Bem Vindo ao Blog do Pêga!

Bem Vindo ao Blog do Pêga!

O propósito do Blog do Pêga é desenvolver e promover a raça, encorajando a sociedade entre os criadores e admiradores por meio de circulação de informações úteis.

Existe muita literatura sobre cavalos, mas poucos escrevem sobre jumentos e muares. Este é um espaço para postar artigos, informações e fotos sobre esses fantásticos animais. Estamos sempre a procura de novo material, ajude a transformar este blog na maior enciclopédia de jumentos e muares da história! Caso alguém queira colaborar com histórias, artigos, fotos, informações, etc ... entre em contato conosco: fazendasnoca@uol.com.br

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Impacto da Cólica: Fatores de Risco em Jumentos

 

Enquanto algumas das diferenças entre jumentos e seus primos os cavalos  são óbvias, outros necessitam de uma pequena pesquisa para se descobrir. Pesquisadores veterinários da Universidade de Liverpool, Reino Unido, realizaram uma análise retrospectiva sobre a taxa e a epidemiologia do impacto causado pela cólica em 4.569 jumentos para investigar fatores de risco específicos para a espécie.

"Embora pesquisas tenham identificado fatores de risco para cólica em eqüinos, pouco é conhecido sobre a incidência da doença, ou fatores de risco específicos em jumentos que diferem em muitos aspectos dos outros eqüídeos, em por exemplo, fisiologia, comportamento e gestão", disse a pesquisadora Ruth Cox, BSc, MSc, PhD.

Os pesquisadores examinaram registros de jumentos, que foram catalogados em um banco de dados por mais de cinco anos e que incluiam 807 episódios de cólicas em 694 jumentos. O risco de mortalidade nesta população foi elevada, com 412 animais sacrificados ou morrendo por causa da cólica.

Os jumentos estavam aos cuidados e custódia do The Donkey Sanctuary, uma instituição de caridade no sudoeste do Reino Unido que passou a abrigar mais de 12.000 indesejados, jumentos resgatado, ou doentes desde 1969.

Alguns dos fatores de risco comuns entre este estudo e estudos anteriores com cavalos inclui idade (jumentos nesta população tinham uma idade média de 25,2), alimentação extra de concentrados, e episódios de cólica anterior. Animais com doenças dentárias pre-dispostos à obstrução intestinal, e um padrão sazonal, com aumento dos casos no outono também foi documentada.

Os pesquisadores descobriram problemas músculo-esqueléticos também podem ser correlacionados com um maior risco para cólica em jumentos. Esta ligação é raramente mencionado na literatura científica, e os pesquisadores observaram que poderia ser causado pela dificuldade que os animais afetados têm ao acesso à água e pasto consistente, ou outras mudanças abruptas de sua gestão, tais como ser colocado em repouso na baia. Os pesquisadores continuam a investigar esta ligação.

Os episódios de cólica registrados duraram mais tempo em jumentos, com a duração média relatada de 5,2 dias, enquanto um episódio em um cavalo raramente ultrapassa 12 horas. Os pesquisadores observaram que também pode ser mais difícil de diagnosticar cólicas em jumentos do que em cavalos. Como jumentos mostram poucos sinais evidentes de dor abdominal, a impactação pode não ser identificada até que o animal esteja em fase terminal.

"Esperamos que isso nos dê uma visão mais profunda e compreensão dos riscos na população de jumentos", Cox disse. "No longo prazo, esperamos que as estratégias de intervenção possam ser introduzidos no Santuário para reduzir a incidência da doença."

O estudo, que foi financiado pelo Donkey Sanctuary, foi publicado em BMC Veterinary Research em Fevereiro, 2007. Os pesquisadores incluiam Cox, Christopher J. Proudman MA, Vet MB, PhD, Cert EO, FRCVS, Andrew F. Trawford BVSc, MSc, MRCVS, Faith Burden BSc PhD, e Gina L. Pinchbeck BVSc, CertES, PhD, DipECVPH, MRCVS.

Por Erin Ryder, The Horse

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Pelagem dos Muares

 

Os muares possuem uma grande variedade de cores, um pouco inferior à dos equinos cavalares, com algumas particularidades. As pelagens pelo de rato e ruã, faixa crucial, listra de burro e zebruras, só aparecem nos muares e asininos, sendo herança destes últimos.

Aqui no Brasil as pelagens mais comuns são pelo de rato, castanha, ruã, baia, alazã, preta, lobuna, branca, persa, apalusa e pampa, com todas as suas variedades. A pelagem ruça em muares era frequente até a primeira metáde do século XX, daí pra cá tem se tornado rara, devido a ausência quase total de asininos reprodutores de pelagem clara.

A cor da pelagem do muar sofre influência do tipo de pelagem dos seus genitores. Nos muares as combinações de cores vivas são mais difíceis de serem transmitidas, sendo mais comuns as cores chamadas tapadas, como pelo de rato. Há jumentos que possuem prepotência hereditária; se a eguada for de cor padronizada, vai transmitir o mesmo padrão de pelagem para os muares ao longo dos anos.

