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sábado, 9 de junho de 2012

Pesquisadores avaliam tratamento alternativo para Pitiose Equina

 

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A Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu e o Instituto de Física da USP (Universidade de São Paulo), em São Carlos, estão avaliando a eficácia da terapia fotodinâmica antimicrobiana como forma alternativa ao tratamento químico da pitiose equina. A terapia fotodinâmica utiliza um determinado comprimento de onda luminosa como forma de combater a doença.

De acordo com a professora Sandra de Moraes Gimenes Bosco, da Unesp, trata-se de uma terapia promissora para a pitiose em cavalos. Ensaios em laboratório com coelhos já foram realizados, com resultados satisfatórios.

Sandra deve se dedicar às pesquisas relacionadas à avaliação da flora bacteriana associada à pitiose. Ele lembra que a doença é razoavelmente recente e muitos veterinários ainda não pensam no diagnóstico de pitiose quando são chamados a tratar feridas em equinos.

Segundo ela, até em humanos pode estar ocorrendo subnotificação. Até hoje, apenas um caso humano foi confirmado no Brasil (e na América Latina). Em 2002, um paciente do interior de São Paulo procurou médicos em Botucatu e o diagnóstico só foi concluído no ano seguinte. Ele foi curado.

Há relatos de casos de pitiose em humanos na Tailândia. O professor Carlos Eduardo Pereira dos Santos, da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), disse que a alta incidência de talassemia (doença associada ao ferro) nessa população poderia estar relacionada aos casos de pitiose. Na Tailândia, há produção de arroz em várzeas e a doença é considerada ocupacional.

EFICÁCIA

Carlos deve se dedicar ao estudo da epidemiologia da pitiose. “Estou estudando a dinâmica da pitiose, já que ela depende da interação do animal com o ambiente, e a eficácia da vacina no Pantanal de Mato Grosso”, afirmou.

O professor está concluindo sua tese de doutorado sobre o assunto e afirma que a vacina tem eficácia no tratamento da doença, principalmente quando se comparam os animais tratados e os que não receberam o medicamento.

“Os resultados foram bem satisfatórios, mas dependem de variáveis como o tamanho e a idade da lesão. Quanto mais tardio o tratamento, mais refratário o animal. É preciso avaliar o comprometimento orgânico que a lesão causou no animal.”

Ele disse que há muitas lesões similares, do ponto de vista clínico, e nem sempre o diagnóstico tem sido correto.

“Às vezes acham que tudo é pitiose. Mas nem sempre é”, afirmou. Segundo Carlos, o diagnóstico pode ser feito com a coleta de soro do animal e o material é enviado ao Lapemi (Laboratório de Pesquisas Micológicas) da Universidade Federal de Santa Maria (RS). O resultado sai em poucos dias.

“Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura”, afirmou o professor.

Carlos avaliou também a ocorrência da pitiose em bovinos. Como os bois não ficam na água (apenas se não houver opção), a incidência é menor. A ocorrência nas duas espécies também está relacionada à idade.

O pesquisador avaliou 76 casos de pitiose em equinos e apenas em um deles o animal era jovem (8 meses). A faixa mais atingida vai dos 3,5 aos 6 anos.

Nos oito casos da doença em bovinos que ele estudou, 90% tinham menos de um ano de idade.

Os dois professores participaram  de uma reunião técnica para definir a continuidade das pesquisas sobre pitiose equina. A reunião aconteceu na Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Ana Maio, Embrapa Pantanal

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