Bem Vindo ao Blog do Pêga!

Bem Vindo ao Blog do Pêga!

O propósito do Blog do Pêga é desenvolver e promover a raça, encorajando a sociedade entre os criadores e admiradores por meio de circulação de informações úteis.

Existe muita literatura sobre cavalos, mas poucos escrevem sobre jumentos e muares. Este é um espaço para postar artigos, informações e fotos sobre esses fantásticos animais. Estamos sempre a procura de novo material, ajude a transformar este blog na maior enciclopédia de jumentos e muares da história! Caso alguém queira colaborar com histórias, artigos, fotos, informações, etc ... entre em contato conosco: fazendasnoca@uol.com.br

terça-feira, 28 de junho de 2011

Burros e "mulas", e o Jumento é nosso irmão?

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Dentre as minhas pesquisas como estudante de Técnico em Agropecuária Orgânica pelo CTUR/UFRRJ, me deparei com ricos materiais publicados, até então todos eles seriam “ricos” em informações quando se falava dos muares, logicamente, conteúdos que falavam de suas origens, do comportamento, importância econômica e cultural, além da necessidade quase exclusiva desses animais em determinadas regiões. Material esse de pesquisas cientifica e pedagógica, todos com linguagens técnicas e simples onde se podia deparar com inúmeras informações importantes para que pudessem ser utilizadas em meus conhecimentos e de colegas estudantes, pois durante o curso, nas disciplinas “Bases da Produção” e “Grandes Animais”, sendo os eqüídeos como tema principal.


Muitas foram das informações assimiladas nestes conteúdos. Até que me deparei com publicações, que pelo seu caráter informativo seriam absurdas quando se falava do tema, tais como: “Os burros são uma fonte de energia desvalorizada em grande parte do mundo” ou “As mulas são provenientes do cruzamento da égua com o burro” (o burro é um híbrido e já mais se reproduziria), além de citações como “o burro é o meio ideal de transporte para os doentes, os velhos, as crianças debilitadas e muito pequenas”, ou ainda “Os jegues estão marchando na contramão da História”. Acredito que esses “cientistas” e estudiosos do assunto não puderam ter em suas teses a visão e o respeito com tais animais, ou simplesmente, ter em suas mãos livros como “Muares: Tema Transversal para o Ensino Médio e Técnico em Agropecuária” do Programa de Pós-graduação em Educação Agrícola da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro de Valter Barbosa de Oliveira, Professor Mestre em Educação Agrícola.


Uma visão respeitosa nos foi dado em sala de aulas, talvez tenha vindo tardiamente como fonte de pesquisa para que esses “cientistas” e estudiosos pudessem mudar e entender, a pluralidade cultural dos muares. Não fazemos aqui críticas, está além de nosso conhecimento, mais observações, para que assuntos de tal natureza não caiam como “bombas” pedagógicas ou assustem com historias da “mula-sem-cabeça” estudantes e apreciadores do tema muar e se transformem em informações nocivas ao tema abordado.
Aprendemos com o tema muar, que não só o fator econômico ao logo da historia tenha sido o ponto fundamental em nosso País, pois, além disso, aprimoramos o nosso conhecimento e visões respeitosas. Ao nos deparar com um simples cidadão que usa os muares como fonte de sobrevivência e ponto de sustentação de sua família, nos faz refletir a vida como ela é.


Em minhas pesquisas e leituras, me deparei com textos e afirmações infelizes, tais como: “Os jegues estão marchando na contramão da História”, disse Geraldo de Macedo, Secretário de Agricultura de Currais Novos, no Rio Grande do Norte (Revista Época -26 de agosto, 2002), talvez ele, não foi tão infeliz em sua afirmação, pois usou do momento oportuno, a política de atualidades.


