Curiosa é a denominação "mata-burro" (rampas em cimento, ferros ou madeira com vãos abertos para impedir a passagem de animais que substituem pequenas pontes nas divisas de pastagem ou propriedades). Não temos conhecimento de um só caso de Muar que tenha caído em um "mata-burro". Ao contrario, vários acidentes ocorrem com Eqüinos, Bovinos e até Pessoas.
Bem Vindo ao Blog do Pêga!
quinta-feira, 28 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Curiosidade
Na italia jumentos tem se tornado cada vez mais populares. Durante os últimos anos, um trabalho intenso foi feito para preservar as raças que ainda existem por lá. A maioria das nove raças que ainda existem foram aceitas pelo governo, e associações foram criadas para gerenciar os livros de registro dessas raças. Além disso produtos de jumentos como salami, leite, derivados do leite e cosméticos tem se tornado mais e mais interessantes aos olhos do mercado. Veja: http://www.lattediasina.it/
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Afecções de Testiculo e Escroto
1. ANOMALIAS CONGÊNITAS:
*Monorquia- ausência de 1 testículo
*Anorquia- ausência dos 2 testículos
São patologias raras em animais domésticos. Foram descritas em cães e eqüinos.
*Poliorquidismo- duplicação testicular, testículos supranumerários. É raro, foi descrito em eqüinos.
*Heterotopia testicular- tecido testicular presente na superfície peritoneal da cavidade abdominal. Foi descrito em suínos.
*Criptorquidismo- Falha na descida do testículo ao escroto. Ocorre mais frequentemente em suínos e equinos, ocorrendo também em gatos, carneiros e touros. Em equinos o testículo está presente no abdomen ou na região inguinal. Em cães , a maior incidência ocorre nas raças Chihuahua, Schnauzer miniatura, Poodle, Husky Siberiano e Yorkshire Terrier. Há o fator genético (hereditário) envolvido.
•Hipoplasia testicular:
-Gado das montanhas da Suécia: hipoplasia detectada na década de 30. Animais mantinham a libido e a capacidade de monta ( maior incidência de hipoplasia unilateral), características sexuais secundárias normais. Causada por gen recessivo autossômico.
-Outras raças de bovinos: Não foram tão estudadas, porém há indícios de hereditariedade, podendo também ser produzida por insuficiência hormonal.
-O testículo hipoplásico tem a consistência mais firme que o normal e é menor. O diâmetro dos túbulos seminíferos é menor que o normal.
-Pode ser uni ou bilateral, total ou parcial. A hipoplasia parcial é mais difícil de ser diagnosticada histologicamente, já que os túbulos seminíferos contém células germinativas ( confunde com degeneração).
-Animais com síndrome de Klinefelter (XXY) possuem hipoplasia testicular.
-Em bodes está associada ao hermafroditismo e em ovinos é hereditário.
2.LESÕES NO TESTÍCULO:
*Biópsia testicular- é feita para estudo da infertilidade. O testículo de bovino tem a túnica albugínea fina com uma rica rede vascular. Se um dos grandes vasos for cortado haverá hemorragia que levará a uma severa degeneração.
*Degeneração testicular- involução do epitélio germinativo
*Inflamações no testículo
Orquites: Afetam ou anulam a espermiogênese por um tempo prolongado ou para sempre. Pode ter origem traumática ou infecciosa. A infecção pode ser por via hematógena, retrógrada do duto deferente ou epidídimo ou via direta pela pele.
Agentes:
Brucella spp.- saco escrotal quente com conteúdo fibropurulento, área de necrose multifocal nos testículos contendo neutrófilos . Muitos túbulos seminíferos são destruídos e o resto degenera. Acomete bovinos, suínos e cães.
Pseudomonas pseudomaller- suínos.
Actinomyces bovis- bovinos
Corynebacterium pseudotuberculosis e Mycoplasma - carneiros.
Anemia infecciosa equina,Trypanossoma equiperdum e Strongylus edentatus -equinos
Sintomas: aumento de volume, calor, dor. A libido e o poder fecundante podem manter-se. Em infecções agudas há aumento de temperatura, respiração acelerada, perda de apetite, dor intensa (animal evita deslocamento, lombo arqueado, perda do interesse sexual), fertilidade baixa.
Pode evoluir para orquite crônica.
Periorquite: inflamação da túnica vaginalis testicular. As lesões podem acontecer juntas à orquite ou separadas.
* Fibrose testicular: decorrente da degeneração ou de processos inflamatórios do testículo, que ficam reduzidos, de consistência firme a dura e formam superfícies irregulares. A libido pode estar presente mas o ejaculado é oligo ou azospérmico. Tratamento impossível.
3.LESÕES PROLIFERATIVAS:
*Hipertrofia testicular: aumento de tamanho das células individuais. Ocorre quando há castração unilateral.
*Hiperplasia testicular: aumento do número de células , excluindo formação tumoral, porém a distinção é difícil. Diferenciar hiperplasia nodular das células de Leydig de tumor das células intersticiais.
