Bem Vindo ao Blog do Pêga!

Bem Vindo ao Blog do Pêga!

O propósito do Blog do Pêga é desenvolver e promover a raça, encorajando a sociedade entre os criadores e admiradores por meio de circulação de informações úteis.

Existe muita literatura sobre cavalos, mas poucos escrevem sobre jumentos e muares. Este é um espaço para postar artigos, informações e fotos sobre esses fantásticos animais. Estamos sempre a procura de novo material, ajude a transformar este blog na maior enciclopédia de jumentos e muares da história! Caso alguém queira colaborar com histórias, artigos, fotos, informações, etc ... entre em contato conosco: fazendasnoca@uol.com.br

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Que tal tomar leite de jumenta?

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Segundo uma nova pesquisa, o leite de jumenta, bebido em tempos vitorianos, contém menos gordura e é mais nutritivo que o leite de vaca. Também é uma proteção natural para o coração, pois contém ômega 3 e seis ácidos graxos, similares ao óleo de peixe, que reduzem o colesterol.

O estudo italiano comparou o efeito do leite de jumenta em relação ao leite de vaca na dieta e na saúde. Os pesquisadores descobriram que ambos dão a mesma quantidade de energia, mas o de jumenta causa menos ganho de peso, pois levanta o metabolismo.

Adicione mais vantagens: como também é muito mais próximo do leite humano (porque sua composição também é pobre em proteínas), poderia ser dado a crianças alérgicas aos produtos lácteos normais (crianças que são alérgicas às proteínas do leite de vaca). Além disso, ele possui altos níveis de cálcio, que fortifica os ossos.

Em experimentos, os ratos que receberam o leite de jumenta também apresentaram menores níveis de triglicérides, gorduras insalubres que afetam o coração, e menos estresse no sistema metabólico.

Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que ele podia ser melhor do que o leite semidesnatado, de soja ou fórmula infantil, especialmente em crianças pequenas, já que contém altos níveis de cálcio para os ossos.

Fonte: http://hypescience.com/

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Estilista de Jumento

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Dia do trabalhador- e para representar este dia, nada mais justo do que o jumentinho!

Festa pra lá de engraçada que acontece hoje  aqui pertinho, na cidade de Panelas-Agreste de PE. Será o 39º Festival de jericos de Panelas. Hoje, os Jericos são figuras importantes da tradicional festa da cidade,mas houve tempo em que a matança era demais.

O evento foi criado em 1973 com o objetivo de chamar a atenção das autoridades para a matança indiscriminada do animal, e se transformou em um dos festejos mais esperados do ano no Nordeste.

E o que não pode faltar é o estilista dos jumentinhos. Eles criam verdadeiras obras de arte nas confecções de roupas e adereços para os jumentos que disputam a passarela no concurso de fantasia. vale tudo pra ver o jumento ser campeão.

O tema deste ano será “Quem é Rei nunca perde a Majestade”, onde o grande anfitrião da festa, o jerico, será coroado.

O estilista de jumento procura enfeitar o bixo com modelitos da moda. Acho que esse ano teremos casamento real  e até uma Dilma jumentinha...vale tudo pra se vencer o primeiro lugar.

No Jericódromo,que é a passarela da apoteose onde os jericos desfilam, tem fantasia para tudo o que é gosto. E a platéia comparece pra prestigiar e coroar o jerico mais bonito.

Fonte: http://www.vivamaisviva.com/

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Antônio Vieira garantia: o jumento é nosso irmão

 

Ele nunca foi o grande malandro da praça. Trabalha, trabalha de graça. Ou trabalhava. Ao contrário do saltimbanco criado por Chico Buarque, que largou a lida para ser músico, o jumento nordestino foi mesmo é para a panela. Padre Antônio Vieira – não o dos Sermões, mas o homônimo do interior cearense, escritor nascido em Várzea Alegre –, denunciou o descaso em seu livro O Jumento, Nosso Irmão, de 1964.


Segundo Vieira, os animais estavam sendo substituídos por bicicletas, motos e carros. Abandonados, eram mortos e sua carne, servida em açougues. Começou ali uma campanha que envolveu intelectuais, artistas e autoridades, e culminou com a fundação do Clube Mundial do Jumento.