Para o antropólogo baiano Roberto Albergaria, o motivo para o abandono do jegue é mais simbólico que econômico. “O fim do jumento é o fim do mundo agrário tradicional, com seu ritmo lento. Agora é o ritmo da moto, da cidade.” Prova disso é que acabou o tempo em que presidenciáveis que se deixavam fotografar em cima de jumentos – o então candidato Fernando Henrique Cardoso chegou a criar polêmica em 1994, ao dizer que não havia montado num jegue, e sim num cavalo, fugindo do seu conhecimento Catedrático e do simbolismo cultural dos asininos.


O oportunismo de forma inteligente possa ter sido usado em 1998 pelo saudoso Engenheiro Agrimensor Drº Itagiba de Moura Brizola e o então metalúrgico Luiz Inácio, que em 1952, escapou da miséria do sertão Pernambucano, não possam ter esquecidos de suas raízes, a ponto de ignorar o jegue nosso de cada dia, e se deixaram fotografar.


Publicado na revista Época, um artigo de Tiago Cordeiro, de Salvador diz: - Durante séculos o jegue foi o animal de estimação oficial das famílias do sertão. Era o amigo, o companheiro de trabalho, o meio de transporte capaz de buscar água no riacho próximo e voltar sozinho. O patrimônio mais valioso que um pai podia deixar para o filho. Isso acabou. Hoje é possível comprar um jumento por Cr$ 1,00 enquanto uma galinha custa sete vezes mais. O jegue está tão fora de moda que seus donos agora o esquecem na beira de alguma estrada, onde acaba causando acidentes. O desprezo pelo jumento é resultado da urbanização das cidades do interior do Nordeste. Por mais pobre que seja a família, hoje se pode comprar uma moto com apenas Cr$ 60,00 mensais. Carros aposentados nas capitais, como Caravans, Brasílias e Chevettes, são negociados por Cr$ 400,00.


Os veículos (motorizados), por piores que sejam, são mais rápidos, agüentam mais peso e não empacam (mais enguiçam). Funcionários de prefeituras são destacados em grupos para recolher os jegues sem dono que vagam pela cidade. Na caatinga, o que era uma grande vantagem virou problema. O jumento sobrevive nas situações mais difíceis. As pessoas se desfazem dele, mas ele fica vadiando pela cidade e invade as lavouras.
Os bichos capturados são levados para o interior da Paraíba, onde são vendidos a preço de banana. Outras prefeituras são menos politicamente corretas – na calada da noite enchem carretas com jegues para abandoná-los na cidade vizinha, que fará o mesmo no dia seguinte. A prefeitura de Guamaré, no Rio Grande do Norte, foi mais radical: proibiu a entrada de jumentos. Nas entradas da cidade, pôs guaritas com PMs para bloquear os quadrúpedes invasores. Nas capitais, os burros praticamente desapareceram. Em Salvador, só existem na periferia, geralmente usados por pequenas lojas de material de construção. “O pessoal compra areia ou cimento para melhorar a casa e a gente faz a entrega com ele”, explica Demetrius de Brito, dono da loja O Casarão da Construção e do jegue Algodão Doce.


Em 1967, havia 2,7 milhões de jumentos no Nordeste. Hoje, existem apenas 1,2 milhão No sertão, o preço de uma galinha poedeira é de R$ 7,00 enquanto um burro pode ser comprado por apenas R$ 1,00. Não é a primeira vez que o bicho está ameaçado. Na década de 60, sua carne passou a ser exportada para a França e o Japão, onde é bastante apreciada, e o número de animais caiu pela metade em sete anos. “Tivemos de fazer uma campanha de conscientização para evitar que eles acabassem”, reclama Fernando Viana Nobre, presidente da Associação Brasileira de Criadores do Jumento Nordestino. Mas a atual crise é pior, explica outro defensor do animal, o padre cearense Antonio Batista Vieira, de 83 anos, autor do livro O Jumento, Nosso Irmão, que inspirou até música de Luiz Gonzaga. “Antes as pessoas encontravam um jegue solto na rua e já queriam vender para o matadouro. Agora, eles ficam aí, abandonados. É muito triste.” Ele explica que os bichos já não servem nem para a exportação, porque o mercado globalizado agora compra jegues africanos, ainda mais baratos que os brasileiros.


