Bem Vindo ao Blog do Pêga!

Bem Vindo ao Blog do Pêga!

O propósito do Blog do Pêga é desenvolver e promover a raça, encorajando a sociedade entre os criadores e admiradores por meio de circulação de informações úteis.

Existe muita literatura sobre cavalos, mas poucos escrevem sobre jumentos e muares. Este é um espaço para postar artigos, informações e fotos sobre esses fantásticos animais. Estamos sempre a procura de novo material, ajude a transformar este blog na maior enciclopédia de jumentos e muares da história! Caso alguém queira colaborar com histórias, artigos, fotos, informações, etc ... entre em contato conosco: fazendasnoca@uol.com.br

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Leite de Jumenta

 

Leite de Jumenta tem sido utilizado pelo homem como fonte de saúde, bem-estar e vigor.

Todo mundo tem em mente a beleza da rainha do Egito, Cleópatra, ou de Popeia, esposa de Nero, que por seu banho diário no leite jumenta, mantiveram a sua beleza (mais de 300 jumentas eram ordenhadas todos os dia).

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Na França, a nobreza e a burguesia também costumavam usar este leite para fins cosméticos.

Francois primeira enviados para um médico na Turquia, ele e suas tropas estavam em um estado de fadiga. Este último ordenou-lhes um curso de leite jumentos ".

Este remédio é muito bem sucedido e macio para o monarca e todos os seus cortesãos apressou-se a seguir o mesmo plano.

"Um dia, um burro
de leite 's me fez de saúde
E eu devo esse fato
para avaliar Mais do que o corpo docente. "

(Francis)

terça-feira, 24 de julho de 2012

Para um bom adestramento usamos a palavra chave – Flexão

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Manter correta a flexão da nuca e do pescoço do cavalo vai fazer com que se corrijam muitos defeitos evidenciados na postura desses animais, em Concursos de Marcha. Sabe-se que ao se perceber a cabeça excessivamente elevada e ponteira, que a principal causa desse defeito é o mau uso das embocaduras. A reação ao desconforto é a elevação da cabeça. O freio é a embocadura que realmente atua de forma eficaz no flexionamento da nuca, que é o vertical. O cavalo precisa deslocar o pescoço sem movimentar o tronco.

É preciso trabalhar a flexão lateral do pescoço, tronco e membros dos potros, ainda jovens, quando são exercitados em redondeis.  Na fase que antecede a doma de sela, o charreteamento, tanto a flexão lateral é continuada através dos volteiros, direita e esquerda, como também se inicia o desenvolvimento da flexão vertical, através das transições de andamentos, na sequência: passo/marcha/parada/marcha/passo/parada/marcha, e assim sucessivamente.

O último exercício é o recuo, que desenvolve, ao máximo, a flexão vertical. Se for executado com muita rigidez na nuca, a reação do cavalo será erguer a cabeça, que é uma ação contrária ao flexionamento da nuca.

Cavalos marchadores de MTADMarcha de Tríplices Apoios Definidos, devem ser treinados em contínua reunião moderada. Cavalos de Marcha Batida Diagonalizada, principalmente os velocistas, são treinados com reunião mínima, quase que contato apenas. Neles, o uso do bridão, ou do freio/bridão, é demasiadamente prolongado. Com o freio, a tendência é para a redução da velocidade, o que seria correto, já que a velocidade com que se conduz um cavalo marchador, em passeios e cavalgadas, não é a mesma dos Concursos de Marcha.

Para que um cavalo seja bem avaliado em um Concurso de Marcha é preciso que seja corretamente flexionado no seu conjunto de frente, tronco e membros. Ele tende a ser mais competitivo, com melhora sensível em todos os parâmetros de avaliação qualitativa da marcha, ou seja, comodidade, estilo, regularidade e rendimento.

Por: Lúcio Sérgio de Andrade – Zootecnista, escritor, árbitro de equídeos.

Adaptação: Escola do Cavalo

sexta-feira, 20 de julho de 2012

ESTRADA DOS TROPEIROS

 

Foi por ela que D. Pedro I passou na viagem entre Rio e São Paulo, no ano de 1822

Quem viaja pela Rodovia Pres. Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, passa sem cerimônia pela placa do km 36 que indica Rodovia dos Tropeiros. Na verdade, a Estrada dos Tropeiros foi o caminho utilizado no século XVII até parte do XIX, nas viagens dos tropeiros na região Sudeste e Sul. Há várias Estradas dos Tropeiros no Brasil, mas a mais importante é a atual SP 068, ligando Silveiras até Bananal. A mesma estrada serviu de base para a antiga Rio-São Paulo, que utilizou as trilhas como orientação do melhor caminho para chegar até o Vale do Paraíba.