4. NEOPLASIAS TESTICULARES.
*Tumor das células intersticiais( células de Leydig) ou Leidigoma
Hiperplasia: aumento das células intersticiais entre os túbulos sem destruí-los ou deslocá-los.
Tumor: nódulo discreto ou grupo de células intersticiais deslocando os túbulos seminíferos.
Tumor maligno: aumento das células intersticiais com destruição dos túbulos seminíferos.
Em cães os nódulos podem ser múltiplos e chegar a 7 cm de diâmetro. Pode ocorrer produção de estrógenos, há alopecia e feminização.
Em touros o tumor tem aparência histológica mais uniforme que em cães. Pode ocorrer em eqüinos e felinos.
*Seminoma: neoplasia das células germinativas (corresponde ao disgerminoma ovárico).
É mais freqüente em cães. É multifocal, resulta na destruição da parede tubular. É branco ou cinza e a firmeza depende da quantidade de tecido fibroso. Os grandes neoplasmas podem ser lobulares e conter áreas de hemorragia e necrose.
Em eqüinos são mais comuns em animais idosos. Pode ocorrer em carneiro, bode, gato e raramente em bovinos.
•Tumor da célula sustentacular ou Sertolinoma ( Adenoma ou carcinoma tubular , tumor das células de Sertoli)
É mais frequente em cães, são fáceis de identificar pois são cinza pálido, nodular, firme e com invaginações no parênquima testicular. Há alopecia no tórax e abdômen, flancos, pescoço e feminização.
O prepúcio se torna penduloso e as tetas inchadas em decorrência do hiperestrongenismo.
Em touros há nódulos de vários tamanhos brancos ou amarelos. Pode ocorrer em carneiros e gatos e é raro em eqüinos.
* Teratoma: Ocorre mais frequentemente em equinos e raramente em outras espécies. Pode ser congênito. É constituído por cistos contendo cartilagem, ossos, dentes, tecido fibroso.
AFECÇÕES DE ESCROTO
Hidrocele - A hidrocele é o acúmulo de líquido no processo vaginal e ao longo do cordão espermático. Tem como causa primária em cães o comprometimento da drenagem linfática, linfoma, hérnia inguinal, orquite. Os sinais clínicos são turgidez e distensão não dolosa do escroto com adelgaçamento da parede escrotal devido ao edema.
Hematocele – Extravasamento de sangue , formação de hematoma ao longo do cordão espermático e no interior da cavidade escrotal
Varicocele
A varicocele alguns autores classificam como aumento dos vasos circulatório do escroto, outros como dilatação dos vasos do plexo pampiniforme responsáveis pela irrigação do testículo. À imagem ultra-sonográfica pode-se observar a dilatação dos vasos
Hérnia Escrotal- variação de hérnia inguinal onde o conteúdo herniário passa através do anel inguinal para o interior do escroto.
Pode ser caudada por traumatismo ou fatores genéticos.,
Pode ser diagnosticada pela presença de tecido flácido dentro do escroto que pode ser constante ou intermitente.
Se houver isquemia e necrose do tecido herniário pode haver leucocitose, dor escrotal, vômito e anorexia.
Deve ser realizado um exame ultra-sonográfico ou RX para se evidenciar o conteúdo herniario.
Correção cirúrgica.
Dermatite escrotal – Existem vários graus de dermatite, variando desde simples prurido até auto-mutilação . Pode possuir causa infecciosa, doença auto-imune, ingestão de micotoxinas, granulomas espermáticos, reação a medicamentos ou dermatite de contato (desinfetantes).
Neoplasia escrotal
Carcinoma de células escamosas – nódulos firmes e ulcerados na pele ou aparência proliferativa presente nas pernas, cabeça ou escroto.
Deve-se realizar a retirada cirúrgica seguida de tratamento de radioterapia ou crioterapia.
Melanomas – crescimento lento, máculas pequenas marrom escuras ou de crescimento rápido pretas e com ulcerações. Pode aparecer na cavidade oral, na região digital e escroto.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Catálogo Leilão Fazenda Mocó 1988
Viver nada mais é do que colecionar memórias, mas lembrar apenas não basta, é preciso registrar. Arejar a memória fortalece as recordações que merecem registro. Por isso é preciso compartilhar… Adoro encontrar memorabilia perdida por ai… Olha o que encontrei no outro dia…
Jumentos vendidos nesse leilão:
Rubi de Mocó
Repente de Mocó
Seresteiro de Mocó
Sonho de Mocó
Sucesso de Mocó
Sheik de Mocó
SOS de Mocó
Sergipe de Mocó
Sultão de Mocó
Sarrafo de Mocó
Jumentas vendidas nesse leilão:
Valice de Mocó
Hidra de Mocó
Roseira de Mocó
Seresta de Mocó
Suzana de Mocó
Siriema de Mocó
sábado, 16 de abril de 2011
O Jumento - Chico Buarque
Jumento:
Hi-oh, he-oh.