Zé Clementino, Patativa do Assaré e Luiz Gonzaga adotaram a causa. Gonzagão gravou até música: É verdade, meu senhor / Essa estória do sertão / Padre Vieira falou / Que o jumento é nosso irmão.


O padre ministrava cursos em que ensinava como tratar o animal. No final, entregava diploma: “Até ontem você foi um burro, mas a partir de hoje será um jumento”. A campanha deu resultado. A população de jumentos aumentou, foram criadas festas e até legislação específica.


Mas o tratamento privilegiado não durou muito. Em 2003, ano da morte do padre, jumentos recolhidos nas estradas de Quixeramobim, no Ceará, foram enterrados vivos.


Um ano depois, outros viraram mortadela em um frigorífico financiado pelo Estado. Hoje quase não há mais jumentos no sertão. Em seu lugar, uma infinidade de motos, compradas em até 72 parcelas por consórcio.

Autor: Mariana Albanese

domingo, 28 de agosto de 2011

OS TROPEIROS E O CAMINHO DAS TROPAS

 

No início da colonização do território gaúcho, por volta do fim do século XVII, com a fundação de uma comunidade no litoral de Santa Catarina, fez-se necessária uma personagem que tivesse coragem e perseverança para desbravar o território do pampa que mal era nomeado. Essas pessoas notáveis e seus cavalos ajudaram a converter uma terra sem fronteiras, selvagem e hostil na região hoje chamada de Pampas Gaúchos.

      Desafiando a região, montado em seu pequeno e notável cavalo, ou carregando suas mulas através do Prata, até São Paulo e Minas Gerais, o tropeiro, como ficou conhecido, marcou sua trilha o conhecido Caminho das Tropas e ganhou significância histórica em comparação a outras rotas, por ter sido o primeiro e mais importante, ao longo do qual se fundaram diversas cidades e difundiu a cultura gaúcha através do Estado, bem como o destaque ao Cavalo Crioulo. Existem mais de 120 municípios e povoados gaúchos gerados pelo acampamento das tropas de cavaleiros.

      As tropas sobreviveram até meados dos anos 50, quando finalmente foram deixadas de lado e tornadas obsoletas pela utilização de caminhões boiadeiros.

      Ainda hoje, encontramos descendentes dos antigos tropeiros ao longo da rota das tropas, que recebem o visitante sempre munido do inseparável chimarrão e onde não se consegue sair sem conhecer os seus notáveis cavalos, descendentes daqueles primeiros que desbravaram a rota das Tropas ao longo dos anos.

Autor: Deanna Buono

Fonte: Cavalo Criolo Website

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Dicas de combate ao carrapato

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Fêmea de Boophilus microplus. É o famoso "caroço de feijão", é um carrapato de bovinos, mas também infesta os cavalos. Esta fêmea, cheia de sangue e grávida, cai na pastagem e põe milhares de ovos que vão originar mais carrapatos.

Estamos em pleno  inverno e aqui no centro-oeste temos um período de estiagem, conhecido como "seca".

Aqui em Brasília costumamos ficar sem chuvas por volta de 4 a 5 meses. E é justamente nesta época que os carrapatos não dão trégua.

Percebi que tem muita gente reclamando dos carrapatos neste ano, e resolvi fazer um pequeno post prático para ajudar a combater o carrapato no cavalo.

Os vermífugos orais à base de "moxidectina"(Equest) prometem combater o carrapato também. Devido ao elevado custo do produto, vale a pena para quem tem poucos animais.

Indica-se repetir a vermifugação a cada 3 meses (intervalos de 90 dias)

Os vilões:

Amblyoma cajennense - Carrapato do cavalo/ Carrapato Estrela

É o famoso "micuim" em estágio larval. Adulto, ele prefere a cavidade auricular dos cavalos, ou seja, é o famoso carrapato de orelha.Se não combatido, ele destrói a cartilagem do ouvido e o cavalo fica com aquele aspecto de orelha caída - troncho. Na minha opinião, o melhor produto para combater este parasita é o pó carrapaticida (Tanidil, Tanicid, etc) que pode ser facilmente encontrado nas lojas agropecuárias. Cuidado ao colocar o produto no ouvido, muitos animais não gostam, podem estacar e causar acidentes, peça ajudar para poder fazer o procedimento. Nesta época é importante inspecionar os animais e as orelhas semanalmente.