Foi pela Estrada dos Tropeiros que D. Pedro I passou na viagem entre Rio e São Paulo, no ano de 1822, quando o Brasil conquistou sua independência. A história do Brasil, e principalmente dos brasileiros, está presente em cada curva . No seu trajeto, principalmente entre Silveiras e Bananal, surgiram cidades que hoje conservam sua majestade, nas construções históricas e atrações naturais. A aparente decadência dessas cidades revela, na verdade, os ciclos da vida, e as cidades dos Tropeiros, situadas estrategicamente, em média, a quatro léguas (24km), e estão ressurgindo através do tropeirismo contemporâneo: o turismo.


Para quem tem tempo, nada melhor que passar uns dias na região. Pode-se dizer que a Estrada dos Tropeiros é o Circuito das Cidades Históricas de São Paulo. Mesmo que as construções não sejam tão importantes historicamente, o cenário que oferecem permitiria, sem nenhuma dificuldade, uma super-produção cinematográfica, resgatando a história do Tropeirismo. Como se não bastasse, a natureza é generosa na região, tendo como destaque o Parque Nacional da Serra da Bocaína. As árvores centenárias, oferecem a sombra do tempo, dos séculos e são silenciosas testemunhas de um passado que o Brasil não pode esquecer.


Já quem viaja sempre em pressa ou não pode dispor de alguns dias, vale a pena pegar a Estrada, percorrê-la até Bananal e depois voltar para a Dutra. É verdade que o desvio tomará mais duas horas de viagem pelo menos. Elas não farão falta na contabilidade da vida, mas seguramente irão aumentar seu saldo de conhecimento sobre a história do Brasil. Passando por ela, pode-se perceber que, no stress da vida moderna, há pessoas que vivem em outro ritmo e refletir sobre a "pressa", palavra que passou a dominar nosso vocabulário.


Quando passar pelo km 36, não resista à tentação. Pegue a Estrada dos Tropeiros e siga seu caminho. Você vai chegar no mesmo lugar, mas se sentirá diferente.

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SILVEIRAS - A PRIMEIRA ESCALA
Percorrendo a Estrada dos Tropeiros, a partir da Dutra, a primeira cidade é Silveiras. Sede da Fundação Nacional do Tropeirismo, que hoje ensina a história desse movimento nas escolas do município. Orgulhosos de sua origem, os habitantes de Silveiras sempre receberam bem os visitantes. Por ali passavam as tropas que viajavam entre Rio e São Paulo e as que vinham de Minas Gerais em direção á Parati e vice-versa. Em Silveiras ainda existem traços do Caminho Novo, de 1725, usado nas viagens entre Rio e São Paulo.
Em 1800, quando por lá chegaram as famílias Rego Barbosa, Rego da Silveira, Antonio da Silveira Guimarães, Bueno da Cunha, Silveiras deu os primeiros passos para ser uma cidade. Por serem famílias numerosas, os Silveiras acabaram dando nome ao lugar, pois os viajantes dirigiam-se para as bandas dos Silveiras. Em 1830 tornou-se Freguesia do município de Lorena, surgindo a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Silveiras. Em 1842 tornou-se Vila mas logo foi incorporada à Vila de Areias. Assistiu a Revolução Liberal de 1842, depois se tornou cidade em 1864. No Ciclo do Café teve seu auge, chegando a registrar 27.000 habitantes. Perdeu sua importância pelas estradas. Primeiro com a Estrada de Ferro, que passou por outro trajeto, depois com a criação da Dutra, perdeu o movimento dos viajantes entre as duas metrópoles. Hoje, Silveiras tem pouco mais de 5.000 habitantes.


A Fundação Nacional do Tropeirismo, instalada num casarão do século passado, resgata a história do movimento e oferece um simplório restaurante, com saborosa comida tropeira, No mesmo prédio funciona uma pousada. O responsável pelo Centro de Tradições Tropeiras,Ocílio Ferraz, esclarece que a gastronomia tem sido uma das melhores maneiras de divulgar a importância do Tropeirismo no Brasil. Seguindo pela Estrada dos Tropeiros chega-se a Areias, quatro léguas depois.

