Primeiro movimento - O tropeiro
Se fundamenta no intermezzo orquestral e nas intervenções do grande coro, seguindo-se a narração que introduzirá a história, tornando o elenco e a platéia personagens desse tempo.
Toca, berrante, toca
Óia que a tropa chegou
Toca, berrante, toca
Que o Brasil aqui entrou
O tropeiro meu irmão
Pelas terras do Brasil
Vai, vai, vai, vai
Não tem tempo pra pensar
No amor que ele deixou
Vai, vai, vai, vai
Ai morena d'olhos grandes
Não se esqueça de mim, não
Ai, mineira, gauchita
Pra você volto logo
Trago já meu coração
Segue lá meu companheiro
Seu destino é o sertão
Vai, vai, vai, vai
Anda logo, meu tropeiro
Seu destino é a solidão
Toca, berrante, toca
Óia que a tropa chegou
Toca, berrante, toca
Que o Brasil aqui entrou
O tropeiro meu irmão...
Descansa, tropeiro amigo
Seu amor longe está
Descansa, tropeiro amigo
Que o dia vai raiar
Descansa, tropeiro amigo
Trabalho não vai faltar!
Segundo movimento - A feira
O segundo movimento (Rebentou a Feira!) é um momento de festa e celebração, que marca a chegada das tropas. Modas de viola, danças típicas gaúchas, o Canto Tropeiro e um momento de introspecção e religiosidade com a interpretação de Romaria, de Renato Teixeira, marcam esta parte da apresentação, quando, novamente, a orquestra se apresenta tocando a melodia Rancheira.
Para este movimento, as apresentações ficam por conta de artistas convidados, sendo:
- Grupo de Violeiros para a execução de modas de viola;
- Centro de Tradições Gaúchas para a apresentação de canto e danças típicas gaúchas;
- Cantora de ópera para a apresentação de uma obra clássica.
Terceiro movimento - O silêncio do tropeiro
O terceiro movimento destaca no texto dois momentos importantes da história, que foram a febre amarela e a chegada do trem. A tragicidade da situação é intensificada na forma como são narrados, cantados e musicados esses momentos. Ele marca o fim do tropeirismo e nesse momento, a orquestra e coral se manifestam buscando fazer ressurgir esse tempo. Num final apoteótico, se rendem à lembrança deste passado sofrido e celebra a fibra da gente que fez de suas vidas o berço de uma nação valorosa.
- Hoje o berrante está calado
- já não toca, não, meu senhor
- Veio a marcha do progresso
- Deixou o cavalo-vapor.
- Volta, velho tropeiro
- Solta o berrante no ar
- Quero ouvir de novo o tropé
- Nos campos voltar a cantar
- -Segura a égua madrinha
- -Óia a xucra,
- -Ô, ô, ô, ô arreada
- -Óia a xucra
- Araçoiaba, Iperó, Sarapuí
- Jurupará, Vossoroca, Itanguá
- Volta, velho tropeiro
- Solta o berrante no ar
- Em Sorocaba vim arreios compras
- Selas, rendas, facões
- Vim fandango e cavalhada dançar
- Berrante, volta a cantar
- Volta, velho tropeiro
- Leva a tropa pra contar
- Volta, velho tropeiro
- Solta o berrante no ar
Fonte: “Sinfonia Tropeira” (música de autoria de Pedro Cameron e letra de Carlos C. Costa), desenvolvida em três movimentos: “O Tropeiro”, “A Feira” e “O Silêncio do Tropeiro”. (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinfonia_Tropeira)
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