Pessoalmente eu não retiro os pelos das orelhas. Na minha opinião, se eles estão lá é porque desempenham uma função de proteção. Somente eu recomendo retirar os pelos para apresentar o animal em exposições, caso contrário, não justifica.

Boophilos microplus -

É o carrapato do bovino. Quando o cavalo usa um piquete ou um pasto onde tenha ou já teve presença de bovinos, é comum o animal se contaminar com as larvas presentes no pasto. Se for possível, evite pastos contaminados ou deixar o cavalo junto com bovinos. Este carrapato prefere se hospedar nas regiões mais quentes do corpo do animal como axilas, virilha, crinas, cauda e região perianal (ânus).

Aqui no caso o proprietário terá que fazer uma pulverização com produto específico para equinos. Recomendamos os princípios ativos Deltametrina ou Cipermetrina (nomes genêricos).

Atenção: Jamais use o princípio ativo AMITRAZ em cavalos. Apesar de ser muito bom para combater o carrapato em bovinos, este produto é extremamente tóxico para cavalos, provocando paralisia de intestino delgado, cólica e morte.

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Fazendo a Mistura:

1- Respeite a orientação do fabricante.

Nunca faça uma mistura fraca demais, pois além de não combater o carrapato, vai deixar a próxima geração de carrapatos mais resistente. Se fizer a mistura forte demais, pode causar a intoxicação de potros, animais magros e debilitados, pode causar até a morte.

2- Faça a contenção física dos animais de forma adequada. Alguns animais podem se assustar com o pulverizador e estacar. Converse com eles e acalme-os. Gritar e bater só vai piorar as coisas. Os animais podem associar o pulverizador à agressões e depois ficará mais difícil  manter o manejo. Se for possível, faça a pulverização nas horas mais frescas do dia, de manhã cedo ou à tardezinha. Evite pulverizar animais muito jovens, doentes e fracos. Só se estiverem muito infestados com o parasita.

3- Não use produtos vencidos;

4- Use roupa e proteção apropriada, com luvas, macacão ou capa e óculos;

5- Oriente adequadamente o seu funcionário e inspecione pessoalmente a mistura e as pulverizações. Muitas pessoas do meio rural não sabem ler e não avisam por vergonha. Se possível, faça você mesmo a mistura e demonstre como quer borrifar os animais;

6- Nunca jogue água ou o produto com carrapaticida nos ouvidos do cavalo. Para combater o carrapato nas orelhas, somente o produto seco é indicado. Pulverize o corpo todo do animal, dando preferência às partes internas, cauda, crina, pescoço e virilha;

7- Evite receber animais com carrapatos na sua propriedade, ou se possível, deixe-os de "quarentena", isolados dos demais, até que o combate do carrapato neste animal tenha acontecido com sucesso. Assim, vc evita que o carrapato se prolifere mais ainda na sua propriedade.

8 - Evite pastos contaminados. Se possível, isole os pastos com muito parasitas, assim as larvas vão ficar sem hospedeiros e vão morrer. Se possível, faça rodízio de pastagens, isole os mais contaminados e evite misturar bovinos com equinos.

9 - Inspecione os animais semanalmente. Pontos isolados de carrapatos no corpo dos animais podem ser combatidos com o pó carrapaticida facilmente. Nunca se esqueça de inspecionar as orelhas e por debaixo da cauda.

10- Caso o animal demonstre tristeza, apatia, falta de apetite, febre, edemas na barriga ou no prepúcio (no caso de machos), queda de performance, etc, seu animal pode estar com a Babesiose (nutaliose, tristeza parasitária).

O carrapato transmite um hemoparasita, que destrói as células sanguíneas. Chame um Médico Veterinário para poder fazer um tratamento adequado.

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Exemplar de Amblyoma cajennense. O carrapato estrela é o que mais afeta os cavalos e o homem também.