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AREIAS - ONDE O IMPERADOR D.PEDRO II POUSAVA
Os tropeiros que pousavam na região, no final do século XVII, principalmente em viagem rumo ao Porto de Mambucaba, próximo de Parati, foram o ponto de partida para o surgimento de Areias que, no século XIX, chegou a ser uma das cidades mais ricas do Estado de São Paulo. Inicialmente, chamou-se Freguesia de Sant’Ana da Paraíba Nova. Depois, em 1801 ganhou a denominação de Distrito da Paz. Em 1816, D João VI criou a única vila no estado, denominada de São Miguel das Areias, em homenagem a seu filho D. Miguel.


O café trouxe mais prosperidade à região. Fazendas suntuosas foram construídas e os Barões do Café vinham passar os fins de semana na cidade. Lá ainda existe o Hotel Santana, cuja construção data de 1792. Antiga propriedade de um nobre, acolheu D. Pedro II em suas viagens e sediou vários saraus.


Durante a Revolução de 1842 perdeu suas garantias constitucionais e foi anexada ao Estado do Rio de Janeiro, por um ano. Em 1857 ganhou o título de cidade.


O casario colonial da cidade revela sua pujança no século XIX. Os barões do Café de Areias foram os primeiros a trazer professores estrangeiros para educar seus filhos. A postura aristocrática deixou raízes no comportamento dos habitantes, vistos pelos vizinhos como um pouco esnobes.


A cidade é repleta de construções históricas. Merecem destaque, além do hotel, que opera com confortáveis apartamentos no anexo, e está sendo restaurado, a Casa da Câmara, que recebia os Vereadores no andar superior, mantendo a cadeia no térreo. O que seria extremamente útil nos dias de hoje. A Igreja Matriz, cuja obras começaram em 1792 só foi terminada em 1874 é outro exemplar da religiosidade e imponência da cidade. A Casa de Cultura, é de 1825 e guarda precioso acervo da cidade , inclusive de moradores ilustres como seu Promotor Monteiro Lobato. Próximo do prédio está a Velha Figueira, cujos primeiros registros datam de 1748. No local, uma placa de 1822 atesta a passagem de D. Pedro I quando declarou nossa independência. Hoje, Areias tem cerca de 4.000 habitantes, mas conserva a majestade de seus tempo áureos. Continuando a viagem, chega-se a São José do Barreiro, pólo turístico ecológico.

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SÃO JOSÉ DO BARREIRO - A CIDADE DO PARQUE NACIONAL DA BOCAINA
O nome Barreiro revela um atoleiro que exigia muito esforço dos tropeiros nos dias de chuva. Já São José é fruto da devoção do Coronel José Ferreira de Souza e do alferes José dos Santos, que ergueram, em 1833 uma Capela dedicada ao santo.


Parentes e amigos dos fundadores passaram a construir residências próximas do local, dando início a cidade, que foi elevado à condição de Freguesia em 1859 e a cidade em 1885. Embora tenha seu patrimônio histórico, dentre elas a Fazenda Pau d’Alho que pertenceu ao Coronel José, o cemitério com túmulos de escravos, a Igreja Matriz, é na natureza que está o maior patrimônio. A começar pela Represa do Funil, muito utilizada como área de lazer e pescaria , permitindo a prática de esportes náuticos e até o acesso à distante Resende. Mas o grande destaque é o Parque Nacional da Serra da Bocaina, com cachoeiras, flora, fauna, paisagens únicas, tudo num ambiente de aventura, de certa forma compulsório, pois a SP 208 que dá acesso ao Parque, tem apenas 13km transitáveis, ficando os demais 14km até a entrada restrito a quem pode utilizar um off-road.


Dentro do parque é possível hospedar-se no Vale dos Veados, uma pousada que alia o rústico com o sofisticado, sem luz elétrica com acomodações até certo ponto luxuosas.


Há outras opções mais simples mas que possuem seu charme. A Cachoeira do Veado possui mais de 200m em três quedas e é considerada a maior do Estado de São Paulo. Mas existem outras 69 cachoeiras para você desfrutar. Sem falar nas caminhadas, grutas, o balneário de água santa, entre outras inúmeras atrações. No caminho para Arapeí, faça uma escala na bucólica Formoso e visite a Cachoeira do Formoso, ideal para um piquenique.