He-uh, he-uh.
É-u, eu.
Eu, eu sou um jumento,
não sou bicho de estimação.
Não tenho nome nem apelido,
nem estimação.
Sou jumento e pronto!
Na minha terra também me chamam de jegue
e me botaram pra trabalhar na roça a vida inteira.
Trabalhar feito jumento
pra no fim... nada.
Minha pensão, nem uma cenoura.
Acho que é por isso que às vezes também me chamam de burro.
Eu nem me incomodo.
Mas outro dia,
eu tava subindo o morro com quinhentos quilos de pedra no lombo,
tava alí subindo quando ouvi um paid'égua falar assim:
"mas que mula preguiçosa sô!", fui ver, e a mula era eu.
Aí eu parei: Mula! é demais!
e resolvi dar no pé.
Tomei a estrada que leva à cidade
e fui seguindo naquela escuridão.
Naquela humilhação.
Naquela solidão que nem sei.
Não sou disso não,
mas me deu uma vontade arretada de chorar
e chorar, e chorar aos soluços.
E pensava com meus borbotões...
Jumento não é
Jumento não é
O grande malandro da praça
Trabalha, trabalha de graça
Não agrada a ninguém
Nem nome não tem
É manso e não faz pirraça
Mas quando a carcaça ameaça rachar
Que coices, que coices
Que coices que dá
O pão, a farinha, o feijão, carne seca
Quem é que carrega? Hi-ho
O pão, a farinha, o feijão, carne seca
Limão, mexerica, mamão, melancia
Que é que carrega? Hi-ho
O pão, a farinha, o feijão, carne seca
Limão mexerica, mamão, melancia
A areia, o cimento, o tijolo, a pedreira
Quem é que carrega? Hi-ho
Jumento não é
Jumento não é
O grande malandro da praça
Trabalha, trabalha de graça
Não agrada a ninguém
Nem nome não tem
É manso e não faz pirraça
Mas quando a carcaça ameaça rachar
Que coices, que coices
Que coices que dá
Hi-hooooooooo
quinta-feira, 14 de abril de 2011
XXVI ENAPÊGA
EXPOSIÇÃO NACIONAL DO JUMENTO PÊGA
LOCAL: BELO HORIZONTE-MG – PARQUE DE EXPOSIÇÔES BOLIVAR DE ANDRADE - GAMELEIRA
DATA: 23/05 A 29/05/2011.
ENTRADA DOS ANIMAIS: 23 E 24/05 – DE 08 ÀS 24HORAS.
SAÍDA DOS ANIMAIS: 29/05 - A PARTIR DE 16 HORAS.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
O Valor da Mula
- Para os Hititas uma mula valia 3 cavalos ou 60 ovelhas
- Uma mula pode carregar duas vezes que um jumento, e é mais rápida aproximadamente 1½ vezes por dia.
- Freqüentemente usados para arar a terra ou para carga, como o boi, ou para cavalgar, como o cavalo
- Os Hebreus não podiam cria-los
- Mas jumentos eram levados aos reis de Israel como tributo
- Oficiais dirigiam as batalhas em cima de mulas
- Na Iliada, “uma égua prenhe de um jumento” foi 2 º prêmio em uma corrida de cavalos
- 1º uma pequena escrava
- 3º um vaso esculpido
- 4º duas moedas de ouro
terça-feira, 12 de abril de 2011
COMPORTAMENTO SEXUAL DE JUMENTOS DA RAÇA PEGA UTILIZANDO ÉGUAS EM ESTRO CONTIDAS EM TRONCO
Autores: CANISSO, I.F.; CARVALHO, G. R.; SOUZA, F.A.; LIMA, A.L.; SILVA FILHO, J.M.; SILVA, E. C.; RODRIGUES, A.L.;SENA, T.
Introdução
A raça Pega tem experimentado nos últimos anos uma crescente revalorização, dadas suas características peculiares em produzir excelentes muares marchadores, quando acasalados com éguas de raças de sela. Este aspecto desencadeia a necessidade do conhecimento da etologia, se
a mesma se altera, na presença da égua em cio ao invés da jumenta, uma vez que relata se na literatura repulsividade natural entre as espécies, e o acasalamento ocorra sob condições anti naturais.
Objetivos
O objetivo deste trabalho foi o de avaliar as características sexuais de jumentos utilizando égua em cio devidamente contida.
Matérias e Métodos
Foram realizadas trintas coletas de sêmen, de seis reprodutores da raça Pega, com idade de 3 a 12 anos. Todos os animais estavam devidamente condicionados a cobertura de éguas em tronco.
As coletas foram realizadas com uso de vagina artificial modelo Botucatu, com temperatura interna de 44 -45ºC, devidamente lubrificada, sempre pelo mesmo coletador.As coletas foram feitas a intervalos fixos de 48 a 72 horas sempre em horários pré-estabelecidos. Avaliou se os tempos: reação, monta, ejaculação.