Para defender o bicho, o padre Vieira coordena, há 30 anos, o Clube Mundial dos Jumentos, que já recebeu apoio até da atriz e ecologista francesa Brigitte Bardot. “A situação é triste porque tudo o que existe neste Nordeste foi feito no lombo do jumento”, ecoa Viana. O poeta popular Patativa do Assaré homenageou o companheiro eqüídeo no poema “Meu Caro Jumento”. Em Santana do Ipanema, em Alagoas, a estátua de um jumento na entrada da cidade homenageia o bicho que buscou água no poço local antes da chegada das bombas d'água. Em Panelas, em Pernambuco, faz um festival que inclui corrida de jegues e uma cerimônia na qual o animal vencedor é coroado Rei da Cidade, fecha o artigo.


Não podemos aqui discutir ou modificar comportamentos culturais, econômicos e nem tão pouco contestar publicações cientificas e jornalísticas, não temos esse poder, podemos sim, é transmitir a verdadeira visão que os ensinamentos possam contribuir, sobretudo com o tema muar, independente de sua regionalidade.


Portanto, encantado com a diversidade do assunto e os ensinamentos, contribuirei também com as peculiaridades e curiosidades sobre diversos temas, como por exemplo, conhecer o jumento apicultor.

Autor: João Felix Vieira – Rio de Janeiro

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Alimentação dos Reprodutores

 

Necessidades Energéticas

     As necessidades do reprodutor em manutenção são as mesmas para qualquer animal nesta condição.

      As necessidades energéticas do reprodutor em período de monta são superestimadas pelos criadores, para os quais, um estado corpóreo um pouco acima do normal, é sinal de força, de saúde e orgulho para si próprio. Portanto, a obesidade ou robustez excessiva compromete, inicialmente, a longevidade do reprodutor, pois o excesso de peso fatiga as articulações, favorece a artrose e dificulta o salto, além de tornar um animal já agitado, mais nervoso para se manejar.

     Em período de estação de monta, a função reprodutora é relativamente pouco exigente em Energia, sendo cerca de 30% acima da manutenção, semelhante a um animal em trabalho leve, mas é necessário um excelente equilíbrio alimentar.

      Sobretudo, há comprometimento da fertilidade. Ocorre diminuição do nível hormonal e da libido (por fixação dos hormônios sexuais com o tecido adiposo – gorduroso).

     Inversamente, o emagrecimento afeta certos reprodutores muito nervosos, que perdem o apetite. É necessário oferecer alimentação concentrada e variar o regime alimentar para se manter um bom estado corpóreo, vigoroso e fecundo.

      O fornecimento de ácidos graxos essenciais é importante para a fertilidade. Devemos ressaltar aqui a utilidade dos produtos como milho, aveia, germes de trigo, soja, sempre presentes em produtos concentrados balanceados.

     Necessidades Protéicas

      Os aportes protéicos ultrapassam um pouco as necessidades de manutenção, em cerca de 20%, para ativar a produção das glândulas sexuais. Mas os excessos são particularmente prejudiciais, pois elevam a reabsorção intestinal de aminas (composto tóxico formado a partir da quebra de proteínas), podendo contribuir para alterar o vigor e a sobrevida dos espermatozóides.

      Uma complementação mineral é necessária para se evitar carências de fósforo, zinco, manganês, cobre, iodo e selênio, que são importantes para a fertilidade e que, normalmente, podem ser deficientes nas forragens.

     Necessidades Vitamínicas

      A suplementação vitamínica consiste, em primeiro lugar, em Vitamina A que garante a integridade do epitélio germinal.

      A Vitamina E é de igual interesse para a fertilidade pela proteção anti-oxidante dos ácidos graxos essenciais e da Vitamina A.

      O restante do complexo vitamínico é essencial para o bom equilíbrio do organismo do reprodutor.