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Fonte: Origem Histórica do Jumento Domestico, Nelmar Alves Araújo

quinta-feira, 21 de julho de 2011

MUAR

 

As facilidades de transporte e seu elevado grau de mecanização vêm tornando cada vez menos necessários os serviços dos muares. Houve época, no entanto, em que eles eram criados em tal quantidade no Brasil que, no século XVIII, o rei de Portugal proibiu sua procriação, pois esta diminuía a de cavalos, dos quais precisavam as tropas lusas na África.


Muar é todo animal pertencente à raça dos mulos, produto híbrido do cruzamento entre asininos (Equus asinus) e eqüinos (Equus caballus). Quando o jumento fecunda a égua, o macho resultante desse cruzamento é denominado burro, mulo ou mu, e a fêmea, besta ou mula. Se a jumenta for fecundada pelo garanhão, o que é raro, o macho é denominado bardoto ou asneiro, e a fêmea, bardota ou asneira.


Os muares machos são sempre estéreis, mas as fêmeas podem eventualmente ser fecundadas por garanhões ou jumentos. Costumam ser castrados os burros indóceis, de perigoso manejo. No Brasil, Argentina, Estados Unidos, Espanha e França criam-se muares de excelente qualidade. Com orelhas grandes, crina eriçada e cauda sem pêlos na base, os muares assemelham-se aos jumentos e têm, como estes, risca dorsal, faixa por entre as espáduas e patas manchadas. Animais de tração por excelência, são usados para montaria, apesar de teimosos, na América, no sul da Europa e no norte da África.


Supõe-se que os primeiros muares apareceram em terras da Mesopotâmia. A mais antiga referência a eles data de 2800 a.C. Sabe-se também que os muares foram muito usados pelos romanos. No Brasil colonial, desempenharam papel importante para garantir a expansão das fronteiras nacionais, nas entradas do colonizador pelos sertões. A agricultura de então precisava de muares para o transporte da produção. Os animais eram criados nos pampas e na caatinga, e os comerciantes os compravam no Rio Grande do Sul ou os roubavam no Uruguai e na Argentina, então domínios espanhóis. Na atualidade, há muares em todos os estados do Brasil. Os que se originam de cruzamento entre o jumento brasileiro e a égua mangalarga ou campolina são os preferidos para os trabalhos rurais, por seu grande porte e resistência às longas caminhadas.

Fonte: Bio Mania

terça-feira, 19 de julho de 2011

Seminario “Pérolas de Sabedoria”– Parte 2

 

Castração em jumentos ou burros é diferente pois eles têm vasos sanguíneos extras, e a Dra. Suzy diz que apenas um corte não é adequado. Ela sempre faz uma sutura em oito e garante que segure. Burros devem ser castrados entre seis e nove meses, caso contrário eles podem se tornar difíceis de lidar. A Dra. Suzy defende,"Anestesia com amnésia", em outras palavras, sempre dope um jumento ou burro para a castração, burros especialmente não perdoam dor. Já foi dito que Muares são suscetíveis ao tétano, porém esto tem sido principalmente porque muitos foram castrados com uma faca cega e suja, em currais sujos, sem vacinação ou penicilina, e por isso pegaram tétano e morreram, ou sangraram até a morte.

Certifique-se de manter os animais sempre em dia com a vacinação necessária ​​para a sua área. O tétano é sempre essencial!


A Dra. Suzy sobre Muares: Infelizmente, é muito difícil fazer pesquisas sobre mulas porque existem muitas diferenças de animal para animal, até os mesmos pais podem produzir descendentes diferentes, tornando-os criaturas difíceis de estudar. Setenta por cento dos muares-nascidos são mulas! E sim, tem havido casos muito raros em que uma mula concebeu e deu à luz a filhos. Jumentos têm 62 cromossomos, os cavalos têm 64 e "as mulas acabam com 63, por isso é quase impossível que isso aconteça, mas você sabe o que eles dizem sobre as coisas que são impossíveis!


Não importa se você está criando uma jumenta ou uma égua, não coloque ela para cruzar até que ele tenha pelo menos de três anos de idade. Se você colocar para cruzar com dois anos você está privando o animal de seu próprio crescimento.


Imprinting é uma obrigação em livros da Dra. Suzy, especialmente para um muar. Quando o filhote nasce você deve começar a colocar suas mãos sobre ele e habituá-lo a coisas como ter seus pés tratados, orelhas e outros lugares do corpo tocados, tosados, etc. Habituar significa repetir os estímulos suficientemente para que ele passe a não incomodar mais o filhote. Uma vez que ele não resista mais, deve-se repetir os estímulos pelo menos sete vezes mais! Eles devem superar a sua resistência até o ponto onde eles mantenham a calma, e aceitem a pressão. Isto é de extrema importância e vai reduzir o estresse com o tratamento à medida que crescem.