ARAPEÍ – A MAIS NOVA CIDADE DO VALE DO PARAÍBA

Num circuito histórico, como o da Estrada dos Tropeiros, pode surpreender uma pequena localidade, com pouco mais de 3.000 habitantes e alçada à condição de cidade em 1991, mas Arapeí foi um povoado que assistiu ao ciclo de ouro dos Barões do Café. Fez parte de Bananal e ficou à sua sombra. Entretanto, a cidade parece renovada. A Capela de Alambary , que deu origem ao nome de Arapeí, está de cara nova, sendo restaurada, como se o povo da cidade estivesse recuperando suas raízes para enfrentar os desafios do futuro.


Na área rural fazendas relembram os cafezais, cachoeiras convidam a banhos refrescantes, as grutas são outras atração de Arapeí, também conhecida como Cidade Natureza. Por ter ficado um pouco a margem do desenvolvimento, mesmo no século XIX, Arapei está sendo descoberta e, como sempre, os amantes da natureza, que abrem mão do conforto tradicional, são os primeiros privilegiados a conhecer as obras do Criador na região.


Mas todas as estradas levam a Bananal, a última parada do trecho paulista da Estrada dos Tropeiros.

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BANANAL - A CIDADE QUE FINANCIOU O BRASIL
A origem de Bananal está ligada à construção de uma alternativa na época que permitisse viajar entre Rio de Janeiro e São Paulo, sem enfrentar a difícil viagem por mar, a partir de Parati. No final do século XVIII, mais precisamente em 1785, João Barbosa de Camargo e sua esposa Maria Ribeiro de Jesus, construíram a capela para Bom Jesus do Livramento, que veio a ser o padroeiro da cidade.


Com o ciclo do Café, Bananal tornou-se uma potência econômica da época, a ponto de já no Brasil Império ter sido necessário o aval de fazendeiros da região, para que o Banco Rotschild emprestasse dinheiro ao Brasil. Durante sua época áurea, Bananal assistiu à construção de inúmeras casas e fazendas, cuja opulência e refinamento confirmam o poderio econômico dos barões do café.


Em 1832 passou a ser cidade. O nome, segundo alguns, provém da expressão indígena banani, que significaria sinuoso. Há outros que alegam que na região havia muitas plantações de banana. A riqueza da cidade era tanta, que chegou, durante bom tempo, a ter moeda própria, financiar a construção de uma ferrovia, importar uma estação ferroviária inteira da Bélgica, exemplar único na América Latina. Dentre os fazendeiros mais ricos, estava Manoel Aguiar Vallim, dono da Fazenda Resgate, que, ao morrer em 1878 teria 1% de todo papel moeda existente no Brasil. Sua fazenda, hoje está restaurada e foi construída com requintes que só havia nos palácios da Corte.


No final do século XIX, o fim da escravidão, os sinais de cansaço da terra, novas estradas de ferro, foram encerrando o ciclo de desenvolvimento de Bananal. Depois, com a inauguração da Dutra, a cidade ficou fora do circuito Rio- São Paulo. Relegada ao esquecimento. Devido ao seu potencial histórico, seu rico artesanato e grande número de atrações turísticas, Bananal começou a dar sinais de recuperação e hoje já é um pólo turístico em pleno desenvolvimento. Situada a apenas duas horas do Rio de Janeiro e 4h de São Paulo, a cidade possui atrações naturais e culturais que lhe garantem um futuro brilhante.


Além da Estação Ferroviária e da Fazenda Resgate, absolutamente imperdíveis, o visitante fica deslumbrado com a riqueza dos sobrados da rua Manoel Aguiar, as inúmeras construções históricas espalhadas pela cidade. A Igreja Matriz, orgulho de seus mais de 15.000 habitantes, construída em 1811. A riqueza da cidade era tanta que até uma farmácia ganhou dimensões históricas, como é o caso da Pharmácia Popular, que funciona desde 1830, surgiu incialmente como Pharmácia Imperial, mas com a República, ouviu os conselhos e mudou de nome.É a mais antiga do país em funcionamento, com peças únicas do século XIX. As Fazendas são outro patrimônio fantástico. Algumas como a Independência, Três Barras, são também hotéis, permitindo sentir o clima do século passado no pernoite.


Bananal foi ainda brindada com a presença do Parque Nacional da Serra da Bocaína, onde o visitante encontra inúmeras paisagens selvagens e inesquecíveis. A quantidade de atrações de Bananal merecem muitas páginas, mas isso fica para outra edição. O leitor não deve deixar de programar uma viagem a essa região privilegiada do Brasil. Pela Estrada dos Tropeiros é possível perceber a importância da construção de um caminho e entender a força da economia cafeeira na história do Brasil.


