupar. Seja paciente. Manter o frasco na posição vertical.


Alimentação no balde
Isso é menos demorado uma vez que o potro foi treinado, mas é muito mais difícildo que introduzir a garrafa. Geralmente é melhor começar quando o potro tiver com duas semanas ou mais. Leite deve ser oferecido ad lib em um balde, largo e rasa, colocado à altura da cabeça. Deve ser reabastecido duas vezes ao dia, e o balde cuidadosamente limpo. Para treinar, coloque os dedos dentro da boca do potro e, quanado ele começar a chupar, abaixe lentamente a mão no balde de leite. Pode ser necessário empurrar a cabeça do potro para baixo para mostrar o balde. Pode demorar um dia inteiro para um potro de aprender a beber no balde. Alguns potros se dão bem com alimentação no balde de jeito nenhum, mas pode ser que aceite beber de um alimentador de cordeiro.


Entubação nasogástrica
(tubo através do nariz até o estômago) - Converse com o médico veterinário

Protocolo para criação à mão
Leite quente a 38 ° C para alimentação inicial, reduzindo gradualmente a temperatura do ar durante a primeira semana. Alterações deve ser feita sempre lentamente ao longo de 24 a 48 horas.
Um potro de 10 kg requer 30kcal/kg (125kJ/kg) por dia.
Um potro doente ou prematuro requer 36kcal/kg (150kJ/kg) por dia.
O volume recomendado de leite para um potro saudável é 100ml/kg peso corporalpor dia. Para um potro 10 kg, isso significa um litro de leite por dia, ou seja, 10% do seu potro weight. O potro normalmente suga de sua mãe cerca de sete vezes ao dia.
Idealmente, deve ser alimentado em dois ou três intervalos de uma hora, embora durante a primeira semana é preferível alimentar a cada 1-2 horas. Se o potro está doente, pode ser incapaz de tolerar mais de 50 a 100ml a cada hora, a criação de modo mais intensivo é necessário.

Uma vez que melhore esse volume pode aumentar gradualmente a 200ml por hora.


Dia 1 e 2:
Alimentar 100-120ml a cada duas horas (10-15% do peso corporal) – dez a doze vezes por dia.
Dia 3-7:
Aumentar o volume de cada alimento a 150 - 200ml (25% do peso corporal). Reduzir o número de feeds para cerca de oito por dia, alimentando a cada duas ou três horas. Ração (a base de leite) pode ser oferecido a partir de uma semana de idade. Ao comer suficiente, estes devem ser substituídos com uma alimentação baseada em grãos.
Semanas 2 e 3:
Dar 300 - 350 ml em cada mamada, reduzir para seis vezes por dia em uma base de quatro em quatro horas. Permitir o acesso à água doce e salgada, e considerar ensinar a se alimentar no balde. Oferta de grãos de boa qualidade e uma quantidade limitada de feno de boa qualidade para iniciar o desmame do potro. Creep de proteína 18% é recomendado.

Semana 4:
Dar 500ml cinco vezes por dia. Não tire o leite até que ele passe a comer alimentos secos adequadamente. A mudança deve ser gradual para permitir que as enzimas digestivas se adaptem.
Semana 8-12:
Desmame pode progredido durante este tempo. Dê comida, quatro vezes por dia em oito semanas, depois três refeições por dia com 12 semanas. O potro ainda pode tomar 1-2 litros de leite por dia. Um potro criado à mão deve ser totalmente desmamados com cinco meses de idade.

Tipos de Leite

Leite de égua/jumenta
Esta é obviamente a melhor opção para o potro, mas nem sempre está disponível. Ordenhar uma égua é muito demorado.


Leite de vaca ou de cabra
Isto é muito mais fácil de obter, mas não muito similar em composição. Ele contém mais sólidos totais, gordura e proteína, mas é consideravelmente mais baixo em açúcares. A necessidade de misturar pó é evitado, mas pode ser caro, especialmente no que diz respeito ao leite de cabra. Leite de vaca pode ser feito para se parecer com leite de égua/jumenta mais de perto, adicionando uma colher de chá de mel para um litro de leite 2% de gordura. Leite Jersey não deve ser utilizado devido ao seu alto teor de gordura. Leite de cabra parece muito saboroso. Leite de cabra é considerado bom para adoção pois as partículas de gordura são menores do que no leite de vaca e por isso é mais facilmente digerido. Leite de vaca pode conter um número surpreendente de bactérias por isso é aconselhável pasteurizar-lo por aquecimento a 70 ° C por 15 segundos. O leite deve ser resfriado e dextrose podem ser adicionados antes de dar para o potro.


Fórmula sugerida
300ml de leite de vaca
150ml de água de cal (cal hidratada de jardim 50g 10 litros de água - deixar durante a noite para assentar, e, em seguida despeje água de cal a partir de sedimentos).
20g de dextrose / lactose / melaço mel  / açúcar mascavo.
substitutos do leite
A formulação ideal contém 15% de gordura, proteína bruta de 22% e menos de 0,5% de fibra.


Substitutos do leite de vaca não são recomendados. Eles são uma fonte pobre de proteína de alta qualidade e muitas vezes contêm antibióticos. Existem fórmulas para substitutos sem antibióticos.