    Arraçoamento Prático dos Reprodutores

     O arraçoamento prático dos reprodutores prioriza o equilíbrio alimentar, prevenindo-se a superalimentação.

     As necessidades do animal variam de 1,5 %, em manutenção, a 2,3% , em estação de monta intensa, de matéria seca em relação a seu peso, isto é, para um animal de 400 kg deve varias de 6 a 9,2 kg de matéria seca por dia, com as quantidades de energia e proteína adequadas, além do sal mineral específico e água fresca e limpa à vontade.

      Particularmente o feno de alfafa, que expõe o animal a excessos protéicos e a aveia, quando em excesso, desequilibra a ração e favorece a produção de sêmen diluído e pouco fértil.

      Fora do período de monta, um regime de manutenção é suficiente, através do fornecimento de capim ou feno de qualidade, uma suplementação mineral e, eventualmente, o fornecimento de concentrado, pode ser necessário para se manter um estado corpóreo satisfatório.

      No período de monta, uma suplementação extra com concentrado (ração) se faz necessário para complementar as necessidades energéticas, dependendo da freqüência dos saltos e do estado corpóreo do animal.

      A complementação protéica é, em média, semelhante àquelas de animais em trabalho médio, cerca de 11 a 12% de proteína bruta.

      Uma preocupação constante deve ser a qualidade destas proteínas oferecidas (alimentos com teores adequados de lisina e metionina), além de se manter um equilíbrio alimentar adequado, através de suplementação extra de vitaminas e minerais sempre que necessário.

Texto adaptado. Autor: André Cintra. Fonte: Cavalo Criolo Website

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ferração

 

Na rotina do tratamento do seu animal não deve esquecer-se dos cuidados a ter com os cascos, pois são essências para mantê-lo saudável. Desde os seus primeiros anos o animal deve ser inspeccionado por um ferrador de 6 em 6 semanas, mesmo que seja somente para aparar os cascos. Em caso de o animal precisar de usar ferraduras, para tornar o trabalho mais confortável, estas também deverão ser tiradas num período de 6 semanas para que os cascos sejam aparados.

O dono  deve limpar os cascos pelo menos um vez por dia e verifica-los assim como as ferraduras para, se necessário contactar o ferrador. Deve também saber retirar uma ferradura solta para agir em casos de emergência, deve fazê-lo do seguinte modo:

► Levantar o casco e, utilizando um saca-rebites, cortar as pontas dos cravos que estão dobradas para fora;

► Usar a turquês para separar a ferradura do casco, começando do talão (atrás) para a pinça (frente);

► Agarrar a ferradura a frente e arrancá-la com a turquês puxando para trás.

Métodos de Ferração:

O animal pode ser ferrado de dois modos: a frio ou a quente. Na ferração a frio a medida das ferraduras é a mesma da do casco, podendo o ferrador fazer alguns acertos na sua forma. Apesar destas ferraduras não ficarem tão perfeitas como as acertadas a quente, um animal bem ferrado a frio fica melhor servido do que um mal ferrado a quente. Na ferração a quente a ferradura, previamente aquecida é encostada ao casco; as desigualdades do corte do casco que necessitam ser corrigidas antes de colocada a ferradura são reveladas pela área chamuscada. Esta parte do casco pode ser queimada e pregada sem que o animal se magoe pois não possui nervos.

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Tipos de Ferraduras:

O material geralmente utilizado nas ferraduras é o aço, no entanto podem ser feitas de outros matérias: de alumínio (usadas em animais de corrida dado que são mais leves); de plástico aderente (para animais que não suportam os cravos). Existem também ferraduras ortopédicas ou cirúrgicas utilizadas em casos de laminite e de doença do navicular.

As ferraduras de metal são mantidas no lugar por placas triangulares – os arpões. Nas ferraduras das mãos é utilizado um único arpão no meio à frente; as dos pés têm dois nos quartos. Os arpões dos quartos evitam que a ferradura se desloque para os lados, permitindo que o ferrador corte mais o casco à frente e recue um pouco a ferradura no casco; isto evita que o animal bata com o pé na mão do mesmo lado.

