Conheça as partes da sela
Assento – onde o cavaleiro se apoia no cavalo. Não deve ser macio, mas sim anatômico.
Cabeça – parte posterior do assento, onde se fixa o pito
Pito – barra de ferro presa à armação que serve de base para as cordas e ponto de apoio dos cavaleiros
Suadouro – localizada na parte inferior da sela, é a parte que tem contato direto com o animal.
Para-lama – cobre o loro desde a armação até o estribo
Loro – tira de couro ou nylon, regulável, que prende o estribo à sela.
Estribo – apoio dos pés do cavaleiro que pode ser de madeira ou metal.
Látego – parte do suadouro que sustenta a barrigueira
Barrigueira – presa ã sela pelo látego, é uma alça que envolve o dorso do cavalo, fixando a sela sobre o animal. As barrigueiras traseiras também são chamadas de batedeiras ou barrigueiras de encosto.
Argolas – feitas de metal, servem para fixar barrigueiras e peiteiras.
História
O que antigamente não passava de um pedaço de pano, hoje são verdadeiras obras de arte, construídas com muita técnica. Ao contrário do que a maioria pensa, as selas são responsáveis pelo estreitamento da relação milenar entre o homem e o cavalo. No início, o homem montava a pêlo, depois passou a usar panos e fibras vegetais. As primeiras selas em couro datam do século 3 aC até o século 1 da era cristã. Surgidas nas sociedades das estepes asiáticas, elas visavam oferecer um conforto e segurança maior durante as guerras. E foi exatamente por causa das guerras que a sela se desenvolveu na Europa medieval, tornando-se o parente distante das selas de hoje. Diferentemente das selas inglesas que são usadas em esportes hípicos e lazer, as selas americanas (western) são usadas para trabalho e para esporte, devido a habilidade nata do americano para a combinação dos dois. Fabricadas no Brasil a cerca de apenas 20 anos, elas seguem rigorosamente a escola norte americana. Demoram pelo menos 40 horas para serem concluídas, por ser um trabalho minucioso e manual. Sua armação, que pode variar desde a madeira ao plástico injetado, é o verdadeiro chassi de uma sela. Os mais procurados são os de plástico injetado, por não deformarem devido a umidade. Infelizmente cada dia menos acessíveis devido a desvalorização do real perante o dólar. O couro deve ser de boi, já que o mesmo é 30% mais leve que o de búfalo, por exemplo, e mais resistente já que suas fibras são mais justas.
Achar couros de boi com no mínimo 0,5 cm de espessura é outro desafio, pois poucos são os curtumes que curtem o couro em extrato vegetal. Além do mais, geralmente o couro vem com defeitos devido a bicheiras e outro parasitas que infectaram o boi em vida.
Os tipos de selas
Apartação- Pesando cerca de 18 kg, possuem o assento mais reto, e raso, com a cabeça e o pito mais alto, para maior mobilidade do cavaleiro e segurança nas manobras. São também, mais estreitas, para um maior contato entre o cavaleiro e o animal.
Rédeas – Pesando em média 16 kg, elas têm detalhes bem mais específicos e são consideradas as mais técnicas entre as selas de trabalho. Sua armação é exclusivamente de madeira, seu assento é reto e raso, e sua cabeça e pito mais baixos para permitir que as mão do cavaleiro fiquem o mais baixo possível. Também devem Ter para-lamas mais estreitos, que quase não cobrem a lateral do dorso do animal, permitindo uma maior sensibilidade.
Elas devem ser feitas sob medida, de acordo com cada cavaleiro.
Laço – Ao contrário das selas de rédeas, esta sela está entre as mais pesadas, podendo chegar a 20 kg. Isso se deve ao fato da modalidade exigir maior resistência do equipamento, pois ele sustenta as cordas que seguram o bezerro.
Com um suadouro ligeiramente maior, para uma maior apoio do cavaleiro na laçada, elas diferem um pouco, de acordo com a modalidade praticada. As selas de Calf Roping (Laço Bezerro) têm que ter o assento raso e a cabeça mais baixa, para facilitar a descida do cavalo na hora da prova. Os estribos geralmente são mais pesados, para não enroscarem no pé e atrapalharem o atleta.
Já a selas de Team Roping (Laço em Dupla) têm o pito mais alto, para facilitar a amarração da corda e o assento mais fundo, para dar maior firmeza ao cavaleiro, que não precisa descer do cavalo após laçar o bezerro.
Em ambas as modalidades, deve-se usar as duas barrigueiras apertadas, pois o tranco no pito pode fazer a sela rodar e ferir a cernelha do cavalo.
Tambor – a mais leve de todas as selas, pesando entre 10 e 12 kg, ela apresenta tamanho reduzido, cabeça arredondada, pito baixo e inclinado para frente, e assento adiantado, com a parte de trás mais alta. Esses detalhes proporcionam maior encaixe do cavaleiro, maior segurança nas curvas e a mobilidade das pernas. Os estribos e lóros têm de ser resistentes para suportarem o peso dos cavaleiros.<
Bulldogging – o detalhe dos estribos e lóros também valem para as selas desta modalidade. Assim como nas selas de Calf Roping, os estribos também devem ser pesados, para facilitar as saída dos pés do cavaleiro na descida do bezerro. Outro fator que ajuda nas descidas é o fato de que devem ser baixos a cabeça e a parte traseira do assento, que é raso e reto. O mesmo deve ser liso, não pode possuir arremates, costuras ou decorações, pois podem atrapalhar que o cavaleiro deslize por cima dele, assim como a espora.
O pito baixo e pouco inclinado oferece maior encaixe para a mão do cavaleiro na hora da descida.
Fonte: Ong Casa do Estudante
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