Resultados e Discussão
Os tempos de reação médios foram de 32 min +- 10,2; tempo de monta 0,40 min +- 0,08 e tempo de ejaculação 2,46 +-1,02.Observamos uma tendência em quanto maior a idade do reprodutor mais breve tendeu a ser o tempo de reação e mais longo o tempo de ejaculação, porém sem diferenças estatisticamente distintas.Pelos tempos de reação, monta, e ejaculação não podemos encontrar diferenças entre os achados na literatura que utilizaram jumentas em cio para coleta, portanto, desde que os animais estejam devidamente condicionados é possível utilizar égua em estro como manequim para coleta de sêmen de jumentos.
sábado, 9 de abril de 2011
Curiosidades
Os jumentos machos são animais solitários e territoriais. O território do macho pode ser de mais de 10km2.
Os donos do território toleram outros machos na sua área contanto que eles não tentem cruzar com as fêmeas em seu território.
Acontecem brigas com vizinhos nos limites dos territórios, mas apenas por jumentas em cio.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Cuidado com os filhotes
Os partos ocorrem preferencialmente nas madrugadas, o que dificulta o acompanhamento técnico e "facilita" a proteção do neonato (nome que se dá aos filhotes em suas primeiras horas de vida), evitando assim qualquer perturbação. O início do parto geralmente é marcado por uma queda de temperatura corpórea da matriz. O parto pode ser dividido em 3 fases: a primeira é de inquietação com dores abdominais, a segunda é a ruptura da bolsa, e a terceira fase é a liberação dos envoltórios fetais (placenta), que leva de 30 minutos até 3 horas após o inicio do parto. Os principais cuidados que se deve tomar com os recém-nascidos:
Sistema respiratório: Durante as primeiras horas de vida do neonato alguns fatores estimulam a respiração como: estímulos da mãe (lamber), frio, luz, diminuição da pressão de O2, liberação de CO2, etc. A freqüência respiratória de um recém-nascido é de 50-60 movimentos/minuto, se ocorrer alterações é necessário verificar se há uma camada mucosa revestindo a cavidade nasal e/ou oral, se houver esta deve ser removida com um pano seco e limpo. No caso de haver dificuldade respiratória por conteúdo líquido é necessário massagear as narinas friccionando da cabeça até o foucinho. A respiração também pode ser estimulada elevando o posterior do animal,friccionando o dorso com pano limpo ou palha, batidas com a mão na região torácica ou jatos de água fria. Nos casos de não se restabelecer o padrão respiratório em 2-3 minutos, deve-se utilizar oxigenoterapia para evitar morte ou danos cerebrais.
Sistema cardio-circulatório: Se ocorrer algum problema com falta de oxigenação nos recém-nascidos acarretará, o retorno do sistema circulatório fetal, o que se torna fatal após o nascimento. É muito importante que seja realizado um exame das membranas mucosas, estas devem se apresentar róseas e úmidas. No momento do nascimento, a freqüência cardíaca é de 60/ 80 batimentos/minuto, após 1/12 horas ela passa a ser de 120/140 batimentos/minuto, e após 12 horas passa a ser de 30/40 batimentos/minuto.
Temperatura: A temperatura retal do filhote deve estar em torno de 37,5-38,5 graus, um desvio acima ou abaixo é preocupante.
Cordão umbilical: Após o término do parto a égua/jumenta deverá permanecer deitada, este processo serve para diminuir a circulação sanguínea do cordão umbilical, pois no momento em que ela se levantar o cordão irá se romper. Após o rompimento do cordão umbilical, este deve ser embebido com uma solução de iodo 2%, para evitar a entrada de infecções, o curativo deve ser repetido diariamente até que a ponta do cordão caia ou se feche.
Excreção do mecônio: Mecônio são as "fezes" produzidas e acumuladas no intestino durante a vida intra-uterina, a partir da segunda metade da gestação. A coloração vai de marrom amarelada a marrom escura. A liberação do mecônio deve ocorrer entre 4-5 horas após o parto. Se isso não ocorrer deve-se interferir, pois do contrário o filhote apresentará cólicas abdominais. Os sinais clínicos de retenção de mecônio são notados entre 6-12 horas após o parto, e incluem a redução da freqüência de mamadas, dor ao defecar, cauda erguida, decúbito dorsal e inquietação.
Amamentação: O leite da mãe é o alimento essencial aos recém-nascidos, tanto em quantidade, quanto em composição. O reflexo de sucção do filhote começa a partir da manutenção do filhote em pé, o que demora em torno de uma hora. O colostro (primeiro leite) é o primeiro alimento do neonato tanto do ponto de vista nutricional quanto imunológico. A dose recomendada é de 1 a 2 litros divididos em mamadas de hora em hora com a quantidade de 150 ml. A ingestão do colostro deve ocorrer até 12 horas após o nascimento. No caso de animais prematuros, órfãos ou rejeitados pela égua o recém-nascido deve receber anticorpos do colostro de outro animal. O ideal é que na propriedade se mantenha um banco de colostro para eventuais problemas. O volume de colostro retirado da égua/jumenta para formar o banco de colostro pode variar de 150-200 ml. A quantidade de leite "artificial" deve ser aproximadamente 10% do peso vivo do animal, devendo ser oferecido a cada 2 horas em mamadeiras ou baldes.