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Pitons ou Rompões:

Os pitons são colocados nas ferraduras para dar uma maior aderência. São enroscados em buracos que são feitos nos talões das ferraduras podendo ter várias formas: em bico para um piso duro e, para piso mole forma quadrada. Quando o animal não está  a trabalhar, os pitons devem ser retirados e os orifícios devem ser preenchidos com um tampão próprio ou com algodão.

Texto adaptado. Fonte: Tudo sobre cavalos

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Você Sabia?

Você sabia que a China é o país que possui o maior número de jumentos?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

terça-feira, 7 de junho de 2011

10 IDÉIAS PARA FERRADURAS USADAS

 

Reciclar, utilizar materiais usados é uma prática comum em centros eqüestres. A você que está começando agora, aqui vão 10 idéias para o aproveitamento das ferraduras retiradas de seus animais:

     • Limpadores de casco - peça a seu ferrador que fabrique a partir de ferraduras usadas, colocando-as na forja e modelando no formato de limpadores;

     • Ganchos para cabeçadas – o mesmo ferrador pode entortar as ferraduras usadas transformando-as em ganchos para sua selaria;

     • Cabides de agasalhos – para ficar na secretaria ou nos locais de convívio das pessoas do seu local;

     • Tirador de botas – através da solda das ferraduras consegue-se modelar tiradores de botas. Seu ferrador, se experiente em forja, com certeza conseguirá fazer.

     • Enfeites de piso – enfeite o piso do escritório, da lanchonete assentando ferraduras e até formando palavras com elas no chão.

     • Tiradores de barro – fazendo uma moldura de ferraduras, e depois soldando ferraduras esticadas na forja você tem um ótimo raspado de barro que fica na sola dos sapatos das pessoas. Você pode colocar este raspador na porta do escritório, na entrada da lanchonete e em locais onde o as pessoas circulam;

     • Portão – novamente soldando, desta vez com um serralheiro experiente, você pode montar um portão inteiro de ferraduras, partindo de uma armação de ferro que sustente as ferraduras soldadas;

     • Pé de mesinhas e apoios para caixas – as ferraduras servirão como nos pés dos cavalos – apoiando pequenas caixas de escova ou até mesinhas;

     • Ganchos para selas em provas – com uma corda de feno e uma ferradura se tem um ótimo ganho de sela, onde você enrosca a sela pela corda e prende pela ferradura na própria corda.

     • Peso de mesa – limpando, lustrando e mantendo a ferradura lustrada você tem um excelente peso para guardanapos, papeis e afins.

     Estas são pequenas e simples idéias que podem ser criadas a partir de ferraduras usadas. Assim como com as ferraduras, você pode criar materiais a partir de outras fontes como crinas, pedaços de couro, bridões e freios!

Autor: Aluisio Marins

Fonte: Cavalo Criolo Website

segunda-feira, 6 de junho de 2011

SUPLEMENTAÇAO MINERAL

 

Além do sal mineral que deve ser oferecido sob qualquer circunstância ao animal, o cavalo pode ter a necessidade de alguns elementos minerais conforme as circunstâncias.

      Temos que tomar alguns cuidados aos oferecermos uma suplementação mineral ao animal, pois temos que oferecê-la em equilíbrio, jamais um único elemento mineral (exceto em casos de patologias específicas).

      Cálcio (Ca) e Fósforo (P)

      A suplementação adequada de cálcio e fósforo é importante para se obter uma perfeita integridade do esqueleto, um bom desenvolvimento ósseo, sólido e resistente às trações musculares.

      O equilíbrio no fornecimento de cálcio e fósforo é muito importante para se prevenir o aparecimento de afecções ósseas, como a osteofibrose ou hiperparatireoidismo nutricional secundária ("cara inchada").

      Relação Ca/P: Entre 1,5 a 2,5 partes de cálcio para 1,0 parte de fósforo (1,5:1,0 a 2,5 :1,0).