Como chegar: Quem vem de São Paulo segue pela Dutra até o km 36 e utiliza a saída que dá acesso a Estr. dos Tropeiros, ou a saída 34 para Silveiras. Aí começa o roteiro pelas cidades da região, até chegar á Bananal, onde poderá retornar a Dutra no km 272. No geral, o piso está razoável a sinalizaçào também. Mais informações, ligue (21) 2224-7802 ou consulte o www.estradas.com.br.

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Fonte: www.estradas.com.br

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O que é a epifisite?

 

Doença cujos sinais clínicos são a dilatação excessiva da região da placa de crescimento dos ossos longos, principalmente, do rádio etíbia e do metatarso emetacarpo.

O inchaço é de natureza dura, e está associado ao calor na pele, sendo doloroso, na apalpação. Ocorre também a claudicação, variável em intensidade, conforme a gravidade da doença.

Verificam-se as situações de deformidade angular e flexora dos membros, na epifisite mais severa, pela interrupção do crescimento ósseo, ou até mesmo, pela dor crônica, respectivamente. O exame radiográfico mostra a produção de tecido ósseo em torno da placa de crescimento, onde se constata a doença.

A avaliação da dieta do animal é uma das mais importantes iniciativas a se tomar, no tratamento dessa doença, até mesmo como prevenção. Como regra geral, a quantidade de proteína e energia, na dieta, deve ser reduzida. Deve-se oferecer menor quantidade de ração e suplementos, substituindo-se o feno pela palha de boa qualidade.

Justamente para se evitar a epifisite, e outros problemas ortopédicose de desenvolvimento, muitas empresas fabricantes de ração lançaram, no mercado, dietas específicas, formuladas para cavalos em crescimento. Mesmo assim, é importante observar a taxa de crescimento dos animais e prevenir episódios de crescimento rápido, reduzindo a quantidade de ração.

O repouso é fundamental, na fase aguda da doença, para prevenir deterioração e, principalmente, deformações angulares e/ou flexoras dos membros. Anti-inflamatórios são recomendados na resolução dos sinais clínicos.

A maioria dos casos de epifisite é passageira e responde, positivamente ao tratamento. Entretanto, se não tratada adequadamente, a epifisite pode comprometer a futura carreira desportiva do cavalo.

Autor: Dr. Henrique Moreira da Cruz

Fonte: Cavalo do Sul de Minas Adaptação: Escola do Cavalo

sábado, 14 de julho de 2012

Como cuidar de infecções no casco de equinos

 

As claudicações, no cavalo, apresentam-se, num primeiro sinal, com o pus no casco (palma). Essa é uma das maiores causas desse mal. Normalmente, uma ferida perfurante, causada por um objeto pontiagudo, como um prego, por exemplo, é o que desencadeia a infecção.

Uma dor intensa se inicia, provocada pela pressão interna, entre o casco e a taipa, sendo que essa estrutura rígida impede que o inchaço seja externo. Essa dor pode ser comparada àquela que se sente quando há uma farpa ou espinho sob a unha.

O animal deixa de apoiar o membro afetado, mesmo quando em descanso. Ao evoluir a infecção, percebe-se maior acumulação de pus. Em geral, a região infectada fica mais quente do que as outras e é visível a pressão sobre as artérias que irrigam a pata doente. Percebe-se o membro enfartado, por cima do boleto.

O que se recomenda, é que, ao primeiro sinal de ferida perfurante no casco, o médico veterinário seja informado, o mais rápido possível, para que se evite a evolução para infecção, e se possa minimizar o sofrimento do animal. Ele, certamente, saberá conduzir o tratamento adequado.

Num primeiro momento, recomenda-se o uso de cataplasmas ou feltros embebidos em sulfato de magnésio ou de sódio.

Com a intervenção do veterinário, muitas vezes, ao remover-se a “camada” de palma que bloqueia a drenagem do pus, nota-se um alívio quase imediato da dor. Por vezes, a pressão é tão grande que este pus vaza pelo orifício aberto e chega a borbulhar. Esse orifício de drenagem pode então ser instilado com diversas soluções anticépticas, para que se crie um ambiente que dificulte a sobrevivência e reprodução de bactérias, especialmente as do tipo anaeróbico (as que não necessitam de oxigênio para sobreviver), presentes nas infecções de casco.

