Bem Vindo ao Blog do Pêga!

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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A Mula na Independência do Brasil

grito-do-ipiranga

Você pode se perguntar o que uma mula tem a ver com a Independência do Brasil, trata-se da presença de uma mula baia, montada por D. Pedro I no famoso "Grito do Ipiranga", brado de independencia feito em 1822 por D. Pedro I,  primeiro Imperador do Brasil,  às margens do Ipiranga, em São Paulo,  o que marcou o nascimento do Brasil como um país independente.

Tal relato consta do livro " 1822 - Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro  ajudaram D. Pedro a criar  o Brasil- um país que tinha tudo para dar errado"-  do autor Laurentino Gomes-  Editora Nova Fronteira Participações S. A.

Tal fato está narrado às pags.29/30 da obra citada:

" A montaria usada por D. Pedro nem de longe lembrava o fogoso alazão que, meio século mais tarde, o pintor Pedro Américo colocaria no quadro " Independencia ou Morte", também chamado de " O Grito do Ipiranga", a mais conhecida cena do acontecimento. O Coronel Marcondes se refere ao animal como " uma besta gateada".  Outra Testemunha, o padre mineiro Belchior Pinheiro de Oliveira, cita " uma bela besta baia".  Em outras palavras , uma mula sem nenhum charme, porém forte e confiável. Era esta a forma correta e segura de subir a Serra do Mar naquela época de caminhos íngremes, enlameados e esburacados.

Foi portanto, como um simples tropeiro, coberto pela lama e a poeira do caminho, às voltas com as dificuldades naturais do corpo  e de seu tempo, que D. Pedro proclamou a independencia do Brasil. A cena real é bucólica e prosaica, mais brasileira e menos épica do que a retratada no quadro de Pedro Américo. E ainda assim importantíssima. Ela marca o início da história do Brasil  como nação independente.

Texto enviado por: Luiz Fernando Caldas Villela de Andrade, Muladeiro, São José dos Campos/SP

Um comentário:

  1. Por mais simpáticos que sejamos aos muares, essa é uma interpretação equivocada, já que tanto o Coronel Marcondes como o Padre Belchior falam em uma besta baia. Contudo, besta não é sinônimo de mula, como tem sido interpretado, mas sim designativo que inclui tanto muares quanto equinos. Por outro lado, uma outra testemunha, Paulo Antonio do Vale, fala explicitamente em um corcel zaino. Já o Chalaça fala que eles saíram do Rio de Janeiro a cavalo e em nenhum momento informa que D. Pedro teria trocado essa montaria por algum muar. Assim, não existe nenhuma sustentação documental que sustente a versão de D. Pedro estaria montado em uma mula.

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