Texto adaptado. Fonte: Empório do Criador. Autores: Dr. Alexandre M. Alves e Dra. Daiane C. Neves
domingo, 3 de abril de 2011
O Jumento e o Camelo
Além do transporte de carga, o jumento tem outra coisa em comum com os camelos…
- Tolera 25% de perda de água, como um camelo
- Mas perde água 3x mais rápido
- Tem que beber água a cada 4 dias
- A temperatura corporal também flutua diariamente, mas não tanto quanto a do camelo
- Recupera a perda de água rapidamente. Pode beber o que perdeu de água em 2 minutos (camelos levam 10)
sábado, 2 de abril de 2011
AS MARCHAS - REFERÊNCIAS EMPÍRICAS E CIENTÍFICAS
A SEPARAÇÃO ENTRE OS TIPOS DE MARCHA
REFERÊNCIAS EMPÍRICAS E CIENTÍFICAS SOBRE AS MARCHAS
COMPARAÇÃO ENTRE OS DIVERSOS ANDAMENTOS DOS EQÜÍDEOS
A marcha é o andamento natural de média velocidade no qual o animal não perde o contato com solo durante a passada. Ela está situada entre o trote e a andadura.
A marcha clássica é o andamento que apresenta oito apoios em uma passada completa, sendo quatro apoios triplos, intercalados sucessivamente por apoios diagonais e laterais.
Se considerarmos que o animal quadrúpede pode apresentar 15 tipos de apoios diferentes e uma suspensão completa (ausência total de apoios), vemos que as marchas podem ter inúmeras variedades, com a combinação desses 15 apoios agrupados em 4,5,6, 7 e 8 tipos de apoios, durante uma passada completa.
Os tipos de apoio possíveis são:
- 4 apoios triplos, sendo dois com os anteriores apoiados e dois com os posteriores apoiados.
- 2 apoios diagonais.
- 2 apoios laterais.
- 4 apoios simples (monopedais).
- 1 apoio duplo de anteriores.
- 1 apoio duplo de posteriores.
- 1 apoio quádruplo.
Desta forma, as marchas podem ser completas quando apresentam a seqüência típica e natural de 8 apoios sendo 4 apoios triplos, intercalados por apoios diagonais(2) e laterais(2).
As demais marchas são consideradas incompletas porque podem ter apoios triplos, substituídos por outros tipos indesejáveis à marcha completa (monos duplos e quádruplos). Isto acontece tanto nos tipos de marcha de apoios diagonais predominantes como, também, em marchas de apoios laterais predominantes, como as marchas picadas desequilibradas (guinilhas).
Com as pesquisas de análise da locomoção em mais de 1000 eqüídeos, verificando os diagramas de andamento (Gait Spectrum) produzidos pelo sistema Analoc-E, construímos a planilha da Fig. 01, relacionando os nomes técnicos e populares dos diversos tipos de andamentos do animal – do trote até a andadura,com a faixa de variação dos principais parâmetros biomecânicos da locomoção.
Os diversos tipos ou variedades de marcha, designados por caracteres alfanuméricos - D1, D2, D3 e L1, L2, L3, L4 - usados, empiricamente por algumas associações, foram relacionados aos parâmetros biomecânicos exatos de cada tipo de marcha, para esclarecer e tentar criar uma linguagem comum, evitando as interpretações de criadores e técnicos, muitas vezes contraditórias ou equivocadas.
Considerações e discussão:
1 - A denominação de “marcha diagonal, trotada ou transicional - D3” corresponde a uma marcha diagonal incompleta de apoios laterais nulos ou inferiores a 10% do tempo de apoio diagonal, CL = 0 até 0,1. Na prática são apoios laterais nulos ou de 3 a 5%(média). Apoios triplos inferiores a 10%. A reação é áspera, para o cavaleiro, no plano vertical.É um andamento a 2 tempos devido à dissociação dos bípedes diagonais (< 30ms) inferior a 5% e semelhante à dissociação no trote.
2 – A denominação “marcha diagonal - D2” corresponde a uma marcha batida completa, CL = 0,1 até 0,5, com apoios laterais de 15% e diagonais de 45%(média). Apoios triplos superiores a 10%. A reação é macia no plano vertical.
3 – A denominação “marcha diagonal – D1” corresponde a uma marcha batida completa, CL = 0,5 até 0,8, com apoios laterais de 25% e diagonais de 42%(média). Apoios triplos equivalentes a 30% (média). A reação é macia no plano vertical.
4 – A denominação “marcha de centro – 0 ”corresponde a uma marcha intermediária de CL= 0,8 até 1,05, com apoios laterais e diagonais equivalentes da ordem de 40%. Apoios triplos equivalentes a 20% (média). A reação é suave e macia no plano vertical.
