Desde a antiguidade, muitos milhões de muares foram produzidos havendo vários relatos da importância econômica destes animais. Na Mesopotâmia e na Assíria, não ter um jumento para montar era um sinal de pobreza. Somente os mercadores muito ricos e oficiais militares podiam possuir mulas. Na Idade Média, enquanto os cavalos eram usados pelos cavaleiros nas batalhas, as mulas eram montadas pelos senhores feudais e clero.
Na História da exploração do novo mundo, embora os eqüinos tenham sido
fundamentais para a conquista da América Espanhola, chegando a serem considerados pelos nativos como Deuses, foram os muares que transportaram as riquezas para serem enviadas para a Corte da Espanha . Em 1495, Cristóvão Colombo trouxe quatro jumentos e duas jumentas para o novo mundo, tendo sido iniciado o primeiro criatório de muares na América. Dez anos depois da conquista dos Astecas, um carregamento de 20 jumentas e três jumentos chegaram no México provenientes de Cuba para se iniciar a criação de mulas com o intuito de transporte de cargas e de gente. As mulas eram as preferidas para serem montadas, enquanto os machos eram usados para carga. Estes animais eram usados nas minas de prata e cruzavam as trilhas que uniam o império Espanhol.
Ao longo da fronteira, cada posto avançado da coroa tinha que produzir suas
próprias mulas e cada fazenda ou missão tinha que manter ao menos um jumento reprodutor.
Como o Rio da Prata era o principal canal de escoamento destas riquezas, a região dos pampas se tornou um grande produtor de mulas ainda no século XVI. As Estâncias da região dos Pampas Argentinos se firmaram como grandes produtoras de muares para o Império Espanhol e posteriormente, a partir do séc. XVII para as minas de ouro do Brasil. O caminho dos tropeiros saía da Argentina, passava por Viamão RS. , chegando à Sorocaba SP, onde os animais eram comercializados para trabalharem nas minas de ouro e diamantes de Minas Gerais.
No Brasil, os muares foram muito importantes no transporte de mercadorias e riquezas, única opção para as regiões das Minas Gerais, onde faltavam estradas e sobravam locais pedregosos e íngremes.
Fonte: Mula Parida
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