Um dos fenômenos de comportamento mais visíveis na evolução de uma raça é o que se convencionou chamar de: “Linhagem/Criatório da Moda”.
Ora, os bons criatórios avançam em seus projetos zootécnicos, escolhem reprodutores, e matrizes, convencionando produzir um determinado tipo de cavalo Mangalarga Marchador (respeitando sempre o Padrão Racial).
Vou aqui enunciar uma hipótese que, para mim, a cada dia vem se confirmando na prática:
- as linhagens e criatórios não perdem sua capacidade de promover qualidade zootécnica (pois isto está muito enraizado e não sofre grandes desvios). O que se perde é a juventude e a visibilidade do responsável pela criação da linhagem.
Portanto, há que se indicar jovens entusiasmados, comunicativos, presentes em exposições, leilões e eventos, para que se oxigene a percepção sobre a qualidade gerada na fazenda.
Um exemplo atual, e que confirma esta regra, é o da Fazenda Engenho de Serra, localizada em São Vicente de Minas (MG), origem que foi considerada extinta, e onde hoje 3 jovens rapazes resgatam antigas bases e sementes para ressurgir das (quase) cinzas, um dos berços mais antigos e castos do cavalo Mangalarga Marchador.
Percebam, pois, o quão importante é estar apto a receber visitas, externar opiniões, cambiar informações.
A “moda” é sempre passageira, não se sustenta por muitos anos e independe da qualidade zootécnica do plantel. Ela é diretamente proporcional à exposição que seus animais e proprietários dedicam à raça em um certo intervalo de tempo.
Logo, é fenômeno ímpar que requer um perfeito entendimento das movimentações, sob pena de ‘quebrar’ uma justa e válida iniciativa, jogando por terra anos e anos de criação e paixão pelo Mangalarga Marchador.
Rejuvenescimento via filhos, netos, genros, noras e, também ótimos animais, esta é uma eficiente fórmula do sucesso !!!
Fonte: Cocheira Nobre, Ricardo L. Casiuch
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