O consumo de carne de cavalo está aumentando, em todo o mundo e o Brasil já é o terceiro maior fornecedor desse produto para outros países.
Um Shopping da Zona Oeste de São Paulo questionou seus frequentadores, numa pesquisa de opinião, com esta pergunta “Você comeria carne de cavalo?”. É parte de uma campanha publicitária de um canal fechado de TV, que está lançando, esta semana, um programa sobre alimentos exóticos. No painel do programa, há um painel gigante que simula um forno de frangos. No lugar deles, aparece um cavalo girando no espeto.
Será destaque o mercado Ver-o-Peso, de Belém (PA) e, segundo informou o canal, a abordagem será em torno das propriedades afrodisíacas dos produtos vendidos lá.
O consumo de ervas e plantas diversas, como as da Amazônia, também será abordado no mesmo programa. “Cavalos são animais de estimação ou podem ser consumidos?”. Esta é uma das perguntas que serão feitas aos telespectadores.
Muitas vezes, constitui-se um tabu, de cunho religioso, o consumo de diferentes tipos de animais. É comum o consumo de carne de cachorro, na China, (maior em regiões do interior). Na Índia, bovinos são considerados animais sagrados e não é permitido seu consumo, enquanto o contrário acontece no Brasil.
Para os católicos, comer carne de cavalos já foi considerado um ato pecaminoso, no Brasil e em países dessa mesma tradição religiosa. Entretanto, em outros países, da Europa e da Ásia, esse hábito é comum.
Segundo alguns episódios históricos, os equinos eram consumidos em larga escala em festas pagãs, por volta dos anos 700, e por isso, a igreja teria proibido o seu consumo, só liberando este hábito, alguns anos depois.
O Brasil exporta cerca de 15 mil toneladas de carne de equinos por ano. Os principais importadores são a França, Bélgica, Itália, Rússia, Suíça e Japão. A receita média anual chega a somar US$ 35 milhões. Existem, pelo menos, cinco frigoríficos especializados, atuando neste setor. A carne equina é vendida por R25, em média.
Os cavalos, no Oriente, especialmente no Japão, estão sendo usados para fazer um tipo de sashimi exótico, o basashi, que caiu no gosto dos consumidores. Hoje, há até um sorvete sabor basashi, sendo vendido, com sucesso, naquele país.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, liberou o consumo da carne equina, proibida desde 2006. Assim, o ministério da agricultura norte-americano estima em 200 mil cabeças desses animais abatidos, ao ano, para a alimentação humana. Certamente, os mesmos importadores europeus, do Brasil, o serão, em relação aos Estados Unidos.
A farinha de ração é feita a partir do sangue e dos ossos de cavalos. Da crina se produzem pinceis. Cavalos usados em esportes são inadequados para o consumo humano.
Os cortes da carne de cavalo são semelhantes aos de carne bovina: filé mignon, alcatra, contrafilé, fraldinha, patinho, lagarto, coxão duro e coxão mole.
Fonte: Rural Pecuária
Adaptação: Escola do Cavalo
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