Existe um consenso que o mais provável ancestral do jumento
doméstico é o jumento selvagem africano da subespécie Nubiano.
A documentação que comprova esta história é pobre e pouco
estudada.
A origem mais remota que se conhece sobre os jumentos data de
4000 anos antes de Cristo na região de Ma'adi no baixo Egito. Os
jumentos foram o quarto animal a ser domesticado entre os animais
de produção, logo após as ovelhas, cabras e vacas que foram do-
mesticados há mais de 7000 anos.
É provável que os pastores da região Núbia foram os primeiros a
domesticar os jumentos com a finalidade de os usarem no transporte
de objetos pesados. Os asininos superavam os bovinos neste tipo de
trabalho pois não necessitavam longo tempo para ruminar os alimentos,
obedeciam facilmente ao comando do cabresto e aprendiam rapidamente a
seguir os mesmos caminhos e a rotina do trabalho.
O efeito "jumento" facilitou a movimentação destes povos que podiam
ir a procura de novos pastos para seus rebanhos. No Egito antigo, da
mesma forma que os camelos, os jumentos foram fundamentais na movimen-
tação das pessoas que viviam nos desertos.
Além de serem empregados como animais de carga, os jumentos eram usados
também como produtores de leite, carne e peles. por causa desta versatili-
dade eles foram sendo usados em diversas regiões, desde o vale do Rio Nilo
até no sudoeste da Ásia.
Nos anos de 1800 A.C. o centro de criações e comércio de jumentos
localizava-se na Mesopotamia. A cidade de Damascus, conhecida por causa
da escrita cuneiforme tornou-se o centro de atração de muitas caravanas
o que propiciou o crescimento do comércio de jumentos e o desenvolvimento
de novas raças de asininos.
Os asininos chegaram à Europa trazidos pelos comerciantes gregos
de vinhos. Na mitologia grega os jumentos estão associados aos deuses
Dionysus e Syrian, deuses do vinho. Os gregos levaram o vinho e os
jumentos para as suas colônias ao longo do mar Mediterrâneo, França,
Itália e Espanha. Os romanos também levaram os jumentos para todas as
partes do seu império.
Cristóvão Colombo na segunda viagem para as Américas levou os pri-
meiros asininos, 4 machos e 2 fêmeas, para o continente americano.
O segundo país americano a receber os jumentos vindos da Europa foi
Cuba e daí foram levados para o México.
As fêmeas do jumento são preferidas para o uso de selas e montarias,
enquanto os machos são mais usados para o transporte de cargas e de
tração. Quase todas as minas de prata no tempo da colonização do
México empregavam os jumentos como elemento central no transporte
de cargas.
Os Estados Unidos também usaram os jumentos nos trabalhos das minas
de ouro, cujo o símbolo do garimpeiro solitário puxando o jumento
pelas vastidões do oeste americano é conhecido até nos dias atuais.
A decadência dos jumentos começou com a introdução dos motores usados
em carros, camionetes, caminhões e trens que decretou quase o fim
dos jumentos como animais de transporte de cargas.
Apesar da redução de sua utilidade, os jumentos conseguiram sobreviver até
os dias de hoje. Atualmente, a criação de jumentos tem como mercado o
turismo rural onde as fazendas recreio usam estes animais em montarias e
charretes.
A mais recente utilização dos jumentos é como animais de guarda
nos rebanhos de caprinos e ovinos. Sabe-se que os jumentos são incompatí-
veis com cães e lobos, os jumentos quando mantidos sozinhos com os
ovinos trabalham muito bem como "guarda do rebanho". Quando digo soli-
tário, quero dizer que não se pode manter dois jumentos na guarda do rebanho
porque um fará companhia ao outro e eles esquecerão ga guarda do rebanho.
Como testar a incompatibilidade dos jumentos com os cães?
Ponha os dois em um pequeno cercado e veja o que acontece, por medida
humanitária forneça uma saída para a fuga do cachorro.
Caracteristicas das raças
Jumentos, zebras e mulas são diferentes da conformação dos cavalos.
As diferenças mais acentuadas estão nas orelhas longas, os pescoços são
retos, o traseiro também é de forma diferente no jumento e nos seus
híbridos, faltando na anca músclos de duplo-curva.
As costas são retas. Nos animais velhos ou nas fêmeas que reproduziram
muitos filhos há um rebaixamento do dorso. A crina e cauda do jumemto
são grossos. A crina é imóvel e ereta, coberto com pelos curtos, em-
bora às vezes vezes cresça por muito tempo e podendo ser penteada
para baixo entre as orelhas em direção aos olhos.
A forma dos cascos varia também, cascos dos jumentos são menores, mais
arredondados e eretos. Jumentos de grande porte como os Poitou ou tipos de
Andalusia apresentam características opostas, ou seja, com pernas felpudas,
pesadas enormes e pés redondos grandes. Pernas fortes e pés são essenciais
para criar mulas.
A voz do jumento é um ZURRO (aw-ee), enquanto que a voz dos cavalos é um
RINCHO. O jumento zurra, o cavalo rincha.
Embora a cor de muitos jumentos seja acinzentado, há muitas outras
cores escuras. A maioria dos burros tem listras dorsais e cruzes de ombro,
marcas escuras nas orelha, assim como manchas esbranquiçadas e anéis
nos olhos além de barriga branca. A perna com barras ("ligas" ou "listras
de zebra podem estar presentes também. Estas marcações típicas de jumentos
podem ser passadas em parte ou em total para a progênie.
Os asininos variam de tamanho desde o miniatura do Mediterrâneo (sob 36
polegadas) até Mammoth Jack Americano, enorme e elegante (14 mãos ou mais).
O jumento raro francês Poitou, caracteriza-se por sua cabeça enorme e orelhas
felpudas pode chegar a medir 14 ou 15 mãos. (Há menos que 200 pointous puro
sangue no mundo de hoje).
Classificação dos tamanhos (padrão americano):
- Miniatura: abaixo de 36 polegadas ou 90cm
- Standard pequeno: 36 a 48 polegadas
- Grande: de 45 a 56 polegas
Terminologias sobre asininos
BURRO:
termo usado comumente para todos asininos. O nome asinino
vem do latim Asinus. O nome científico para estes animais é
asinus de equus. A diferença entre burros e cavalos é uma diferença
de espécie, espécie diferente mas proximamente relacionado e capaz
de produzir híbridos a um grau.
BARDOTO:
Resultado do cruzamento o cavalo e jumenta, dá origem a um animal
diferente, o bardoto. Os híbridos são quase sempre estéreis devido
ao cavalo possuir 64 cromossomos e o jumento possui 62,
resultando em 63 cromossomos.
MULO:
Chama-se mulo o macho do resultado do cruzamento de burro com égua.
A fêmea do mesmo cruzamento é chamado mula.
Fonte: Proagri
Nenhum comentário:
Postar um comentário