Fonte: http://dianawalkiria.blogspot.com

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

TABELA DE VACINAÇÃO DE EQÜINOS

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Aos interessados, (e todos deveria estar...!) segue abaixo uma tabela simples de vacinação de equinos, com as principais vacinas a serem aplicadas, e as mais comuns. Todos os animais devem ser vacinados, e esta tabela pode ser um referencial importante. Imprima e coloque-a no quadro e avisos do seu centro eqüestre!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

REGISTROS DE MACHOS LIVRO ABERTO

 

A ABCJ VAI FECHAR O LIVRO DOS MACHOS NO FINAL DO ANO. ENTÃO GOSTARIAMOS DE LEMBRAR A TODOS QUE OS REGISTROS DE MACHOS EM LIVRO ABERTO (COM IDADE PARA REGISTRO DEFINITIVO E QUE POSSUAM NO MINÍMO DE 75 PONTOS NA AVALIAÇÃO FEITA PELO TÉCNICO) SÓ PODERÃO SER FEITOS ATÉ 31/12/2011.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

"Jumento-zebra" nasce em zoológico da Geórgia

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Uma “jumento-zebra” – caso raro de cruzamento entre uma zebra macho e um jumento fêmea – nasceu em 21 de julho (2010) em um zoológico da Geórgia e está atraindo visitantes de diversos países.

Batizada de “Pippi Longstocking” em homenagem à personagem criada pela escritora sueca Astrid Lindgren, a “jumento-zebra” filhote tem pernas listradas como o pai, “Zeke”, e o corpo marrom como a mãe, “Sarah”.

“Jumento-zebras são extremamente raros e estamos muito animados com o nascimento dela”, afirma nota da Reserva de Vida Selvagem “Chestatee”, localizada próximo à cidade de Dahlonega, na Geórgia. “Mãe e filhote passam bem e estão em exibição em uma espaçosa área de pastagem”.

C. W. Wathen, dono do parque, contou à rede americana CNN que turistas de países como França e Reino Unido estão chegando para conhecer o animal. “As pessoas que chegam aqui não conseguem acreditar no que encontram”, afirmou.

Segundo o veterinário da reserva, Ben Benson, os animais ali dividem o mesmo pasto há anos, mas esta é a primeira vez que se tem notícia deste tipo de cruzamento.

“Nunca pensamos que teríamos uma jumento-zebra", conta Warthen. "Eu acho que isso vem pra mostrar que tudo é possível”.

Fonte: UOL*Com informações da rede CNN

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Jumentos no Peru

 

Sempre ouvi falar muito que no Peru as pessoas usavam as llamas para levar cargas, mas acabei de vir de lá e vi muito mais jumentos que llamas. Num momento inusitado consegui tirar uma foto das duas espécies pastando juntas…

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O que me surpreendeu é que a maioria dos jumentos que vi lá são menores que os nossos jumentos nordestinos.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Laminite ou “Aguamento” – Pododermatite Asséptica Difusa

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Postura típica da Laminite - O animal projeta o peso do corpo para o posterior e anda com relutância

 

Com certeza a Laminite é uma Emergência Veterinária. A doença é muito conhecida por esse apelido popular, o “aguamento”.

É horrível quando a gente não sabe nada sobre o assunto.

Ficou marcada na minha vida uma situação inusitada:

Meu pai havia comprado um cavalo para mim quando eu tinha 14 anos (tenho o cavalo até hoje). Quando o compramos, ele ficava no Parque de Exposições da Granja do Torto.

Até aí tudo bem.

O problema, é que as festas agropecuárias se aproximavam e o diretor da ACP(Associação dos Criadores do Planalto) que administravam o Parque na época, mandou tirar todos os animais. E eu não tinha nenhuma fazenda ou local para levá-lo.

Mas as ordens eram de evacuar o parque.

Acabei levando-o para casa, que tinha um quintal razoável. Minha mãe ficou histérica, é claro.

Mas eu nunca havia cuidado de um cavalo na vida, em casa não tinha baia e o cavalo estava acostumado a dormir na baia. Então o cavalo acabou ficando sem comer direito por vários dias e eu fiquei muito preocupada.

Anos depois, entendi que era um hábito dele ficar sem se alimentar direito quando sofre uma mudança (ele deve ser canceriano como eu, detestamos mudar de casa).

