Bem Vindo ao Blog do Pêga!

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Existe muita literatura sobre cavalos, mas poucos escrevem sobre jumentos e muares. Este é um espaço para postar artigos, informações e fotos sobre esses fantásticos animais. Estamos sempre a procura de novo material, ajude a transformar este blog na maior enciclopédia de jumentos e muares da história! Caso alguém queira colaborar com histórias, artigos, fotos, informações, etc ... entre em contato conosco: fazendasnoca@uol.com.br

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Afecções de Testiculo e Escroto

 

1. ANOMALIAS CONGÊNITAS:

*Monorquia- ausência de 1 testículo

*Anorquia- ausência dos 2 testículos

São patologias raras em animais domésticos. Foram descritas em cães e eqüinos.

*Poliorquidismo- duplicação testicular, testículos supranumerários. É raro, foi descrito em eqüinos.

*Heterotopia testicular- tecido testicular presente na superfície peritoneal da cavidade abdominal. Foi descrito em suínos.

*Criptorquidismo- Falha na descida do testículo ao escroto. Ocorre mais frequentemente em suínos e equinos, ocorrendo também em gatos, carneiros e touros. Em equinos o testículo está presente no abdomen ou na região inguinal. Em cães , a maior incidência ocorre nas raças Chihuahua, Schnauzer miniatura, Poodle, Husky Siberiano e Yorkshire Terrier. Há o fator genético (hereditário) envolvido.

Hipoplasia testicular:

-Gado das montanhas da Suécia: hipoplasia detectada na década de 30. Animais mantinham a libido e a capacidade de monta ( maior incidência de hipoplasia unilateral), características sexuais secundárias normais. Causada por gen recessivo autossômico.

-Outras raças de bovinos: Não foram tão estudadas, porém há indícios de hereditariedade, podendo também ser produzida por insuficiência hormonal.

-O testículo hipoplásico tem a consistência mais firme que o normal e é menor. O diâmetro dos túbulos seminíferos é menor que o normal.

-Pode ser uni ou bilateral, total ou parcial. A hipoplasia parcial é mais difícil de ser diagnosticada histologicamente, já que os túbulos seminíferos contém células germinativas ( confunde com degeneração).

-Animais com síndrome de Klinefelter (XXY) possuem hipoplasia testicular.

-Em bodes está associada ao hermafroditismo e em ovinos é hereditário.

2.LESÕES NO TESTÍCULO:

*Biópsia testicular- é feita para estudo da infertilidade. O testículo de bovino tem a túnica albugínea fina com uma rica rede vascular. Se um dos grandes vasos for cortado haverá hemorragia que levará a uma severa degeneração.

*Degeneração testicular- involução do epitélio germinativo

*Inflamações no testículo

Orquites: Afetam ou anulam a espermiogênese por um tempo prolongado ou para sempre. Pode ter origem traumática ou infecciosa. A infecção pode ser por via hematógena, retrógrada do duto deferente ou epidídimo ou via direta pela pele.

Agentes:

Brucella spp.- saco escrotal quente com conteúdo fibropurulento, área de necrose multifocal nos testículos contendo neutrófilos . Muitos túbulos seminíferos são destruídos e o resto degenera. Acomete bovinos, suínos e cães.

Pseudomonas pseudomaller- suínos.

Actinomyces bovis- bovinos

Corynebacterium pseudotuberculosis e Mycoplasma - carneiros.

Anemia infecciosa equina,Trypanossoma equiperdum e Strongylus edentatus -equinos

Sintomas: aumento de volume, calor, dor. A libido e o poder fecundante podem manter-se. Em infecções agudas há aumento de temperatura, respiração acelerada, perda de apetite, dor intensa (animal evita deslocamento, lombo arqueado, perda do interesse sexual), fertilidade baixa.

Pode evoluir para orquite crônica.

Periorquite: inflamação da túnica vaginalis testicular. As lesões podem acontecer juntas à orquite ou separadas.

* Fibrose testicular: decorrente da degeneração ou de processos inflamatórios do testículo, que ficam reduzidos, de consistência firme a dura e formam superfícies irregulares. A libido pode estar presente mas o ejaculado é oligo ou azospérmico. Tratamento impossível.

3.LESÕES PROLIFERATIVAS:

*Hipertrofia testicular: aumento de tamanho das células individuais. Ocorre quando há castração unilateral.