5 – A denominação “marcha lateral – L1” corresponde a uma marcha picada completa de CL= 1,05 até 1,5, com apoios laterais de 45% e diagonais de 35%(média). Apoios triplos equivalentes a 25%(média). A reação é macia no plano vertical.
6 – A denominação “marcha lateral – L2” corresponde a uma marcha picada completa de CL= 1,5 até 5, com apoios laterais de 50% e diagonais de 30%(média). Apoios triplos equivalentes a 20%(média). A reação é macia no plano vertical e sensível no plano horizontal.
7 – A denominação “marcha lateral – L3” corresponde a uma marcha picada desequilibrada incompleta, com excesso de apoios laterais (média de 70%), conhecida como guinilha. A reação é áspera e desconfortável no plano horizontal.
8 – A denominação “andadura clássica– L4” corresponde ao andamento onde o animal tem cerca de 90% do tempo de apoios em lateral, intercalados por apoios quádruplos.
No caso da andadura desunida , o animal apresenta, ainda, breves apoios monos e triplos, devido á existência de falta de sincronismo dos bípedes laterais. A reação é desconfortável (áspera) no plano horizontal.
9 –Finalmente, o trote clássico (curto ou alongado) é o andamento saltado,a 2 tempos, que apresenta cerca de 90% do tempo de apoio em diagonal, outros apoios do tipo mono (decorrente da falta de sincronismo do bípede diagonal) e dois momentos de suspensão completa entre os apoios diagonais. Reação áspera no plano vertical. A dissociação verificada na maioria dos trotes é inferior a 5% (< 30 ms) do tempo da passada, que caracteriza o trote não-sincronizado ou desunido.
10- E por último,podemos considerar a ocorrência de sobre-pegadas, ultra-pegadas ou retro-pegadas na marcha como dependentes da conformaçao do eqüídeo. A retro-pegada é constatada no trote curto e a ultra-pegada é constatada no trote alongado.Portanto, não é característica exclusiva da marcha.
Na marcha é bom que o eqüídeo as possua, mas não são condições essenciais para a ocorrência da marcha. Ela depende muito mais de estímulos cerebrais e fatores biológicos e genéticos que, em última análise, influenciam o dissincronismo do bípede diagonal.
Texto adaptado. Autor: A.P.Toledo – engenheiro, criador de eqüinos, coordenador do sistema Analoc-E e autor dos livros: Mecânica de Sustentação e Locomoção dos Eqüinos e Tecnologia Não Invasiva para a Análise da Locomoção dos Eqüídeos.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
UTILIZAÇÃO DE ALIMENTOS ALTERMATIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE EQUINOS
Os cavalos são animais que desempenham atividades sócio-econômicas importantes e a nutrição desempenha papel fundamental no sucesso da criação, condicionando programas de alimentação peculiares à sua fisiologia digestiva e objetivo da eqüinocultura.
A utilização de alimentos concentrados na alimentação de eqüinos é um dos fatores que mais onera custos de criação; desta forma, a busca de alimentos alternativos para compor rações para esta espécie, no sentido de diminuir os custos de alimentação, torna-se, atualmente, fator limitante na criação dependendo do objetivo do criador ou uso do animal. Dessa forma, a constante busca pelos nutricionistas em formular rações mais eficientes e economicamente viáveis aumenta a necessidade de pesquisas concernentes à composição química e valores energéticos dos alimentos, permitindo que os objetivos almejados na formulação de rações possam ser atendidos.
A energia presente nos alimentos é um produto resultante da transformação dos nutrientes, pelo metabolismo, sendo um dos fatores mais importantes na nutrição animal. É consenso entre os nutricionistas que a energia é um dos fatores limitantes do consumo, sendo utilizada nos mais diferentes processos, que envolvem desde a mantença, reprodução e alta performance, permitindo assim o máximo potencial produtivo.
Os cavalos são animais herbívoros que tem certa particularidade onde caracteriza a espécie como não-ruminantes de ceco-colon funcional e a criação desta espécie envolvem o conhecimento peculiar de sua estratégia digestiva, capacitada ao aproveitamento de nutrientes de alimentos alternativos.
Assim, pesquisas de avaliação de alimentos utilizam ensaios metabólicos de consumo voluntário e digestibilidade como ferramenta interpretativa, que respaldam a elaboração de estratégias nutricionais para eqüinos. Nesse sentido, os subprodutos agroindustriais como casca, resíduo de soja, casca de trigo e casca de milho, resíduos da produção agrícola e da agroindústria necessitam de estudos para serem mais bem aproveitados na alimentação dos animais domésticos, possibilitando a utilização de alimentos alternativos viáveis nutricionalmente e economicamente.
