Bem Vindo ao Blog do Pêga!

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O propósito do Blog do Pêga é desenvolver e promover a raça, encorajando a sociedade entre os criadores e admiradores por meio de circulação de informações úteis.

Existe muita literatura sobre cavalos, mas poucos escrevem sobre jumentos e muares. Este é um espaço para postar artigos, informações e fotos sobre esses fantásticos animais. Estamos sempre a procura de novo material, ajude a transformar este blog na maior enciclopédia de jumentos e muares da história! Caso alguém queira colaborar com histórias, artigos, fotos, informações, etc ... entre em contato conosco: fazendasnoca@uol.com.br

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Vocabulário de Tropeirismo

Açoiteira – ponta de rédea com a qual o peão açoita o muar.

Alqueire – medida agrária (24.200 metros quadrados em São Paulo).

Apear – descer do animal.

Arção – peça arqueada do arreio.

Arreio – é como os peões designam, generalizando, o seridote, o lombinho, etc.

Badana ou Baldrana – manta de couro lavrado, que se coloca sobre o arreio, acima do pelego.

Bago – testículo.

Baio – pelagem do cavalo ou burro que se caracteriza pela cor amarela dos pêlos.

Barbela – cordel que prende o chapéu ao queixo.

Barbicacho – embocadura de correia de couro macio, que circunda os dentes incisivos inferiores num espaço chamado barra e a mandíbula dos cavalos e burros.

Berrante – espécie de buzina, feito com um ou mais chifres, acoplados, utilizado para “chamar” a boiada.

Bicheira - ferida dos animais.

Boi – quadrúpede ruminante, dotado de casco bi-partidos.

Braça – Antiga unidade de cumprimento equivalente a 2,2 m, muito utilizada pelos peões.

Bragado – animal com manchas brancas na barriga e nas pernas.

Bridão – embocadura para animais constando de duas peças de ferro articuladas, menos enérgico que freio.

Broca – doença dos cascos.

Bruaca – meia de couro cru, para transporte de utensílios de uma comitiva.

Buçal ou Buça – cabresto rústico e reforçado de couro cru, usado par doma de burros.

Burro – hibrido infértil resultante do acasalamento da égua com jumento.

Cabeçada – peça de couro dos arreios que se passa pela cabeça dos animais, completada pelo freio ou bridão e rédeas.

Cabresto – cabeçada de couro cru em correia ou torcido, ligado por aros metálicos, que se coloca na cabeça do burro ou cavalo, para conduzí-lo ou amarrá-lo.

Canecão – Cincerro maior do peitoral da mula que transporta a carga.

Cargueiro – burro ou mula com cangalha, um par de bruacas e utensílios.

Carona – manta de couro que se coloca sob o arreio.

Carro de boi – veículo de rodas, puxado por juntas de bois, destinado a transportar carga, distinguem-se as rodas, o eixo, a mesa e o cabeçalho.

Coador – saco de pano utilizado para coar café.

Comitiva – grupo de peões de boiadeiro, encarregados de transportar boiadas, é constituída de capataz, ponteiro, meeiros, chaveiros, culatreiro e o cozinheiro.

Couro ou Ligal – peça de couro cru que cobria a cangalha e sua carga.

Coxonilho – manta de tecido de algodão ou estopa guarnecida por retalhos de várias cores, que substitui o pelego.

Domador – peão amansador.

Embornal – saco duplo de pano com alça.

Enervar – esticar o couro com taquara.

Esteio – Escora de madeira.

Forno – construção de barro utilizado para cozer pão, assar carne, etc.

Freio – embocadura metálica recurvada.

Garrote – bovino jovem com idade de sete meses a dois anos.

Garrotilho – doença do burro, cavalo, semelhante a um resfriado.

Guaiaca – cinto largo de couro, dotado de bolsas para guardar dinheiro, relógio e uma espécie de coldre para arma.

Guampa – chifre trabalhado para servir de copo.

Guasca – tira de couro cru.

Guaxo – animal amamentado artificialmente com leite de outro animal que não da mãe.

Guieiro – que liga os bois na condição do carro.

Ilhapa ou Lapa – parte mais grossa do laço, também conhecida por afogador, cuja extremidade prende-se à argola.

Inteiro – burro ou cavalo que não foi castrado.

Jacá – cesto sem tampa, tecido através do cruzamento de tiras duplas de taquara.

Laço – corda trançada normalmente com quatro tentos (tiras de couro) e compreende quatro partes: - argola, ilhapa, corpo de laço e a presilha. Seu comprimento varia entre dez ou doze braças.

Látego – Correia de couro cru, que prende a barrigueira.

Lombilho – arreio próprio para doma.

Loro – correia dupla que sustenta o estribo.

Machinho – é um tufo de pêlos existente na parte posterior dos membros do cavalo, entre a canela e a quartela, cobrindo uma excrescência córnea (esporão).

Madrinha – égua ou mula que serve de guia de uma tropa de muares.

Maneador – correia de couro cru, com quatro centímetros de largura e oito braças de comprimento.

Maneia – correia utilizada para pear cavalos.

Mangueira – curral de gado.

Matungo – cavalo velho, manso.

Mula – fêmea do burro.

Pacuera – barrigada.

Palanque – moirão de madeira fincado no chão ao qual se prende o animal pelo cabresto.

Parelheiro – cavalo de corrida.

Pealar – laçar o animal pelos membros.

Peão – condutor de boiadas, amansador de burros.

Pelego – pele de carneiro curtida que se coloca sobre o arreio.

Pele de rato – pelagem cinzenta dos muares, com a crina, a cauda e as extremidades pretas e uma lista preta sobre a coluna vertebral (lista de burro).

Pisadura – ferimento no lombo dos animais.

Petiço – cavalo pequeno.

Picaço – cavalo preto com a cara (frente aberta) e os pés brancos.

Ponteiro – peão que segue à frente da boiada, tocando o berrante.

Redomão – burro recém domado.

Relho ou reio – chicote de trança comprida que termina em tala.

Retranca – correia de couro que cincunda o traseiro do animal de carga.

Serigote – espécie de lombinho.

Sino – cincerrro.

Sola – couro bem curtido.

Trote – andar saltado do cavalo, no qual os membros se movimentam por bípedes diagonais, havendo um momento de suspensão sem nenhum contato com o solo.

Xucro – animal bravio.

Zaino – pelagem castanha escura mais ou menos tapada dos cavalos.

Fonte: Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapeva

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