Quando uma mula pega um mau hábito é difícil de quebra-lo, por isso não deixe que isso aconteça. Para treinar um muar ele deve pensar que foi idéia dele. Colocar a pressão sobre ele e esperar, não grite, não utilize um chicote e não seja duro ... é só esperar, esperar a resposta correta. Ele vai encontrar o caminho e achar que foi idéia dele. Dê-lhe um problema, digamos tirar o pé da frente dele, então, seja o seu salvador e dê de volta para ele. Assumir o trabalho como "salva-vidas".Certifique-se de cada vez que ele está em uma situação, ou em um problema "você salve a sua vida".

Quando for amarrar uma mula, certifique-se que tem um equipamento bom e forte que não vai quebrar. Amarre-o a uma árvore "com raízes profundas". Geralmente uma mula vai puxar uma vez, depois duas vezes, e depois vai ficar parada. Ela percebe que está presa. Imediatamente solte o animal… é a  recompensa ... você salvou ele! É tudo um jogo psicológico com a mula. A mula tem de se relacionar com você. Muares jovens ficam entediados com tanta rapidez que você tem que ficar mudando coisa para eles, mesmo que seja apenas organizar os cones de uma maneira diferente. Suas mentes precisam ser entretidas, como eles estão sempre pensando. Mulas amam rotina, mas por causa disso, eles podem não trabalhar bem se a sua rotina não é respeitado, por isso é importante variar as suas atividades e não deixá-los entrar em uma rotina. Não faça tudo igual todos os dias, mantenha as coisas interessantes e ensine-os a aceitar a variedade.

Mulas amam cavalos por isso formam vínculos com eles de forma rápida. É por isso que nunca precisa se preocupar onde estão suas mulas quando  têm uma égua lider. Você terá que planejar com antecedência para que você seja capaz de leva-lo para longe dos seus amigos cavalos.


Se você estiver em uma trilha com um muar e você se deparar com algo que vai comê-los, deixe-o parar e enfrentar o perigo. Não puna por medo, mas incentive-o falando com ele ou cantando, e expire o fôlego. Vai incentivá-los a dar um passo ou dois à frente, até que eles percebam que seu bicho-papão não vai lhe fazer mal.

Movimento de cauda é frequentemente visto em muares e a Dra. Suzy considera que deve ser tolerado até um certo grau. Ela não penaliza um muar por movimentar a cauda em uma aula quando eles estão sendo obedientes em tudo o mais. Muares parecem gostar de ter sempre a última palavra!

Uma muar nervoso precisa ser treinado para abaixar a cabeça e olhar nos seus olhos. Ele deve "se ligar" com você. Eles precisam aprender a se relacionar com você e olhar para você, caso contrário você terá um muar que irá trabalhar para você, mas só irá tolerar você e não terá desejo de estar com você.


Mulas respondem bem à música. Se você precisar fazer algum trabalho na arena, coloque uma música empolgante e você vai descobrir que a sua mula vai manter o ritmo. A Dra.Suzy, como muitos de nós, admitiu cantar para suas mulas e você sabe, eles gostam! A Dra. Suzy diz que não há nada melhor do que uma boa mula e ela já vendeu seus cavalos e está comprometida com sua mula, Ramona.


Jumentos e muares, com seus espíritos desafiadores e livre-pensamento, são tão divertidos de se trabalhar, a Dra. Suzy não pode pensar em nada melhor!

Por Marlene Malcher
www.mammothmules.com

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Seminário “Pérolas de Sabedoria”– Parte 1

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A Dra. Suzy Burnham de Graham Texas viajou para Olds no estado de Alberta no Canada de 23 à 25 de Abril de 1999, para fazer um seminário chamado Pérolas de Sabedoria. As sessões de sexta-feira foram especificamente para os veterinários e ferradores. Veja a seguir algumas das coisas que eu anotei das sessões de sábado e domingo.

A Dra. Suzy é uma oradora tão energética, informativa, envolvente e entusiasmada,  que faz com que todos sintam que ela uma amiga e parceira neste amor pelos longears (orelhas grandes, como os americanos tendem a se referir ao jumento). A Dra. Suzy passou muito tempo demonstrando como coçar e massagear seu animal, da cabeça aos pés e todos os lugares entre eles. Ela aconselha o uso de luvas de modo a penetrar profundamente na pele e dar uma esfregada completa. Jumentos gostam de rolar no chão, o que faz com que acumulem muita terra na sua pele.

Ela até limpou aquelas orelhas magnificas com gaze e álcool. Jumentos gostam de ter suas orelhas coçadas e você pode ir o mais profundamente possível, sem se preocupar em prejudicá-los.

Um jumento selvagem, ao contrário de um cavalo, é melhor domado da extremidade traseira para a frente! Comece esfregando em torno da cabeça da cauda e fique amigo da sua parte trazeira primeiro! Esfregue profundamente! (Muares podem ser tratados da mesma forma). Jumentos são animais rústicos! Testes já foram feitos em jumentos que passaram 48 horas sem água e eles podem se reidratar em apenas 15 minutos.