O conhecimento da fisiologia da digestão dos eqüinos é essencial para práticas nutricionais eficazes e faz – se necessário conhecer não somente como o trato digestivo funciona, mas o quão eficiente o seu funcionamento pode vir a ser, para que tenhamos êxito nas diversas atividades eqüestres, relacionadas com cada estágio fisiológico do animal ou com os objetivos do criador. Um ponto muito importante refere-se à avaliação da ingestão dos diferentes alimentos pelos animais, devido aos aspectos morfofisiológicos do trato gastrintestinal de cada espécie. Assim a caracterização dos alimentos também é fundamental para que se tenha êxito na utilização adequada dos mesmos na alimentação dos animais. No processo de caracterização dos alimentos é importante conhecê-los quanto à composição químico - bromatológica, presença de fatores anti - nutricionais ou outras características que possam limitar o uso na alimentação animal.
Neste processo de caracterização avalia-se também a capacidade que os alimentos têm em disponibilizar seus nutrientes para os processos metabólicos do organismo animal. Isto é feito, através da determinação da digestibilidade dos componentes nutricionais do alimento, ou seja, proteínas, carboidratos e lipídeos, além de vitaminas e minerais. A digestibilidade dos nutrientes nos alimentos, teoricamente, se expressa como porcentagem do nutriente que desaparece no balanço entre a ingestão e a excreção por uma determinada espécie animal. Existe uma série de fatores que podem influenciar a digestibilidade dos alimentos para eqüinos, tanto devido ao animal em função das características genéticas ou individualidade, quanto em função das características intrínsecas dos alimentos, especialmente como composição química - bromatológicas, quantidade consumida, tamanho de partícula, teor em água, quantidade de fibra e procedimentos analíticos laboratoriais, entre outros.
Atualmente, os subprodutos da agroindústria são grande fonte de interesse para pesquisadores e produtores que buscam a cada dia a maximização do desempenho animal associado a baixo custo.
Desta forma, a casca de soja possui um alto teor de fibra, sendo este altamente digestível por possuir baixo teor de amido, proporciona uma baixa taxa de fermentação e reduz os problemas de acidose nos animais, doença que pode levar ao aparecimento de outra doença a laminite. Apresenta, em sua composição, teor de PB ao redor de 11%, comparável aos fenos de gramíneas de elevada qualidade e ainda apresenta alta disponibilidade energética. Assim, a casca de soja surge como promissor alimento a ser utilizado na alimentação dos eqüinos, sendo utilizada na substituição total e parcial do milho e de fontes protéicas, assim como na subtituição de fontes de volumosos como fenos de alfafa e gramíneas devido sua característica bromatológica peculiar.
A inclusão da casca de soja em substituição ao feno de Tifton 85 aprenta valores de coeficientes de digestibilidade bons e podem ser explicados pelo alto teor de pectina contido neste alimento, constituindo a pectina um carboidrato de parede celular de alta digestibilidade quando comparado a parede celular de fenos de gramíneas.
Apesar de rico em parede celular a casca de soja, apresenta pouca lignina, teor considerável de pectina e proteína ligada à mesma, indicando que o enriquecimento em nutrientes da digesta que alcança o intestino grosso poderá melhorar o aproveitamento dos carboidratos estruturais. Os coeficientes de digestibilidade apresentaram valores que variaram de 62,48 a 82,77% para os níveis crescentes de inclusão de casca de soja. Estes valores podem ser considerados satisfatórios para estudos de digestibilidade em dietas para eqüinos. Além de não se verificaram efeitos negativos de ingestão e/ou palatabilidade no uso das rações com casca de soja, como também, não foram observados distúrbios gastrointestinais e que as dietas para eqüinos podem ser formuladas com substituição parcial e total do feno pela casca de soja sem afetar adversamente a digestibilidade da proteína bruta e alterando positivamente a digestibilidade da matéria seca, fibra bruta, fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido.
Outro subproduto utilizado é o resíduo de soja, apresenta em sua constituição, fragmentos de plantas, grãos quebrados, imaturos, atacados por insetos e/ou doenças, "ardidos", danificados por intempéries, sementes de plantas invasoras e torrões e parte da casca dos grãos de soja que se solta após a secagem dos grãos. Este resíduo vem sendo intensamente utilizado na alimentação de ruminantes, principalmente em rações para confinamento, pelos produtores ou pecuaristas das regiões produtoras de soja.
O resíduo de pré-limpeza da soja como também é conhecido apresenta: matéria seca 87%, nutrientes digestíveis totais 76%, proteína bruta 30%, fibra bruta 17,5% e extrato etéreo 10%. Observa-se que a presença de grãos de soja é de 42,20%, mostrando que se trata de um subproduto com elevado valor nutritivo. Menor umidade no momento da colheita da soja pode ocasionar maior quebra de grãos, aumentando sua porcentagem no resíduo. Alta infestação por plantas invasoras deverá produzir um resíduo com maiores porcentagens de sementes e outras partes dessas plantas.
De acordo com seus teores de proteína bruta e fibra bruta o Resíduo de Soja pode ser classificado como concentrado protéico. O teor de extrato etéreo é relativamente alto e reflete a alta porcentagem de fragmentos de grãos. O teor de cinza também é alto e provavelmente seja devido à contaminação com terra. Quanto à proteína bruta, observa-se que o resíduo de soja tem proteína de alta degradabilidade.