Eu tinha 15 anos na época, estava começando a aprender a montar e ninguém da minha família conhecia nada sobre cavalos.

Então, não sei de onde minha mãe tirou a idéia de consultar um “entendido”, para ver o que estava acontecendo com o cavalo.

O “entendido” entrou no jardim de casa onde se encontrou comigo segurando o cavalo e com minha mãe, que tagarelava sem parar. Eu nunca havia visto aquele homem.

Ele não perguntou nada. Simplesmente se aproximou do cavalo, segurou em um dos boletos da mão e se afastou em seguida.

Soltou uma única frase:

-Esse cavalo está “aguado”.

Do jeito que entrou no jardim, ele saiu imediatamente, nem dando chances para um diálogo. Entrou no carro que estava estacionado na frente de casa e desapareceu.

Nunca mais o vimos.

E fiquei eu parada olhando para o cavalo sem entender patavina.

Olhei para minha mãe e quando tentei perguntar algo, ela ficara sem graça com a história toda, entrou em casa e desapareceu.

Tentei repetir o que aquele homem “entendido” havia feito e apalpei os boletos do cavalo. Mas não percebi nada de diferente. E eu também não sabia do que se tratava aquela palavra afinal. Infelizmente na época do ocorrido não havia internet, e eu não pude consultar o que significava “aguamento”.

Alguns dias depois, o stress do cavalo passou e ele voltou a se alimentar direito.

No final, o cavalo ficou tão à vontade em casa, que enfiava a cabeça pela porta do quintal e observava o movimento da casa. Batia no cachorro e comia a comida dele entre outras coisas.

Mas aquela frase, e claro, aquele “exame” nos boletos ficou na minha cabeça e somente se esclareceu quando cursei Medicina Veterinária. E aí descobri, que além de enganado, o suposto “entendido’ não entendia absolutamente nada de aguamento/laminite.

Um dos motivos da existência deste Blog , é justamente esclarecer às pessoas leigas como eu fui um dia, essas situações inusitadas que surgem no dia a dia. Sem conhecimento, somos obrigados a nos entender com “entendidos”, que no final não entendem de nada e quem sai prejudicado é o cavalo.

Vamos lá!!

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Os vasos sanguíneos que alimentam a região do casco são muito fininhos. Com o distúrbio metabólico, a circulação perférica fica comprometida.

O que é a Laminite/ Pododermatite Asséptica Difusa

É um processo inflamatório que afeta o tecido “laminar” da região interna dos cascos.

Dificilmente atinge apenas uma “mão” ou “pé”. A laminite pode ocorrer apenas nas “mãos” ou nos quatro locomotores. Nunca ouvi falar em laminite que atingisse apenas os dois posteriores.

A laminite é uma afecção metabólica, ou seja, ela geralmente é causada por algum distúrbio metabólico do cavalo, conseqüentemente levando o animal ao quadro de laminite/aguamento.

Por alguma razão metabólica, as plaquetas sanguíneas se aglomeram e dificultam a circulação sanguínea periférica.

Na região podal (dos pés) dos cavalos, os microvasos sanguíneos têm a circulação comprometida, causando dor, calor e aumento do pulso sanguíneo. Conseqüentemente provocando a típica postura do cavalo “aguado”, onde o animal projeta o corpo para trás, evitando colocar peso sobre as mãos e caminha “palpando”, como se estivesse caminhando sobre ovos.

Sintomas:

O cavalo pode passa horas deitado e levanta com relutância. Anda com dificuldade e evita colocar o peso nos anteriores.

A laminite nos anteriores é mais comum. Quando a laminite é muito grave e atinge os quatro cascos, o animal evita se levantar e pode permanecer muito tempo deitado.

O “pulso” é sentido na região dos boletos. Quando a circulação periférica está comprometida, os vasos sanguíneos da região trabalham com mais dificuldade. Assim, o pulso fica evidente nos estágios iniciais da laminite , bem como a temperatura do casco, que aumenta.

Em algums casos, os cascos podem supurar, ou seja, o casqueador ou naturalmente pode se abrir fístulas na sola do casco de onde vaza material purulento, no caso de laminites crônicas.