Jumentos podem parecer bem, ter bons exames de sangue e ainda assim estar com problemas graves. A cólica neles muitas vezes não se mostrará através do animal rolando ou outro sinal de mal estar como o cavalo. Eles toleram a dor tão bem que às vezes os sinais da doença são tão leves que estão além da salvação no momento em que é percebemos que estão doentes.

Quando os jumentos estão realmente com medo eles vão ficar absolutamente imóveis e enfrentar o perigo, muares também. Instinto do jumento é parar, e não correr.

Um teste feito com jumentos em miniatura com 54 meses mostrou que nessa idade os joelhos não estão fechados ainda, eles amadurecem muito lentamente, em comparação com os cavalos. Portanto, não ande no jumento ou no muar até que tenham cerca de 4 anos de idade. Eles ser montados antes disso, mas lembre-se que eles amadurecem mais lentamente e não force seus animais até que eles sejam física e mentalmente capaz de lidar com isso.


Jumentos Mammoth podem crescer entre 2-3 polegadas entre 5-7 anos de idade. Jumentos Mammoth e miniaturas não vivem tanto tempo quanto jumentos padrões, que podem viver até 40 anos.

Os cascos dos jumentos precisam ser mantidos secos! Isto vem de sua ascendência no deserto. Quando perdem a cobertura protetora, devido a umidade, a sua parede do casco irá desmoronar e ficar mal. Se necessário um jumento pode andar sobre a sua sola, o que causaria uma dor extrema a um cavalo.


O casco dos jumentos é reto, de 5 a 7 graus mais íngreme do que o de um cavalo. Verifique se o seu ferrador está ciente dessa diferença... Jumentos precisam ter dedos curtos.

Jumentos em geral são superalimentados! Eles não precisam de aveia ou de alfafa, na verdade pode fazer mal a eles ter uma dieta muito rica. Eles não são capazes de tolerar alimentos ricos. Alimentos ricos só no caso deles estarem sendo trabalhados de forma dura. O sistema digestivo do jumento é muito mais eficiente do que o do cavalo e pode muito mais nutrientes das coisas que come.


Se você tiver superalimentando o seu jumento diminua lentamente e se você se deparar com um jumento faminto, também é sábio aumentar sua alimentação lentamente. O Jumento irá armazenar o excesso de gordura em suas costas ou no pescoço e não vai desaparecer, porque a gordura se infiltra no tecido cicatricial e não poderá ser removida com diminuição da alimentação. Jumentos também podem ter laminite (inflamação dos cascos) se forem superalimentados, ou se a alimentação for muito rica. Alimente por necessidade. Verifique se eles têm minerais, sal, e água fresca. Jumentos não gostam de água suja!

Jumentos também precisam de cuidados com os dentes. Como um cavalo, a mandíbula do jumento, apesar de mais pesada e mais ampla do que a de um cavalo, tem a parte superior da mandíbula mais estreita que a inferior, assim também tem pontos afiados nos molares que precisam ser atendidos. Você não verá um jumento derramando grãos na mastigação como veria de um cavalo que precisa de atenção dental! Seu jumento pode precisar de atenção dentárioa quando tiver apenas alguns anos e, certamente, se isso não for feito até os 6 ou 7 anos, já passou do tempo!

Desparasitação é necessária e deve ser feita a cada dois meses se os animais estão em confinamento. No Texas, os animais estão criando imunidade a Ivermectina, então Dra. Suzy recomenda que você modifique vermífugos anualmente. Ivermectina ainda funciona para alguns vermes, mas cada vez mais está ficando claro que não está controlando vários outros.
Houve jumentos que testaram positivo para Coggins e quando testados seis meses depois derão negativos. A Dra. Suzy recomenda que se você tiver um jumento que o teste positivo, espere e reteste antes de condená-lo. Isso tem a ver com o fato de que algo em suas células do sangue testem diferentes das de um cavalo.

Uma das coisas mais difíceis de ensinar a um jumento é a andar ao seu lado. Na verdade, pode ser muito mais fácil de montá-los! Pode ser preciso duas pessoas para ensina-los a andar ao seu lado, um à frente e um atrás. Mantenha a tensão na corda da ligação até ele dar um passo à frente, e recompense imediatamente, liberando a corda, leve um passo de cada vez. A pessoa por trás pode instiga-lo com uma vassoura em seus calcanhares, use ruído ou uma batida constante. Não bata neles. Se você atingi-los, eles vão perceber que você não pode prejudicá-los muito e vão ficar paradoa e suportar seu tormento. Não bata nele por ser cauteloso. Isto é o que os mantém vivos no deserto. Eles estão sendo inteligente não ... teimosos! Eles podem ser treinados para conduzir bem, mas você deve ser paciente com eles e não tentar ensiná-los através da dor!

