Bem Vindo ao Blog do Pêga!

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Claudicação Equina – Previna

 

A prevenção da claudicação dos equinos passa pela análise visual diária, casqueamento e ferrageamento animal, ou seja, é preciso identificar a causa e eliminá-la, ou diminuí-la ao máximo. O tratamento das claudicações pode ser dividido em dois aspectos:

Sintomático – é o tratamento do primeiro momento, destinado a dar mais conforto ao animal, enquanto não se chega ao diagnóstico da causa da manqueira. Pode ser comparado a tomar analgésicos quando uma pessoa está com dor de dente – a causa da dor não é curada, mas a pessoa se sente melhor até a consulta com o dentista. No entanto, se o uso dos analgésicos continuar sem critério, o quadro vai piorar, podendo até resultar na perda do dente.

Específico – é o tratamento da causa da manqueira, até a cura da mesma ou até a melhora máxima que pode ser obtida, dependendo da condição. Ele depende de um diagnóstico, que deve ser feito por um médico veterinário especializado em equinos. Muitas vezes é necessário o uso de recursos diagnósticos complementares, tais como radiografias.

O tratamento sintomático, focado no controle da dor, é bastante genérico, enquanto que para tratamentos específicos existem tantos protocolos quanto há causas para manqueira.

Vejam alguns exemplos de patologias diagnosticáveis:

a) ossos – fraturas, fissuras, osteítes, sobreossos

b) articulações – ovas, entorses, luxações, osteófitos, calcificações, artroses, artrites

c) tendões e ligamentos – tendinites, tenossinovites, rupturas,hiperextensões

d) cascos – infecções por bactérias ou fungos, traumas, laminite, brocas, abscessos

e) músculos – miosites, rupturas, disfunções metabólicas, entre muitos outros.

Cada um exige um tratamento diferente, e por isto o acompanhamento veterinário é tão importante. Os protocolos costumam aliar diversas abordagens terapêuticas, para maximizar as probabilidades de sucesso e a rapidez da recuperação, tais como: - analgésicos; - anti-inflamatórios; - medicamentos complementares, tais como condroprotetores e estimulantes da circulação; - ferrageamento ortopédico; - manejo – repouso total (em cocheira ou piquete) ou parcial (apenas trabalho a passo, por exemplo); - tratamentos no local da lesão (por exemplo, infiltrações peri ou intra-articulares); - produtos e terapias tópicos (massagem, ligas de descanso, aplicação de frio ou de calor); - terapias complementares, tais como fisioterapia, ultrassom ou laser terapêuticos; - cirurgias em casos mais graves.

Cabe ao médico veterinário definir o melhor curso de tratamento, avaliando e readequando o mesmo conforme a evolução do caso. Dependendo do caso, pode levar meses ou anos até o cavalo voltar à ativa – por exemplo, seis meses a um ano em uma tendinite, e um a dois anos em uma laminite leve. A paciência e a colaboração do proprietário são essenciais para o sucesso. O tratamento sintomático ou analgésico quase sempre alia produtos tópicos a analgésicos ou anti-inflamatórios de uso oral ou parenteral (injetável). O uso prolongado destes últimos pode causar efeitos colaterais graves, incluindo gastrites e cólicas, além de piorar o problema original, já que ao sentir menos dor o animal estará fazendo mais força no membro afetado. Práticas como massagens, aplicação de ligas de descanso com produtos tópicos, uso de duchas frias, caneleiras de gelo, ou compressas quentes são recursos complementares valiosos. Em geral, lesões agudas (recentes) respondem melhor à aplicação de frio, enquanto problemas crônicos (antigos) podem se beneficiar do calor, aí incluindo produtos termogênicos (que provocam sensação de calor na pele).

Por Felipe Rodrigues – Escola do Cavalo http://www.escoladocavalo.com.br/categoria/artigos/

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