      Cloreto de Sódio (NaCl)

      As necessidades diárias em manutenção são facilmente cobertas pelas rações comuns do mercado, mas em situações especiais, onde há exigências diferenciadas, sobretudo em clima quente, uma suplementação extra se torna imprescindível para impedir o aparecimento de sinais de fadiga e queda de resistência.

      Uma carência crônica se manifesta por uma alteração do apetite e pelo aparecimento da "pica" (propensão a ingerir qualquer coisa: urina, terra, madeira, etc.), por rugosidade da pele e, eventualmente por redução da velocidade de crescimento ou da secreção Láctea e por uma predisposição a acidentes musculares agudos.

      Magnésio (Mg)

      O Magnésio é chamado de sedativo do sistema nervoso, tanto central (como o cálcio), como periférico (oposto ao cálcio). Suas necessidades são aumentadas com dietas hiperprotéicas e hiperenergéticas.

      Em animais nervosos ou irritados, ou submetidos a estresse contínuo, um tratamento, por período definido, com um suplemento rico em magnésio, tem um efeito benéfico para o animal. Não deve ser oferecido ininterruptamente, mas por período breves.

      Potássio (K)

      O Potássio, assim como o sódio, está ligado à excitabilidade muscular.

     O excesso de potássio é muito perigoso; ele induz a uma grande fadiga muscular e pode levar a problemas cardíacos. Devemos tomar muito cuidado com uma alimentação muito rica em melaço, pois este é rico em potássio.

      Ferro (Fe)

      Fator Antianêmico.

      É muito comum alguns proprietários de cavalos de esporte aplicarem ferro injetável aos animais, pretendendo aumentar a capacidade esportiva do animal. Esta prática, além de não aumentar a performance do animal, prejudica a absorção de zinco e cobre, em detrimento da solidez óssea, prejudica a produção de hemoglobina e a elasticidade dos tendões.

      O aumento da taxa sangüínea de ferro acelera a utilização da vitamina E e predispõe a lesões musculares. Carência Rara.

      Cobre (Cu)

      É um fator antianêmico, participa do desenvolvimento ósseo, prevenção de osteocondrose, elaboração de camadas córneas. Risco de Carência Elevado.

      Zinco (Zn)

      Ligado à ossificação, integridade dos tegumentos (pele e camadas córneas, juntamente com o cobre, Vitamina A e Biotina) e imunidade. Risco de Carência Elevado.

      Manganês (Mn)

      É indispensável à fertilidade e ao desenvolvimento ósseo. Carência: Rara.

      Cobalto (Co)

      Está ligado na composição da vitamina B12 (cianocobalamina).

      Ele permite sua síntese pela microflora no aparelho digestivo. Carência: Rara.

      Selênio (Se)

      Antioxidante do Organismo (com Vit.E).

      Juntamente com a Vitamina E, o selênio protege as células, mais particularmente:

      - glóbulos vermelhos: reduz o risco de hemólise;

      - capilares: previne as microhemorragias e edemas;

      - músculos: contribui para evitar a degeneração muscular

      Carência: mediana.

      Iodo (I)

      Ligado à síntese de T3 e T4 (hormônios tireoideanos), à reprodução e ossificação.

      Sua carência leva ao bócio (hipertrofia da tireóide) e ao hipotireoidismo.

      Carência: mediana.

      MINERAIS QUELATOS

      Também são chamados de minerais orgânicos, minerais quelatados ou mineral aminoácido quelato. São minerais ligados a um aminoácido e que possuem maior capacidade de serem absorvidos pelo organismo.

      Podem ser de três tipos:

      1. Mineral Aminoácido Quelato: quando uma molécula de mineral está ligada a um aminoácido específico. É de fácil assimilação pelo organismo.

      2. Mineral Aminoácido Complexo: (específico e inespecífico) quando uma molécula de mineral está ligada a um aminoácido complexo. É menos absorvida que o anterior.