 

Por Marlene Malcher
www.mammothmules.com

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Principais diferenças entre o Muar e o Bardoto

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Muar

Bardoto

Cabeça pesada e comprida lembrando a do pai (jumento) Cabeça curta, proporcional à do pai (cavalar)
Orelhas longas, menores que a do jumento com implantação vertical ou lateralizadas. Orelhas mais longas que a do cavalo, e mais curtasque a do muar, com implantação vertical.
Olhos pequenos, com arcada orbitária mais saliente. Olhos maiores que o do muar com arcada supra orbitária saliente.
Narinas pequenas, pouco dilatadas. Narina muito dilatada, esboçando uma falsa narina.
Crina e cauda com pelos mais ralos lembrando a cauda de um jumento. Crina e cauda longas com pelos volumosos e longos, lembrando a cauda de um cavalo.
A cauda comporta-se entre as nádegas sem apertar. Tendência a recolher a cauda entre as nádegas, como nos asininos.
Os cascos são semelhantes aos dos asininos, porém, maiores. Os cascos são semelhantes aos dos muares, porém, menores e de talões mais baixos e menos duros.
Presença de castanha nos membros anteriores. Pode faltar uma ou duas castanhas nos membros posteriores. Presença de castanhas geralmente nos quatro membros, como no equino cavalar.
Possui cinco vértebras lombares, como no asinino, logo possui a coluna lombar mais rígida e forte. Possui seis vértebras lombares como no cavalo. Logo maior tendência ao andamento marchado.
Tendência à marcha áspera. Tendência à andadura.
Flexiona o pescoço com maior facilidade. Pescoço mais rígido, com maior dificuldade para flexionar e com o queixo mais duro.
Sua voz lembra o zurrar de um jumento. Sua voz lembra mais o relinchar do cavalo.
Porte maior lembrando a mãe (égua). Porte menor lembrando a jumenta.
A gestação dura 11,5 meses A gestação dura 12 meses como nos jumentos.
Constituição melhor definida com formas mais regulares e esbeltas, pernas mais compridas. Constituição mais frágil, menos resistente, cansa mais fácil que o muar. Pernas mais curtas e ancas mais arredondadas. Geralmente são menores, peito mais estreito e pescoço mais largo.
Tendência a cabear. Dificilmente cabeia.
Tendência a corcovear. Dificilmente corcoveia.
Sobe morro com mais vontade e disposição. Sobe morro com menos vontade.
Menor tendência a empacar. Maior tendência a empacar.
Ao ser golpeado na anca, desloca para a frente e tende a cabear. Ao ser golpeado na anca, desloca lateralmente e com a cauda recolhida entre as nádegas.
As mulas possuem menor possibilidade de fertilidade. As bardotas possuem maior possibilidade de fertilidade.

Fonte: Origem Histórica do Jumento Domestico, Nelmar Alves Araújo

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Finalmente um guia de veterinário para proprietários de jumentos!

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"Donkeys - Miniature, Standard, Mammoth: A Veterinary Guide for Owners and Breeders" por Stephen R. Purdy, DVM, compreende um pacote de medidas de saúde para jumentos.


Este livro de 160 páginas, ilustrado com gráficos e fotografias coloridas, é uma referência útil para os proprietários de jumentos e também deve estar nas prateleiras de veterinários que tratam destes animais. Algumas informações, como doses de drogas e o uso de radiografia e ultra-sonografias, é claramente de uso exclusivamente veterinário.

Nos meus 30 anos de experiência com jumentos, eu observei que a maioria dos veterinários aplica as práticas da medicina do cavalo no tratamento destes animais. No entanto, enquanto os jumentos são eqüinos, Purdy  documentou algumas diferenças genéticas, anatômicas e médicas próprias que veterinários e proprietários devem considerar. Ele também observa que os jumentos podem metabolizar algumas drogas de forma diferente dos cavalos.


Purdy abre com terminologia e uma visão geral e história dos jumentos nos EUA e no resto do mundo. Embora observando que a maioria dos jumentos nos Estados Unidos são agora animais de estimação, o autor faz questão de citar a importância de jumentos para as famílias e as economias dos países do Terceiro Mundo. Purdy cita que existem 90 milhões jumentos de trabalho (outras estimativas colocam o número em torno de 44 milhões) em países não-industrializados.


Um capítulo inteiro é dedicado às necessidades nutricionais dos jumentos, que através da evolução desenvolveram um metabolismo mais eficiente do que o dos cavalos. Por esta razão, jumentos ocioso em geral, tendem a ficar com sobrepeso ou obesidade quando alimentados com forragens de qualidade muito alta e ração. Uma boa adição para futuras edições deste livro seria uma seção sobre como alimentar corretamente jumentos trabalhadores para melhorar o desempenho.


O autor dedica considerável atenção à saúde do rebanho, parasitas e doenças. Um aspecto refrescante é a recomendação de que proprietários de jumentos usem práticas de boa gestão, o teste seletivo e desparasitação, em vez de tratamento por atacado com anti-parasitas, que podem levar a parasitas resistentes a droga. Purdy também detalha os sistemas digestivo e músculo-esqueléticas, e as diferenças nesses entre jumentos e cavalos.


Quase um terço do livro é dedicada à reprodução, inseminação artificial, a gravidez e o parto. Apesar dessa informação ser muito importante para os criadores e veterinários, os proprietários de jumentos muitos vão achar este material útil apenas como de interesse geral ou informação de base.