Dentre os ingredientes não convencionais, pode se destacar o farelo de germe de milho desengordurado como uma opção para substituir o milho. Este alimento é um subproduto da industrialização do milho para retirada do amido por via úmida. Durante o processo, o milho é umedecido para amaciar a semente e facilitar a separação do glúten, proteína e germe. Após a remoção do germe de milho, restam apenas o glúten, o amido e a casca do milho. Porem não foram encontrados estudos referente a espécie eqüina, principalmente com casca de milho este subproduto oriundo de do beneficiamento dos grãos de milho, no caso mais especifico a produção de farinha de “biju”, denominação regional para alimento de consumo humano, a retirada da película que envolve o grão também é necessária para não fazer parte constituinte do produto final. Da mesma forma como os outros subprodutos, geralmente é utilizado de forma empírica na alimentação de ruminantes na forma de resíduo de milho ou incorporado ao “misturão”, o qual trata-se de um “pool” de subprodutos e alimentos que o compõem.
A casca de trigo é um subproduto originário do beneficiamento do grão de trigo, geralmente, incluído no farelo de trigo, e este nível de inclusão determina a qualidade do farelo, pois se trata da película que envolve o grão. Sua retirada é necessária para produção de farinha de trigo convencional, de uso na alimentação humana. Desta forma, assim como o farelo de trigo, a casca de trigo, também vem se destacando como possível substituto a alimentos convencionais. Na prática de criação de eqüídeos, a alimentação tem sido responsável pela maior parte dos custos, sejam esses animais criados confinados ou extensivamente. É, pois, de fundamental importância conhecer os princípios básicos sobre os alimentos em si e seu balanceamento ao formular rações, buscando novos alimentos que tenham potencial de uso correlacionado com a espécie.
O trigo é o principal cereal produzido no mundo e, diferentemente do milho, é usado prioritariamente na alimentação humana, sendo que o seu beneficiamento gera valiosos subprodutos para os animais domésticos. Na obtenção da farinha de trigo, 28% do grão não é aproveitado, originando o farelo de trigo, um dos mais populares alimentos para o gado leiteiro, e com potencial de uso na alimentação de eqüinos fornecido, geralmente, em alimentos mais ricos em proteína. Nos moinhos o farelo e o farelinho de trigo (casca de trigo) correm em bicas separadas; entretanto, no mercado brasileiro, a rotina é o emprego dos dois, formando um produto único com o nome de farelo de trigo comercial. De modo geral, contém cerca de 16,79% de proteína bruta e 72,74% de Nutrientes digestíveis totais (NDT), constituindo boa fonte de energia para herbívoros como os ruminantes e os que apresentam ceco-cólon funcional.
O farelo de trigo é rico em fibras e seu consumo melhora a fisiologia intestinal do animal. Entretanto, seu consumo demasiado pode provocar um efeito laxante indesejável para o animal, sendo necessário conhecer bem a interação desse subproduto com os demais ingredientes da ração animal, para balanceá-la adequadamente em função do peso e da espécie consumidora.
Realizando uma avaliação dos alimentos alternativos em ensaios de metabolismo com eqüinos, encontramos valores médios dos coeficientes de digestibilidade aparente dos nutrientes de 65,87% sendo o maior coeficiente de digestibilidade obtido com a dieta contendo casca de milho com valor de 68,05%. Estes valores encontram em uma faixa aceitável, mostrando se bons valores. Para a digestibilidade da proteína bruta, o melhor valor foi observado com a dieta contendo casca de trigo cujo valor médio situou-se em 56,56%. Para a digestibilidade do extrato etéreo (gordura), o melhor valor foi observado com a dieta contendo Resíduo de soja, cujo coeficiente médio situou-se em 64,50%.
Para a digestibilidade da fibra em detergente neutro, o melhor valor foi observado com a dieta contendo casca de milho, cujo coeficiente para fração fibrosa situou-se em 84,32% e o para a dieta contendo casca de soja com valor médio de 60,62%.
Assim, estudos com subprodutos agroindústrias tem ainda mostrado se relativamente uma área pouco explorada, principalmente com a espécies eqüídeas, devido a dificuldade de encontrar materiais sobre o assunto. Existe certo receio quanto ao uso de subprodutos na alimentação de eqüinos, principalmente devido a uma “elitização” da espécie e uma idéia erronia de causarem distúrbios alimentares com cólica. Desta forma existe uma relutância quanto ao uso e uma dificuldade em utilizar. Porém, a utilização de alimentos alternativos na alimentação de animais que constituem a tropa de trabalho em fazendas de criação de gado, animais de passeio que não requerem uma alimentação não muito energética, podem ser uma alternativa de suplementação alimentar a um baixo custo.
Autores: Leonir Bueno Ribeiro e Paula Konieczniak
Fonte: http://www.cavaloscrioulos.com.br/