Fonte: Equisport Online

Adaptação: Escola do Cavalo

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Receita de Sorvete de Arroz com Leite de Jumenta e Prosciutto di Parma

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Arroz, leite, castanhas, sorvete de arroz, molho de castanha, queijo parmesão, arroz tufado, Prosciutto di Parma e óleo de avelã Pariani

Esta receita foi inspirada por uma preparação da cozinha clássica, como a sopa de arroz, leite e castanhas.

O arroz é cozido com leite, misturados e utilizados para preparar um sorvete. As castanhas são fervidas com leite e depois utilizado para prepararo molho, o qual é enriquecido com queijo ralado.  Na preparação é adicionado arroz tufado de chocolate para dar crocância e presunto parma, que com o seu sabor vai harmonizar a preparação.

A sopa de arroz, leite e castanhas, é uma boa memória na infância de muitas pessoas, e utilizando esta base, tentamos atualizar para uma nova receita. A receita foi criada com uma atenção especial para as crianças, na verdade nós tentamos recriar o ambiente do café da manhã, com cereais e molho de leite e castanhas. Esta receita foi preparada com leite de jumentas, que por suas características é assimilado até mesmo por aquelas crianças que são intolerantes à lactose.

O uso do molho aquecido, vai fazer com que o sorvete amoleça consideravelmente e tome a consistência que está na base das receitas preparadas por Buontalenti e Bartolomeo Scappi.

Ingredientes para a preparação do arroz para o sorvete:


200 gr. arroz Vialone Nano Veronese (arroz obtido por sementes rigorasamente selecionadas da espécie japonica da variedade Vialone Nano). 1 lt. leite de jumenta
Processo para a preparação da base de arroz do sorvete: Ferva o leite com o arroz e cozinhe por cerca de 40 minutos. Misturando e conservando para a preparação do sorvete

Ingredientes para a preparação do sorvete de arroz:

300 gr. sacarose
50 gr. dextrose
10 gr. alfarroba
500 gr. arroz
1 lt. leite de jumenta
10 gr. óleo de avelã Piemonte Pariani

Processo para a preparação do sorvete de arroz: Leve o leite a 40°C, em seguida, adicione o pó e pasteurize. Deixe descansar por 12 horas, em seguida, mexa e despeje em moldes. Adicione o óleo de avelã, durante o congelamento do sorvete.

Ingredientes para a preparação de arroz tufado de chocolate:

100 gr. cacau em pó
200 gr. arroz Vialone Nano Veronese
1 lt. água
5 gr. sal
5 gr. açúcar

Processo para a preparação de arroz tufado de chocolate: Cozinhe o arroz com todos os ingredientes durante 30 minutos, drene, em seguida, seque a 50°C durante 15 minutos. Frite em óleo quente e guarde para a preparação do prato.

Ingredientes para o molho ao leite de jumenta e castanhas:

500 gr. castanhas secas
1 lt. leite de jumenta
Parmigiano Reggiano
Prosciutto di Parma
Procedimento para o molho de leite e castanha: Mergulhe as castanhas em água fria durante a noite.

Em uma panela frite o presunto parma, em seguida, adicione as castanhas e o leite e deixe cozinhar. Tempere com o queijo parmesão.
Resfrie e armazene para a preparação do prato.


Ingredientes para a preparação do prato:

Sorvete de Arroz, Arroz tufado com chocolate leite, molho ao leite, castanhas, queijo parmesão e Prosciutto di Parma


Processo para a preparação do prato: Sirva o sorvete de arroz em uma tigela, adicione o arroz tufado, e presunto. Servir o molho com leite, castanhas e queijo ralado, aquecido a cerca de 20 ° C.

Fonte: Pasticceria Internazionale. A receita estava em italiano, desculpem por qualquer erro de tradução.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Síndrome da Exaustão Equina , você sabe o que é?

 

Transtornos físicos e mentais caracterizam a síndrome da exaustão. Pode ser desencadeada pelo excesso de exercícios contínuos, realizados em condições inadequadas, como intenso calor e umidade elevada. O que regula o equilíbrio orgânico do animal é o sistema de termorregulação equina.

A temperatura elevada, a umidade em excesso e o calor gerado na musculatura exercitada do cavalo deixam comprometida a termorregulação e o animal sente dificuldades para eliminar todo esse calor, durante a atividade física. A perda de calor será menor, quanto maiores forem a temperatura e a umidade ambiente.

A termorregulação acontece por dois mecanismos principais: a sudorese e a ventilação. O mais importante é a sudorese, ou seja, através do suor, realizado pela pele, cujo processo estimula a evaporação, assim como no organismo humano.