Um ponto de saúde reprodutiva que afeta um grande número de proprietários de jumentos é a castração. Jumentos inteiros podem ser agressivos e imprevisíveis. A menos que você pretenda usar o seu jumento como garanhão em um programa de melhoramento, ou tem algum outro motivo específico para mantê-lo inteiro, é aconselhável castra-lo. Este livro detalha o procedimento.


Além disso, Purdy notas algo importante sobre a castração que eu aprendi com a experiência, juntamente com o meu veterinário - é o melhor para o veterinário fazer a ligadura do cordão vascular com uma sutura em vez de usar um emasculador, como é normal quando castram um cavalo. Jumentos têm maiores vasos sanguíneos escrotal do que os cavalos e são mais propensas a sangramento excessivo após a castração. Este ponto não pode ser expressado suficientemente, eu já tive dois jumentos que sangraram excessivamente após a castração, e um amigo, na perdeu um jumento, devido à perda de sangue após a castração.


Este ponto sobre a castração ilustra o valor deste livro como uma fonte de recursos específicos para a saúde e cuidados veterinários dos jumentos. Dr. Purdy nos deu algo que está faltando no mundo dos amantes de jumentos- um bom guia para os proprietários e médicos veterinários para cuidar destes animais maravilhosos e em muitos casos, trabalhadores.

Por  Hal Walter

Fonte: The Horse

domingo, 10 de julho de 2011

Um veterinário sugere: Considere a mula

 

Robusto, com uma disposição para trilhas e pisadas firmes em terrenos perigosos fazem do muar uma atraente montaria para cavaleiros do campo.


O local é o Bishop, na Califórnia. Memorial Day weekend 1977. A celebração de três dias, é exclusivamente para mulas, e está em pleno andamento. Sol quente e céu azul abençoam esta cidade na costa leste da Sierra Nevada. Imediatamente a oeste aparecem picos cobertos de neve, a arquibancada está cheia de criadores de muares, cavaleiros curiosos e turistas. Durante todo o dia, e parte da noite, eles assistem a eventos variados.


Há corridas de carroças, desfile de mulas, concurso de empacotamento, eventos de saltos, laço, condução e rédeas, aulas de trilha, aulas de condução, e muitos outros eventos de rodeio. Todos limitados a mulas. Vemos mulas lidando com gado de corte, laçando bois, e concurso de empacotamento de carga em mulas selvagem. Uma grande variedade de mulas está presente, desde as miniaturas até as mulas de carga que representam os parques nacionais do oeste.


Há também uma competição hilariante de zurros - realizada pelo homem; um competidor animado perde a dentadura em seu entusiasmo.


E existem corridas. Mulas correm distâncias variando de 50 jardas até um quarto de milha, e as corridas variam em tamanho de até uma milha. Na linha de chegada cinco veterinários inspecionam os vencedores.


Embora não sejam designados oficialmente para a corrida, seu fascínio é profissional. Eles olham para as mulas das corridas com sete, oito, dez anos de idade, muitas têm participado de corridas desde os dois anos.


Alguns são inscritos em vários eventos a cada dia.


Uma mula corre vários corridas curtas e uma corrida longa em um único dia, além de corridas de tambor, e uma variedade de categorias regulares. Suas pernas são limpas e saudáveis, nenhum problema pode ser visto. Não há um único joelho inchado, um único problema na canela, ou um tendão alargado. Nenhum deles está manco. Por quê? Como é que eles ficam de saudáveis?

Na busca por respostas, os veterinários - todos profissionais especializados em eqüinos, expostos diariamente a tragédia de claudicação em lindos cavalos - veja as mulas, passe a mão nas pernas fortes e pense.

Recentemente, um velho veterinário disse-me que estava pensando em se aposentar. "O que você está fazer?" Eu perguntei. "Oh," ele disse, "morar no meu rancho e talvez criar mulas".

"Por mulas?" Eu perguntei, não mencionei o meu próprio interesse nessas criaturas híbridas.

"Porque eles ficam de saudáveis." Ele explicou.


O fato de que as mulas costumam ficar saudáveis, provavelmente, explica o interesse que muitos veterinários têm nesses animais. Mas há outras qualidades que atraem cavaleiros de mulas, e não tem que ser um veterinário para apreciá-los. Que qualidades? A beleza do animal? Suas cabeças nobres? Provavelmente não. Há pouco prestígio em ser montador de mula, é preciso valorizar a mula, e ignorar as impressões da sociedade.


Meu interesse em mulas começou vários anos atrás, quando eu perguntei a ummédico equine colegas por que ele estava levantando mulas. "Bem, depois de termontado uma pista de mulas alguns bons, você preferiria que eles cavalos."

Eu zombei: "Qual é!"


Meu amigo pareceu magoado. "Ok", ele disse. "Eu vou te emprestar uma mula boa por um ano, e você verá o que acontece."


Algumas semanas mais tarde, ele entregou um burro castrado de 27 anos de idade chamado Jerry na minha casa.