      3. Mineral Proteinato: quando uma molécula mineral está ligada a um complexo polipeptídico.

      É a menos absorvida dos três tipos.

      A diferença entre os três tipos está no peso molecular, na constante de estabilidade das ligações e nos aminoácidos utilizados.

      Os minerais quelatados possuem as vantagens de serem melhor biodisponíveis (até 90% de absorção, contra 10 a 20% dos minerais inorgânicos), sem interferirem na absorção de outros nutrientes, sem possuírem efeitos colaterais, nem causarem dopping.

      O simples fato de um mineral ser quelatado (ou quelado) não significa que ele é superior aos outros. Como exemplo temos o cálcio quelado por oxalato (presente em alguns tipos de capim). Este complexo quelatado não é absorvido pelo organismo. Quando vamos utilizar um mineral quelatado, devemos conhecer sua procedência, para saber se é ou não absorvido pelo organismo.

Autor: André Cintra

Fonte: Cavalo Criolo Website

sábado, 4 de junho de 2011

Sinais Vitais

 

Pulsação

O coração do cavalo bate entre 35 a 40 vezes por minuto. Em exercício, a pulsação pode mesmo chegar aos 180 batimentos por minuto. Mas em repouso, se o cavalo apresentar consecutivamente mais de 60 batimentos por minutos, é sinal de que está demasiado agitado ou em stress. Menos de 30 batimentos por minuto, ou pulsação demasiado tênue, podem indicar que o coração do cavalo não está a bombear sangue suficiente. O sítio de mais fácil acesso para verificar a pulsação é na parte de baixo da cabeça, perto do maxilar.

Temperatura

O mercúrio nos termômetros sobe normalmente até aos 38ºC num cavalo. A subida de uma grau centígrado não deve ser desvalorizada. Um cavalo com 40ºC encontra-se com febre e numa situação preocupante. Contudo, lembre-se que um cavalo após o exercício terá o corpo mais quente. O clima também influencia a temperatura do cavalo e nos dias quentes, o mercúrio pode subir um pouco mais.

Respiração

Em média um cavalo respira entre 8 a 12 vezes por minuto, sendo que depois do exercício pode chegar a inspirar e expirar 16 vezes. Para observar a respiração do cavalo, pode estar a tento ao movimento das narinas ou da barriga. Uma outra forma é auscultando a zona da traqueia. A duração das inspirações deve ser igual das expirações. Em situações comuns, a respiração do cavalo deve ser imperceptível.

Observações regulares

A melhor forma de manter a saúde do cavalo “debaixo de olho” é aproveitar os cuidados diários que tem de ter na manutenção do animal para verificar se existe alguma alteração em relação ao estado normal.

Alimentação

A alimentação dos cavalos não deve apenas ser controlada por questões de peso. A falta de apetite é um sintoma de doença relevante e fácil de reconhecer. O cavalo deve pastar, quando é libertado no terreno verde. Na hora das refeições, o cavalo deve comer a quantidade normal de comida que lhe é dada e no mesmo intervalo de tempo.

Pêlo

O cavalo deve ter o pêlo brilhante e a pele com elasticidade. Ao escovar o cavalo, examine a qualidade do pêlo: certifique-se de que não há peladas, de que os fios crescem por igual e que o pêlo se mantém junto ao corpo.

O cavalo nunca deve estar suado, exceptuando quando acaba o exercício (nestas situações deve ser exercitado levemente; nunca ponha um cavalo suado na box). Transpiração e pêlo molhado sem razão aparente são motivo para uma visita do veterinário.

Fezes e urina

A altura de limpar o estábulo é uma boa oportunidade para analisar as fezes e urina dos cavalos. As fezes devem ser sólidas e húmidas. A quantidade varia com o indivíduo, mas qualquer desvio do normal é facilmente perceptível. A urina deve ter uma cor amarelada. Se apresentar uma tonalidade escura, deve chamar o veterinário. Verifique também a quantidade de água ingerida pelo cavalo. Água em excesso ou em menor quantidade do que a necessária são prejudiciais à saúde do animal.