Pela ventilação, ocorre o processo da respiração que inclui a inspiração e a expiração. Durante a inspiração, parte do calor corpóreo é transmitido da mucosa do trato respiratório superior para o ar, que ao chegar aos alvéolos é saturado com vapor de água. Na expiração, parte desse calor volta para a mucosa e ocorre uma porcentagem de condensação da água. A diferença entre o calor transferido para o ar inspirado e o calor transferido de volta para as mucosas é o resultado da perda de calor pelo trato respiratório.

Caso haja deficiência na termorregulação, ocorrerá a hipertermia (aumento da temperatura corporal), com efeitos avassaladores sobre todos os tecidos orgânicos, principalmente, cérebro, coração, vasos sanguíneos, rins, fígado, pulmões e musculatura esquelética.

Os animais afetados apresentam sinais de stress, fadiga significativa, desidratação, e elevação persistente da frequência cardíaca e respiratória.

Estes animais devem receber pequenas quantidades de água fresca, em intervalos frequentes, e permitido o acesso a uma comida palatável, além disso, devem ser observados de perto até a sua completa recuperação.

Os animais afetados por síndrome de exaustão não devem ser transportados nas 12 a 24 horas subsequentes, porque uma alta atividade muscular está associada ao transporte prolongado, o que aumenta os riscos do desenvolvimento de problemas pós-exaustão. Isto inclui problemas musculares severos, laminite (aguamento) e falência renal.

Reduzem-se os riscos de um animal desenvolver a síndrome de exaustão com uma preparação adequada e um manejo cuidadoso, durante as competições, sempre levando-se em conta os efeitos das condições climáticas (umidade relativa do ar e temperatura ambiente) durante o evento.

Autor: Mauricio Bittar, Fonte: Cavalos do Sul de Minas, Adaptação: Escola do Cavalo

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Fábula – Os dois burrinhos

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Muito lampeiros, dois burrinhos de tropa seguiam trotando pela estrada além. O da frente conduzia bruacas de ouro em pó; e o de trás, simples sacos de farelo. Embora burros da mesma igualha, não queria ser o primeiro que o segundo lhe caminhasse ao lado.

- Alto lá! – dizia ele – não se emparelhe comigo, que quem carrega ouro não é do mesmo naipe de quem conduz feno. Guarde cinco passos de distância e caminhe respeitoso como se fosse um pajem.

O burrinho do farelo submetia-se e lá trotava, de orelhas murchas, roendo-se de inveja do fidalgo…

De repente…

Osh! Oah! São ladrões da montanha que surgem de trás de um tronco e agarram os burrinhos pelos cabrestos.

Examinam primeiramente a carga do burro humilde e, – Farelo! – exclamaram desapontados – o demo o leve! Vejamos se há coisa de mais valor no da frente.

- Ouro, ouro! – gritam, arregalando os olhos. E atiram-se ao saque.

Mas o burrinho resiste. Desfere coices e dispara pelo campo afora. Os ladrões correm atrás, cercam-no e lhe dão em cima, de pau e pdra. Afinal saqueiam-no.

Terminada a festa, o burrinho do ouro, mais morto que vivo e tão surrado que nem suster-se em pé podia, reclama o auxílio do outro que muito fresco da vida tosava o capim sossegadamente.

- Socorro, amigo! Venha acudir-me que estou descadeirado…

O burrinho do farelo respondeu zombeteiramente:

- Mas poderei por acaso aproximar-me de Vossa Excelência?

- Como não? Minha fidalguia estava dentro da bruaca e lá se foi nas mãos daqueles patifes. Sem as brucas de ouro no lombo, sou uma pobre besta igual a você…

- Bem sei. Você é como certos grandes homens do mundo que só valem pelo cargo que ocupam. No fundo, simples bestas de carga, eu, tu, eles…

E ajudou-o a regressar para casa, decorando, para uso próprio, a lição que ardia no lombo do vaidoso.

Autor: Monteiro Lobato

terça-feira, 3 de julho de 2012

Tropeirismo: No lombo da mula

 

Embarque na viagem de Reinaldo Silveira para entender como os tropeiros desbravaram o interior do Brasil

Do cruzamento entre o burro e a égua (ou da besta com o cavalo) nasceram as mulas. Da união entre as mulas e o homem, surgiu o tropeirismo, que deu suporte para a economia aurífera até o desenvolvimento das estradas de ferro. A explosão do ouro na região onde hoje é o Estado de Minas Gerais, em meados do século 18, fez com que aumentasse a necessidade de levar mantimentos para abastecer os pequenos povoados que começavam a crescer Brasil adentro. É aí que entra o tropeiro: espécie de caminhoneiro sem motor, transportava mercadorias e alimentos para a região das minas, onde a agricultura e a criação de gado haviam sido proibidas pela Coroa para não dispersar a mão-de-obra do ouro.