Ao longo dos anos eu tive um pouco de experiência com mulas. Eu carreguei sal em uma mula num verão, quando eu estava fazendo serviços em uma fazenda. Ela era uma criatura cinza perversa, e constantemente levou os cavalos para pontos mais baixos na cerca do pasto e passando por guardas de gado. Mais tarde, como um veterinário, tratei uma dúzia de mulas, geralmente antecipando grande dificuldade, mas normalmente era agradavelmente surpreendido em como me dava bem com eles.


Jerry me ensinou sobre mulas. Ele me levou até paredes íngremes do desfiladeiro. Ele me ensinou a respeitar a sua decisão. Eu aprendi que se ele se recusou a atravessar um riacho em um determinado ponto, era porque ele tinha visto um lugar mais raso adiante. Se ele se recusou a deslizar por um declive, era porque ele tinha observado uma trilha mais fácil alguns metros à frente. Testei todos os mitos que eu tinha ouvido falar sobre muares com o Jerry e aprendi que não eram mitos. Depois de uma cavalgada de 20 milhas em um dia de verão, ele se recusou a beber água durante quatro horas - ao contrário de um cavalo, um muar superaquecido geralmente não ésofre de laminite por beber água demais....


Aos 27 anos de idade, Jerry ficava gordo com um mínimo de boa alimentação. Ele nunca fica excitado. Suas patas nunca precisavam de ferradura, pelo menos não para a equitação eu estava fazendo. Mais notável ainda, é que depois de uma vida cheia de corridas, puxando carroças, ajudando na criação de gado, laçando gado no curral, e incontáveis ​​milhas na trilha, ele ainda estava absolutamente saudável. Ele cobriu as distâncias em um pequeno passo bom e nunca vacilou.

Finalmente, eu o levei em um passeio de trilha; 65 cavaleiros se reuniram em uma manhã de sábado. Sessenta e dois foram em cavalos que representam quase todas as raças. Três de nós foram montados em muares. Estava quente, e o nosso destino era um pico de montanha, subidas por todo o caminho. Começamos com a maioria dos cavalos excitados e os três muares (uma mula de dois anos, uma mula de três anos e o velho Jerry) placidamente no final do grupo. Várias horas depois, os três muares estavam na frente do grupo, ainda pacientemente andando, suando apenas atrás de suas orelhas longas, que se moviam numa cadência rítmica com suas patas. Atrás de nós estavam  62 cavalos cansados, com o suor escorrendo de seus corpos num fluxo constante.


Isso foi o suficiente. Meu cavalo estava agora confinado a pista de equitação, sozinho ou com um grupo. Eu tinha que ter alguns muares, e decidi fazer os meus próprios animais. Eu comecei colocando a égua da minha esposa com um jumento.

Meu projeto atual foi recebido com algum desdém, particularmente de alguns dos meus clientes que possuem bons puro-sangues. O desprezo deles não pode ser baseado em mal desempenho de mulas no passado. Afinal, o recorde de salto alto já foi definido por um muar do Exército dos EUA, e também foi um muar que venceu a corrida Bicentennial crosscountry.

Talvez seja somente o fato de mulas, apesar de suas qualidades desejáveis​​, sofrem de uma forma de discriminação cega.


Mulas são, naturalmente, uma criatura híbrida, a prole estéril de uma égua e um jumento. Creio que muito da inteligência da mula pode ser explicada em virtude das caracteristicas do jumento.


Por exemplo, quando os cavalos ficam assustados geralmente entram em pânico e fogem cegamente, muitas vezes ferindo-se no processo. Um muar com medo, por outro lado, geralmente vai avaliar a situação e evitar ferir a si mesmo. Na primeira vez que um cavalo se embaraçar em arame farpado, ele normalmente irá lutar contra os fios e pode causar graves lesões. Em contraste, uma mula enredado em fios geralmente aguardará ajuda em silêncio. Por que essa diferença?

O cavalo evoluiu nas planícies abertas. Quando assustado, o seu melhor método de sobrevivência era uma corrida desenfreada. O jumento, por outro lado, aprendeu a sobreviver em terreno rochoso e acidentado. Fuga precipitada lá, quando assustado, teria significado a morte ou ferimentos graves, por isso o jumento selvagem aprendeu a primeiro julgar a situação e depois reagir. Em cada caso, a natureza equipou a espécie para responder da melhor forma para garantir a sobrevivência.

Cavalos e jumentos têm uma contagem diferente de cromossomos, e o muar é um híbrido genético verdadeiro, e não apenas uma espécie de cavalo de orelhas compridas. Os passeios eqüinos somente de resistência que proíbem a entrada de muares são, portanto, biologicamente justificado em sua decisão. A mula é só metade cavalo.

A hibridização não só explica a julgamento e capacidade de tomar decisões da mula, mas também é responsável por sua força e incrível resistência. O vigor híbrido é uma característica reconhecida, e os exemplos são abundantes, tanto na fauna quanto na flora.

Como cavaleiro, sou atraído pelos muares por sua resistência, sua suavidade de marcha, sua calma sua versatilidade e sua facilidade de manutenção. Como veterinário, eu sou fascinado pela resistência dos muares com relção a doenças, sua longevidade, e sua tendência à solidez.