Postura

O cavalo acusa a maioria dos seus problemas através da sua postura. Deslize regularmente as mãos pelo corpo do cavalo e verifique se os flancos não estão demasiado contraídos.

As ferraduras devem estar desgastadas uniformemente e o cavalo não deve mostrar relutância em apoiar os membros no chão.

Comportamentos

O cavalo não deve ter movimentos descontrolados, mas também não deve permanecer imóvel. Entre alguns comportamentos que indicam doença estão o balancear de um lado para o outro e tentar cabecear o estômago.

Olhos

Os olhos dos cavalos são vivos e sempre alerta. Se o animal tiver os olhos inchados, revirar os olhos ou se apresentar um olhar mortiço, a saúde do animal pode estar comprometida.

Secreções dos olhos ou nariz

Os cavalos costumam ter alguma secreção sobretudo do nariz, geralmente após esforço físico. Conhecendo a quantidade normalmente produzida por cada indivíduo, sempre que reparar em secreções em excesso ou secreções de cor amarela, chame o veterinário.

Agitação

Pulsação e respiração acelerada podem ser sinónimo de stress ou desconforto. Para além de afectar o estado mental dos animais, o stress enfraquece o sistema imonulógico, contribuindo para a baixa de defesas em relação a vírus, por exemplo.

Letargia

O cavalo não é um predador, mas sim presa, e está por isso naturalmente atento a tudo o que se passa em seu redor. Num cavalo, a apatia é um sinal de doença.

Caroços

Pequenos altos sob a pele podem indicar a existência de tumores e devem ser observados por um veterinário o mais rapidamente possível.

Coxear

Se desconfia de que o cavalo está com algum problema nas patas e não nota nada de diferente a passo, dê uma volta ao picadeiro a trote. Qualquer dor será posta à vista nesta altura.

autor: Top2000

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Cabeçadas e Embocaduras

 

As cabeçadas são feitas de tiras de couro que são colocadas na cabeça do animal e servem para segurar a embocadura – ferro usado na boca dos cavalos – de onde saem as rédeas. As embocaduras podem ser dos cinco tipos seguintes:

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Bridão (snaffle)

Tem vários tipos de fins, mas são mais usadas nos desportos hípicos. É leve e articulada no centro, pressionando os cantos da boca;

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Bridão de Roller (Snaffle de Roletes), que impede que o animal "tome o freio dos dentes"


Freio(bit)

É utilizado em animais de boca mais dura, pois é mais forte e possui hastes laterais com comprimento variável, fazendo mais pressão quanto maior for as hastes, formando uma alavanca mais forte com a barbela; obriga a montaria a baixar a cabeça pois actua sobre o palatino;

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Freio dito Hunloko ou globo-chook, é usado com rédias simples


Pelham

Reúne as funções do freio e do bridão; é utilizada com quatro rédeas actuando as duas inferiores como freio e as duas superiores como bridão, formando com a barbela uma alavanca;

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Tipo de Pelham que tem um bocado macio, de vulcanite (ebonite), usa-se com quatro rédias e barbela.


Dupla Embocadura

Usa-se simultaneamente com o bridão e com o freio e com quatro rédeas. É utilizado principalmente no adestramento;

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Bridão, (Snaffle) do tipo Magenis, com roletes no bocado para maior controle.


Hack More

Actua fora da boca do animal fazendo pressão no nariz; é de metal e forma uma alavanca ligada a barbela. O controle do animal deve ser equilibrado sem movimentos bruscos, pois é um sistema potencialmente severo. É usado principalmente no Oeste Americano

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Bridão com barras faciais fixam a posição do bocado na boca do animal; as "chaves" o encorajam a salivar.

Fonte: Tudo sobre cavalos

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Muar Marchador

 

Muar marchador - Animal que não perde o chão. Com isso ele não sacode tanto e o muladeiro / tropeiro faz um percurso muito mais agradável.