Seguindo as trilhas dos índios ou desbravando novas rotas, as caravanas propiciaram o desenvolvimento de cidades – como Congonhas do Campo, em Minas Gerais, e Sorocaba, em São Paulo – e abriram caminhos do Sul ao Nordeste do Brasil. Mas, para que as mulas cortassem o centro do País em busca do ouro mineiro, era preciso buscá-las no Rio Grande do Sul. Só lá havia criações dos resistentes animais, trazidos ilegalmente de Montevidéu.

Numa dessas viagens pelo Sul, um tropeiro ganhou fama por sua bravura: Reinaldo Silveira. Ele saiu com mais sete peões de Ponta Grossa, no Paraná, rumo a Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, para buscar uma tropa de 550 mulas. A viagem começou no dia 28 de julho de 1891 e acabou em 19 de novembro do mesmo ano. As estreitas estradas que beiravam abismos em que caminharam, os mais de 12 rios que atravessaram a nado e as canoas que construíram foram só algumas das agruras pelas quais os tropeiros passaram. Mas, 56 dias depois, voltavam sãos e salvos para casa. Tinham 22 mulas e 3 milhões de réis a menos. Os animais foram mortos ou perdidos. O dinheiro foi extorquido pelo governo em barreiras colocadas nas rotas das tropas, espécie de pedágio da época.

Chegada ao acampamento

Os tropeiros eram bastante organizados. Suas viagens contavam com paradas em distâncias regulares nas rotas. Mesmo assim, às vezes alguns percalços faziam com que os viajantes tivessem de armar a barraca de improviso, em campo aberto. Quando isso acontecia, eles estendiam o ligal – uma lona feita de couro bovino – e dormiam embaixo, junto com a bagagem. Tudo vigiado por cães.

Problemas comuns

Reinaldo e os sete peões tiveram, como em qualquer viagem, alguns probleminhas. Além de perderem o machado que serviria para abrir caminhos na mata – ou para se defender de bichos reais e imaginários, como as mulas-sem-cabeça, das quais morriam de medo –, eles pegaram fortes chuvas. O mau tempo adiou a viagem, ao todo, por 20 dias. Na volta, mais pepinos: 22 mulas foram mortas ou se perderam no meio do caminho.

Jeitinho tropeiro

As resistentes mulas chegavam a custar 40 vezes mais que uma vaca, que era fonte de alimento. A inflação vinha da dificuldade em “produzir” mulas, pois para que um burro cruzasse com uma égua era necessário colocar nele a pele de um potro. Só assim o burro se enchia de coragem e cobria a égua – e a fêmea o aceitava.

Bebidas quentes

Depois das refeições, os tropeiros costumavam bater papo tomando cachaça. Pelas manhãs, o café tropeiro – com o pó no fundo, sem coar – e um golinho de pinga eram sagrados. “Eles acreditavam que a aguardente limpava o organismo para a viagem. Além disso, a bebida era usada para desinfetar feridas”, afirma Moacyr Flores, historiador da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Rango gorduroso

Para agüentar as longas viagens, que às vezes levavam meses, as comidas das tropas deviam ser secas e duráveis. Outra característica era o uso abundante de gordura para garantir a energia dos viajantes. Feijão, toucinho, torresmo, carne-seca, paçoca e farinha de mandioca e de milho eram os principais alimentos. O cozinheiro geralmente chegava antes dos outros nas paradas para ir preparando o rango.

Saiba mais

Livro

Tropeirismo no Brasil, Moacyr Flores Editora Nova Dimensão, 1998

Entre uma caminhada e outra...

Alguns pratos comuns entre os viajantes das mulas ainda continuam bastante populares. Veja quais ingredientes eram usados na época

Vaca-Atolada

Costela de vaca, farinha de mandioca e toucinho

Feijoada

Feijão e carne-seca

Feijão-Tropeiro

Feijão, carne-seca, farinha de mandioca e torresmo

Arroz-de-Carreteiro

Arroz e carne-seca

 

Fonte: Guia do Estudante Abril, Aventuras na História