*Hiperplasia testicular: aumento do número de células , excluindo formação tumoral, porém a distinção é difícil. Diferenciar hiperplasia nodular das células de Leydig de tumor das células intersticiais.

4. NEOPLASIAS TESTICULARES.

*Tumor das células intersticiais( células de Leydig) ou Leidigoma

Hiperplasia: aumento das células intersticiais entre os túbulos sem destruí-los ou deslocá-los.

Tumor: nódulo discreto ou grupo de células intersticiais deslocando os túbulos seminíferos.

Tumor maligno: aumento das células intersticiais com destruição dos túbulos seminíferos.

Em cães os nódulos podem ser múltiplos e chegar a 7 cm de diâmetro. Pode ocorrer produção de estrógenos, há alopecia e feminização.

Em touros o tumor tem aparência histológica mais uniforme que em cães. Pode ocorrer em eqüinos e felinos.

*Seminoma: neoplasia das células germinativas (corresponde ao disgerminoma ovárico).

É mais freqüente em cães. É multifocal, resulta na destruição da parede tubular. É branco ou cinza e a firmeza depende da quantidade de tecido fibroso. Os grandes neoplasmas podem ser lobulares e conter áreas de hemorragia e necrose.

Em eqüinos são mais comuns em animais idosos. Pode ocorrer em carneiro, bode, gato e raramente em bovinos.

Tumor da célula sustentacular ou Sertolinoma ( Adenoma ou carcinoma tubular , tumor das células de Sertoli)

É mais frequente em cães, são fáceis de identificar pois são cinza pálido, nodular, firme e com invaginações no parênquima testicular. Há alopecia no tórax e abdômen, flancos, pescoço e feminização.

O prepúcio se torna penduloso e as tetas inchadas em decorrência do hiperestrongenismo.

Em touros há nódulos de vários tamanhos brancos ou amarelos. Pode ocorrer em carneiros e gatos e é raro em eqüinos.

* Teratoma: Ocorre mais frequentemente em equinos e raramente em outras espécies. Pode ser congênito. É constituído por cistos contendo cartilagem, ossos, dentes, tecido fibroso.

AFECÇÕES DE ESCROTO

Hidrocele - A hidrocele é o acúmulo de líquido no processo vaginal e ao longo do cordão espermático. Tem como causa primária em cães o comprometimento da drenagem linfática, linfoma, hérnia inguinal, orquite. Os sinais clínicos são turgidez e distensão não dolosa do escroto com adelgaçamento da parede escrotal devido ao edema.

Hematocele – Extravasamento de sangue , formação de hematoma ao longo do cordão espermático e no interior da cavidade escrotal

Varicocele

A varicocele alguns autores classificam como aumento dos vasos circulatório do escroto, outros como dilatação dos vasos do plexo pampiniforme responsáveis pela irrigação do testículo. À imagem ultra-sonográfica pode-se observar a dilatação dos vasos

Hérnia Escrotal- variação de hérnia inguinal onde o conteúdo herniário passa através do anel inguinal para o interior do escroto.

Pode ser caudada por traumatismo ou fatores genéticos.,

Pode ser diagnosticada pela presença de tecido flácido dentro do escroto que pode ser constante ou intermitente.

Se houver isquemia e necrose do tecido herniário pode haver leucocitose, dor escrotal, vômito e anorexia.

Deve ser realizado um exame ultra-sonográfico ou RX para se evidenciar o conteúdo herniario.

Correção cirúrgica.

Dermatite escrotal – Existem vários graus de dermatite, variando desde simples prurido até auto-mutilação . Pode possuir causa infecciosa, doença auto-imune, ingestão de micotoxinas, granulomas espermáticos, reação a medicamentos ou dermatite de contato (desinfetantes).

Neoplasia escrotal

Carcinoma de células escamosas – nódulos firmes e ulcerados na pele ou aparência proliferativa presente nas pernas, cabeça ou escroto.

Deve-se realizar a retirada cirúrgica seguida de tratamento de radioterapia ou crioterapia.

Melanomas – crescimento lento, máculas pequenas marrom escuras ou de crescimento rápido pretas e com ulcerações. Pode aparecer na cavidade oral, na região digital e escroto.

Fonte: http://www.mcguido.vet.br/patologia.htm

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