Acima de tudo, como um cientista amador de comportamento animal, estou intrigado com a personalidade do animal. Ele não responde cegamente ao treinamento, ele toma suas próprias decisões. Dizem que o muar é um ser implacável, e se abusado acabará por acertar as contas com a pessoa que o feriu. É um dito comum quando se trata de treinamento."Mulas separam os homens dos meninos." Técnicas brutas e rápidaa, que muitas vezes são usadas em cavalos não vão sempre funcionar em mulas. Eu gosto disso. Se os muares nos forçarem a usar horsemanship, ser mais pacientes e científicos, então eu sou todo a favor eles. Física e psicologicamente, o que podemos aprender com mulas, espero, irá benefíciar os cavalos...

 

Fonte: A Vet Suggests: Reconsider the Mule, por Robert M. Miller, D.V.M.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A influência genética da égua e do jumento na pelagem dos muares

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Objetivos

Os muares são resultantes do cruzamento entre égua (equino) e jumento(asinino). Suas características físicas são resultado da mistura dos genes das duas espécies. Embora os cruzamentos sejam orientados pelas características fisiológicas e morfológicas, os criadores têm interesse em conhecer a transmissão genética da pelagem.

Na literatura praticamente não há trabalhos sobre a pelagem dos muares. Os objetivos do trabalho foram estabelecer as pelagens dos muares em comparação com as dos genitores e tentar estabelecer a influência genética da transmissão desta característica.


Métodos


Muares de várias propriedades foram observados e fotografados, juntamente com os genitores (quando presentes). Na ausência de um ou dos dois genitores, foram anotadas as informações fornecidas pelo proprietário.

Resultados e Discussão

Foram analisados 93 muares, sendo 37 com a égua presente. A tabela 1 mostra os cruzamentos analisados e o número de animais observados em cada categoria. É possível perceber a maior influência da égua em algumas pelagens, por exemplo, 77% dos muares filhos de éguas castanhas nasceram castanhos. Isso pode ser explicado se considerarmos que a interação dos genes que determinam a pelagem castanha é dominante sobre os genes que determinam a pelagem pêlo de rato, sendo esta a mais comum entre os jumentos.

Tabela 1: Cor da pelagem de éguas,jumentos e seus produtos (muares) e o
número de animais em cada categoria. São Paulo, 2009.

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Também foi analisado o possível genótipo de cada animal (apenas para aqueles com os genitores presentes) com base nos genes conhecidos na literatura.

Conclusões

A cor da pelagem dos muares é mais variada que a dos equinos e é influenciada pela égua e pelo jumento, dependendo da interação de diversos genes.

Autores: Ana Paula Aidar de Oliveira e Carla Bargi Belli

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Acupuntura vira tratamento alternativo para cavalos

 

Com origem na milenar Medicina chinesa, a Acupuntura revela-se como eficiente meio para saúde animal.

Assim como nos seres humanos, a acupuntura apresenta excelentes resultados na saúde dos animais.Cavalos com problemas neurológicos ou ortopédicos ficam curados após sessões com a aplicação de agulhas em pontos estratégicos do organismo.

Quem atesta o potencial da técnica é a acupunturista, Poliana Coutinho. “Essas agulhas provocam estímulos que levam o organismo a uma resposta, levando o mesmo a um equilíbrio, curando as doenças, ou prevenindo-as, determinando um quadro de bem-estar físico e emocional/psíquico”, diz Poliana.

O tratamento é indicado para casos de manqueiras (dores displasias, artrites, tendinites); problemas de pele (dermatitites, granulomas de lambedura); desordens nervosas (traumas, paralisias, sequelas); alterações respiratórias (asma, inflamações); analgesia cirúrgica; auxílio imunológico; como terapia de apoio em situações críticas; dificuldades reprodutivas; desvios de comportamento; otites e também em problemas oftálmicos.

No Centro de Treinamento Hytalo Bretas, Poliana Coutinho demonstrou uma sessão de acupuntura em uma égua Mangalarga Marchador. A acupunturista utilizou agulhas estéreis descartáveis em pontos situados ao longo da coluna vertebral, e na cabeça, entre os olhos. Após alguns instantes, a égua apresentou-se bastante relaxada, com o olhar sonolento. As sessões podem durar de alguns segundos a até 30 a 40 minutos, dependendo da situação. Ela explica que a frequência das sessões podem variar de uma a três vezes por semana e a resposta ao tratamento varia conforme a gravidade do caso. Depois, podem ser indicadas sessões de manutenção, com durações a cada 2 a 6 meses.

A acupuntura em equinos é utilizada principalmente em cavalos atletas tanto para tratar problemas como para prevenir novas lesões. Os cavalos atletas estão susceptíveis a muitas lesões crônicas que cursam ou não com dor e/ou claudicação (manqueira). Sendo assim a acupuntura mostra-se como um recurso terapêutico importante no alivio destas enfermidades.

Autor: Top 2000

segunda-feira, 4 de julho de 2011