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O cavalo com laminite fica muito tempo deitado, emagrece, e precisa de uma baia confortável e atendimento veterinário 24 horas do dia.

Conseqüências:

Quanto mais tempo o animal permanece sem atendimento veterinário, maiores serão as conseqüências. Descolamento de casco, decúbito prolongado com escaras pelo corpo, manqueiras persistentes e até o óbito em casos graves. A famosa “rotação de 3ª falange” é quando em casos avançados, acontece a rotação do osso podal em direção à sola do casco.

Pode-se fazer o acompanhamento por radiografias e tentar diminuir seus efeitos com casqueamento corretivo e ferraduras especiais.

Principais causas da Laminite:

Alimentar:

Excesso de ingestão de grãos, como por exemplo, o milho.

É um erro muito comum, na roça o milho é o principal alimento de galinhas, porcos e gado. Mas no caso do cavalo deve-se usar com extrema cautela.

Para evitar problemas use sempre uma ração balanceada e adequada para cavalos, de boa qualidade. Armazene com cuidado. Rações mofadas podem causar cólicas, intoxicações e laminite.

Nunca “batize” ou faça misturas que podem causar intoxicações ou deficiências nutricionais. Consulte um Médico Veterinário em caso de dúvidas.

Cuidado com o famoso “rolão de milho”.

Cólicas muito graves, ou onde o atendimento veterinário demorou demais para ser feito, pode causar desidratação e autointoxicação grave no organismo, causando a laminite conseqüentemente.

Palha de milho “verde”: Aqui em casa, plantamos o milho para consumo da espiga verde.

Dou a “palhada verde” in natura SEM AS ESPIGAS para os animais, e nunca tive problemas. Pode-se picá-las em moedor e oferecer imediatamente para evitar que fermente e azede, causando cólicas. Mas sempre se lembre de tirar as espigas!!!

Infecciosas:

Éguas que abortam e ficam com retenção de placenta, ou seja, a placenta fica “presa” e “não se limpa” podem desenvolver a doença. Não se sabe ao certo a razão.

Quando o aborto, ou o parto causar uma retenção de placenta, já é motivo para chamar o Médico Veterinário e tomar medidas preventivas.

Mecânica

Muito comum também.

Acontece quando um cavalo é submetido à um trabalho pesado, onde ele não tem treinamento ou habito.

Exemplo, pegar um cavalo “parado” e fazê-lo galopar uns 30 km em apenas um dia. Ele vai amanhecer “travado” e poderá desenvolver a laminite.

Cavalos submetidos a trabalho “desferrados”, podem ficar estropiados , com a sola do casco muito sensível e podem desenvolver a doença também.

IMPORTANTE: Lembre-se que como nós, o animal para trabalhar bem precisa de uma rotina moderada de exercícios.

Ferrageamento adequado, alimentação adequada, aquecimento e progressão de treinamento é o mínimo para evitar que o animal manque, se estropie ou “trave”.

Não cometa “amadorismo”. Procure um profissional para obter informações adequadas.

Evite “entendidos”.

Mistas:

Doenças graves como pneumonias, infecções graves, intoxicações, podem causar distúrbio metabólico e conseqüentemente desenvolver a laminite.

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A radiografia dos cascos é um aliado para acompanhas as sequelas da laminite.

Tratamento:

Quanto mais rápido o Médico Veterinário for chamado, mais chances de evitar que a laminite evolua e tenha seqüelas graves.

É um tratamento caro e a recuperação depende de fatores como tempo de demora de atendimento médico, estágio da laminite, gravidade do caso e biotipo do animal.

Animais mais rústicos conseguem resistir e superar as difíceis fases de tratamento da doença.

Animais de raça mais delicados, sofrem mais e podem até vir à óbito.

Além de medicação pesada, o animal deverá permanecer em uma baia com muita “cama” macia, usar ferraduras especiais indicadas pelo Veterinário e deverá ter acompanhamento radiológico.

Ainda assim, não se pode prever as conseqüências da doença para com o animal.

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Radiografia mostra a "rotação de 3ª falange", consequência da laminite. Em alguns casos, pode acontecer até perfuração da sola do casco.

Fonte: http://dianawalkiria.blogspot.com/