Fórmulas humanas devem ser evitados, pois não são bem tolerados pelo trato gastro intestinal do potro.


No entanto, há uma experiência em países em desenvolvimento do leite humano a ser utilizado sem problemas relatados.


Substitutos pobres do leite podem causar atraso no crescimento. Também deve ser levando em conta que, seguir as orientações do fabricante pode causar desidratação e constipação.


Diarreia - prevenção
• Um substituto do leite de boa qualidade com 22% de proteína bruta deve ser escolhido.
• Dê pouco alimento e muitas vezes.
• Mantenha as mãos e utensílios limpos.
• Leite deixado em repouso permite o crescimento de bactérias. Apenas use leite fresco.
• Leite comprado em loja podem conter níveis bastante elevados de bactérias.
• Mudanças repentinas na dieta podem perturbar as enzimas digestivas. Alterações devem ser feitas sempre lentamente.


Tratamento da diarréia
O substituto do leite deve ser retirado e substituído com uma solução de glucose 50g em 500ml de água quente e fervida por um ou dois dias. O retorno para o leite deve ser gradual, alternando com a solução.


O número de mamadas por dia deve ser aumentada mas mantendo o consumo total diário igual. Deve-se pensar em completar com pasta de lactobacillus durante mudanças na dieta.


Intolerância ao substituto do leite causa diarréia, cólicas e/ou inchaço. Isto também pode indicar ulceração gastroduodenal, por isso, sucralfato (suspensão Antepsin) deve ser administrado como de rotina.


Diminuir o volume ou aumentar a freqüência pode ser tentado, ou uma mudança para uma fonte alternativa.

Fonte: The Donkey Sanctuary

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Anestesia para Jumentos vs. Cavalos (AAEP 2010)

 

"Os jumentos estão se tornando mais comuns como pacientes para veterinários de eqüinos, e embora seja tentador tratar um jumento como um cavalo, há diferenças importantes em relação ao tratamento do paciente e doses de drogas", alertou Lori Bidwell, DVM, de Lexington Lexington Equine Surgery and Sports Medicine em Kentucky (EUA). Bidwell falou sobre as principais diferenças entre anestesiar jumentos e cavalos na Convenção da Associação Americana de Veterinários Equinos  realizada nos dias 4-8 de dezembro 2010, em Baltimore.

Ela começou listando as várias diferenças comportamentais e psicológicas entre os dois equideos:

  • Jumentos se comportam diferentemente dos cavalos (o seu comportamento se parece mais com o do gado do que com o do cavalo);
  • A musculatura no pescoço do jumento pode dificultar o acesso a veia jugular, o que complica o processo de inserir um cateter para a anestesia geral. Uma anestesia local e a incisão cirurgica pode ajudar veterinários a colocar o cateter intravenoso mais facilmente; 
  • O ângulo da laringe na parte de trás da garganta (parte superior da traqueia) é diferente do que em cavalos, jumentos e ter um divertículo faríngeo (bolso) em sua garganta, excesso de tecido em sua faringe e sáculos da laringe alongado (parte das vias aéreas que ajudam na vocalização). Juntas, essas diferenças anatômicas tornam colocar um tubo endotraqueal através da boca até a traquéia mais difícil, e
  • Intubação nasal também é mais difícil porque os jumentos têm uma fossa nasal mais estreita do que os cavalos.

Além disso, doses mais elevadas (tipicamente 1,5 vezes a dose de cavalo) de uma série de medicamentos são necessários em jumentos. "Uma exceção notável é guaifenesin (um relaxante muscular de ação central). Doses de Cavalo desta droga em jumentos podem causar parada respiratória", Bidwell advertiu.

Em geral, todos os mesmos tipos de drogas podem ser usadas com segurança em ambos cavalos e jumentos. Isto inclui sedativos (por exemplo, xilazina e detomidina, que são usados ​​para sedar cavalos para cirurgias de pé), drogas usadas para induzir ou manter a anestesia geral (por exemplo, a ketamina, diazepam), e medicamentos para controle da dor (por exemplo, butorfanol, morfina).

"Pode ser fácil trabalhar com jumentos se todos levarem em conta que eles não são cavalos", concluiu Bidwell.

Por: Stacey Oke, The Horse

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

DVDs Jumentos e Muares

 

 

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Fita #2: Coleção Treinando Mulas e Jumentos
Trabalho de Solo
Apresentando o trabalho no redondel, direção, restrições, brides.

Training Mules and Donkeys 3

Fita #3: Coleção Treinando Mulas e Jumentos
Preparando para a performance

Training Mules and Donkeys 6

Fita #6: Coleção Treinando Mulas e Jumentos
Treinamento Avançado de Sela

Training Mules and Donkeys 7

Fita #7: Coleção Treinando Mulas e Jumentos
Treinamento de Saltos

fundamentals of riding

Fundamentos para montaria em cavalos e mulas
Nesse Vídeo, Jerry Tindell explica seu sistema para a construção de uma base sólida para todos os tipos de equitação. Ele vai mostrar-lhe como avaliar seus animais antes de andar e como fazer os ajustes. O estudo aprofundado dos conceitos básicos de suavidade, comunicação, flexão e foco, que leva ao sucesso qualquer empreendimento de eqüinos. Aproximadamente 160minutos.